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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Campanha Setembro Amarelo: como ajudar as pessoas em sofrimento?


A Campanha Setembro Amarelo é uma ocasião oportuna para dialogar sobre o suicídio e outras questões que envolvem a saúde mental. Estudos do Conselho Federal de Psicologia comprovam dados, já reafirmados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que cerca de 90% dos casos de suicídios poderiam ser evitados com o auxílio de profissionais de saúde mental.


Diante disso, abordamos os aspectos mais relevantes da Campanha Setembro Amarelo. Assim, você conhecerá algumas ações que podem ser utilizadas no dia a dia para ajudar as pessoas a encontrarem solução para a reabilitação mental.

Saiba, então, como utilizar o mês de setembro para estimular a busca de tratamento e reduzir os impactos de 
depressão e suicídio sobre a saúde mental de parentes e amigos.


A Campanha Setembro Amarelo

O Setembro Amarelo é uma campanha da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com os profissionais que integram o Conselho Federal de Medicina (CFM). A meta é conscientizar a população sobre o tema e alertar sobre os sinais de sofrimento considerados pilares para a ideação suicida.

Assim sendo, a campanha objetiva falar mais sobre o tema e promover ações em prol da melhoria da assistência para distúrbios emocionais e psicológicos. Desse modo, evidencia para os indivíduos que sofrem com esses problemas que eles não estão sozinhos.

Portanto, é preciso que eles percebam que são compreendidos e que seus problemas têm solução. Nesse contexto, elencamos alguns objetivos dessa campanha. Confira!


Promover mais diálogo sobre o tema

Um dos pontos mais relevantes da Campanha Setembro Amarelo é promover eventos, debates e discussões sobre a importância de cuidar da saúde mental. Em outras palavras, a população precisa entender que a atenção à saúde mental é tão importante quanto à física. Além disso, promover a interação social ajuda a superar momentos em sofrimento.

Como mente e corpo estão associados, ao incentivar essas pessoas a procurarem ajuda, os riscos do desenvolvimento de diferentes doenças que surgem por influência de algum viés emocional são reduzidos. Por tal razão, a Saúde Pública tem buscado promover ações para frear os impactos das doenças mentais sobre a vida pessoal, social e profissional.     



Estimular a participação popular nos eventos sobre a saúde mental

 

Estimular a participação popular nessa campanha pode trazer resultados muito significativos. Isso porque, durante todo o mês de setembro, o objetivo é divulgar esse tema e envolver ações de comunidades, instituições, empresas e escolas.

O intuito é refletir sobre a importância do cuidado com o próximo e do entendimento de suas limitações, suas dificuldades e seus conflitos. Por isso, mesmo nesse período de pandemia, o ideal é utilizar os meios digitais para promover a Campanha Setembro Amarelo.

 

Incentivar a busca de tratamento 

Como visto, o principal objetivo dessa campanha é promover a conscientização acerca dos cuidados da saúde mental, principalmente a prevenção do suicídio. Além disso, a ocasião é propícia para alertar a população sobre a necessidade de buscar suporte profissional, já que é impossível superar esses desafios sozinho.

 

A Importância de desmitificar assuntos ligados à saúde mental 

Entender a importância da Campanha Setembro Amarelo abre possibilidades para auxiliar quem precisa superar transtornos mentais e emocionais. Uma das doenças mais comuns no país é a depressão, cujos dados alertam para a necessidade de maior atenção nesse sentido.

Segundo 
dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o número de pessoas afetadas no mundo pela depressão já ultrapassa 300 milhões. Além disso, o transtorno é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, mas a doença atinge indivíduos de todas as classes sociais, gêneros e idades.

O mesmo estudo demonstra que os índices de depressão no Brasil também são preocupantes. Observe:

  • cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o que totaliza 11,5 milhões de casos;
  • o Brasil ocupa o primeiro lugar em casos de depressão na América Latina;
  • menos de 10% das pessoas diagnosticadas recebem tratamento adequado.

Tais estatísticas alertam para a necessidade de desmistificar temas ligados à saúde mental e estimular a busca de ajuda profissional. Um dos problemas de não procurar auxílio é o risco de evolução dessas doenças para quadros mais graves, que, inclusive, podem culminar com o suicídio.

 

Possíveis sinais de alerta da pessoa em sofrimento 

Entre outros fatores, o estresse patológico, as crises frequentes de depressão, o consumo descontrolado de psicoativos e conflitos familiares geram grandes agravos para a saúde mental do indivíduo, principalmente na juventude. Isso requer mais atenção dos familiares para auxiliar o seu ente querido a superar tais quadros.

Decerto, pessoas que tentam o suicídio não querem colocar fim à vida, mas aos motivos que as fazem sofrer. Ou seja, nesses casos, elas não estão desistindo de viver, mas veem uma saída nesse ato para se livrar da dor e de seus problemas. Porém, antes de tomarem essa decisão, alguns sinais podem ser percebidos.

Nessa perspectiva, listamos os sinais que servem de alerta para o encaminhamento do familiar ou amigo para uma avaliação com um 
psiquiatra. Veja quais são:

  • a pessoa perde o interesse de fazer coisas que antes gostava;
  • passa a apresentar comportamento retraído, com muita dificuldade de integração social e com os familiares;
  • tendência a ficar remoendo pensamentos obsessivos e negativos;
  • demonstra pensamentos de desesperança, solidão, tristeza, baixa autoestima e falta de motivação para a vida;
  • fica constantemente com irritabilidade, pessimismo, apatia e pode se mostrar agressiva;
  • apresenta alterações extremas de humor, como raiva e rancor excessivo;
  • demonstra sentimentos intensos de culpa, ansiedade, remorso ou vergonha;
  • muda de assunto quando se fala sobre reabilitação mental ou tratamento para suicídio.

Além desses sinais, quando há histórico familiar de doenças psiquiátricas ligadas aos distúrbios de comportamento, humor ou personalidade, os riscos são mais elevados. Também é preciso observar se seu ente querido apresenta tendências ou ideações suicidas. Isso fica claro quando a pessoa doa seus pertences, visita parentes próximos e define um testamento.

Como mostramos, a Campanha Setembro Amarelo é uma excelente medida de educação preventiva para divulgar os cuidados com a saúde mental. Por isso, se você conhece alguém que já teve alguma tentativa de suicídio, o Hospital Santa Mônica pode ajudar com tratamentos especializados.

 


Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP 
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br 
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Clínica Integrativa - São Paulo - SP 
(011) 3045-2228
contato@hospitalsantamonica.com.br 
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OMS alerta sobre a prevenção ao suicídio

Hasty Words/Pixabay


Setembro Amarelo reforça a importância dos cuidados já nos primeiros sinais

 

 

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, segundo as mais recentes estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A entidade acaba de publicar o relatório “Suicide worldwide in 2019” e o documento registra que, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama, guerras ou homicídios. Em 2019, mais de 700 mil pessoas em todo mundo tiraram a própria vida: uma em cada 100 mortes.

 

"Não podemos e não devemos ignorar o suicídio", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Nossa atenção à prevenção é ainda mais importante agora, depois de muitos meses convivendo com a pandemia de Covid-19, com vários dos fatores de risco para suicídio - perda de emprego, estresse financeiro e isolamento social - ainda presentes”.


 

Primeiros sinais


Para o escritor Odil Campos - cujo ato de retirar a própria vida é abordado no livro “O Renascimento” (Editora Flor de Lis, 248 págs., R$ 45,00), à venda nas livrarias e marketplaces - a depressão e o declínio emocional são os primeiros indicativos que exigem atenção. 

 

“O distanciamento social por tempo prolongado causa danos emocionais. Mas precisamos encontrar alternativas para ocupar a mente; tais como a leitura de um livro, ver bons filmes, fazer exercícios físicos e usar a tecnologia para diminuir o isolamento afetivo”, explica.

 

Segundo o autor, as relações humanas se fundamentam nos vínculos sociais e emocionais que permitem os movimentos da vida - desde o ato de pensar, sentir, doar, trabalhar. Dessa forma, o crescimento torna-se integral.


 

Não é frescura!


De acordo com o documento da OMS, o suicídio foi a quarta causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos – vindo depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Outro estudo da OMS também demonstra que a ansiedade atinge mais de 260 milhões de pessoas no mundo. O Brasil, em 2019, era o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população.

 

Ciente da importância que o assunto exige, desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

 

Segundo a ABP, estudos indicam que cada caso de suicídio tem impacto na vida de outras seis pessoas de forma direta. “Aqueles que pensam em tirar a própria vida – mediante as dificuldades que surgem - devem ser acolhidos com amor e afeto para que esses atos não aconteçam. Certamente é uma situação muito delicada. Contudo, não podemos desistir. Os desafios ao longo da vida aparecem para que tenhamos novos aprendizados e possamos melhorar como um todo”, completa Odil Campos.


 

Fique atento


Para apoiar os esforços na prevenção ao suicídio, a OMS lançou uma orientação abrangente e com quatro estratégias principais.

 

A primeira dela é para limitar o acesso aos métodos de suicídio, como pesticidas e armas de fogo altamente perigosos. Em seguida, a entidade recomenda educar a mídia sobre a cobertura responsável do suicídio, pois o trabalho da imprensa pode levar a um aumento nos casos devido à imitação - especialmente se for uma celebridade ou se descrever métodos de suicídio.

 

A terceira estratégia é promover habilidades socioemocionais para a vida em adolescentes, principalmente porque metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. A orientação incentiva programas anti-bullying, entre outros. Por fim, a identificação precoce, avaliação, gestão e acompanhamento de qualquer pessoa afetada por pensamentos e comportamentos suicidas.

 

“O acolhimento, a doação e o respeito ajudam a pessoa que está em crise. Com essas atitudes, o amor penetra no coração de quem está mal e mostra a ela o quanto o apoio é importante, pois o indivíduo não se encontrará só”, completa o escritor Odil Campos.


 

Centro de Apoio


Um dos centros de apoio emocional mais atuantes no Brasil é o Centro de Valorização da Vida (CVV). Nele existe o serviço de escuta 24 horas por dia. Basta ligar para 188 e solicitar o atendimento. O serviço também está disponível via internet pelo www.cvv.org.br e-mail, chat e Skype. 

 

Brasil é campeão mundial de ansiedade; Suicídio é um dos temas abordados no livro “O Renascimento”, do escritor Odil Campos.

 


O que se sabe até agora sobre a terceira dose da vacina contra Covid-19?

Especialista diz que a terceira dose deverá ser aplicada após seis meses da segunda, quando sua eficácia começa a cair


Na última semana, alguns estados do país como, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro anunciaram a aplicação da terceira dose da vacina contra covid-19 em setembro. A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde após estudos científicos comprovarem que a proteção imunizante cai ao longo dos meses, mesmo em pessoas já vacinadas com a segunda dose, tendo em vista a alta de infecções e mortes entre os grupos imunizados.

Estados Unidos, Chile e Israel foram alguns dos países a adotarem a terceira fase de vacinação. No Brasil, o público-alvo da terceira dose, inicialmente, serão os idosos com mais de 70 anos ou pessoas com baixa imunidade, como explica Rubens de Fraga, médico e geriatra da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR): "Com a variante do coronavírus e a diminuição da eficácia de todas as vacinas, o Ministério da Saúde optou por iniciar a dose de reforço para os imunossuprimidos e os idosos que tomaram a vacina há mais de 6 meses".

Fraga afirma que independentemente do fabricante tomado na primeira e segunda dose, todos serão vacinados novamente: "A terceira dose será dada independentemente da marca da vacina. Nota-se que qualquer vacina da covid não se mostra tão eficaz após 6 meses da aplicação da 2ª dose".

O especialista reforça a importância de se manter distante de aglomerações, fazer o uso da máscara e higienizar bem as mãos. "Todos devemos continuar com as medidas de proteção preconizadas pela Organização Mundial da Saúde".

O médico também chama atenção para outro ponto, a nova fase da vacinação não significará que as vacinas não são eficazes, entretanto, após os seis meses há uma redução na formação de anticorpos contra o coronavírus como foi descoberto em pesquisas realizadas em Israel, onde a terceira dose começara a ser aplicada em pessoas acima dos 30 anos.

Sobre a eficácia da terceira dose contra a variante delta, Fraga diz não haver nenhuma pesquisa até o momento: "Sabemos que as vacinas são eficazes contra a variante delta até seis meses da aplicação da segunda dose. Acredita-se que com a terceira dose haverá um reforço imunológico para combater todas as variantes".




Fonte: Faculdade Presbiteriana Mackenzie


Setembro Vermelho: quem deve fazer check-up do coração?

No mês marcado pelo Dia Mundial do Coração (29), especialistas do Hospital São Camilo SP reforçam a importância de retomar os cuidados com a saúde cardiovascular


A pandemia da Covid-19 elevou os riscos à saúde geral da população em diversos âmbitos. Seja pela falta de acompanhamento aos tratamentos para inúmeras doenças, seja pelas sequelas provocadas pela doença, a queda na realização de exames de rotina impede que doenças graves sejam diagnosticadas precocemente, impactando o sucesso dos tratamentos e a qualidade de vida das pessoas.

O cenário provoca uma reação em cadeia, conforme explica a Dra. Sueli Vieiras, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo. “Não sabemos o curso que a pandemia terá no futuro, mas cuidar da saúde do coração neste momento é mais importante do que nunca.”

A preocupação da médica reflete uma realidade no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte entre os brasileiros. Dados apontam que cerca de 300 mil indivíduos sofrem anualmente de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), levando a óbito 30% destes casos.

Além disso, um estudo promovido pela International Atomic Energy Agency (IAEA, em português Agência Internacional de Energia Atômica) sobre o impacto da Covid-19 no diagnóstico de doenças cardíacas aponta para uma estimativa de que mais de 700 mil exames de diagnóstico por imagem para detecção de doenças cardiovasculares deixaram de ser realizados em todo o mundo entre março e abril de 2020, uma redução de 42% em relação ao mesmo período no ano anterior.

Quando considerado apenas o mês de abril, a queda na realização deste tipo de exame foi ainda maior, de 64% em relação a abril de 2019.

Para a cardio-oncologista da Rede São Camilo Dra. Marina Bond, a saúde do coração merece ainda mais atenção no caso de pacientes com câncer. Essa subespecialidade da cardiologia tem como objetivo prevenir, diagnosticar e tratar as complicações cardiovasculares (cardiotoxicidade) relacionadas a cirurgias, quimio, imuno, radio e endocrinoterapia, que são realizadas no combate ao tumor.

“O tratamento para o câncer de mama, linfomas e sarcomas, por exemplo, pode causar insuficiência cardíaca, uma doença grave que requer acompanhamento, sobretudo porque trata-se de uma complicação que pode ocorrer muitos anos depois”, destaca a especialista.

Em reforço ao apelo das entidades de saúde para que a população retome os cuidados com a saúde geral, as especialistas frisam a importância do papel do check-up cardiovascular para detectar possíveis anormalidades o mais cedo possível.

Antes da pandemia, a orientação para realização dos exames cardiovasculares periódicos era, em geral, direcionada aos homens com mais de 45 anos ou mulheres após início da menopausa, além de pessoas com quadro de diabetes, obesidade, colesterol e triglicérides altos, fumantes e pacientes com histórico familiar ou que já fossem portadores de doenças cardíacas.

“Essa recomendação não mudou. No entanto, a falta de acompanhamento médico durante o longo período de isolamento social, somada aos riscos de sequela da Covid-19 àqueles que contraíram a infecção e ao aumento do sedentarismo, resulta em um cenário diferente, que nunca vivenciamos antes. Por isso, a atenção agora é maior”, alerta a Dra. Sueli.

Com o objetivo de promover a conscientização da população sobre os cuidados com a saúde cardiovascular, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo adere à campanha Setembro Vermelho, no mês marcado pelo Dia Mundial do Coração (29), iluminando as fachadas das unidades Santana, Ipiranga e Pompeia.

A Instituição também abordará o tema no decorrer de setembro, divulgando conteúdos em suas redes sociais e canais de comunicação interna, promovendo o debate e a informação a todos os seus públicos.



Exames importantes do check-up cardiológico

Falta de ar, fraqueza, tontura, pernas inchadas, dor no peito e pontas dos dedos azuladas estão entre os principais sinais que indicam a possibilidade de algum comprometimento das funções cardíacas.

Além disso, caso a pessoa não tenha sintomas como estes, mas deixou de fazer exames durante a pandemia, reduziu a prática de atividades físicas e/ou percebeu aumento significativo de peso neste período, é recomendado realizar avaliação médica.

Confira abaixo quais são os exames que fazem parte do check-up:


Eletrocardiograma – verifica alterações no funcionamento do coração, identificando problemas como arritmias ou princípio de infarto.

Ecocardiograma – ultrassom que ajuda a diagnosticar patologias como sopros cardíacos, pericardites, endocardite infecciosa, cardiopatias congênitas e doenças valvulares, entre outras.

Exames de sangue para acompanhamento das taxas de glicemia, colesterol, triglicérides, troponina, creatinina, sódio, potássio, ureia, CPK e CK-MB.

Teste de esteira – avalia como o coração responde ao esforço físico.

Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) – fornece dados precisos com o monitoramento da pressão arterial por 24 horas.

Holter – checa alterações no ritmo cardíaco por meio de eletrodos, durante 24 horas.

A cardio-oncologista da Rede São Camilo ressalta que os exames são os mesmos para pacientes que têm câncer ou estão em remissão. “O importante é não deixar de fazer os exames de rotina, bem como o de rastreamento oncológico, uma vez que tanto o câncer quanto os problemas cardiovasculares têm muito mais chances de cura com o diagnóstico precoce”, finaliza.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Usa palito para limpar os dentes? Veja por que deve abandonar este hábito

O palito é pouco eficaz na higienização bucal e pode danificar dentes e gengiva


O uso de palitos para fazer a limpeza dos dentes e retirar restos de alimentos ainda é um hábito bastante comum para muitas pessoas. O objeto, geralmente feito de madeira ou plástico, está presente na maioria dos lares brasileiros, sendo disponibilizado também em restaurantes e lanchonetes. Contudo, a higiene oral feita com a utilização desse acessório é mais prejudicial do que benéfica à saúde.

O palito não substitui o uso da escova e do fio dental, que foram desenvolvidos especialmente para fazer a limpeza dos dentes e alcançar as regiões onde o palito não seria suficiente para eliminar a placa bacteriana. Ao contrário do que se imagina, o manuseio do objeto pode machucar a gengiva e danificar o dente.

Marcelo Cavenague, cirurgião-dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) explica que o palito não consegue se adaptar ao formato dos dentes, nem penetrar onde as bactérias se alojam. “O objetivo da higiene bucal é a remoção da placa bacteriana (ou biofilme) que tem uma aderência bastante firme à superfície dental e nada disso é possível com um palito.”

Ao colocar o palito entre os dentes, pressionando-o na tentativa de remover um resíduo de alimento, a ação pode gerar lesões, causando inflamação (gengivite) e até retração gengival, isto é, o recuo da gengiva em relação ao dente. Essa retração faz com que parte da raiz do dente fique exposta, o que pode causar sensibilidade. O uso constante do palito também aumenta as chances de abrasão, que é o desgaste da raiz do dente.

No caso de ausência do fio dental, se a pessoa recorrer ao uso do palito, o seu manuseio deve ser feito de forma delicada. “Uma vez entendido que o palito só serve para remover pedaços de comida que ficaram presos entre os dentes em último caso, quando for usado, deve ser feito com cuidado para não machucar. Após removido o resto de alimento, a função do palito acabou e não adianta ficar esfregando nos dentes, pois ele não se adapta corretamente às superfícies, nem alcança os locais necessários”, reforça o cirurgião-dentista.

Uma higiene eficaz e saudável só é possível com a utilização do material apropriado para a limpeza da cavidade bucal. O emprego de escovas com cerdas macias e fio dental, junto às orientações do cirurgião-dentista são indispensáveis.

“Fazer a limpeza de forma adequada é um processo de aprendizado que deve acontecer com a ajuda de um profissional. A maioria das pessoas faz sua higiene de forma automática e com pouca eficiência e, por isso, a avaliação de um profissional é fundamental para ajustar a necessidade de cada paciente à rotina de higiene”, comenta o doutor.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Retorno às aulas: dermatologistas alertam para o risco da automedicação no tratamento de doenças dermatológicas em crianças

Escutar conselhos de amigos ou parentes ou mesmo a indicação de um atendente de farmácia pode ser um risco para o sucesso no tratamento de doenças dermatológicas que afetam crianças e até adolescentes. Por isso, os médicos lembram aos pais e responsáveis que a automedicação (induzida ou espontânea) deve ser evitada no momento de cuidar de sinais e sintomas que atingem a saúde de pele, cabelos e unhas da população infantojuvenil.

A utilização de fórmulas caseiras (chás, infusões, extratos de plantas), shampoos, pomadas, cremes ou outros medicamentos sem a devida indicação médica pode comprometer o tratamento das doenças que afetam os pequenos. Na avaliação dos especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante levá-los para a avaliação de um especialista, mesmo que de forma preventiva.

"É recomendável um cuidado maior com a saúde desse público em creches e escolas, pois são locais com maior risco de contaminação pelo contato prolongado entre os estudantes. Mas se ocorrer a transmissão de alguma doença, não tente resolver o problema por conta própria. Leve a criança para a avaliação atenta e o acompanhamento de um médico dermatologista", afirma a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Silvia Assumpção Soutto Mayor.


Doenças - Com o retorno gradual às aulas presenciais e às atividades em grupo, a SBD ressalta que as crianças ficam mais expostas a uma série de doenças dermatológicas. Algumas delas são bastante comuns em creches e escolas, como a pediculose do couro cabeludo. Essa doença parasitária, conhecida popularmente como piolho, é transmitida por meio de contato direto e pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal, como bonés, escovas, acessórios de cabelo e toalhas.

Além da pediculose, outras doenças também podem incomodar e exigir cuidados, como micoses, pitiríase versicolor, molusco, impetigo e escabiose. Atenta a esse cenário, a Sociedade Brasileira de Dermatologia faz algumas recomendações aos pais, mães e adultos responsáveis para evitar que esses problemas atinjam as crianças com a retomada da rotina escolar.

Como lembrou a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, os adultos devem ficar atentos à saúde dos seus filhos ou crianças sob sua responsabilidade. "Não deixe de procurar a ajuda de um médico dermatologista, evitando soluções caseiras ou o uso de remédios sem a devida prescrição. Cada paciente deve ser avaliado, segundo suas necessidades, sendo que as dosagens e os períodos de uso dos medicamentes podem variar de paciente para paciente. Lembre-se: o uso indevido pode retardar o tratamento e causar problemas ainda maiores, como alergias e intoxicações", reforçou.

Para se prevenir de dificuldades na prevenção e no combate às doenças de pele, cabelos e unhas que afetam alunos e frequentadores de creches, confira as características dos principais desses problemas dermatológicos e procure ajuda, se necessário.


Escabiose

De contágio exclusivo entre humanos, essa doença surge por conta de contato direto com pessoas, roupas e outros objetos contaminados. Aproximadamente quatro dias após o contato com o ácaro (Sarcoptes scabiei variante hominis) na área infectada, surgem bolinhas que podem vir acompanhadas de bolhas d’água e coçam muito, principalmente à noite. Em geral, essa doença não afeta apenas crianças. Outros membros da família - mesmo os adultos - também podem ser acometidos. O tratamento consiste no uso de medicamentos tópicos que devem ser prescritos por um especialista, que indicará o período e a forma de aplicação. Dependendo da característica do quadro apresentado, também pode ser preciso usar medicamentos sistêmicos. Como a doença é bastante contagiosa, deve ser avaliado o tratamento para todos os contatos próximos a fim de reduzir o risco de complicações, o que reforça a importância do acompanhamento por um médico dermatologista.


Impetigo

Trata-se de uma infecção bacteriana superficial, altamente contagiosa e muito frequente em crianças. As manifestações ocorrem especialmente na face, braços e pernas. O impetigo se caracteriza pela presença de crostas amareladas ou bolhas nas áreas afetadas. Também pode atingir o paciente após algum trauma na pele, como arranhões e pequenos cortes, ou picadas de insetos. Para prevenção, os dermatologistas recomendam manter a pele sempre limpa. Também é aconselhável não coçar lesões. O tratamento pode exigir o uso de antibióticos.


Micoses

Essa doença é causada pela ação de fungos que atingem a pele, as unhas e o cabelo.
A transpiração, o calor e a umidade estão entre os fatores que favorecem o surgimento de micoses, que aparecem com maior frequência em pés, dedos, unhas e virilha. Como forma de prevenção, os médicos dermatologistas recomendam não compartilhar itens de higiene pessoal, secar bem o corpo após o banho e evitar deixar a criança com a pele úmida pelo suor por muito tempo. Também deve-se evitar deixar que as crianças caminhem descalças por áreas públicas, como ginásios, piscinas e praias. Em caso de infecção, o tratamento exige o uso de medicamentos específicos que devem ser prescritos por especialistas no assunto, que farão a escolha de acordo com as características da manifestação.


Molusco

Essa doença é uma infecção viral contagiosa. Se confunde com pequenas espinhas ou bolinhas cor da pele que são indolores e podem estar isoladas ou agrupadas. O contato direto com outra criança com molusco é a forma de contágio mais comum. Para não deixar que o vírus se espalhe para outras partes do corpo, é importante evitar o ato de coçar e mexer nas lesões. É recomendável levar a criança para avaliação do médico dermatologista, que prescreverá o tratamento adequado. Entre as abordagens possíveis estão o uso de medicamentos ou até a remoção cirúrgica das lesões. Dependendo do nível de imunidade da criança, é possível que as lesões regridam ou até desapareçam, mas isso não elimina a importância de uma consulta com o especialista.


Pediculose

Conhecida como piolho, a pediculose é uma doença parasitária bastante frequente em crianças de três a 11 anos. A transmissão ocorre por contato direto. O principal sinal de contágio é a presença de coceira intensa, que pode provocar até ferimentos. Para prevenir, evite o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como pentes, roupas, presilhas, bonés e toalhas. Também oriente seus filhos a não irem com o cabelo molhado para a escola, pois a umidade favorece a proliferação dos insetos. E um lembrete: não existe fórmula, remédio ou preventivos. Além dos cuidados citados, o ideal é não ter contato com crianças infestadas. Assim, caso seus filhos manifestem o problema, avise a escola e siga as recomendações dos médicos para que eles não espalhem a doença.


Pitiríase versicolor

Também conhecida como micose de praia ou "pano branco", essa doença é causada por fungos do gênero Malassezia. Apresenta-se clinicamente na forma de manchas brancas que descamam, especialmente nas áreas muito oleosas do corpo (pescoço, tronco, rosto) e no couro cabeludo. Os médicos dermatologistas avisam: a família deve ficar atenta aos sintomas dessa manifestação em crianças e adolescentes. Caso surjam, o especialista deve ser procurado o mais rápido possível para fazer o diagnóstico e dar início ao tratamento, que pode implicar na administração de medicamentos antifúngicos tópicos ou orais.

 

360° Comunicação Integrada


11 dicas para auxiliar nas mudanças climáticas x imunidade!

Amanhece frio, à tarde faz sol e à noite geada. Quem é que aguenta? Esse inverno está ainda mais confuso que os demais e sem contar com a pandemia de tira-a-colo.  

Vacina contra a gripe e contra Covid-19. Remédios, vitaminas. Como será que dá para se prevenir e cuidar da imunidade com esse tempo tão instável? O Dr. Alexandre Colombini não tem a receita mágica não, mas ele elencou 11 dicas para o dia a dia e alerta sobre os cuidados essenciais para crianças, jovens e idosos, sem contar aquele grupinho que tem alergias e problemas crônicos respiratórios o ano todo.

“É bastante comum no inverno, com as sucessivas frentes frias, muitas pessoas sofrerem com alergias respiratórias, que aumentam em 40% a incidência, por conta das oscilações climáticas e do que o corpo humano tem que fazer para equilibrar sua temperatura interna. O grande vilão aqui não é só o vírus, mas o ar frio e a poluição do ar. Tomar as vacinas é fundamental, por que diminui o risco de complicações como pneumonia ou fatalidades e agora de problemas mais sérios do coronavirus,  mas são a frente fria, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar que contribuem para o aumento das alergias respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. O que leva à redução dos mecanismos de defesa do organismo, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma e bronquite”, alerta o otorrinolaringologista.
 
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde, as alergias atingem, em média, 30% da população mundial. Porém, durante o inverno a atenção deve ser ainda maior. Por conta da inversão térmica, quando uma camada de ar frio, que é mais pesada, acaba descendo à superfície terrestre e impedindo que o ar quente, mais leve e que por isso fica retido acima, promova a circulação deste ar, aumentando a concentração de poluentes bem próximos de nós, o que resulta na irritação das vias respiratórias. 

Dr. Alexandre explica que, como a temperatura interna do nosso corpo deve ser em torno de 37 graus, em dias muito frios ocorre a vasoconstrição que desloca o sangue para o centro, deixando as extremidades mais frias, a fim de manter os órgãos e músculos em funcionamento, mais aquecidos. Já, através da respiração, há grande perda de água e calor.  Segundo o médico, quando as vias respiratórias são atingidas por um ar mais seco e frio há uma piora do sistema respiratório por que ele deve trabalhar sempre úmido para que haja a correta produção de muco no qual estão as enzimas e anticorpos protetores. 


Segundo ele, estima-se que cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica.

11 Recomendações do Dr. Alexandre Colombini. Confira: 

1- Beba bastante água: o ideal é ingerir dois litros por dia para manter o organismo hidratado. Isso vai ajudar muito a hidratar as vias respiratórias também.

2- Faça limpeza nasal com solução fisiológica ao menos duas vezes ao dia. Caso trabalhe em ambiente com ar condicionado, redobrar o uso por que ele resseca ainda mais as vias respiratórias.

3- Umidifique o ar seja com aparelhos próprios para isso ou mesmo com toalhas úmidas e/ou grandes bacias para que haja uma grande superfície a ser evaporada para tornar o ar mais úmido.

4 – Guarde os brinquedos de pelúcia em embalagens à vácuo depois de higienizados.

5 - Procure manter os ambientes arejados.

6 - Evite usar vassouras para limpar a casa, pois elas podem espalhar a poeira. Prefira panos úmidos.

7 - Troque a roupa de cama a cada semana.

8 – Tente ter uma boa alimentação balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.

9 - Lave as mãos com álcool gel e evitar o contato com a boca, nariz ou olhos,  por são portas de entradas dos vírus e bactérias.

10- Tenha um bom sono e um bom descanso, se possível.

11- Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar. Ao espirrar, coloque um lenço ou a mão só se puder lavá-la em seguida, ou vai transmitir a doença assim que tocar qualquer superfície.
- Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
 

Os vírus da gripe podem ficar até cerca de três dias em superfícies impermeáveis como corrimão, metrô, trem, uma maçaneta de uma porta, sabia? Mouses, touchpads e teclados de todo o tipo também armazenam vírus, por isso ele recomenda evitar usarmos de outras pessoas, ou sempre lavar as mãos com álcool gel após utilizarmos.
 
“Já aqueles que são alérgicos ou que têm rinite alérgica, bronquite ou asma são mais sensíveis nessa época do ano e sofrem mais. Devem previamente consultar o médico para poderem se fortalecer, evitando quadros mais graves", finaliza o especialista.




Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

A origem psicológica do mau hálito

Conheça uma das fontes dessa condição


O mau hálito é uma condição que afeta 40% da população mundial, segundo a OMS. Embora muitas vezes se pense que esse problema está relacionado somente à falta de higiene bucal, ele também pode estar ligado aos problemas emocionais.

Segundo a cirurgiã dentista presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, “o estresse é uma das grandes causas da halitose. Apesar do desconhecimento sobre isso, o mau cheiro bucal ligado ao estresse é decorrente da diminuição na produção salivar”. Assim, nem sempre a ocorrência do mau hálito está ligada a algo que foi consumido ou a uma falha de higienização.

Isso ocorre porque momentos diários que possam ser estressantes ou deixar a pessoa nervosa, ocasionam a boca seca pela descarga de adrenalina no organismo. Desse modo, com a pouca salivação, ocorre a descamação das células epiteliais da mucosa bucal, que podem ser depositadas na parte posterior da língua e ali sofrem uma decomposição por bactérias que existem neste dorso lingual, causando o mau hálito.

Dessa forma, a Dra. explica que “em outras palavras, o estresse causa a boca seca e a boca seca causa a alteração de hálito”. Assim, para evitar o mau hálito em decorrência do estresse, é importante combater a boca seca. Para isso, beber bastante líquidos diariamente e mascar chicletes sem açúcar para estimular a salivação pode ajudar.

Não só beber mais líquidos, é essencial também que se reduza ao máximo o consumo de bebidas como café, álcool e chá, já que promovem a desidratação. Para finalizar, a cirurgiã dentista ainda relembra que o básico funciona: “cuidar da higiene bucal escovando os dentes após todas as refeições, usando o fio dental ao menos uma vez ao dia e higienizando corretamente a língua são atitudes que tendem a manter a saúde bucal e o hálito agradável”.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose. Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva

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Setembro laranja, como fugir da cultura da obesidade

Pediatra desmistifica ideia de que estar "cheiinho" é sinal de saúde na infância


O ato de comer é fundamental para o bom funcionamento do organismo. É preciso ingerir nutrientes e calorias para manter a saúde. No entanto, com o passar dos anos o comer também se tornou um ato social e acabou, com isso, perdendo a boa prática da saúde.

Prova disso é que muitos de nós crescemos ouvindo que a gestante deve "comer por dois", que a criança deve "rapar o prato para crescer" e assim por diante. "Nossa cultura ainda busca o comer bastante para ficar saudável e constatamos isso quando vemos a alta incidência da queixa ‘meu filho não come’ nos consultórios pediátricos", destaca Dra. Renata Anicetto, pediatra da SBP e membro da Liga da Cozinha Afetiva, que diz que as frases automatizadas do dia a dia reforçam, na verdade a cultura da obesidade.

Segundo a médica, não é porque a criança está em crescimento que significa que precise comer mais. Desde a amamentação o bebê já tem a capacidade de modular a quantidade de leite sugada de acordo com o tamanho da fome. Por isso, é essencial saber respeitar a regulação de fome e saciedade de cada um - algo natural e individual.

Pais e cuidadores também devem evitar barganhas cuja recompensa é comida. "Ao invés de falar ‘se você se comportar, te dou um sorvete’, use ‘vamos jogar bola no parque’. Assim, não associamos o comer à recompensa e ao prazer exclusivamente", propõe a pediatra.

Dra. Renata lembra que, segundo dados da UNICEF, o sobrepeso e a obesidade são frequentemente identificados em crianças de 5 anos em todos os grupos de renda, bem como em todas as regiões brasileiras. Isso se explica, em parte, porque alimentos industrializados passaram a ser parte da rotina alimentar e houve diminuição na prática de atividade física. "Esse quadro faz com que uma em cada três crianças de 5 a 9 anos possua excesso de peso no Brasil. Entre os adolescentes, 17,1% estão com sobrepeso e 8,4% já são considerados obesos", alerta.

A médica lembra as recomendações do Guia Alimentar do Ministério da Saúde como uma das maneiras de combater a cultura da obesidade:

• Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.

• Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.

• Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras bebidas açucaradas.

• Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além do leite materno.

• Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até 2 anos de idade.

• Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.

• Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.

• Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.

• Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.

• Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.

• Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.

• Proteger a criança da publicidade de alimentos.

 



LIGA DA COZINHA AFETIVA

@ligadacozinhaafativa

 

Dra. Renata Aniceto - CRM 88006  • Médica formada pela Faculdade de Medicina do ABC • Pediatria e Hematologia pela FMUSP /SP • Especialização em Nutrologia pela ABRAN /SP e Nutrologia Pediátrica pela Boston Medicine University • Atua em consultório pediátrico,atendendo gestantes,crianças e adolescentes através do olhar da Medicina Preventiva. • Empreendedora e criadora de conteúdo digital em saúde,em 2008 criou o projeto "Cozinha Experimental -da teoria à prática ". Através de cursos práticos com enfoque em Medicina culinária e Nutrição Afetiva, capacitou centenas de mães e de médicos pediatras no que há de mais atual em alimentação infantil. • Seu conhecimento e experiência na área valeram um convite para fazer parte da "Liga da Cozinha Afetiva", o qual enxergou como uma grande possibilidade de expandir conceitos em alimentação, saúde,estilo de vida e afeto.

  

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