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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

As lições de liderança no esporte para o mundo corporativo

Liderança e esporte
Divulgação
Nas madrugadas, acompanhando os Jogos Olímpicos de Tóquio, vibrei com a medalha de prata conquistada no skate pela “fadinha” Rayssa Leal. Com Rebeca Andrade, na ginástica artística, Ítalo Ferreira, primeiro campeão olímpico no surfe, e tantos outros atletas, vivi a emoção dos que chegaram ao tão sonhado pódio. Enquanto torcia pelo show de altas performances atléticas, que tornaria o meu dia seguinte mais vibrante, eu pensava no esporte como minha primeira grande escola de liderança.

Por quase nove anos fui jogadora de voleibol em um clube na cidade de São Paulo. O vôlei, justamente, me estimulou não apenas a competir, como também a liderar.

As lições de liderança que o esporte ensina são surpreendentes. Quando saio das quatro linhas da quadra e me lanço no mundo corporativo, vejo inúmeras conexões entre as modalidades esportivas e o ofício de liderar.

No esporte, as regras são claras e a competição é baseada em alta performance. No ambiente corporativo, as normas do jogo podem variar de acordo com a atuação do juiz, que no caso é o gestor.

Os “atletas” corporativos deveriam jogar no mesmo time. A realidade, porém, se mostra diferente. Em muitas situações, estes jogadores se transformam em adversários, esquecendo que estão disputando o mesmo campeonato.

Embora este comportamento não seja via de regra no time empresarial, reúno aqui algumas lições de liderança que o esporte pode proporcionar.

 

Sete lições de liderança inspiradas no esporte

  1. 1. Treine diariamente com disciplina para ter eficiência e atingir resultados:

Exercitar a alta performance é compromisso diário no mundo corporativo. Mas o que fazer quando não nos sentimos plenos para desempenhar nossas tarefas? O profissional precisa saber que sempre tem a alternativa de “ficar no banco”. Fora das “quatro linhas”, este é um lugar para reflexão e mudança de atitude. Vale lembrar que em uma empresa o jogo é para valer, com placares positivos a atingir. E que nunca nos esqueçamos: há uma imensa plateia sempre atenta à nossa atuação.

  1. Competição colaborativa valoriza habilidades individuais e a somatória do todo:

Sem disciplina, persistência e determinação, qualquer treino é inútil para aprimorar a técnica profissional. Por isso, dar prioridade aos compromissos laborais é fundamental. A maneira como encaramos as exigências, as regras e os desafios nos impactam como pessoas, mas reflete, decisivamente, no desempenho de nossa equipe.

  1. Resiliência para seguir em frente, mesmo quando não vencemos o jogo ou a negociação:

Qualquer time, por mais preparado e coeso que seja, está sujeito a sofrer uma derrota. Mas independentemente da tristeza e da frustração, a dignidade deve ocupar sempre o topo do pódio de uma equipe. E cumprimentar nossos rivais, de cabeça erguida, é uma atitude esperada de nossa parte.

  1. Competição comigo mesmo para ser melhor hoje do que ontem:

O aprimoramento deve ser o nosso norte. Um profissional não deve se furtar a competir consigo mesmo sempre em busca da melhor gestão e dos bons resultados. Ao mesmo tempo, é preciso ter consciência de que individualmente não se ganha o jogo. Em uma equipe, é fundamental reconhecer, compreender e respeitar as forças e fraquezas de cada jogador. Um time é a somatória de habilidades e talentos. Quanto mais sinergia mais vitórias somamos.

  1. Respeito às individualidades:

No universo corporativo, todos são nossos concorrentes, inclusive as pessoas com quem mantemos laços de amizade. Jogo é jogo. Mas fora do campo, deve haver espaço para as semelhanças. E mesmo não existindo afinidade, é preciso respeitar cada pessoa em suas peculiaridades e entendimentos do mundo.

  1. Celebre a impermanência do momento presente:

É fundamental comemorarmos todas as vitórias, respeitando sempre o time perdedor. Além de celebrar, devemos agradecer e ao mesmo tempo estar preparados para lidar com frustrações e perdas.

  1. Um jogo é só um jogo:

Perder uma partida não é o fim do mundo. Afinal, um jogo é apenas um jogo. Precisamos, sim, ter em mente que haverá oportunidade para treinar, aprimorar as técnicas e táticas e transformar as situações para vencer a competição.

No esporte, aprendi a viver sob estresse, submetendo-me à pressão da arquibancada, dos técnicos e do parceiro de jogo, que torcia pelo erro para ocupar a minha titularidade na quadra.

No universo do trabalho, especialmente quando se fala do comportamento de alguns parceiros laborais, não há diferença. Nem todos torcem por você e muitos almejam sua posição e seu cargo.

Em minha atividade profissional, a concentração, o foco e o simples respirar, pausado e consciente, sempre foram meus aliados no momento de assumir riscos, pensar diferente e surpreender o time adversário. Mas lembre-se: o tamanho do risco será sempre seu e as jogadas rápidas e inusitadas podem trazer a vitória, assim como a derrota.

Como contei antes, por alguns anos joguei vôlei. E também fui, por muito tempo, capitã do time. Tecnicamente, eu não era a melhor, a mais alta, a mais ágil. Mas me destaquei por saber lidar com as pessoas, pela facilidade no relacionamento interpessoal e por ajudar na mediação de conflitos. Mesmo diante de um placar de 10x0, minha disposição para liderar e incentivar o time a nunca desistir sempre fez a diferença para a equipe.

Esta escola de liderança esportiva também me leva a sonhar. Penso no dia em que seja obrigatório a todos os líderes terem vivência em esportes coletivos competitivos. Certamente, a conquista do pódio irá além da vitória. Estaremos, sim, diante de uma experiência transformadora disputada nas quatro linhas do mundo corporativo.

 

Ligia Costa - Escritora, palestrante e pesquisadora. Fundadora do Thank God it’s Today, agência dedicada a desenvolvimento humano e promoção de Inteligência Emocional e Mindfulness para equidade de gênero, diversidade e inclusão, é precursora no Brasil do Movimento “Liderar com Amor Gera Lucros”. Graduada em Marketing pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em Gestão Organizacional e Relações Públicas pela ECA-USP. Também é certificada em Mindfulness pelo Centro de Felicidade do Butão. Professora na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ESSP), tem no currículo certificação em Neurociências, Inteligência Emocional e Mindfulness pelo instituto SIYLI, criado no Google, na Califórnia, e reconhecido em mais de 50 países com programas e eventos direcionados a dezenas de milhares de profissionais.Com atuações destacadas na LucasArts, de George Lucas, no Vale do Silício, Estados Unidos, trabalhou durante 18 anos como executiva em multinacionais. Teve passagens por grandes empresas, como Ogilvy Mather, Neogama BBH e Brasil Telecom. Dirigiu o marketing do Yahoo para a América Latina, liderando equipes em oito países.Em 2012, Ligia Costa foi eleita executiva em tecnologia destaque pelo jornal Valor Econômico

Dia da Amazônia: 5 curiosidades incríveis sobre um dos biomas mais ricos e diversos do mundo para o turismo sustentável

Turista, contemplando uma castanheira na Reserva Cristalino Lodge
Cristian Dimitrius


Queridinha dos “gringos” e muito pouco explorada pelo turista brasileiro até então, a Floresta Amazônica segue em alta nesta retomada do turismo. Além da vantagem de ser um destino de natureza, isolado de grandes centros, o bioma esconde em seus domínios uma série de curiosidades incríveis que só reforçam a importância deste precioso ecossistema para o meio ambiente como um todo.

E com um dia para chamar de seu, celebrado no próximo dia 5 de setembro, o hotel Cristalino Lodge, um dos melhores ecolodges do mundo segundo a National Geographic Traveler, situado no município de Alta Floresta, MT, sul da Floresta Amazônica, listou algumas curiosidades surpreendentes sobre o bioma.

Confira:


- Tamanho que impressiona!

Floresta Amazônica, visto do alto de uma das torres de observação do Cristalino Lodge, no MT
João Paulo Krajweski

Cerca que de 60% de todo o território brasileiro é ocupado pelo bioma Amazônico, que se faz presente também em nove estados diferentes, sendo: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins. São cerca de 6,9 milhões de km², que compreendem, além do Brasil, outros oito países, como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.  

 

- Biodiversidade variada

Macaco-aranha-de-cara-branca, na Reserva Cristalino Lodge
João Paulo Krajewski

A Amazônia abriga a maior e mais diversificada biodiversidade do mundo, com incontáveis espécies de animais e plantas que sequer puderam ser estudadas ainda. Segundo estimativas, acredita-se que cerca de 20% de toda a fauna do planeta viva na Amazônia. Destaque para algumas espécies endêmicas, como o imponente Gavião-Real, também conhecido como Harpia, o macaco-aranha-de-cara-branca, e a suçuarana, que vez ou outra, podem ser avistados na Reserva Cristalino Lodge.  

 

- Um nação no top 10

 

Reserva Cristalino Lodge, no sul da Floresta Amazônica,
João Paulo Krajweski

Se a Amazônia fosse um país independente, ela seria o 6º maior do mundo em extensão territorial. Um terço de todas as árvores do mundo estão na região.

 

- Água que não acaba mais

Rio Cristalino, no Sul da Floresta Amazônica
João Paulo Krajewski

Além de abrigar a maior bacia hidrográfica do mundo, com mais de 7 milhões de km², a Amazônia abriga ainda o segundo maior rio do planeta, o Rio Amazonas, atrás apenas do Rio Nilo, no Egito. São incríveis 6.400 quilômetros de extensão e mais de 1.100 afluentes.


- Preserve!

Amanhecer na reserva Cristalino Lodge
João Paulo Krajewski


Nos últimos 50 anos, cerca de 17% de todo o bioma amazônico foi devastado por ações diretas ou indiretas do homem. São mais de 729.781,76 km² de áreas afetadas, incontáveis árvores ceifadas e espécies prejudicadas. Preserve. Respeite a natureza. Fomente o turismo sustentável.

 

Sobre o Cristalino Lodge

O Cristalino Lodge é um destino privilegiado na Amazônia para amantes da natureza. O hotel está localizado em Alta Floresta-MT, em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de 11.399 hectares – uma área seis vezes maior do que o arquipélago de Fernando de Noronha. Só de aves, são 595 espécies diferentes já catalogadas, muitas delas raras para a ciência. A alta biodiversidade da região atrai turistas do mundo todo em busca de conforto e contato com a floresta autêntica no coração do Brasil.

O Cristalino possui 18 acomodações com lençóis Trousseau 300 fios, amenidades Granado, duas torres de observação de 50m de altura, atividades como trilhas de passeios guiados, canoagem e banho de rio no deck flutuante. Todos os quartos são abastecidos com energia solar, garantindo conforto e bem-estar. Desde 1990, a Fundação Ecológica Cristalino contribui com o lodge no desenvolvimento de programas de conservação, educação e pesquisa em prol da biodiversidade. Eleito pela National Geographic Traveler como um dos 25 melhores ecolodges do mundo, o Cristalino recebeu o certificado GreenLeaders TripAdvisor na categoria Platinum e foi vencedor do Sustainable Vision Award pela Brazilian Luxury Travel Association - BLTA.

 

 

CRISTALINO LODGE
Alta Floresta, Mato Grosso
Fones: +55 (11) 3071-0104,

+55 (66) 3521-1396
www.cristalinolodge.com.br
e-mail: office@cristalinolodge.com.br

Formulário de reservas: http://cristalinolodge.com.br/pt/reservations/booking-form/


Preço médio do diesel fecha agosto com nova alta, e diferença desde o menor valor do ano chega a 23%, aponta Ticket Log

Preço do litro ficou 0,64% mais caro no fechamento do mês, comercializado a R$ 4,834


De acordo com o último levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), o mês de agosto se encerra com mais um período de alta para o diesel, avanço de 0,64% em comparação a julho. Desde o início do ano as bombas de todo o País registraram aumentos consecutivos para o combustível, e o diesel S-10 também ficou 0,58% mais caro, comercializado a R$ 4,888.

“Como já era previsto, mais um período se encerra com alta para o diesel, e no caso do comum, quando comparamos a média do mês de agosto, com o menor valor registrado no ano, que foi em janeiro, com o litro a R$ 3,93, a diferença chega a 23%”, pontua Douglas Pina, Head de Mercado Urbano da Edenred Brasil.

Em todas as regiões brasileiras, tanto o diesel comum quanto o tipo S-10 apresentaram aumentos no preço médio no fechamento do mês. Assim como na primeira quinzena de agosto, no Nordeste foram registradas as altas mais significativas, de 0,85% para o tipo comum, e 0,68% para o S-10.

A Região Norte lidera o ranking dos preços médios mais altos, com o diesel comum a R$ 5,039, e o diesel S-10, a R$ 5,104. No Sul, os valores mais baixos por litro foram registrados: o tipo comum foi comercializado a R$ 4,467, e o tipo S-10, a R$ 4,498.

O diesel comum mais caro do País foi encontrado no Acre, a R$ 5,746, avanço de 0,47% no comparativo com julho. Já no Paraná, o preço médio mais baixo foi registrado pelos postos, a R$ 4,394. O cenário no recorte por estado é o mesmo para o diesel S-10, comercializado nos postos acreanos a R$ 5,705, e nos postos paranaenses, a R$ 4,424.

Os maiores aumentos dos preços médios foram registrados no Sergipe, de 2,54% no caso do diesel comum, e de 1,43% do tipo S-10. O Rio Grande do Norte foi o estado no qual o valor médio recuou, 0,48% o tipo comum, e 0,49%, o tipo S-10, na comparação com o fechamento de julho.

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 


Ticket Log  

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Edenred

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Reabertura dos estádios: no olho do furacão

Mais de quarenta dias depois do jogo final da Copa América no Brasil, estamos diante de um novo dilema quanto à reabertura de estádios de futebol para o público. Os clubes não vão poder colocar dentro das arenas um número igual de torcedores, mas a maioria deve ter, no máximo, entre 20% e 40% da capacidade dos estádios, e alguns vão exigir resultado de exame negativo para covid-19 ou comprovante de vacinação. É esperado que em algum momento vamos voltar à vida normal. Mas, é possível saber quando?

Em 2020, imaginávamos que a pandemia passaria em alguns meses. Mas hoje sabemos que era uma previsão mais emocional do que racional. Em Curitiba, mais até do que em outros lugares, a lembrança da pandemia da gripe de 2009 é bastante revivida. Quem passou por esse período na linha de frente dos hospitais, lembra que os tempos mais difíceis duraram menos de um ano, e essa experiência nos dava a esperança de que em 2020 seria parecido. Na ingenuidade desse começo da pandemia, não levamos em conta que o vírus do H1N1 era “parente” do vírus da gripe de 1918 e que já existia uma memória imunológica na população. Além disso, a vacina para outros tipos de gripe já é produzida há mais de 50 anos, portanto, o surgimento do imunizante seria apenas uma questão de tempo. Depois de 16 meses estudando o coronavírus, já não somos mais tão ingênuos. A velocidade de disseminação, a severidade da doença e a suscetibilidade da população são muito maiores para a covid-19 do que para o H1N1. O cenário mais provável é que devemos ficar com o coronavírus circulando entre nós para sempre, porém, causando casos com menos gravidade ao longo do tempo.

Algo que aprendemos é observar o que acontece em outros países. Em janeiro de 2021, nos Estados Unidos, o número de doentes entrou em uma curva acentuada de queda, e isso ocorreu alguns dias após o início da campanha de vacinação. Nesse momento, o país tinha menos de 10% da população vacinada, quantidade insuficiente para ter impacto na transmissão. Ainda é um mistério por que a curva de casos se comportou dessa maneira, mas é fato que ascensão e queda rápidas ocorrem periodicamente. O que se seguiu foi uma onda de euforia e a impressão que a pandemia tinha terminado. Até então obrigatório, o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais passou a ser opcional em alguns estados e a vida voltou praticamente ao normal. Em abril, por exemplo, mais de 40 mil torcedores assistiram a um jogo de baseball no Texas, sendo esse o primeiro com estádio 100% ocupado nos EUA. Mas em julho, os casos voltaram a aumentar e agora dobram a cada 15 dias, em ascensão logarítmica mais uma vez. Assim como ocorre na Europa e em Israel. Sem entender por que isso ocorre, tentar acertar o dia que a pandemia vai terminar é como prever o tempo com 6 meses de antecedência.

Como o vírus precisa de contato próximo para ser transmitido, aglomerações são facilitadores da transmissão. Nesse aspecto, mais de 40 mil pessoas circulando pelo mesmo espaço soa como um comportamento arriscado. É claro, podemos diminuir as chances de contágio. As pessoas podem circular por corredores diferentes, ser testadas antes de ir ao estádio, ficar em ambientes abertos, todas com máscara, sem contato próximo... Quanto tempo até que as transmissões dos jogos possam mostrar torcedores agarrados, comemorando um gol, um título? Quem vai impor obediência às regras? Os clubes? Eles estarão mais preocupados em evitar a transmissão da covid-19 ou em garantir que seus clientes tenham bons momentos?

Hoje, estamos no “olho do furacão”; a chuva passou e o vento diminuiu, mas isso não quer dizer que não haja mais tempestade. Só não vamos repetir a história de EUA e Europa por milagre. Deveríamos nos beneficiar da experiência de outros países e nos permitir observar o que vai acontecer nos próximos meses antes de retomar atividades com maior risco de transmissão e menor benefício para a população.

 

Marcelo Abreu Ducroquet - infectologista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo.

 

Como garantir sua aposentadoria com tranquilidade em Portugal

Quando um cidadão brasileiro decide morar em Portugal, ou vice e versa, é preciso fazer diversos planos para que a sua qualidade de vida seja ainda melhor no país de destino. No entanto, raramente é colocado no papel um ponto de extrema importância, cujo desconhecimento pode jogar fora tudo o que foi construído durante sua carreira: a aposentadoria. Dessa forma, quem trabalhou para construir uma vida no exterior pode acabar perdendo uma ótima oportunidade de agregar esse período na previdência por mera falta de informação.

Brasil e Portugal são países irmãos e têm acordo internacional bilateral de previdência. No entanto, essa reciprocidade tem seus prós e contras. Ao optar por residir em Portugal pelo acordo, você vai ter 25% de imposto recolhido na fonte, no benefício concedido no Brasil, mais a conversão da moeda. Ou seja, a moeda Real será convertida para Euro, achatando o benefício.

Além disso, o benefício previdenciário só é meado em caso de utilizar o acordo internacional, cada país pagará referente à cota parte que recebeu de contribuição. Já no caso da aposentadoria concedida com tempo trabalhado 100% no Brasil, o valor da renda mensal inicial não pode ser inferior ao salário mínimo. O que ocorre é no recebimento deste benefício brasileiro em Portugal: o desconto é realizado na fonte aqui no Brasil dos 25% a título de Imposto de Renda e a conversão da moeda.

Mas a boa notícia é que o acordo é facultativo e um advogado especializado no assunto vai poder ajudar você no planejamento previdenciário internacional analisando se é viável aderir ao acordo, com base no seu histórico profissional, idade e tempo de contribuição. Existem diversos casos. Por exemplo, se você requerer o benefício em Portugal usando o acordo vai receber parte do valor em Real e parte em Euro na mesma proporção do período trabalhado nos dois países.

No caso de jovens, as possiblidades são maiores pois podem recolher por mais tempo em Portugal e ainda manter o recolhimento de forma facultativa no Brasil, garantindo os dois benefícios autônomos.

Assim, um especialista pode ajudar você a elaborar um planejamento previdenciário de acordo com cada situação, incluindo todos os procedimentos necessários, como somar o tempo trabalhado no Brasil, Portugal ou ainda um terceiro país, a conversão da moeda em caso de opção por recebimento no exterior, e como isso vai impactar na hora da aposentadoria. Somado a isso, ainda é importante conhecer os impostos descontados em ambos os países e quais as coberturas previdenciárias especificadas no acordo internacional, comparando assim as diferenças em relação aos do Brasil, com um benefício 100% brasileiro.

Sabemos que começar a vida em outro país não é fácil, e envolve muitas outras preocupações. Portanto, ter alguém para orientar e nortear quando o assunto é previdência, além de render uma enorme economia de tempo, permitindo que você foque em outras preocupações, ainda evita o risco de ter deixado um detalhe importante passar despercebido, comprometendo sua renda futura proveniente da aposentadoria e sua qualidade de vida.

 

Dra. Priscila Rebanda - advogada, especialista em Direito Previdenciário e Direito Previdenciário Internacional Brasil – Portugal e Nacionalidade Portuguesa. É pós-graduada em Direito Previdenciário e Direito e Processo do Trabalho e mentora no Curso Bora Morar em Portugal, da Taíssa Souza, idealizadora do canal do YouTube Bora Morar Fora.


Dicas de como escolher o melhor plano de saúde

Quem leva saúde a sério faz investimento em si próprio e nas pessoas que ama, portanto, estudar o que o plano oferece é uma maneira de aproveitar ao máximo o investimento e os benefícios. E pensando nisso sugiro quatro dicas estratégicas para quem deseja contratar um bom plano de saúde.

1- Abrangência ou localização

Na hora de escolher um plano, é importante saber se ele atua em clínicas e hospitais próximo a você, pois não resolveria um plano oferecer muitos benefícios se você tiver que se deslocar muito além do viável para aproveitá-los.

2- Selecionar a cobertura

Você precisa saber quais serviços o plano inclui e se de fato elas são necessárias para sua família. Supondo que seja um casal de idosos, o ideal é a cobertura ambulatorial que cobre atendimentos em clínicas ou consultórios, exames, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais ou a cobertura hospitalar sem obstetrícia, com prestação de serviços em regime de internação hospitalar, exceto de atenção ao parto.

Para outros perfis, também existe a opção de cobertura hospitalar com obstetrícia, incluindo prestação de serviços em regime de internação hospitalar, atenção ao parto, além de assistência ao recém-nascido até 30 dias após parto.

Outra opção é o plano Referência, que engloba assistência médico-ambulatorial com obstetrícia e acomodações em enfermaria.

3 - Preços e reajustes

O valor do plano vai depender dos serviços oferecidos. A idade e o histórico de saúde também interferem no preço. Quando mais idade, maior a possibilidade de a pessoa usar serviços de saúde com frequência. Quem tem doenças preexistentes, como diabetes, problemas coronários, hipertensão e inúmeros outros também tendem a pagar um valor maior.

4 – Peça ajuda a um especialista

Procure um especialista para te ajudar a identificar qual é a melhor opção de acordo com o perfil familiar e verifique se a empresa oferece algum benefício ao entrar no plano. Na Lion Saúde, por exemplo, além disponibilizar atendimento personalizado para cada cliente e necessidade, a corretora de seguros e planos de saúde também oferece descontos de até 30%. Também há a opção de incluir a contratação de planos odontológicos com excelente custo-benefício.

 

Ricardo Oliveira - sócio fundador da Lion Saúde e especializado em Direito Securitário para planos de saúde.

Estudo inédito mostra importância do cooperativismo de crédito para gerar inclusão financeira

Pesquisa do Sicredi envolveu a criação de índices que buscam identificar, por exemplo, a atratividade de municípios para se instalar uma agência por instituições financeiras de diversos perfis


O cooperativismo de crédito vem desenvolvendo papel relevante para proporcionar acesso a serviços financeiros completos à população de municípios considerados menos atrativos para manutenção de agências para bancos atuarem. É o que mostra o terceiro estudo da série “Benefícios do Cooperativismo de Crédito”, organizada pelo Sicredi. O trabalho avaliou a atuação dos bancos privados, públicos federais e regionais, e instituições financeiras cooperativas entre 2010 e 2018, gerando índices que mostram o nível de dificuldade para a atuação física das instituições em cada município e como elas se comportam nesse cenário.

Partindo da constatação de que que os municípios brasileiros possuem características sociais, econômicas e territoriais diferentes, e, portanto, tendo diferentes níveis de atratividade para a inserção física de uma instituição financeira com portfólio completo de soluções, o estudo buscou quantificar e tornar comparável o esforço necessário para a atuação nas localidades. Para isso, a equipe de economistas do Sicredi desenvolveu o Índice de Presença Bancária (IPB), que reflete a probabilidade de não se ter uma agência em determinada cidade, e os Índices Municipais de Bancarização (IMB) relativo e absoluto, que conseguem, a partir do IPB, demonstrar o nível de penetração das instituições em municípios de difícil atuação, assim como mostrar a contribuição agregada da presença.

Os resultados trouxeram evidências de que, comparada às demais, a rede de atendimento cooperativo está em locais de mais difícil bancarização, ou seja, em regiões que são mais complexas para a rede bancária conseguir operar. 

“Tendo em vista a necessidade ainda grande de bancarização dos brasileiros, mesmo com todos os avanços proporcionados pela digitalização, desenvolvemos um estudo para quantificar e tornar comparável o esforço das cooperativas de crédito em atuar em locais mais adversos. Os resultados reafirmam a capacidade do cooperativismo de crédito como um meio diferenciado para levar serviços financeiros completos para a população dessas cidades”, explica o economista-chefe do Sicredi, Pedro Ramos.

O economista também ressalta características do cooperativismo de crédito que favorecem a bancarização. “Ao atuar em locais de difícil acesso para a rede bancária, as cooperativas acabam sendo uma solução para atender as necessidades de pequenos e micros empresários nessas regiões, contribuindo com o desenvolvimento local. Além disso, trata-se de um modelo de negócio que se diferencia pela proximidade com os associados, oferecendo atendimento completo, com ampla gama de produtos e serviços financeiros, mas tendo um papel consultivo junto a cada um deles”, afirma Ramos, que ainda destaca o fato de os sistemas cooperativos terem hoje todas as principais soluções digitais disponíveis. 

“O conceito de relacionamento que empregamos é fisital, no qual o atendimento está disponível por meio dos canais móveis e os nossos associados têm a alternativa de utilizar a agência para necessidades específicas e conforme sua conveniência, fortalecendo a relação dos nossos colaboradores com as comunidades onde estamos inseridos”, explica o diretor de Administração do Sicredi, César Bochi.


Metodologia inovadora: um pouco mais sobre os indicadores

Para chegar às conclusões mencionadas acima, a equipe do Sicredi criou indicadores inéditos. O IPB, que se baseia em dados socioeconômicos de cada município, do período entre 2010 e 2018, indica a probabilidade de não se encontrar uma agência física nele. Para isso, confere uma nota à cada cidade avaliada, que varia entre 0 e 1 e representa a dificuldade de manutenção de uma agência bancária naquela localidade de acordo com as suas características socioeconômicas. Os IPBs mais elevados, próximos de 1, indicam locais mais adversos para a instalação e permanência de uma agência física. Assim, foi possível detectar, por exemplo, que embora possam ser encontrados em todo o território nacional, há uma concentração maior de municípios com alto IPB nas regiões Norte e Nordeste. 

Também foram criados dois indicadores analíticos, com o objetivo de avaliar o papel dos modelos de negócio das instituições financeiras (bancos privados, bancos públicos federais, bancos públicos regionais e sistemas cooperativos) na cobertura de municípios de maior dificuldade de manutenção de redes físicas de atendimento, ou seja, com IPB elevado. Foram atribuídos a estes indicadores os nomes de Índice Municipal de Bancarização Relativa (IMB-R) - quanto mais elevado, mais o modelo de negócio se concentra em municípios de difícil manutenção - e Índice Municipal de Bancarização Absoluta (IMB-A) – quanto mais elevado, mais forte é a atuação daquela categoria de instituição financeira na expansão da fronteira de atendimento bancário brasileiro.


Estudos anteriores

O estudo recém-lançado vai ao encontro de outra pesquisa, desenvolvida em 2020 a pedido do Sicredi pelo especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico, Juliano Assunção, pesquisador do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Na ocasião, foi constatado que, enquanto bancos tradicionais têm em média um limite mínimo de 8 mil habitantes para abrir uma agência, uma cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. A comparação em termos de renda também chamou atenção, apontando que as cooperativas conseguem operar em cidades com PIB a partir de R$ 79 milhões, enquanto para os bancos públicos é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões e para um banco privado, de R$ 220 milhões.

Outro levantamento, de autoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apresentado em 2019 avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativa de crédito, entre 1994 e 2017, e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidenciando que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando o empreendedorismo local.

 


 Sicredi 

www.sicredi.com.br


Governo sanciona Medida Provisória que facilita abertura de empresas

Nova Lei propõe automatização de processos


Na quinta-feira, 26 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro sancionou a medida provisória que busca facilitar a abertura de empresas e melhorar o mercado de trabalho do país. A MP 1.040 de 2021 foi editada pelo governo no mês de março e teve sua tramitação concluída no começo de agosto. Agora, ela passará a valer permanentemente.

Segundo João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade “Essa legislação apresenta várias novidades, entre elas a emissão automática de licenças e permissões de funcionamento para funções que apresentam risco médio”.

Dessa maneira, nos casos em que não houver nenhuma lei estadual, distrital ou municipal específica, será considerada a classificação federal que se encontra disponível na plataforma da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Essa MP também impõe que as inscrições fiscais federais, estaduais e municipais serão unificadas no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), além da eliminação de análises prévias dos endereços das empresas feitas apenas no Brasil e automatização da checagem de nome empresarial.

Com o novo texto, as atividades ligadas ao estudo de pedidos de autorização para nacionalização, articulação de órgãos e integração de procedimentos no registro de empresas fica sob responsabilidade do Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei). A partir de agora, o Drei poderá propor programas de cooperação e planos de ação, além de desenvolver sistemas e implementar medidas de desburocratização.

“A expectativa é que o Brasil entre no ranking de 50 melhores países do mundo para se fazer negócios”, explica o economista.

 

Express CTB

www.expressctb.com.br


Vistos EB-5 estão em espera até que a prorrogação do programa seja votada no Congresso

Recentemente ocorreram muitos boatos sobre o visto EB-5, a respeito da possibilidade de ele deixar de existir e aqueles que fizeram a aplicação dessa modalidade poderiam ter o visto negado. Além desses rumores, alguns profissionais estão conduzindo os aplicantes a outros tipos de visto visando essa situação.

O que a USCIS apresenta no site é um alerta sobre a autorização estatutária relacionada ao programa EB-5 de investimento em centros regionais para imigrantes. Segundo o informativo, expirou à meia-noite do dia 30 de junho de 2021 a prorrogação para as solicitações do visto EB-5 indireto, por meio de centros regionais. Portanto, esse lapso na autorização não afeta as petições já protocoladas ou em andamento de investidores que não buscam o visto no âmbito do programa indireto. 

Isso ocorreu porque a prorrogação precisa ser votada no Congresso. Dadas as circunstâncias que existem hoje e são de grande urgência, como a falta de mão de obra no país, a questão que envolve o Afeganistão, e até mesmo as panelinhas do governo, a votação referente ao EB-5 indireto foi postergada.

Devido ao lapso da autorização relacionada ao programa, o USCIS está rejeitando as solicitações desde 1 de julho de 2021 e não receberão mais petições de EB-5 até que seja renovado. Eles dizem também que não atuarão em nenhuma aplicação pendente nesses tipos de formulários, que são dependentes da autoridade estatutária e estão extintas até um novo aviso (o formulário referente a essa modalidade é o 526).

A lei que previa o visto EB-5 foi finalizada em junho deste ano, e até que ocorra uma nova votação o programa está suspenso, mas isso não significa que ele deixará de existir. A continuação da modalidade depende da votação no congresso, que deve ocorrer após a votação dessas questões que são de extrema importância para os Estados Unidos. Portanto, se você foi intimado por escrito ou por correspondência relativa à sua petição, como uma RFE, pedido de documentos ou algum tipo de situação que exija uma resposta, é necessário responder essa solicitação.

O programa do EB-5 não foi extinto, aqueles que já protocolaram não terão nenhuma alteração no processo. No entanto, o USCIS não irá revisar as respostas neste momento, elas serão recebidas e mantidas para quando as circunstâncias mudarem, quando o Congresso votar a prorrogação do projeto.

Um ponto importante é que eles passaram a rejeitar todos os formulários 485, sejam pedidos de registro de residência permanente ou ajuste de status e quaisquer formulários 765 e 131 (autorização de trabalho e o documento de viagem respectivamente) que tenham base no formulário 526. Isso significa que mesmo que você tenha um processo de EB-5 aprovado, não vai poder fazer o ajuste de status e será necessário aguardar.

Essas informações não excluem a possibilidade de pensar em algum outro tipo de visto provisório até que as análises do EB-5 voltem a acontecer. Mas reverter a aplicação e mudar completamente de estratégia pode não ser a melhor ideia, uma vez que não ocorreu nenhum tipo de cancelamento da modalidade e isso acarretaria em diversas consequências que não são de interesse do Governo, da USCIS e muito menos dos centros regionais.

Para aqueles que estão nos Estados Unidos aguardando para fazer a alteração de status, recorrer a um visto provisório pode ser uma solução. Com um processo aprovado significa que o greencard também está aprovado, a única questão é a alteração de status, que pode levar algum tempo. Por isso eu acredito que algumas pessoas vêm interpretando essa situação de uma forma incorreta e definitiva.


 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 120 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

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A Lei da Alienação Parental deve ser revogada?

O projeto de Lei 6371/19,  proposta pela Deputada IRACEMA PORTELLA (dep.iracemaportella@camara.leg.br), busca a revogação da Lei da Alienação Parental (Lei 12.318, de 26 de agosto de 2010), com base em alegações de que a Lei em questão permite a convivência de genitores pedófilos, abusadores sexuais, retornem a manter convivência com o abusado. Que a Lei protege pais abusadores.

Infelizmente, entendemos que tais alegações são ineficazes, afinal, desde o ano de 2010, quantas crianças e adolescentes esta Lei permitiu a sua proteção e a convivência com o genitor alienado?

Os operadores do Direito de Família são testemunhas oculares e participantes da evolução da aplicação da Lei nestes 11 anos de vigência.

Todos os advogados de família, não importando a parte que defende, alienado ou alienador, devem ter em mente a proteção e bem-estar do menor. O jurisdicionado é protegido de decisões sem base técnica de laudos psicossociais (psicológicos e assistente social) os quais possuem o objetivo de trazer a melhor clareza possível dos fatos alegados pelas partes.

A avaliação psicológica, caso tenha ocorrido abuso sexual, consegue detectar indícios psicológicos de tal ato, sempre havendo a recomendação, nem que seja por cautela, de preservar a integridade física e moral do menor.

Na experiência adquirida ao longo dos anos, posso afirmar que sempre os jurisdicionados são protegidos, agradando ou não uma das partes ou até ambas.

Erros podem existir, afinal o direito não é uma ciência exata, porém, podemos também afirmar que as decisões são baseadas em laudos psicológicos, provas e demais, que possam convencer o juízo. Recursos de Apelação são os caminhos que deve ser buscado pela parte inconformada da decisão.

O artigo publicado pelo Conjur em 22 de junho de 2021 de autoria de Bruna Barbieri Waquim, traz uma cronologia de casos de falsa denuncia e que, no decorrer da avaliação psicológica, foram constadas a pratica de denunciar algo que não ocorreu e que até tenha sido provocado pelo denunciante, objetivando afastar o outro genitor da prole.

Não são casos apenas de mães, mas também de pais, conforme relata naquele artigo.

Portanto, como pode um parlamentar alegar que a Lei da Alienação Parental esta para proteger o pedófilo?

Quem está discutindo e apoiando a revogação da Lei, é possível afirmar: ou é totalmente ignorante ao que a lei protege, a violência praticada sobre crianças e adolescentes, desconhece totalmente a atuação do poder judiciário, inclusive a duração de um processo da pratica de atos alienantes; ou esta mal intencionado e quiçá, se auto protegendo, por ser praticante de atos de alienação ou até tenha sido punido por praticar tais atos.

A única justificativa que enxergamos é esta.

A Lei deve ter alterado algum de seus incisos, talvez. Porém, como todas as leis possuem jurisprudência que trazem interpretações ao longo da sua vigência.

Não se pode permitir que este projeto de lei seja aprovado, pois trará enorme prejuízo as crianças e adolescentes que sofrem a pratica de atos alienantes.

 


Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.

http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/

E-mail akyama@akiyama.adv.br


Plano Plurianual: o primeiro passo das gestões públicas em busca de cidades mais inteligentes

Rápidas, ágeis, tecnológicas e conectadas. No século XXI, as cidades deram grandes passos no seu desenvolvimento, mas, a modernidade traz alguns problemas. Somos mais de 211,8 milhões de habitantes no Brasil, índice que vem crescendo em ritmo acelerado, segundo dados do IBGE no censo de 2020. Trata-se de uma população que busca pelo atendimento de suas necessidades básicas, como saúde, educação, alimentação e emprego. Contudo, viver em sociedade vai muito além disso. É necessário pensar também na infraestrutura, na segurança, no desenvolvimento sustentável e na adesão a novas tecnologias.

A saída é ser uma cidade inteligente, que valorize a criatividade e incentive a inovação. Para alcançar esse patamar, é preciso considerar 10 dimensões de inteligência em uma cidade. De acordo com o estudo do Cities in Motion Index, do IESE Business School, na Espanha, os indicadores de Smart Cities são governança, administração pública, planejamento urbano, tecnologia, meio ambiente, conexões internacionais, coesão social, capital humano e economia.

Antes de se preocupar com conexões entre os sistemas, é preciso planejar a estrutura e os serviços mínimos necessários. O primeiro passo na direção dessa cidade do futuro começa no Plano Plurianual (PPA), previsto no artigo 165 da Constituição Federal. Uma lei de iniciativa do prefeito – aprovada pelos vereadores –, que coloca no papel o planejamento governamental de médio prazo. O PPA tem duração de quatro anos, com prazo para encaminhamento à Câmara Municipal até o dia 30 de setembro do primeiro ano de mandato. Após sua votação, o projeto é devolvido para sanção do prefeito até o dia 20 de dezembro, data que marca o encerramento da sessão legislativa.

Uma nova janela importante se abre com a elaboração do plano. Ao estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administração pública, o PPA é a ferramenta ideal para dar destaque e espaço no orçamento para iniciativas que resultam em bens e serviços para a população. Organizado em programas e estruturado em ações, o plano é constituído por atributos de políticas públicas executadas, tais como metas físicas e financeiras, públicos-alvo e produtos a serem entregues à sociedade.

Vai depender do nosso engajamento com o setor público para que o PPA contemple as necessidades da população. Por isso da importância de nos comunicarmos com os gestores para nos aproximarmos cada vez mais do conceito de cidade inteligente. Uma cidade que valorize a conectividade, os sistemas computadorizados de gestão inteligente e a criação de respostas inovadoras alinhadas às necessidades dos seus moradores.

Apesar dos tempos difíceis, é preciso se reinventar, encontrar novas soluções e pensar diferente. É importante persistirmos na tentativa de inserir no PPA as diretrizes e projetos que nos levarão às cidades que queremos.

 

Leandro Vergara Raimundi - diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Fica mais barato para o governo incentivar a fonte solar do que pedir para a população economizar energia, diz ABSOLAR

Usinas fotovoltaicas de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou da energia elétrica importada de países vizinhos atualmente

 

Um novo alerta foi emitido recentemente pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) sobre a grave escassez de água nos reservatórios de hidrelétricas brasileiras. Segundo a entidade responsável pela operação da matriz elétrica do Brasil, a falta de chuvas poderá levar o País ao seu limite já em novembro, prejudicando a geração de energia elétrica. A situação crítica reforça o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade no País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional.

A avaliação é do presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Ronaldo Koloszuk. Segundo o dirigente, é mais barato para o governo incentivar a energia solar, seja das grandes usinas contratadas em leilão ou pela geração própria em telhados e pequenos terrenos, do que pedir para a população economizar energia. “As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, aponta.
 
“Graças à versatilidade e agilidade da tecnologia solar, basta um dia de instalação para transformar uma residência ou empresa em uma pequena usina geradora de eletricidade limpa, renovável e acessível. Já para uma usina solar de grande porte, são menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. Assim, a solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, acrescenta Koloszuk.
 
O Brasil possui cerca de 10 gigawatts (GW) de potência operacional da fonte solar fotovoltaica em usinas de grande porte e em pequenos e médios sistemas instalados pelos próprios consumidores. Somados, os sistemas fotovoltaicos representam mais de 70% da potência da usina hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo e maior da América Latina.
 
De acordo com a entidade, a fonte solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 52,7 bilhões em novos investimentos e gerou mais de 300 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, evitou a emissão de 10,7 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
 
No segmento de geração centralizada, o Brasil possui 3,5 GW de potência instalada em usinas solares fotovoltaicas, o equivalente a 1,9% da matriz elétrica do País. Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos leilões A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil.
 
Já na geração própria de energia, são 6,5 GW de potência instalada da fonte solar. Isso equivale a mais de R$ 33 bilhões em investimentos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9% de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.
 
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria de energia solar, a fonte solar ocupa o quinto lugar na matriz elétrica brasileira. Recentemente, a solar ultrapassou a potência instalada de termelétricas movidas a petróleo e outros fósseis, que representam 9,1 GW da matriz elétrica brasileira.



Como se adaptar à "inflação da pandemia"

Especialista em finanças dá dicas para empresários manterem os negócios diante da alta generalizada de preços por conta da pandemia e questões sazonais


O mês de agosto de 2021 deu um susto nos brasileiros, por conta dos aumentos exorbitantes nos preços em decorrência da inflação, aumento dos derivados de petróleo e das consequências das mudanças climáticas, prolongando o período de estiagem prejudicando parte da cadeia produtiva. 

Caio Mastrodomenico, especialista em finanças e CEO da Vallus Capital, fintech de antecipação de recebíveis, ressalta que vários fatores influenciam no contexto econômico que atravessamos, dentre eles a alta no índice que mede a inflação ao consumidor, tendo como principais vilões a alta da energia elétrica e dos combustíveis, que refletiram diretamente no aumento dos custos de produção diminuindo as margens e aumentando os preços, além da sazonalidade na produção de produtos agrícolas.

Mastrodomenico também chama a atenção para a alta nos aluguéis, que são ajustados anualmente pelo IGPM e estão sujeitos aos aumentos decorrentes da inflação. O acumulado em 12 meses ultrapassou os 30% inviabilizando o repasse aos inquilinos, visto o momento de crise econômica que o Brasil está atravessando. “O bom senso na hora da negociação deve prevalecer. Aproveite para renegociar os preços e procurar novas opções de locação, deixando o custo do aluguel dentro da margem prevista nos custos gerais”, indica.

Para o CEO da Vallus Capital, essa instabilidade econômica, também trouxe para o empreendedor o desafio de precificar os produtos e serviços de maneira correta, impondo certa dificuldade na hora de compor os preços por conta da complexidade de aferição de custos tributários e gerais. “Neste caso quem opta por levantar todos os custos inerentes à venda dos seus produtos e serviços, acaba obtendo um resultado melhor nessa equação”, orienta.

Segundo ele, a conta geralmente é simples e envolve o preço de custo, valor dos tributos incidentes na venda e a margem de lucro. “Se achar dificuldade no levantamento desses dados, procure ajuda de um contador para levantar esses custos de maneira precisa. Importante também é manter o preço em um patamar de mercado para acelerar a venda, e para isso, analisar o preço da concorrência pode ajudar”, recomenda.

Outra questão considerada por Mastrodomenico é o “pé no freio” que o consumidor deu devido à pandemia. Segundo ele, o País vive um momento de crise econômica, de modo que é normal os consumidores se manterem mais rígidos nos fechamentos de negócios. “Adotar medidas simples pode mudar essa dinâmica com facilidade como, por exemplo, proporcionar um bom atendimento ao cliente. Quem nunca foi a uma loja em que foi super bem atendido e comprou um produto mesmo sem querer porque se sentiu constrangido em não levar?”, questiona.

Embora o mercado tenha sofrido uma retração, as pessoas não deixaram de consumir e o Brasil é um país em que predomina a cultura do parcelamento. Segundo Mastrodomenico, antigamente era comum as pessoas terem uma “conta” em um mercadinho, padaria ou farmácia, para consumir os produtos e pagar no final do mês. Nesse formato o empreendedor financiava o seu cliente e assumia todos os riscos da operação e da análise de crédito mesmo sem ser um banco. “A cultura continua, porém de maneira mais segura com boletos registrados e cartões de crédito”, completa.

O especialista em finanças recomenda aos comerciantes oferecer opções atrativas aos seus clientes e que possam também serem rentáveis para o seu negócio. Segundo Mastrodomenico, outro desafio muito comum para o empreendedor brasileiro é saber lidar com o fluxo de caixa, tendo em vista a vasta opção de parcelamentos disponível no mercado. “Projetar caixas futuros pode ser um obstáculo para quem geralmente empreende, então opções de antecipação de recebíveis pode ser a melhor alternativa para esse problema. Ao antecipar os recebíveis, o empreendedor traz um recebimento futuro para o caixa do dia, além de melhorar o fluxo de caixa, organizar as contas e aumentar o controle do seu negócio”, argumenta.

Para o CEO da Vallus Capital, a antecipação de recebíveis é a melhor opção ao crédito para beneficiar o giro de capital, mas como se trata de antecipar um recebimento futuro, é necessário critério na hora de adiantar os recebimentos, visto que “em caso do não pagamento por parte do cliente, a empresa que antecipou acaba assumindo a dívida dos valores em aberto, e se não estiver programado, pode apertar o caixa novamente gerando perdas para o empreendedor”.

 

Caio Mastrodomenico - CEO da Vallus Capital. Pós-graduado em Mercado financeiro e de capitais e comentarista político e econômico

https://www.vallus.com.br/

 

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