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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Da vacina contra a COVID-19 ao alinhamento à LGPD:desafios da saúde brasileira em 2021

Provedores de serviços de saúde contam cada vez mais com a digitalização para melhorar e multiplicar o atendimento ao paciente. Com a pandemia, esse quadro se acelerou muito, para o bem e para o mal. A infraestrutura digital de hospitais, clínicas médicas, laboratórios e consultórios se expandiu numa velocidade nunca vista. Nos EUA, por exemplo, relatório da Forrester Research divulgado em março de 2020 previa que as consultas médicas virtuais iriam superar a marca de 1 bilhão. Para a KPMG, outro avanço sem volta diz respeito ao uso de IA (inteligência artificial) em aplicações de medicina: até 2025, 90% dos hospitais norte-americanos estarão utilizando esse tipo de tecnologia. Ainda não é possível mensurar os números desse segmento em 2020, no Brasil. Essa explosão de dados está acontecendo aqui e agora. 

Com a chegada das vacinas contra a COVID-19, chegam também milhares de dispositivos IoT dedicados a monitorar toda a cadeia de logística - e de equipamentos refrigerados - que suportam o processo de vacinação. Outra frente de batalha é o correto tratamento dos dados sobre a saúde dos pacientes - a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) exige que empresas de saúde atuem preventivamente para evitar vazamento de dados críticos. É impossível resolver esses desafios sem, primeiramente, construir KPIs sobre tudo o que se passa no ambiente hospitalar. A heterogeneidade dos sistemas médicos, muitos proprietários, e sua convivência com sistemas tradicionais de TI tornam o processo de integração de todos os ambientes digitais um grande desafio. 

Fica claro, portanto, que os ganhos trazidos pela digitalização embutem riscos que, por causa da aceleração dos processos em 2020, talvez não tenham sido plenamente examinados ou equacionados. 

É essencial que entremos em 2021 alinhados às melhores práticas em gestão da medicina digital. Veja abaixo três áreas críticas, que demandam novos avanços. 

 

 

1. Cada especialidade médica tem dados e sistemas próprios

A TI hospitalar inclui os elementos “tradicionais” de TI e, também, sistemas especializados de saúde, com seus ultra específicos formatos de dados, protocolos de comunicação e dispositivos médicos. Todos esses elementos e sistemas coexistem na mesma infraestrutura, o que aumenta o desafio do time de TI. 

Os dados de uma organização de saúde são tipicamente processados em categorias previamente organizadas:

 

  • HIS (Sistema de Informações Hospitalares) – dados essenciais para o funcionamento da organização
  • LIS (Sistema de Informações Laboratoriais) – dados laboratoriais
  • RIS (Sistema de Informações Radiológicas) – dados de radiologia
  • PACS (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens) - imagens geradas por dispositivos como equipamentos radiográficos, de ressonância magnética, de ultrassonografia ou de videoendoscopia

Por causa da LGPD, cada um desses sistemas não só deve ser eficaz mas, também, contar com controles que evitem o vazamento de dados pessoais sobre os pacientes. 

Cada especialização médica é baseada em soluções tecnológicas próprias, um desafio para a gestão. Os sistemas de TI e a TI médica precisam interoperar perfeitamente. Para isso, necessitam de monitoração centralizada, que suporte multiprotocolos e atue de forma preventiva para assegurar a excelência do ambiente hospitalar.

 

2. Dispositivos IoT espalham-se por hospitais, pela casa do paciente e por todos os lugares

Em 2021, a grande aplicação IoT será a monitoração da cadeia logística e dos equipamentos refrigerados responsáveis por armazenar e transportar as doses da vacina contra a COVID-19. Essa é mais uma prova da disseminação e importância estratégica da IoT. Continuará avançando, também, o uso de IoT nos hospitais. Essa tecnologia ajuda a fornecer dados relevantes dos pacientes, o que acelera os processos médicos e a aprimora os diagnósticos. 

Dispositivos móveis para mensurar os dados clínicos do paciente à beira do leito ou no laboratório estão se tornando cada vez mais comuns. Cresce a cada dia, também, a tendência de as pessoas administrarem a sua própria saúde, em suas residências, usando dispositivos vestíveis, rastreadores de condição física e outros equipamentos de monitoramento da saúde. Segundo o IDC, 50 milhões de dispositivos IoT para aplicações de saúde foram comprados por pacientes norte-americanos em 2019. 

O que acontecerá com o paciente em situação de risco se o software para de funcionar ou se o dispositivo vestível se desconecta, fica sem bateria ou é desligado? 

Os serviços de saúde precisam monitorar esses dispositivos para poder garantir um fluxo constante de dados sobre o status da saúde de seus pacientes remotos. Para os hospitais que fornecem dispositivos vestíveis aos seus pacientes, a integração com o seu ambiente de TI é apenas um primeiro passo; os times de TI devem, também, atualizar sua estratégia de monitoração de rede.

 

3. Demanda por performance e eficiência

Os dias de espera por resultados e diagnósticos médicos acabaram. Médicos e pacientes desejam acesso rápido a dados do paciente e seu prontuário médico. Atrasos no recebimento de resultados de radiografias, ressonâncias magnéticas, tomografias ou ultrassonografias, ou interrupção no funcionamento de um refrigerador ou de qualquer equipamento médico vital, pode ter impacto direto sobre o cuidado ao paciente e por sua fidelidade a uma determinada organização de saúde. Esses riscos estão levando essa vertical a buscar uma abordagem proativa ao gerenciamento de sua infraestrutura de TI. 

Sendo simultaneamente pacientes e clientes, as pessoas que buscam serviços de saúde exigem cada vez mais excelência do seu fornecedor. Monitorando o tempo de operação efetiva, a qualidade, a velocidade e a confiabilidade de sua infraestrutura de TI e de TI médica, as organizações podem garantir a eficácia tanto de processos médicos como administrativos. 

A crise da COVID-19 deslocou a prestação de serviços de saúde para canais digitais. Isso exige que a monitoração dessas aplicações seja excelente, prevendo falhas e alertando os gestores para atuar proativamente, de forma a garantir o atendimento ao paciente e a privacidade dos dados. Essa abordagem permitirá que, em 2021, as equipes médicas se dediquem ao cuidado com a pessoa, com a máxima qualidade e sem nenhum impedimento técnico.

  


Luis Arís - Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Paessler América Latina.

 

Serasa Experian digitaliza faturas e reduz mais de 40% as emissões de carbono

Economia se deu pela digitalização das faturas de clientes corporativos de todo o Brasil; volume equivale a iluminar um município de 50 mil habitantes

 

A Serasa Experian conseguiu reduzir mais de 40% as emissões de gases poluentes graças à digitalização de faturas para clientes corporativos de todo o país. Em dois anos e meio, aproximadamente 95% dessas empresas passaram a coletar as suas informações financeiras online, em um ambiente criado para os clientes, evitando que mais de 225 toneladas de carbono sejam eliminadas no meio-ambiente ao mês, o equivalente a quase 19 mil árvores em um ano ou 18.159 domicílios iluminados por um ano, o mesmo que uma cidade com mais de 50 mil habitantes.

 

A redução na emissão se deve ao menor uso de papel, impressões e transporte rodoviário das correspondências. Além da digitalização, foi feita uma revisão na base de contatos, que contribuiu para a otimização em 25% dos envios de materiais físicas para empresas de todo o país.

 

“Queremos criar um futuro melhor para clientes, funcionários e consumidores de uma forma geral, por isso consideramos a sustentabilidade ambiental como um dos pilares fundamentais de todas nossas operações. Somente encarando esta como uma prioridade é possível obter resultados tão positivos”, afirma o gerente de Responsabilidade Corporativa, Roger Cruz.

 

A ação teve várias fases, desde a implementação da plataforma digital para emissão da fatura digital até mensagens em diferentes canais de comunicação para ajudar as empresas a acessarem as informações neste ambiente eletrônico. O diretor de Controladoria da Serasa Experian, Fábio Pires, explica que “a implementação do projeto de faturas digitais traz mais agilidade e conveniência para nossos clientes. E, mesmo que tenha sido iniciado muito antes da pandemia de Covid-19, o projeto se tornou fundamental para acelerar a organização da área de Contas a Pagar dos clientes neste período”.

 

 

Experian tem a meta de se tornar neutra em carbono até 2030

 

A companhia assumiu o compromisso de tornar as operações neutras em carbono até 2030, desenvolvendo um cronograma robusto que passa por toda a cadeira de valor, inclusive de emissões associadas ao deslocamento dos colaboradores e home office, cadeia de fornecimento, data centers e o uso de produtos e serviços pelo consumidor. A companhia, globalmente, já reduziu a emissão em 8% - de 47,7 mil para 43,7 mil toneladas de CO2 – e cortou a intensidade de carbono da empresa em 14% por US$ 1.000 de receita em comparação com o ano anterior.

 

Como parte desta iniciativa, já foram mapeadas 3.493 toneladas de CO2 equivalente decorrentes de eventos e atividades da Serasa Experian no Brasil desde 2016. Houve também a neutralização dos gases emitidos nas ações do Serasa Itinerante e em eventos anuais, como Convenção de Vendas e Encontro de Líderes. Além da digitalização das faturas, nos últimos 4 anos foram neutralizadas mais de 320 toneladas de CO2, compensadas com ações de reflorestamento de 1.683 árvores de Mata Atlântica, na Bacia Hidrográfica Jacaré-Guaçu, promovendo a manutenção dos mananciais de água e a melhoria da biodiversidade na cidade de São Carlos.



 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Energia solar avança no Mato Grosso e atinge 300 megawatts de geração distribuída

Segundo mapeamento da ABSOLAR, o território mato-grossense está em quarto lugar no ranking estadual da geração distribuída solar fotovoltaica no País



Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Mato Grosso acaba de ultrapassar a marca de 300 megawatts (MW) operacionais em geração distribuída a partir da fonte solar. O estado ocupa a quarta posição no ranking estadual da geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil.
 
O estado mato-grossense possui atualmente 18.516 sistemas em operação, que abastecem 18.753 consumidores, espalhados por 140 cidades. Ou seja, 99,3% dos 141 municípios mato-grossenses já possuem pelo menos um sistema solar fotovoltaico em funcionamento.
 
Um dos destaques do Mato Grosso é o município de Cuiabá, que ocupa a segunda posição no ranking das cidades brasileiras em geração fotovoltaica distribuída, além de liderar no estado com 48,4 MW operacionais e 1,1% de toda a produção nacional no Brasil nesta modalidade.
 
Para o presidente executivo da ABSOLAR, a região é estratégica no País para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica. “O estado mato-grossense possui um grande potencial para a tecnologia fotovoltaica e, com a atual presença da energia solar na geração distribuída, o mercado contribui de forma significativa para o desenvolvimento sustentável e econômico de toda a região”, comenta.
 
Para Sauaia, a energia solar fotovoltaica terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos os estados brasileiros. “A tecnologia fotovoltaica é essencial para a recuperação da economia após a pandemia, sendo a fonte renovável que mais gera empregos no planeta”, conclui.



Novo recorde histórico para o mês: exportações de café brasileiro atingem 4,3 milhões de sacas em novembro

 

·      Volume foi 32,2% maior do que o embarcado em novembro de 2019

·      Receita cambial também apresentou ótimo desempenho com alta de 32,3% em dólares e 72,5% em reais

·      País exportou 39,8 milhões de sacas de café no ano civil, melhor resultado histórico para o período até agora

 

O Brasil exportou 4,3 milhões de sacas de café em novembro deste ano, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. O volume embarcado representa um aumento de 32,2% em relação a novembro de 2019 e se destaca como um novo recorde em exportações do produto para o mês, além do segundo maior embarque mensal deste ano. Os dados são do Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. 

A receita cambial gerada pelos embarques em novembro foi de US$ 542 milhões, aumento de 32,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na conversão em reais, o valor foi de R$ 2,9 bilhões, a maior receita para o mês nos últimos cinco anos, com crescimento de 72,5% em relação ao novembro de 2019. Já o preço médio da saca de café no mês foi de US$ 124,90. 

Com relação as variedades exportadas, o café arábica representou 85,1% do volume total exportado, equivalente a 3,7 milhões de sacas; o café conilon (robusta) atingiu a participação de 7,7%, com o embarque de 334 mil sacas; e o café solúvel representou 7,2% das exportações, com 313,4 mil sacas exportadas. Entre as variedades, o café arábica se destacou pelo aumento de 33,9% nas vendas em comparação a novembro de 2019 e o conilon apresentou crescimento de 63,6%. 

“Os resultados de exportação do café brasileiro, apresentados no mês de novembro, surpreenderam mais uma vez por sua excelente performance, tanto pelos registros em volume quanto pelo econômico. A receita em reais foi 72,5% superior em relação ao mesmo mês no ano passado, confirmando o trabalho sólido e eficiente de toda a cadeia do agronegócio café, salientando os esforços nas exportações. Ficamos muito satisfeitos com o fato de o setor conseguir enfrentar um ano tão desafiador com sustentabilidade e proteção à saúde de todos os colaboradores, conseguindo garantir que a xícara de café chegue à mesa dos consumidores de todo o mundo, com qualidade e segurança. Realizamos no último dia 4 a quarta e última edição do webinar voltado para o agronegócio café. Uma percepção que nos deixou muito felizes foi a integração e alinhamento de pensamentos e ideias entre todos os segmentos da cadeia ali presentes. É por isso também, que a cada três xícaras de café que o consumidor bebe no mundo, mais de uma é de café brasileiro, confirmando claramente que seguimos firmes e fortes no consumo global” declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

 

Ano civil 

De janeiro a novembro, o Brasil exportou 39,8 milhões de sacas de café, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita cambial atingiu US$ 5 bilhões, alta de 6,7%. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 25,9 bilhões, registrando crescimento de 40% em relação a jan-nov 2019. Tanto o volume exportado quanto a receita cambial em dólares e em reais no ano civil foram os maiores dos últimos cinco anos para o período. Já o preço médio foi de US$ 126,45, aumento de 1% em relação ao ano passado. 

Entre as variedades embarcadas no ano civil, o café robusta se destacou pelo aumento de 25,7% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a novembro de 2019. A variedade de café correspondeu a 11,4% do volume total embarcado no período, equivalente a 4,5 milhões de sacas. Já o café arábica teve participação de 79,3% nas exportações, com 31,5 milhões de sacas, enquanto que o café solúvel correspondeu a 9,3% dos embarques de janeiro a novembro, com 3,7 milhões de sacas.

 

Principais destinos

No ano civil, os dez principais países consumidores de café brasileiro foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas (18,2% do total embarcado no período); Alemanha, com 6,7 milhões de sacas (16,9%); Bélgica, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (7,2%); Japão, com 2,1 milhões de sacas (5,2%); Turquia, com 1,3 milhão de sacas (3,3%); Federação Russa, com 1,1 milhão de sacas (2,9%); México, com 971,9 mil sacas (2,4%); Espanha, com 856,5 mil sacas (2,2%); e Canadá, com 809,2 mil sacas (2%). 

Entres os destinos, a Bélgica se destacou pelo crescimento de 42,6% na importação do produto brasileiro na comparação com o ano passado. A Turquia, a Federação Russa e o México também registraram aumento significativo no consumo do café brasileiro, de 16,8%, 17,2% e 13,3%, respectivamente, enquanto que a Alemanha e a Espanha apresentaram crescimento de 7,9% e 6,5%, nesta ordem. 

Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 34,7% nas exportações para os países da América do Sul; 50,9% para a África; 99% para a América Central; 23,3% para os países do Leste Europeu; 26,7% para os países do BRICS; 12,9% para os países árabes, além do aumento de 42,2% nos embarques para os países produtores de café. Vale destacar que, nos dois continentes mais afetados pela Covid-19, Europa e América do Norte, o Brasil apresentou crescimento nas exportações para os países dos dois continentes, de 5,4% e de 1,4%, respectivamente.

Também vale destacar, por fim, o aumento de 60,3% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores no período, equivalente a 2,1 milhões de sacas.

 

Diferenciados 

No ano civil (jan-nov/2020), o Brasil exportou 7 milhões de sacas de cafés diferenciados (aqueles que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis). O dado representa 17,7% da quantidade total de café brasileiro exportado no período e também um aumento de 1,4% em relação ao volume de cafés diferenciados exportado de janeiro a novembro de 2019. O dado também confere o maior volume desse tipo de café embarcado para o período nos últimos cinco anos. Já a receita cambial gerada com a exportação de cafés diferenciados foi de US$ 1,1 bilhão, representando 22,8% do valor total gerado com as exportações neste ano até agora. 

Os principais destinos dos cafés diferenciados, que representam 78,7% dos embarques com diferenciação, foram, respectivamente: EUA, que importaram 1,5 milhão de sacas (21% do volume total embarcado no ano civil); Alemanha, com 1 milhão de sacas (14,7%); Bélgica, com 880,1 mil sacas (12,5%); Japão, com 582,4 mil sacas (8,3%); Itália, com 506 mil sacas (7,2%); Reino Unido, com 234,7 mil sacas (3,3%); Espanha, com 226 mil sacas (3,2%); Canadá, com 215,8 mil sacas (3,1%); Suécia, com 210,6 mil sacas (3%); e Países Baixos, com 176 mil sacas (2,5%).

 

Ano-Safra 2020/21 

Nos cinco primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul-nov), o Brasil registrou também a melhor performance dos últimos cinco anos em termos de volume de café exportado. No período, foram embarcados 19,8 milhões de sacas de café, crescimento de 15,2% em relação ao mesmo período da safra anterior. As exportações de café arábica de julho a novembro foram de 15,8 milhões de sacas (crescimento de 16,5% em relação a mesma base comparativo de 2019). Já os embarques de café conilon foram de 2,4 milhões de sacas (aumento de 21,8%) e os de solúvel foram de 1,6 milhão.

A receita cambial no Ano-Safra até agora chegou a US$ 2,4 bilhões, alta de 12,8% no período. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 13,2 bilhões, aumento de 52,1% em relação aos cinco primeiros meses do Ano-Safra 2019/20.

 

Portos

O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 77,6% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 30,9 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 15,2% dos embarques (6 milhões de sacas).

 



Cecafé

http://www.cecafe.com.br/


Novidade: cumprimento de penalidade de suspensão da CNH agora é pelo portal e app do Poupatempo

 Este é mais um serviço do Detran.SP que está disponível nos canais digitais do programa, sem a necessidade de sair de casa 

 

Para suprir uma demanda recorrente dos cidadãos, principalmente durante a pandemia do coronavírus, o Poupatempo e Detran.SP implantaram, nas plataformas digitais (www.poupatempo.sp.gov.br e app Poupatempo Digital), a opção para cumprimento de suspensão da Carteira Nacional de Trânsito (CNH). Com a novidade, os motoristas proibidos de dirigir poderão, a partir de agora, iniciar o processo para regularizar o documento, de forma mais simples, rápida e sem precisar sair de casa.  

Com o serviço online, o condutor inicia o cumprimento da penalidade sem precisar comparecer presencialmente nas unidades do Poupatempo ou Detran.SP para a entrega da CNH. Após a solicitação nos canais digitais, o sistema faz o processamento do bloqueio no prontuário do condutor em até 12 horas, com a inclusão das datas de início e fim do cumprimento da penalidade. 

Após o cumprimento da suspensão e a realização de curso e prova de reciclagem, o sistema desbloqueia automaticamente o prontuário do motorista. Se a CNH do condutor estiver válida, ele pode voltar a dirigir portando o mesmo documento. Caso tenha vencido, será necessário renovar a habilitação, de forma simplificada, também pelo portal ou aplicativo do Poupatempo. 

“Temos uma série de serviços que não precisam mais ser realizados de forma presencial nas unidades do Poupatempo. A medida vem de encontro ao momento que estamos vivendo, reduzindo a demanda de pessoas dentro dos postos, mas principalmente desburocratiza os processos”, destaca Murilo Macedo, diretor da Prodesp. “O portal e app já somam mais de 90 serviços e todos possuem o mesmo padrão de qualidade e eficiência do tão reconhecido atendimento frente a frente com o atendente do Poupatempo”.  

Para o Presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto, sem dúvida essa é mais uma boa notícia para os motoristas, que agora podem resolver suas pendências de forma muito mais prática. “Estamos empenhados nesse processo de transformação digital do Detran.SP e a sinergia com o Poupatempo é um casamento perfeito”, reforça Neto.  

 

Passo a Passo - Cumprimento da penalidade do direito de dirigir 

O serviço está disponível no portal – www.poupatempo.sp.gov.br – ou aplicativo Poupatempo Digital. Para selecioná-lo, basta acessar o campo de “CNH”, depois “suspensão, cassação e reabilitação” e, por fim, clicar em “início de cumprimento da suspensão”. Para dar sequência, o cidadão precisará informar os dados pessoais como nome, CPF, e-mail, telefone e número da carteira de habilitação. 

 

Suspensão da CNH 

A suspensão acontece quando o motorista atinge 20 pontos ou mais de penalização dentro do período de um ano ou no caso de cometer alguma infração que por si só gere a suspensão da CNH. Assim que notificado sobre a suspensão, o motorista pode apresentar uma defesa em relação às multas que constam em seu nome. Se o pedido for indeferido ou caso a defesa não seja apresentada, o motorista terá sua carteira suspensa pelo período aplicado no processo administrativo.  

O condutor deve acessar o portal – www.poupatempo.sp.gov.br – ou aplicativo Poupatempo Digital para selecionar a opção e dar início ao procedimento. Depois, ele deverá comparecer a um Centro de Formação de Condutores (CFCs/autoescolas) para realização do curso e prova de reciclagem. 


Pesquisadores do Inpe desvendam por que os raios se ramificam e piscam

Análises de primeiras imagens em super slow motion de raios ascendentes permitiram identificar possível explicação para a formação de estruturas luminosas após a bifurcação de descargas elétricas na atmosfera(foto: Inpe)

 

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em parceria com colegas dos Estados Unidos, Inglaterra e da África do Sul, registraram pela primeira vez a ramificação e a formação de estruturas luminosas por raios.

Ao analisar as imagens capturadas em câmera lenta – super slow motion – , eles conseguiram desvendar por que os raios se bifurcam e algumas vezes, na sequência, formam estruturas luminosas interpretadas pelos olhos humanos como objetos piscantes.

Os resultados do estudo, apoiado pela FAPESP, foram publicados na revista Scientific Reports.

“Conseguimos fazer a primeira observação óptica desses fenômenos e com isso encontrar uma possível explicação sobre por que os raios se bifurcam e piscam”, diz à Agência FAPESP Marcelo Magalhães Fares Saba, pesquisador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe e coordenador do projeto.

Os pesquisadores registraram por meio de câmeras digitais de vídeo de alta velocidade mais de 200 raios ascendentes – que partem de estruturas altas na superfície e se propagam em direção às nuvens – durante tempestades de verão em São Paulo e em Dakota do Sul, nos Estados Unidos, entre 2008 e 2019.

Os raios ascendentes foram disparados por outras descargas elétricas, seguindo o padrão de formação desse tipo de raio menos comum que os descendentes – que descem das nuvens e tocam o solo – descrito pelo mesmo grupo de pesquisadores do Inpe em um estudo anterior (leia mais em https://agencia.fapesp.br/31604/).

“Os raios ascendentes são iniciados a partir da ponta de uma torre ou para-raios de um edifício alto, por exemplo, em consequência da perturbação do campo elétrico da tempestade causada por um raio descendente que ocorra a uma distância de até 60 quilômetros”, explica Saba.

Embora as condições de observação tenham sido muito semelhantes, foram observadas formações de estruturas luminosas em apenas três raios ascendentes, registrados nos Estados Unidos. Esses três raios ascendentes eram formados por uma descarga líder positiva, que se propaga em direção à base da nuvem.

“A vantagem de registrar imagens desses raios para cima é que é possível visualizar toda a trajetória dos líderes positivos, desde o solo até a base da nuvem. Uma vez dentro da nuvem já não é possível observar a descarga”, ressalta o pesquisador.

Os pesquisadores constataram que na extremidade da descarga líder positiva existia outra descarga mais tênue com uma estrutura parecida com a de um pincel.

“Observamos que essa descarga, chamada de pincel corona, pode se bifurcar e definir a trajetória do raio e a sua ramificação”, afirmou Saba.

Quando a ramificação é bem-sucedida, o raio pode seguir à direita ou à esquerda. Quando a ramificação não é bem-sucedida, a descarga corona pode dar origem a segmentos de comprimento muito curto e tão brilhantes quanto o raio.

Esses segmentos aparecem pela primeira vez alguns milissegundos após a divisão do pincel corona e pulsam conforme o raio se propaga em direção às nuvens, revelaram as imagens.

“As piscadas são repetidas tentativas de inicialização de uma ramificação que falhou”, diz Saba.

De acordo com o pesquisador, essas “piscadas” podem explicar por que os raios costumam apresentar várias descargas. Mas essa teoria ainda precisa ser comprovada.

O artigo “Optical observation of needles in upward lightning flashes” (DOI: 10.1038/s41598-020-74597-6), de Marcelo M. F. Saba, Amanda R. de Paiva, Luke C. Concollato, Tom A. Warner e Carina Schumann, pode ser lido na revista Scientific Reports em https://www.nature.com/articles/s41598-020-74597-6.

 




Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisadores-do-inpe-desvendam-por-que-os-raios-se-ramificam-e-piscam/34789/


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Mês de dezembro tem eventos astronômicos raros: veja quais são e como observá-los

 

Chuva de meteoros, eclipse solar e alinhamento planetário vão ocorrer a partir da próxima semana


 

Vai valer a pena dar uma esticada na noite do próximo domingo, 13 de dezembro: na madrugada para o dia 14, será possível observar em todo o Brasil uma densa chuva de meteoros geminídeas – segundo os astrônomos, uma das melhores deste ano de 2020.

 

Poucas horas depois, após o meio-dia de 14 de dezembro, para quem está na Região Sul, será possível acompanhar um eclipse parcial do Sol: ele ficará parcialmente encoberto pela Lua durante quase duas horas.

 

Já no dia 21 de dezembro ocorrerá o ápice da conjunção entre os dois maiores planetas do Sistema Solar: Júpiter e Saturno, já visíveis a oeste desde o início de dezembro, estarão em seu ponto máximo de aproximação relativa. No próximo dia 21, a proximidade fará com que eles pareçam muito próximos um do outro e extremamente brilhantes. Desde 1623 os dois astros não ficavam a uma distância tão pequena.

 

O doutor em Física Marcelo Girardi Schappo, professor do Câmpus São José do IFSC, explica que a conjunção Júpiter-Saturno só ocorre uma vez a cada 20 anos, mas, este ano, eles atingirão uma proximidade que não ocorre há 397 anos. “Essa conjunção pode ser percebida facilmente a olho nu, mas quem tiver binóculos ou telescópios poderá ainda perceber alguns detalhes dos astros, como algumas luas ao redor deles e, eventualmente, os anéis de Saturno. Vale a pena acompanhar o fenômeno ao longo do mês, pois ele ocorre apenas a cada 20 anos. A próxima oportunidade será apenas em outubro de 2040”, explica Schappo, que coordena o projeto de extensão Astro&Física, de divulgação científica sobre Física e Astronomia. 

 

Veja mais detalhes sobre os fenômenos astronômicos de dezembro:

 

1) Madrugada de 13 para 14 de dezembro


O quê: chuva de meteoros geminídeas


Como observar: procure um local com pouca iluminação artificial. É preciso ter paciência, já que a incidência de cada meteoro ocorre ao acaso. O professor Marcelo Schappo recomenda escolher um local afastado e sentar-se numa cadeira de praia, “montando guarda” ao longo de uma ou duas horas. Mantenha apagados aparelhos eletrônicos, para que seus olhos se acostumem com a escuridão e consigam observar os pontos luminosos se deslocando no céu. 


Sobre o fenômeno: “À medida que a Terra percorre a sua órbita ao redor do Sol, ela passa por regiões que estão repletas de pequenos fragmentos de rocha vagando pelo espaço. Quando esses fragmentos entram na nossa atmosfera, em alta velocidade, acabam sendo incinerados pelo resultado da interação com o ar. Isso gera um rastro de luz de curta duração, que as pessoas comumente chamam de ‘estrelas cadentes’, cujo nome técnico é ‘meteoro’. Ocorrem várias chuvas de meteoros ao longo do ano, mas esta de dezembro é considerada uma das melhores, por ter alta taxa esperada de incidência dos meteoros. O ápice do fenômeno está previsto para toda a madrugada de 13 para 14 de dezembro, e poderá ser visto em todo o Brasil”, explica o professor Marcelo Schappo. Ele acrescenta que o nome “geminídeas” faz referência à constelação de Gêmeos.


 

2) 14 de dezembro


O quê: eclipse solar parcial


Como observar: basta olhar para o sol no período do eclipse, fazendo uso de um vidro de soldador tonalidade 14 (vendido em lojas de materiais de construção e ferragens). A proteção com o vidro é imprescindível, pois há alto risco de lesão na retina em função da intensidade da luz solar. Não se deve usar proteções improvisadas, como filmes fotográficos revelados ou lâminas de raio-x.


Sobre o fenômeno: Trata-se de consequência do alinhamento astronômico entre Sol, Lua e Terra, com a Lua entre o Sol e a Terra. No Brasil será possível ver a Lua encobrir parte do disco solar. Na região Sul, o encobrimento ficará entre 40% e 60%. Os horários de início do eclipse dependem do local do observador. Em Florianópolis, onde o encobrimento no ápice será de 46%, o fenômeno poderá ser observado a partir das 12h33, com ápice às 13h58 e fim às 15h16.


 

3) 21 de dezembro


O quê: conjunção entre Júpiter e Saturno


Como observar: os planetas já podem ser observados na direção oeste, após o pôr do sol, desde o início do mês. Porém, no dia 21 estarão no auge da proximidade, a uma distância que não atingiam desde 1623. Vale a pena fazer a observação com binóculos ou telescópios para enxergar detalhes como luas ou os anéis de Saturno.


Sobre o fenômeno: Os diferentes planetas do Sistema Solar orbitam o Sol a diferentes distâncias e velocidades. Os mais próximos do Sol viajam mais rapidamente que os mais distantes. Eventualmente, a depender da posição desses planetas, alguns deles podem acabar formando um alinhamento com a Terra. “Quando isso acontece, as pessoas têm a oportunidade de olhar para o céu e ver os planetas aparentemente bem próximos uns dos outros, uma espécie de ‘encontro celeste’ que é chamado de conjunção”, explica o professor Marcelo Schappo. As conjunções entre Júpiter e Saturno ocorrem sempre a cada 20 anos, mas a grande aproximação que será observada neste ano só teve equivalente há quase quatro séculos.

 

 



 

Professor Marcelo Girardi Schappo

Professor do IFSC – Câmpus São José

Coordenador do projeto de extensão Astro&Física, de divulgação científica de Física e Astronomia


Aglomerações tendem a aumentar após último eclipse do ano

No dia 14 de dezembro acontece um fenômeno astronômico importante, o último eclipse solar total de 2020. E  ele traz um alerta em relação à segunda onda da COVID-19: pode haver um aumento significativo no número de contaminações pelo novo coronavírus. Quem garante é um terapeuta e estudioso da astrologia.


“Como o eclipse ocorre em Sagitário - que representa nossas crenças pessoais - poderemos notar um excesso de inflexibilidade e radicalismo. Muitos jovens irão questionar ainda mais o que diz a ciência em relação à pandemia. E desrespeitar as normas de proteção como o uso de máscaras e distanciamento social”, revela Denny Heide, do portal Meu Astro (https://meuastro.com.br).

O evento poderá ser observado a olho nu em alguns países da América do Sul, especialmente em território chileno e argentino. E teoricamente isso reforçaria os reflexos para estes mesmos países. “Sol, Lua, Mercúrio e o Nodo Sul Lunar, chamado Ketu, todos estarão alinhados na constelação Sagittarius. Trata-se de um ponto atenção no céu. Isso porque este eclipse funciona como um detonador, um estopim de acontecimentos difíceis e trágicos”, explica.

Para o astrólogo, o Sol é o representante do presente e da consciência no mapa astral. Já a Lua representa o passado. E quando os dois se “juntam” neste tipo de eclipse total, existe uma anulação das características lunares e uma exacerbação das características solares. Com efeitos que podem durar até seis meses.

“Já estamos percebendo esse movimento, independentemente de questões astrológicas. Mas o eclipse reforça a tendência à proliferação de eventos e o descumprimento das normas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já que este fenômeno representa o desprezo pelas experiências do passado e a supervalorização do presente”, alerta.

O profissional garante ainda que devemos prestar atenção à maneira como expressamos nossas crenças e pontos-de-vista, evitando a agressividade e o desprezo por quem pensa diferente de nós. Discussões acaloradas não são indicadas nesse período do ano.

Denny adverte ainda sobre o perigo das festas e aglomerações de jovens. “A juventude pode ser arrogante quando não se baseia na experiência anterior. Nós já vivemos outras pandemias, como a gripe espanhola. E deveríamos ter aprendido com isso. É muito tolo achar que o vírus já saiu de circulação”.



Conselhos para minimizar os efeitos do eclipse, de Áries a Câncer

Quem é de Áries precisa evitar a arrogância e a teimosia. Será um período em que os nativos estarão mais materialistas. Risco de ansiedade e picos de pressão arterial. Evite excessos. Touro estará mais disperso e inseguro. Evite discutir com vizinhos ou parentes próximos. Falta de atenção e sonolência.

Os geminianos poderão experimentar dificuldades em família. Evite atitudes egoístas e debochadas. Irresponsabilidade. Tendência ao nervosismo. Quem é do Signo do Caranguejo pode ter problemas com filhos ou pais. A carência pode aumentar e o resultado será um consumismo exagerado. Retenção de líquidos. Beba bastante água.



De Leão a Escorpião

Leão precisa cuidar da saúde. Muita pressão emocional. Evite riscos desnecessários. Trabalhe o sentimento de medo. Cuidado com problemas cardíacos e hipertensão arterial. Os relacionamentos dos virginianos irão sofrer com o excesso de críticas e comentários ácidos. Cuide de seus hábitos diários. Pratique exercícios físicos.

Quem é de Balança sentirá uma maior fragilidade emocional. Risco de discussões. Evite ser influenciável. Os escorpianos precisarão maneirar na agressividade e no desejo de vingança. Crises. Emoções descontroladas.



De Sagitário a Peixes
 
Como o eclipse ocorre em Sagitário, o cuidado precisa ser redobrado para nativos desse Signo. Há o risco de tomar posições radicais e até irresponsáveis. Cuidado com excessos de todo o tipo. Capricórnio deve evitar discussões e brigas no ambiente de trabalho. Além de abusos de poder. Excessos e descaso pela opinião alheia. Ânimo exaltado.

Já Aquário: cuidado com decisões precipitadas. Discussões entre amigos. Excesso de materialismo. Peixes estará altamente influenciável e poderá adotar posturas ruins porque quer agradar os outros. Ilusões. Problemas profissionais. Cuidado com o abuso de álcool e substâncias entorpecentes.


Se o Papai Noel faz parte do grupo de risco, o Natal sobreviverá à pandemia


Árvore de Natal montada,  casa arrumada, luzes acesas, meias na janela e muita expectativa. Ajustadas as  condições para a chegada do bom velhinho, será que ele irá se aventurar a driblar o Covid-19 e chegará aos nossos lares?

A maior representação do Natal se torna ainda mais importante quando, apesar do distanciamento, das precauções e de todas as restrições decorrentes da pandemia, consegue ajudar a manter viva a magia dessa época tão especial.

À imagem do Papai Noel carrega um símbolo de encantamento e esperança muito necessário em épocas mais carentes de alegrias. Reinventar esse período, mesmo diante de tantas limitações impostas abruptamente, pode ajudar às crianças a experimentarem um lado lúdico fundamental nessa fase.

De certo, a magia do momento não pode prescindir de segurança, contudo o desejo de acreditar nessa figura tão empática, perpetuada pela tradição, traz união às mais diversas famílias, permitindo inclusive que os próprios adultos possam adentrar nesse universo de fantasia, afastando-se um pouco das questões do real do mundo, mesmo que por alguns instantes.

Os pequenos, por sua vez, são intrinsecamente crédulos, principalmente no que tange os seus cuidadores ou às pessoas próximas. Por esse motivo, enquanto os mais crescidos optarem por alimentar esse mito é bem provável que o encanto dessa época permaneça vivo mesmo diante de tanta tecnologia ou da disponibilidade abundante de informação.

Assim, essa lenda tão popular sobrevive há séculos e transpõe fronteiras, ainda que atravessemos esse período endêmico. Papai Noel impulsiona a imaginação, incentiva a união e o olhar mais caridoso para com o próximo, abre oportunidade para criação de novas vivências significativas e profundas  e une pela ficção diferentes gerações em busca de momentos inesquecíveis. Superando as impossibilidades, o velhinho sempre vem!

 

 


Bruna Richter - graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC. Escreveu livros infantis: "A noite de Nina - Sobre a Solidão", "A Música de Dentro - Sobre a Tristeza" e " A Dúvida de Luca - Sobre o Medo". A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças - no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado "De Carona no Corona". Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.


Como a culpa materna influencia o emocional dos filhos

Pesquisa revela que o autocuidado materno e a consciência de que o ideal de mãe perfeita não existe ajudam o desenvolvimento das crianças

 

Quem nunca ouviu o ditado que diz que quando nasce um filho, nasce a culpa? As pesquisas mostram que a culpa atinge as mães quase que de forma universal. A culpa pode ser definida como uma emoção desconfortável que surge quando percebemos que nosso comportamento causou prejuízo a outra pessoa. A capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir empatia é um pré-requisito para a culpa. Por isso, nos relacionamentos mais próximos a culpa está mais presente já que estamos mais atentos ao bem-estar do outro. Embora a culpa seja desconfortável, ela cumpre uma função importante para o funcionamento humano. Quando prejudicamos alguém e sentimos culpa, esse desconforto nos motiva a reparar o dano e nos leva a escolher melhores comportamentos da próxima vez, mais alinhados com as nossas expectativas e valores. 

Segundo Adriana Drulla, mestre em Psicologia Positiva e autora do estudo Transmissão Intergeracional da Autocompaixão, o problema da culpa materna é a forma como ela é prevalente e crônica. “Sabemos que a culpa acontece para motivar uma maior coerência entre nossas ações, expectativas e valores. Mas no caso da culpa materna, as expectativas são inatingíveis e os valores incoerentes, logo é impossível se adequar. O paradigma vigente da maternidade diz que a boa mãe é aquela que se doa completamente em termos físicos, emocionais, psicológicos e intelectuais”. Ela completa que a expectativa da mãe perfeita, o julgamento social a respeito da maternidade alheia, o excesso de informações, conselhos e boas práticas aprisionam as mulheres a padrões impossíveis que inevitavelmente geram culpa, frustração, exaustão e raiva. “Pesquisas mostram que, cada vez mais, nos sentimos piores enquanto mães. Temos sentido mais medo, estamos mais confusas, e nos sentimos inferiores. Essa sensação de ineficácia afeta nosso bem-estar físico, nossa saúde mental, e a nossa capacidade de sermos boas o suficiente no nosso papel de mãe.” 

 

Mães autocompassivas se sentem mais competentes 

“Na minha pesquisa, feita nos Estados Unidos com 246 pares de mães e filhos, descobri que mães autocompassivas têm filhos mais autocompassivos, e se sentem mais competentes no seu papel de mãe. A autocompaixão envolve a capacidade de fornecer suporte emocional a si mesmo, enfrentando desafios e adversidades com maior perspectiva e com a compreensão de que as dificuldades são comuns a todas as pessoas. As mães autocompassivas são mais propensas a se perdoarem quando cometem erros, em vez de vê-los como uma indicação de incompetência ou inferioridade. Isso ajuda com que elas sigam em frente, tenham menos medo de errar, e tenham maior facilidade para persistir e tentar novos caminhos”, afirma Adriana. A autocompaixão significa olharmos para as dificuldades com realismo e não com lentes de aumento. É sobre adotar uma postura gentil com relação a si mesma, dando pra si o que você precisa em um momento difícil, seja um banho demorado, seja pedir ajuda para alguém porque você precisa relaxar.  

Outra pesquisa feita na Holanda com 900 pares de mães, pais e filhos, mediu vários comportamentos parentais importantes como a qualidade da escuta, compaixão pelos filhos, a consciência dos pais sobre as emoções dos filhos e como os pais julgavam a própria atuação nos seus papéis de pais. “Destes aspectos, a aceitação dos pais e as mães sobre a própria atuação enquanto pais foi o fator mais fortemente associado a menores níveis de depressão e ansiedade nos filhos. Quer dizer, aceitar nossas imperfeições com naturalidade e abrir mão das expectativas irrealistas, é importante para a resiliência emocional dos nossos filhos”, defende a especialista. 

 

Como lidar com a culpa materna 

“O que acontece quando nos cuidamos é que além de nos tornarmos mais emocionalmente saudáveis, nos tornamos menos reativas, conseguimos nos conectar com a criança de uma forma mais profunda. Ao abrir mão da expectativa de nos tornarmos mães perfeitas, conseguimos aceitar que nossos filhos também têm defeitos. A criança que se sente aceita por quem ela é, que não acha que precisa mudar para receber amor, desenvolve um autoconceito mais positivo e maior autocompaixão”. O vínculo com os pais é um dos principais fatores que suportam a resiliência emocional da criança, que é a capacidade da criança de enfrentar desafios de forma construtiva. A resiliência emocional também é facilitada pela forma como a criança interpreta e lida com os problemas. As pesquisas mostram que as crianças que têm maior dificuldade para lidar com os próprios erros, e que enxergam as limitações pessoais como sinal de que há algo errado com elas, tendem a deprimir e desenvolver outros problemas emocionais com maior frequência. 

A autocompaixão é um dos grandes facilitadores da resiliência emocional em situações de estresse na adolescência. De acordo com Adriana Drulla, adolescentes mais autocompassivos deprimem menos, têm menos ansiedade e melhor desempenho acadêmico. “As pesquisas mostram que a autocompaixão pode ser aprendida, tanto por adultos quanto por crianças. A maior lição da minha pesquisa é que quando as mães se cuidam e são mais gentis consigo, os filhos também se beneficiam. Eles aprendem a serem autocompassivos e têm um vínculo mais forte com essas mães. Logo, exercitando a autocompaixão e cuidando de si você beneficia também as pessoas que você mais ama”, finaliza a mestre em Psicologia Positiva.




Adriana Drulla - Mestre em Psicologia Positiva, pela Universidade da Pennsylvania, é especialista em  Autocompaixão e Parentalidade Consciente. 

https://www.instagram.com/adrianadrulla/?hl=pt-br

Podcast Crescer Humano: https://spoti.fi/3lzJghY


Pesquisa avalia como está o sono dos brasileiros na pandemia

A pesquisa virtual é liderada por pesquisadores da Associação Brasileira do Sono e da USP


Como está o Sono dos brasileiros, em tempos de Pandemia? Essa é a nova pesquisa lançada pela Associação Brasileira do Sono (ABS).

Através de um questionário, disponível no site da ABS, o indivíduo poderá responder questões relacionadas ao sono, de forma comparativa antes e durante a pandemia, como: “Antes da pandemia, você dormia quantas horas por noite?”; “Atualmente, quantos horas você costuma dormir por noite?”; “Antes da pandemia, você estava satisfeito(a) com a duração do seu sono?”,  “Atualmente, você está satisfeito(a) com a duração do seu sono? “

Antes da pandemia, os índices das pessoas com insônia atingiam a marca de 15% no Brasil. Nesses últimos 7 meses, foram publicados cerca de 900 novos estudos associados ao tema “Sono e Covid-19”.

“Desses estudos já surgiu uma metanálise*, ou seja, uma compilação das publicações referentes aos transtornos de sono, apresentando uma estatística média de que 34% da população está com insônia. Pretendemos saber o quanto essa situação se agravou aqui no Brasil, pois os dados são alarmantes e as queixas no consultório são crescentes. Decidimos lançar a pesquisa virtualmente para alcançarmos o maior número de pessoas”, afirma a médica neurologista Dra. Andrea Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono.

O formulário da pesquisa está disponível no site da ABS

www.absono.com.br

Instagram: @absono

Facebook:@associaçãobrasileiradosono

Twitter: @AbsSono

YouTube: Canal do Sono


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