Tal comportamento pode gerar
problemas imediatos e ao longo do tempo, tanto para os pais quanto para a
criança. Tanto que 23% dos latinos-americanos se arrependimento após uma
publicação viralizar nas redes sociais.
Os álbuns de fotos
foram substituídos pelo Facebook e pelo Instagram como plataformas de
compartilhamento de imagens familiares. Normalmente, momentos específicos são
priorizados, como nascimentos, aniversários e férias – que podem incluir fotos
de crianças em roupas íntimas, bebês apenas com fraldas ou até na banheira. De
acordo com uma pesquisa regional[1], desenvolvida pela Kaspersky Lab em
conjunto com a consultoria de pesquisa de mercado chilena CORPA, 41% dos
latino-americanos admitem publicar fotos em redes sociais de seus filhos,
irmãos, sobrinhos ou outros menores de idade, em que aparecem com pouca roupa.
"Os pais são responsáveis pelo que acontece na vida digital de seus filhos e devem tomar as medidas necessárias para proteger os pequenos dos perigos que se escondem na internet. Além disso, os adultos devem dar o exemplo adotando um comportamento responsável ao navegar online", afirma Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky Lab.
No entanto, os números revelam que aqueles que são mais propensos a postar esse tipo de conteúdo com frequência são as mulheres latino-americanas, com 46%, contra os homens com 35%. Destes, 46% têm entre 25 e 34 anos, seguidos de jovens entre 18 e 24 anos com 38%. As pessoas com 35 a 50 anos de idade, com 37%, estão no mesmo nível deste grupo.
Para surpresa de muitos, o estudo revela que, por país, os percentuais de publicação desse tipo de conteúdo são altos. Os peruanos lideram a lista com 50% dos usuários que, pelo menos uma vez por mês, postam fotos de crianças com pouca roupa nas redes sociais. Os chilenos seguem com 41%, depois os argentinos e brasileiros com 39%, e os colombianos e mexicanos fecham com 37%.
E quais seriam os riscos de espalhar esse tipo de imagem? Existem três tipos principais de ameaça aos menores atualmente: o primeiro tem a ver com usuários desconhecidos, que, quando encontram perfis públicos do Facebook ou do Instagram, podem baixar e compartilhar imagens de crianças para fins sexuais ou pedofilia. Em segundo lugar, há o cyberbullyng que as crianças podem sofrer em sua adolescência se as imagens publicadas forem usadas como material para piadas, sexorsão ou cyberbullying e por último, os próprios pais se tornam uma ameaça para seus filhos quando compartilham essas imagens de maneira excessiva e indiscriminada.
"Antigamente, fotos espontâneas de crianças eram tiradas desajeitadamente, fazendo coisas bobas e com caretas, mas os pais preservavam e compartilhavam-as em álbuns de fotos dentro de suas casas. Como profissional de cibersegurança, que passa muito tempo em redes sociais, fico impressionado com o que os usuários podem compartilhar online e como estamos expondo nossos filhos a viverem um tormento no futuro", alerta Bestuzhev. "Em essência, as redes sociais facilitaram o compartilhamento de nossas vidas, momentos e memórias, mas a desvantagem é que é tão fácil de fazer, que não reservamos um momento para pensar em quem tem acesso à essas informações e às possíveis consequências que isso pode causar nos nossos filhos no futuro, uma vez que o que é publicado online vai viver para sempre no ciberespaço."
Segundo o mesmo estudo da Kaspersky Lab, o arrependimento após uma publicação viralizada em redes sociais que continham imagens vergonhosas de si mesmos ou de outras pessoas em festas ou situações sociais, chega a 23% na América Latina. Para Bestuzhev a moral da história "é que você não deve fazer algo que possa envergonhar seu filho ou sobrinho, ou colocá-lo em risco no futuro, a menos que possa controlar o público-alvo – como foi o que seus pais fizeram com seus álbuns de fotos. Infelizmente, no momento, isso parece algo impossível."
Além disso, agora que a nossa sociedade mudou para a internet, além de comprometer a privacidade dos menores, também os expomos aos trolls, pessoas que examinam a página cuidadosamente e deixam comentários de mau gosto, não importa quão doces e inocentes sejam as imagens. De fato, hoje em dia é popular transformar uma foto engraçada ou vergonhosa em meme, independentemente de o protagonista ser menor de idade – o que abre as portas para os problemas de cyberbullying e autoestima da criança.
Para evitar dores de cabeça e futuros complicados para nossos filhos, por não sermos cautelosos ao publicar esses tipos de fotografias, a Kaspersky Lab oferece quatro dicas fundamentais:
"Os pais são responsáveis pelo que acontece na vida digital de seus filhos e devem tomar as medidas necessárias para proteger os pequenos dos perigos que se escondem na internet. Além disso, os adultos devem dar o exemplo adotando um comportamento responsável ao navegar online", afirma Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise para a América Latina da Kaspersky Lab.
No entanto, os números revelam que aqueles que são mais propensos a postar esse tipo de conteúdo com frequência são as mulheres latino-americanas, com 46%, contra os homens com 35%. Destes, 46% têm entre 25 e 34 anos, seguidos de jovens entre 18 e 24 anos com 38%. As pessoas com 35 a 50 anos de idade, com 37%, estão no mesmo nível deste grupo.
Para surpresa de muitos, o estudo revela que, por país, os percentuais de publicação desse tipo de conteúdo são altos. Os peruanos lideram a lista com 50% dos usuários que, pelo menos uma vez por mês, postam fotos de crianças com pouca roupa nas redes sociais. Os chilenos seguem com 41%, depois os argentinos e brasileiros com 39%, e os colombianos e mexicanos fecham com 37%.
E quais seriam os riscos de espalhar esse tipo de imagem? Existem três tipos principais de ameaça aos menores atualmente: o primeiro tem a ver com usuários desconhecidos, que, quando encontram perfis públicos do Facebook ou do Instagram, podem baixar e compartilhar imagens de crianças para fins sexuais ou pedofilia. Em segundo lugar, há o cyberbullyng que as crianças podem sofrer em sua adolescência se as imagens publicadas forem usadas como material para piadas, sexorsão ou cyberbullying e por último, os próprios pais se tornam uma ameaça para seus filhos quando compartilham essas imagens de maneira excessiva e indiscriminada.
"Antigamente, fotos espontâneas de crianças eram tiradas desajeitadamente, fazendo coisas bobas e com caretas, mas os pais preservavam e compartilhavam-as em álbuns de fotos dentro de suas casas. Como profissional de cibersegurança, que passa muito tempo em redes sociais, fico impressionado com o que os usuários podem compartilhar online e como estamos expondo nossos filhos a viverem um tormento no futuro", alerta Bestuzhev. "Em essência, as redes sociais facilitaram o compartilhamento de nossas vidas, momentos e memórias, mas a desvantagem é que é tão fácil de fazer, que não reservamos um momento para pensar em quem tem acesso à essas informações e às possíveis consequências que isso pode causar nos nossos filhos no futuro, uma vez que o que é publicado online vai viver para sempre no ciberespaço."
Segundo o mesmo estudo da Kaspersky Lab, o arrependimento após uma publicação viralizada em redes sociais que continham imagens vergonhosas de si mesmos ou de outras pessoas em festas ou situações sociais, chega a 23% na América Latina. Para Bestuzhev a moral da história "é que você não deve fazer algo que possa envergonhar seu filho ou sobrinho, ou colocá-lo em risco no futuro, a menos que possa controlar o público-alvo – como foi o que seus pais fizeram com seus álbuns de fotos. Infelizmente, no momento, isso parece algo impossível."
Além disso, agora que a nossa sociedade mudou para a internet, além de comprometer a privacidade dos menores, também os expomos aos trolls, pessoas que examinam a página cuidadosamente e deixam comentários de mau gosto, não importa quão doces e inocentes sejam as imagens. De fato, hoje em dia é popular transformar uma foto engraçada ou vergonhosa em meme, independentemente de o protagonista ser menor de idade – o que abre as portas para os problemas de cyberbullying e autoestima da criança.
Para evitar dores de cabeça e futuros complicados para nossos filhos, por não sermos cautelosos ao publicar esses tipos de fotografias, a Kaspersky Lab oferece quatro dicas fundamentais:
1. Não tenha um perfil público de suas redes sociais. Se você tem um perfil público no Facebook ou no Instagram, você está convidando qualquer pessoa com uma conexão à internet para ver suas fotos. Todos têm o direito de ter alguma privacidade online, por isso recomendamos fornecer acesso somente às pessoas com quem você realmente tem contato. Você também pode alterar a privacidade de cada publicação e, assim, decidir o que as pessoas podem ver. Cuidado, as redes sociais frequentemente enviam atualizações para suas políticas de privacidade e é importante lê-las com cuidado e saber qual foi a mudança, pois os parâmetros que você definiu podem ter sido revertidos e expor suas informações.
2. Não compartilhe fotos dos filhos de outras pessoas. Os pais têm o direito de saber quem pode ver e comentar as fotos de seus filhos. Se eles decidirem mantê-los longe das redes sociais ou configurar sua privacidade online, eles estarão em seus direitos como pais e responsáveis e os usuarios não terão o direito de fazer o contrário.
3. Não crie um perfil para um menor. Existem razões pelas quais as redes sociais exigem uma idade mínima para criar um perfil, associado, principalmente, com a segurança online da criança. Por outro lado, a privacidade da criança deve ser respeitada, uma vez que certas imagens compartilhadas por pais ou outros parentes podem causar descontentamento e desconforto no futuro, ou podem ser disseminadas e usadas por terceiros para propósitos ruins.
4. Não publique fotos de seus filhos ou sobrinhos na banheira. É necessário refletir: não é porque são crianças que suas partes íntimas devem ser expostas ao mundo. Provavelmente não há intenção ruim de publicar em redes sociais a fotografia de um bebê seminu ou criança brincando com seu patinho de borracha, aprendendo a andar ou correndo pelo quintal, mas não podemos esquecer que no mundo existem pessoas que vendem esse tipo de imagens com fins indecorosos e outros que pagam por eles. É importante que, como adultos responsáveis, ajudemos a preservar a privacidade de nossos parentes mais jovens.
A pesquisa Diagnóstico da Cibersegurança é parte da campanha “Ressaca Digital”, uma iniciativa da Kaspersky Lab na América Latina e que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre os riscos aos quais os internautas estão expostos quando compartilham conteúdo na internet sem precaução e, assim, evitar que se arrependam no futuro.
[1] A pesquisa Diagnóstico da Cibersegurança, desenvolvida em
agosto de 2018 pela CORPA para a Kaspersky Lab, considerou uma amostra de 2.326
entrevistas online com usuários entre 18 e 50 anos do Chile, Argentina, Peru,
Brasil, Colômbia e México.
Kaspersky Lab
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