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segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Pandemia da Covid-19 levou à redução no número de doações de órgãos

De março a junho houve queda de 43% em relação ao mesmo período de 2019

 

O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, celebrado em 27 de setembro, nos leva a uma reflexão sobre o impacto no número de doações durante a pandemia do novo coronavírus, como destaca a assistente social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), Flávia Augusto Lopes Sampaio. 

Em março, assim que começou o período de quarentena, o Ministério da Saúde emitiu uma Nota Técnica com os critérios para triagem clínica do novo coronavírus (SARS, MERS e SARS-CoV-2) nos candidatos à doação de órgãos e tecidos e para manejo do paciente em lista de espera e do transplantado. No documento, recomendava-se a suspensão dos procedimentos eletivos de doadores vivos no período da transmissão comunitária, que envolve transplante de medula óssea, rim e parte do fígado. 

“Mas outros fatores levaram à redução dos transplantes, também nos casos de doadores falecidos, a começar pela ocupação dos leitos de UTI nos hospitais que diminuiu para que eles pudessem atender os casos de Covid-19 e foram adotados critérios ainda mais rígidos para evitar contaminação no transplante. Um exemplo é que doadores com histórico de síndrome respiratória foram considerados não elegíveis”, explica Flávia. 

Ela acrescenta que, com a situação de calamidade pública pela transmissão comunitária do coronavírus, tudo ficou mais comprometido. A redução dos voos em todo o país dificultou o transporte dos órgãos. A abordagem aos familiares também ficou prejudicada para obter a autorização da doação, e a demora do resultado do teste de Covid-19 realizado nos possíveis doadores, conforme recomenda o Ministério da Saúde, e apoiada pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), contribuíram para deixar as famílias mais resistentes a autorizar a doação, pois muitas não querem esperar mais um tempo para dar seguimento ao velório e o funeral dos seus entes. 

Houve ainda redução no número de potenciais doadores, provocada pelo isolamento social. Em virtude do isolamento, diminuíram os acidentes por morte encefálica por trauma, uma das principais causas de óbito dos doadores. 

“O resultado é que de março a junho, o Sistema Nacional de Transplantes registrou queda de 43% no número de doações de órgãos, comparado ao mesmo período de 2019”. 

Desde então, segundo Flávia, tem havido uma retomada no número de doações, embora ainda tímida. “O Brasil é referência mundial na área de transplantes. Em números absolutos ficamos atrás apenas dos Estados Unidos e com uma característica importante, pois as cirurgias são feitas pelo Sistema Único de Saúde, garantindo assim acesso à toda população”.

O Brasil adota protocolos rígidos e os critérios para o andamento da fila de pacientes elegíveis para receber transplante são eminentemente técnicos, como gravidade do caso, condição clínica e compatibilidade sanguínea e genética. A assistente social ressalta que o Decreto nº 9.175, de 2017 atualizou o Sistema Nacional de Transplantes, colocando a família no centro da decisão. “Mesmo que o paciente tenha manifestado em vida a vontade de doar os órgãos, após o falecimento, a autorização cabe à família (pais, filhos, irmãos, cônjuges e companheiros). Na ausência destes, o hospital pode recorrer também aos parentes de segundo grau, mas nesse caso é preciso apresentar justificativa”, relata Flávia.

O mesmo rigor é seguido para constatar a morte encefálica, cujos protocolos e procedimentos são determinados pelo Conselho Federal de Medicina.

 

Estatística

Informações do Registro Brasileiro de Transplantes e Estatísticas de Transplantes indicaram que, no primeiro trimestre de 2019, mais 7.974 pacientes entraram para a lista e 806 faleceram enquanto aguardavam a cirurgia.

“Precisamos muito da conscientização das pessoas, centenas ainda morrem na lista de espera aguardando um órgão. Portanto, ser um doador é um ato de amor, de empatia e é de suma importância que os familiares saibam desse desejo”, alerta a assistente social.

“Devemos reforçar também a importância da doação de sangue. Os hemocentros de todo o país sofreram as consequências negativas da pandemia da Covid-19. Porém eles estão seguindo medidas de segurança, que permitem que as pessoas doem sangue sem se expor a riscos, praticando este ato de responsabilidade social que salva vidas”, enfatiza Flávia.  

 

Reforma Tributária, Sim! Aumento da Carga Tributária, Não!

O momento é este! Tanto a nível federal quanto no âmbito estadual, urge que os gestores públicos finalmente equacionem e desonerem a mais relevante componente do “Custo Brasil” (estudo ABIMAQ) e do “Custo RS” (estudo FIERGS): nosso caótico, complexo, disfuncional e injusto sistema tributário! Felizmente o tema tem sido destaque nas agendas do Congresso e do Governo Nacional, com desdobramentos em alguns estados, como o RS, SP e MT. Portanto, parabéns ao Governador Eduardo Leite por “colocar a bola em jogo”, ao propor uma reforma estadual que traz inúmeras melhorias para alguns problemas crônicos que drenam a competitividade da nossa economia.

Dentre os pontos positivos, podemos citar, entre outros: retorno das alíquotas provisórias aos patamares anteriores aos da majoração, redução da alíquota efetiva nas compras internas para 12 %,  simplificação e redistribuição da carga tributária, redução do prazo de creditamento do ICMS dos bens de capital, redução da cumulatividade dos impostos mediante aproveitamento de créditos de “uso e consumo”, avanços na devolução dos saldos credores de exportação. Com estas medidas, a economia gaúcha ganha em  competitividade!

Por outro lado, é evidente e inegável que a proposta aumenta a carga tributária prevista para 2021, o que, definitivamente, a sociedade gaúcha não pode aceitar. Urge, portanto, que seus excessos, distorções e omissões sejam ajustadas pela Assembleia Legislativa. Dentre estes, destacam-se:

•        TETO DE GASTOS. A falta de disposições que congelem e impeçam o crescimento dos gastos públicos (em R$ e em % do PIB) e que garantam que o teto e as demais limitações orçamentárias sejam aplicadas de forma isonômica em todos os poderes (ex: fim do duodécimo). Pelos princípios da neutralidade e equidade, é fundamental que sejam estabelecidas “travas” que possam garantir que esta reforma não seja mero “cavalo de troia” para aumentar ainda mais e/ou perpetuar o aumento de impostos. Também obrigariam imediata e subsequente negociação de reforma administrativa ampla, que realmente reduza o tamanho do estado, “enxugue” a máquina pública e, sem ferir direitos efetivamente adquiridos, termine com as distorções remuneratórias e previdenciárias entre os poderes públicos e a iniciativa privada;


•        AJUSTES EM 2021: em função da dificuldade e da insegurança que todos -  inclusive os técnicos da SEFAZ - tem para corretamente simular o impacto das diversas medidas, entendemos que seria aceitável que determinadas alíquotas sejam inicialmente um pouco superiores, desde que haja expressa disposição para que sejam calibradas (leia-se: reduzidas) ao longo de 2021, de acordo com as travas acima referidas;


•        TRIBUTAÇÃO DA CESTA BÁSICA. Na defesa dos princípios da progressividade e simplicidade, os assessores da Assembleia e as principais entidades de classe deveriam, em conjunto com os técnicos da SEFAZ, analisar melhor e compor a melhor solução, dentre as diversas alternativas possíveis: alíquota diferenciada, crédito presumido, renda mínima e/ou imposto negativo;


•        CONFAZ. Em prol da neutralidade e equidade, algumas medidas (que aumentam a arrecadação) deveriam ficar vinculadas à aprovação e perpetuidade das medidas que dependem de aprovação no CONFAZ (e que reduzem a arrecadação).


Ao longo das últimas semanas foram realizadas inúmeras audiências públicas e debates. A maioria das entidades ligadas ao setor terciário assim como algumas que representam produtores e indústrias mais voltadas para o consumo – cujas empresas, em sua grande maioria, são tributadas pelo Simples - se consideram prejudicadas e parecer ser totalmente contra a reforma. Estes setores, seus empresários e representantes na AL parecem não se dar conta ou, por questões políticas, não querem se dar conta que:


•        como regra geral, sofrem pouca ou nenhuma concorrência internacional;


•        eventuais aumentos de impostos para determinado setor ou atividade, decorrentes da redistribuição da carga fiscal por toda a economia gaúcha, afetará igualmente todos seus concorrentes, preservando os princípio de equidade e isonomia;


•        o princípio da neutralidade, se respeitado no texto final da reforma, garantiria que os aumentos de seus produtos e serviços seja compensado pela redução dos preços dos produtos industrializados;


•        a redução do “Custo Brasil” e do “Custo RS”, aumenta a competitividade dos setores primário e secundário (exportadores, agropecuária, extração mineral e indústria), fazendo nossa economia voltar a crescer e trazendo enormes e representativos ganhos sistêmicos*;


* nota técnica publicada em jun/2020 pelo CCiF estimou o aumento do PIB potencial de longo prazo brasileiro em quase 40 % (!), caso as reformas tributárias federal, estadual e municipal sejam implementadas.


•        somente com a reforma tributária, a economia vai gerar mais emprego e renda. E, com maior renda, aumentará o consumo e a arrecação de impostos... É chegado o momento de escolher. Nossos Deputados Estaduais e o Governador tem algumas opções...


•        Perder a oportunidade, postergar a solução definitiva e seguir assistindo ao lento agravamento do desequilíbrio fiscal e à agonizante derrocada da economia de nosso Estado – tem sido assim nas últimas décadas e o resultado não foi bom: inúmeras empresas, principalmente industriais, deixaram nosso Estado ou fizeram vultuosos investimentos em outras unidades da federação.


•        Aprovar a manutenção das atuais alíquotas (18 %) de ICMS - pergunta que não quer calar: seria este o sonho secreto de alguns atores?


•        Apostar nos ganhos sistêmicos, no fortalecimento, melhor integração e maior eficiência fiscal das cadeias produtivas gaúchas. Apostar na competividade e no crescimento da economia, na maior geração de empregos e renda, bem como no consequente aumento do consumo e da arrecadação de impostos. A Teoria dos Jogos Cooperativos comprova que, somente nesta alternativa, todos ganham!


Apelamos para que os representantes dos poderes legislativo e executivo se “sentem” para negociar! Enquanto não forem implementadas as reformas tributária e administrativa de acordo com as melhores práticas internacionais, o futuro dos gaúchos e gaúchas seguirá comprometido, limitado e inferior ao seu real potencial.

 


Mathias Elder - engenheiro e empresário industrial gaúcho


Diferença de 0,1% entre Selic e inflação exige novos desafios ao investidor

Conheça quatro tipos de investimentos para se proteger da inflação


Com uma inflação projetada de 1,99% para 2020, segundo dados do Relatório Focus de 21/09/2020, seu valor está cada vez mais próximo da taxa Selic, que está em sua nova mínima histórica, de 2%. Para o fundador do buscador de investimentos Yubb (www.yubb.com.br), Bernardo Pascowitch, este cenário traz mais desafios e gera uma pressão ao investidor, que precisa selecionar investimentos certos para não perder seu poder de compra.

“Ter um rendimento abaixo da inflação é, literalmente, perder dinheiro. É fazer com que o seu dinheiro não renda o mínimo para compensar o aumento dos preços na economia. Em outras palavras, se o valor investido render menos do que a inflação, a mesma quantia não comprará no futuro o que pode comprar hoje”, explica Pascowitch.

Pensando neste cenário, o Yubb selecionou quatro tipos de investimentos para o investidor se proteger da inflação:

O primeiro é a renda fixa, especificamente em investimentos indexados ao IPCA ou ao IGP-M, como CDBs e títulos do Tesouro Direto. “O investimento em renda fixa atrelado a esses índices traz uma grande segurança porque estará sempre acima da inflação, desde que o componente prefixado do investimento seja positivo. De todas as opções, é a alternativa mais segura para se proteger da inflação e a melhor para superar o IPCA”, aponta Pascowitch.

Bernardo detalha que é importante se atentar aos investimentos de renda fixa, principalmente para a administração da reserva de emergência. “A reserva de emergência, que deve estar em investimentos de renda fixa e com liquidez diária, precisa ser repensada. Ela deve render, no mínimo, 105% do CDI. Se tiver menos que isso, pode haver perda de dinheiro para a inflação”, pontua. “É importante se atentar aos fundos de investimento também. Neste momento de rentabilidade baixa, qualquer opção com uma quantidade significativa de taxas administrativas compromete ainda mais o rendimento”.

Investir em ações de empresas de setores específicos também pode ser uma boa alternativa. Em segundo lugar, Bernardo aponta as organizações do setor elétrico, beneficiadas por terem contratos reajustados pelo IGP-M ao invés do IPCA. “É importante explicar a diferença entre IPCA e IGP-M. O IPCA é a inflação oficial do governo brasileiro, medida pelo IBGE, já o IGP-M é a inflação apurada pela FGV e utilizada principalmente em contratos de aluguéis, contratos bancários, tarifas de energia e de telefonia. Como o IGP-M é um índice fortemente afetado pela variação do dólar, seu valor disparou em 2020”, pontua. “No caso das empresas do setor elétrico, suas receitas serão reajustadas pelo IGP-M e, consequentemente, as suas ações poderão valorizar e acompanhar esse aumento”.

Em terceiro lugar, ficam as empresas exportadoras. “Por exportarem commodities, na maioria das vezes, e como as commodities são negociadas em dólar, então os produtos exportados acompanham a valorização da moeda. Muitas exportadoras tiveram uma grande performance em 2020 em razão da alta do dólar contra o real, fazendo com que seus produtos se valorizem no mercado internacional”, completa Bernardo. 

Por fim, em quarto lugar estão BDRs, ações estrangeiras e outros investimentos dolarizados. “Como o próprio nome diz, são investimentos que vão acompanhar a valorização do dólar, desde que não haja proteção cambial. Consequentemente, o investidor poderá se proteger da alta do IGP-M e/ou dos efeitos do dólar sobre o IGP-M”, conclui.

 

Volta às aulas: de quem é a responsabilidade?


O setor da educação, como tantos outros, foi amplamente atingido pela pandemia do novo coronavírus. Desde março, milhões de crianças e adolescentes estão tendo aulas online, como forma de conter a disseminação da doença e não perder o ano letivo. Apesar de o método virtual de ensino ser a solução mais aplicável nesse período, também tem causado muitas polêmicas, com diversas reclamações de pais e alunos que não conseguiram se adaptar à nova rotina.

Com a flexibilização da quarentena no país, algumas redes municipais, estudais e particulares cogitam retornar às aulas presenciais, o que tem sido demasiadamente discutido pelas pessoas e órgãos envolvidos na questão. Os que não são favoráveis à decisão apontam o alto número de infecções como fator determinante: em Santa Catarina, por exemplo, o número de casos de Covid-19 em crianças e adolescentes aumentou 200% apenas em julho, segundo um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Apesar de os pequenos serem menos vulneráveis ao vírus, eles podem transmiti-lo da mesma forma, mesmo sem apresentar sintomas, o que muito preocupa os adultos – principalmente os do grupo de risco. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os sistemas de ensino têm autonomia para definir protocolos específicos definidos pelas autoridades locais, todavia, quais são os procedimentos trabalhistas legais caso algum profissional sofra o contágio nesse retorno?

No início de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério da Saúde travaram uma discussão sobre a covid-19 ser considerada doença ocupacional. No entanto, alguns dias após a retirada da infecção da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT), um grupo de senadores apresentou o projeto PDL 396/2020, com a intenção de revogar a decisão e proteger os trabalhadores atingidos pelo coronavírus.

Nesse contexto, os funcionários do setor de educação infectados devem ser afastados imediatamente de suas atividades, pelo prazo de 15 dias e a escola continua arcando com sua remuneração. Se o afastamento for maior do que 15 dias, o funcionário pode solicitar o auxílio-doença, desde que comprove, com documentação médica, o resultado positivo para o vírus e o tempo necessário de afastamento. Para que o benefício seja concedido é necessário cumprir os seguintes requisitos: 1. comprovar a incapacidade temporária para o trabalho (documentação médica); 2. ter qualidade de segurado do INSS; 3. carência de no mínimo 12 contribuições mensais à Previdência Social.

Se ficar comprovado que o empregado foi contaminado no exercício da profissão, ou seja, durante sua jornada de trabalho na escola, caracteriza-se doença ocupacional. Neste caso, a escola deve emitir Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), informando a Previdência Social do ocorrido. O próprio trabalhador, o dependente, a entidade sindical, o médico ou a autoridade pública (magistrados, membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União e dos Estados ou do Distrito Federal) poderão fazer o comunicado. Comprovada a doença ocupacional, o empregado tem direito a 12 meses de estabilidade no emprego quando retornar às atividades. Ou seja, ele não poderá ser demitido sem justa causa e se for demitido, sem justo motivo, a empresa deve pagar uma indenização substitutiva.

Não existe uma norma que possibilite ao funcionário se negar a trabalhar em virtude da pandemia; contudo, é responsabilidade legal do empregador proporcionar um local seguro e saudável para seus colaboradores. O artigo 192 da CLT afirma que o exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%, 20% e 10% do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.

Ainda, caso a escola não cumpra com as medidas de segurança necessárias (como fornecer álcool em gel, máscaras, ambientes arejados e frequentemente higienizados e distanciamento adequado), é possível realizar uma denúncia de condições precárias de trabalho ao Ministério Público do Trabalho.

De todo modo, as instituições públicas ou privadas devem analisar todas as alternativas para minimizar os riscos de contágio, promovendo um maior amparo ao trabalhador, além dos meios básicos de proteção já citados. É preciso, ainda, uma fiscalização efetiva por parte dos órgãos responsáveis, para garantir o bem-estar e a saúde de todos os profissionais e alunos.

 



Marcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados, formada também em administração de empresas.

marcia@glomb.com.br


Agropecuária não é o suficiente para fazer o Brasil se desenvolver, aponta pesquisa

 Investimentos em inovação e valorização da ciência e tecnologia podem tirar o Brasil da dependência de mercados internacionais


Um país pautado pela agropecuária não deve se tornar rico e desenvolvido. Essa é a principal conclusão do novo estudo da Análise Econômica Consultoria (www.analiseeconomica.com.br), considerando a falta de precedente de nações que se desenvolveram produzindo commodities.

Apesar dos esforços brasileiros em pesquisa e desenvolvimento, tanto pública quanto privada, além do aumento da tecnologia no campo, as atividades ligadas às commodities não são suficientemente complexas para fazer o Brasil da posição de dependência. Segundo o estudo, é preciso direcionar esforços para novas atividades, novos segmentos, novos setores - especialmente para atividades altamente tecnológicas. Assim, teremos menos atividades que sofrem com influências externas e uma economia mais resiliente, com ocupações de maior remuneração e, por conseguinte, uma nação mais rica e desenvolvida.

"Os impactos das inovações na economia são muito claros: aumentam a inserção no mercado internacional, elevam o nível de renda no país ao criar postos de trabalho ultra especializados, além de taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mais altas e estáveis. Quando um país não investe adequadamente em inovações, o resultado é a maior dependência de tecnologias vindas do exterior, escoando nossa riqueza para outras nações", explica André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica Consultoria.

Para Galhardo, um dos caminhos do país é olhar para o desenvolvimento de ciência. “Hoje, o Brasil investe cerca de 2,3% do PIB em Ciência e Tecnologia, o que é levemente abaixo do patamar de países como os que participam da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas a maior diferença reside no montante investido em pesquisa e desenvolvimento pela iniciativa privada. Enquanto a média da OCDE é de 1,3% do PIB, na Coreia é de 2,6% e na China é de 1,2%, no Brasil esse percentual não supera os 0,6%”, conclui.

 


Análise Econômica Consultoria

www.analiseeconomica.com.br

 

A vacina e a imunidade de rebanho

Recente declaração do presidente da República acerca da não obrigatoriedade de vacinação contra a Covid-19 reavivou questionamento filosófico importante. Até onde vai a possibilidade de interferência estatal na vida humana? O direito individual ao próprio corpo e escusas por motivo de crença podem ser opostas ao comando estatal de vacinação compulsória?

Esse debate remonta ao início do século passado, quando o médico Oswaldo Cruz propôs a vacinação compulsória contra a varíola, que deu origem à Lei n. 1.261/1904. Foi a gota d’água para a explosão de grave revolta popular no Rio de Janeiro. De modo emblemático, o jurista e político Rui Barbosa posicionou-se contrário à introdução compulsória de substância capaz de contaminar seu sangue. Em poucos dias a vacinação deixou de ser obrigatória e o governo passou a fazer campanhas de conscientização. Com a aderência espontânea à vacina, chegou-se a chamada imunidade de rebanho. Após alguns anos, Rui Barbosa declarou publicamente seu apreço pela coragem de Oswaldo Cruz ao defender a vacinação.

Passado mais um século, a questão de fundo permanece a mesma com a Covid-19. Ainda que a Lei n. 13.979/2020 preveja expressamente que as autoridades poderão determinar a realização compulsória de vacinação, resta indagar se tal preceito encontra respaldo constitucional. Trata-se, em última análise, da ponderação entre o direito coletivo de segurança sanitária e o direito individual de autopossessão.

O Supremo Tribunal Federal não possui entendimento consolidado sobre o tema. Em sua manifestação mais recente, o STF reconheceu a repercussão geral de um recurso que questiona a obrigatoriedade de os pais vacinarem seus filhos. Isso significa que ainda haverá discussão antes de se chegar a uma decisão aplicável a generalidade dos casos.

De todo o modo, a Constituição de 1988 impõe ao Estado o dever de proteger a saúde das pessoas (art. 196), por meio de uma série de ações, dentre as quais a vigilância sanitária (art. 200, I). Portanto, a Constituição admite a vacinação compulsória, desde que haja indicação médica, com segurança ao cidadão e efetividade na proteção da coletividade. No Brasil, tal avaliação é de competência da ANVISA (que aprova a comercialização e uso de fármacos no país) e do Ministério da Saúde, com apoio da CONITEC (que incorpora novas tecnologias ao SUS).

Na hipótese de vacinação compulsória, esses cuidados devem ser redobrados em virtude da responsabilidade objetiva do Estado. Com ela, eventuais danos causados pela vacinação obrigatória podem gerar a condenação do Estado em pagar indenização a cada cidadão lesado. Imagine-se 200 milhões de pedidos de indenização.

Nesse plano, a fala do presidente deve ser interpretada na vedação ao uso da força física, como se as pessoas fossem gado em um curral de manejo. A obrigatoriedade deve decorrer da exigência do certificado de vacinação para a prática de determinados atos, como viajar de ônibus ou avião, ou para a emissão de documentos oficiais. Em qualquer hipótese, a conscientização acerca da segurança e dos benefícios individuais e coletivos da vacina, bem como a criação de incentivos (‘nudges’) à imunização devem preponderar à imposição legal. Afinal, queremos alcançar a imunidade de rebanho, mas não podemos ser tratados como gado e tampouco nos comportarmos como tal.

 



Fernando Mânica - doutor pela USP e professor do Mestrado em Direito da Universidade Positivo.

 

Especialista aponta dicas e cuidados para empresários que decidiram apostar no e-commerce

 Além da diversidade de produtos, o comércio eletrônico permite uma competitividade maior


O mercado de comércio eletrônico já era uma tendência mesmo antes da pandemia. Em 2019, o segmento girou em torno de R$ 75 Bilhões. Com a pandemia, certamente ocorreu um aumento de compras pela internet e ela se manterá. A previsão de faturamento para 2020 está apontando para algo em torno de R$ 111 bilhões, 49% mais do que em 2019.

De acordo com Ricardo Monteiro, gestor de marcas pela ESPM, desenvolvedor Fullstack em webdesign e e-commerce e sócio da DMK Group no Brasil e Estados Unidos, empresa especializada em registros de marcas e patentes, o comércio eletrônico está ligado diretamente com o dia a dia das pessoas, isso porque os usuários estão extremamente conectados nos celulares e nas redes sociais. “São nessas redes em que ocorrem a maior parte das publicidades para as lojas online. A facilidade de poder comprar, de onde estiver, um produto de qualquer lugar do país ou do mundo, certamente faz a diferença”, aponta.

O especialista explica que além da diversidade de produtos, o comércio eletrônico permite uma competitividade maior, o que possibilita ao consumidor consultar milhares de lojas, e escolher a que oferece o melhor produto pelo preço mais atrativo.

E quem estiver interessado neste mercado, para começar é preciso, em primeiro lugar, moldar o método de negócio para a internet, analisando questões práticas e levando em consideração também o pós-venda, como ocorrerá o manuseio da mercadoria, envio, emissão de notas fiscais entre outros custos tradicionais. “É fundamental elaborar suas políticas de trocas e termos de uso”, alerta Ricardo.

O investimento para plataforma de venda em si é muito variável. Depende muito do tipo de produto, alcance das vendas, entre outros fatores. Porém, o investimento para iniciar loja virtua é extremamente menor, se comparando para abrir um negócio tradicional, com locação de sala, estrutura e pessoas.

Com certeza se for investir em uma loja virtual é muito interessante e recomendado possuir uma sessão ou página institucional, falando mais sobre sua marca, empresa e seu negócio.  Ajudará a passar mais segurança para o consumidor de quem ele está comprando.

Qualquer pessoa pode iniciar as vendas online sem ter uma plataforma ou site próprio, apenas realizando vendas por meios de marketplaces, como Mercado Livre por exemplo.  “É o jeito mais rápido de iniciar suas vendas online. Divulgando seus produtos em sites como Mercado Livre, Submarino e etc. O custo é extremamente baixo, o vendedor consegue visibilidade em grandes sites, mas na contramão disso não é possível personalizar a loja, o cliente não estabelece uma conexão com a marca e o empresário sofre um pouco com a baixa recorrência”, alerta Ricardo.


Cuidados com a agencia de correio

Quando as empresas vendem produtos que usualmente são simples e permitidos despachar na agência dos correios por exemplo, torna-se mais fácil a venda e inclusive alguns custos de frete.

Normalmente, produtos mais frágeis ou alimentos tendem a ser um pouco mais complicados para fazer envios. Com vinhos e espumantes, por exemplo, muitas empresas preferem utilizar transportadoras especializadas para fazer os envios, pois enviar este tipo de produto através dos Correios é impensável.

Ricardo enfatiza que o principal fator de cálculo de frete hoje é o peso e dimensões. “Os empresários devem procurar boas empresas de transportes que cumpram os prazos e entregam com segurança as mercadorias. Para o consumidor final, quem estará fazendo a entrega em si é a empresa do e-commerce, e não a terceirizada. É o momento chave da venda online, onde tudo deve ocorrer com agilidade e segurança”, destaca.

Outra dica é procurar diversas transportadoras, e trabalhar com mais de uma, já que algumas podem oferecer custos diferentes para determinadas regiões do país. Assim, a empresa conseguirá ofertar um frete mais competitivo no mercado.

 



Ricardo Monteiro -gestor de marcas (Branding) pela ESPM Sul e entrou para o anuário de 2009 pelo trabalho realizado na conclusão de curso. Em projetos de branding, Ricardo já desenvolveu marcas e rótulos para vinhos, cervejas e demais tipos de produtos e serviços. O especialista é programador e desenvolvedor web “Full Stack”. Desenvolve e-commerce (lojas virtuais) integradas com diversas ferramentas nativas.  Atualmente, é sócio da DMK GROUP, empresa especializada em registros de marcas e patentes nos Estados Unidos. Para mais informações, acesse: www.dmk.group  ou entre em contato por e-mail monteiro@dmk.group


A necessidade da advocacia em processos de recuperação de empresas após a quarentena

Seja com um plano de ação ou com a recuperação judicial, especialistas atuam de forma estratégica para encontrar a melhor forma de sair da crise


A pandemia e o distanciamento social causaram diversos problemas para empresários em todo o Brasil, e também no mundo todo. Por conta disso, inúmeros negócios foram fechados durante os últimos meses e, outros, foram imensamente prejudicados e por isso precisarão se reinventar para entrar no cenário atual e no que está previsto após a pandemia. Negócios que dependem de eventos ou turismo, por exemplo, podem levar anos para se recuperar.

Em um momento como esse, é necessário levar em conta a opinião de profissionais. O advogado Paulo Akiyama, atuante em direito empresarial, ressalta que será complicado esperar por resultados imediatos, uma vez que o dano pode levar algum tempo para ser reparado. “Além da situação ser delicada é inédita para os consumidores, que também foram impactados. É importante lembrar que os cuidados da administração e gestão são fundamentais para uma recuperação mais rápida, questões que envolvem demissões, afastamentos ou mesmo ajustes de salário, precisam ser mantidas em tons amigáveis para evitar processos ainda mais complexos”, conta.

Para isso, uma dica é que as empresas elaborem comitês especiais para a solução de problemas com maior gravidade, já que uma das características da modernidade é o trabalho em equipe. Não somente isso, é importante ter um bom advogado empresarial que possa ajudar com a rotina da empresa e dar o suporte necessário em mediações com colaboradores.

De toda forma, agir rapidamente foi algo que ajudou muitos empreendedores logo no início da quarentena. A revisão de contratos e flexibilização de cláusulas permitiram maior prazo tanto para contratantes, quanto contratados, realizar seus trabalhos dentro de um limite adequado. “Ajustar meios de minimizar as perdas é primordial. O empresário perdendo, alguém também estará sofrendo em razão dessas mesmas perdas. O efeito dominó deve ser evitado por todos, buscando melhorar sempre a saúde das empresas”, o Dr. Akiyama relata.

Quando essas soluções não são realizadas a tempo, ou deixam de ser efetivas, a recuperação judicial pode parecer a última saída, mas quem pensa que esse é um processo simples se engana. Apesar da condução ser feita por um advogado, o procedimento depende de quase todos os setores da empresa, como administrativo, jurídico, financeiro, comercial e recursos humanos, sem contar que não é algo barato e isso também precisa ser considerado.

“Para que uma empresa decida pela recuperação judicial ou extrajudicial, deve se fazer antes um estudo de viabilidade, pois descumprindo o plano de recuperação há o risco de ser decretada a quebra pelo juízo. Porém, a empresa que entende essa opção como a saída para o endividamento que possui, deve decidir enquanto ainda possui algum recurso disponível para poder dar continuidade ao processo e suportar os custos que exigirá, não esquecendo que vai perder mercado e fornecedores”, informa.

Existem algumas diferenças entre a recuperação judicial e a extrajudicial. A recuperação judicial é postulada e formalizada a um juízo de falência. Já a extrajudicial é aquela em que o gestor, ao analisar a situação da empresa, contrata consultores especializados e advogados que possam apresentar um plano de recuperação sem a necessidade de ingressar em juízo. Ou seja, é um meio em que as partes (devedor e credores) buscam de forma equilibrada recuperar a empresa em situação frágil financeiramente.

 



Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/ ou ligue para  (11) 3675-8600. E-mail akyama@akiyama.adv.br

  

domingo, 27 de setembro de 2020

Importância da doação de órgãos e a relação dos transplantes com hepatites virais serão debatidos em live

Iniciativa da Gilead Sciences, o projeto #NaoAmarele é uma parceria entre sociedades e organizações brasileiras para promover a luta e prevenção das hepatites virais no Brasil e incentivar o cuidado com a saúde

 

Para comemorar o Dia Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, representantes de entidades do setor irão participar da live #NaoAmarele para debater como a doação de órgãos pode salvar vidas, promover a conscientização sobre o tema e discutir como transplantes podem ajudar pessoas a se recuperarem de diversas doenças, incluindo a Hepatite C.

Marcado para o dia 28 de setembro, às 20h, no canal do Youtube Hepatite C Fala com Você, o encontro será moderado pela atriz Kely Nascimento e contará com a participação de Carlos Brandão (presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia), Paulo Bittencourt (presidente do Instituto Brasileiro do Fígado), Jeová Fragoso (diretor do Grupo Esperança), Edson Arakaki (presidente da Associação Brasileira de Transplantados) e José Huygens (diretor da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos).

Entre os temas que serão debatidos durante o encontro está a relação entre hepatite C, transplantes e doação de órgãos. Jeová Fragoso, por exemplo, venceu a hepatite C depois de um transplante de fígado. A doença, que apresenta poucos sintomas, atacou o órgão de Jeová e o levou ao último grau de cirrose. Sua recuperação só foi possível com o transplante de fígado.

De acordo com o Ministério da Saúde[1], o Brasil conta com o maior programa público de transplante de órgãos do mundo, oferecido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O programa financia cerca de 95% dos transplantes do país. No ano passado, o país contou com cerca de 3,5 mil doadores efetivos, mas aproximadamente 40 mil pessoas estavam na fila esperando por um transplante de órgãos, segundo estimativas da Associação Brasileira Transplante Órgãos[2].

A grande fila de espera e falta de informação sobre o assunto é um dos motivos que torna esse debate tão urgente. E as hepatites virais correspondem a uma importante proporção das indicações de transplante de fígado, já que são doenças silenciosas que podem evoluir para cirrose e câncer, quando não diagnosticadas a tempo.  Cerca de 7 mil candidatos esperam por um transplante de fígado no Brasil, de acordo com o Hospital Sírio Libanês[3].

Por isso, a biofarmacêutica Gilead Sciences, que tem as hepatites como uma de suas principais áreas terapêuticas de pesquisa e desenvolvimento, promove a iniciativa das lives #NaoAmarele dando continuidade à campanha do Julho Amarelo. O projeto conta com a parceira do Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite C da Baixada Santista, do Grupo Otimismo e do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), que faz parte da Sociedade Brasileira de Hepatologia.  

Para saber mais sobre as Hepatites, acesse o portal ‘Hepatite C Fala com Você’ (www.hepatitecfalacomvoce.com.br), com explicações médicas e científicas sobre a doença, diagnóstico, tratamentos e doenças relacionadas.

 


Anote na Agenda

O que: Live #NaoAmarele

Quando: 28 de setembro de 2020

Horário: 20 horas

Onde: Canal do Youtube Hepatite C fala com Você

 




[1]http://saude.gov.br/noticias/agencia-saude/45850-brasil-registra-aumento-no-numero-de-transplantes-mais-dificeis-de-serem-realizados

[2]https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-09/principal-motivo-para-nao-doacao-de-um-orgao-e-negativa-familiar

[3]https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-figado/Paginas/transplante-hepatico.aspx#:~:text=Desde%202004%2C%20entre%20900%20e,nos%20Estados%20Unidos%2C%20por%20exemplo. 

sábado, 26 de setembro de 2020

Doação de órgãos: pandemia de Covid-19 diminui número de transplantes durante o primeiro semestre de 2020

Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) as regiões Norte e Nordeste foram as mais afetadas com queda de 47,4% e 37%, respectivamente, no número de doadores efetivos[1]

 

O Brasil é um dos únicos países do mundo que oferece acesso integral, universal e gratuito aos serviços de saúde para toda a população do país através do Sistema Único de Saúde (SUS)2. Entre as diversas atividades exercidas pelo SUS estão os transplantes de órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, 96% dos procedimentos no país são financiados pelo SUS[3]. E para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) realiza diversos eventos e atividades durante esse mês, conhecido como Setembro Verde em apoio a causa

O Brasil ocupa o segundo lugar em números absolutos de transplantes de órgãos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos[3]. De janeiro a junho desse ano foram realizados 3.632 transplantes entre coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim; 3.963 de córnea e 1.302 de medula óssea no país[1]. O levantamento da ABTO mostra que houve queda de 6,5% na taxa de doadores efetivos no primeiro semestre desse ano, comparado ao mesmo período de 2019. "Devido à pandemia, o Brasil viu uma diminuição no número de procedimentos, porém, ainda assim, a queda não foi tão drástica quanto a que foi vista em países como Espanha e Estados Unidos[1]", afirma Gustavo Fernandes Ferreira, médico nefrologista e Vice-presidente da ABTO.

Em comparação com o primeiro semestre do ano passado, a maior diminuição foi a de transplante de córnea com queda de 44%, seguido da de pâncreas (29,1%), pulmão (27,1%), coração (27,1%), rim (18,4%) e fígado (6,9%)[1]. As regiões do país que viram maior diminuição na taxa de doadores efetivos foram Norte (47,4%), Nordeste (37%) e Centro-Oeste (12,6%). Enquanto isso, as regiões Sul e Sudeste tiveram um aumento de 5% e 3,1%, respectivamente[1].

O Dr. Gustavo explica que as doações de órgãos podem ser feitas por pessoas vivas ou por falecidos. "É possível doar parte do fígado, da medula óssea ou do pulmão, assim como um dos rins, ainda em vida. Para doadores falecidos, o procedimento só é autorizado quando há morte encefálica e autorização da família[3]", explica o Vice-Presidente da ABTO.

Cada órgão possui um tempo de isquemia para que o transplante pode ser realizado. "A isquemia é o tempo máximo em que o órgão pode ficar sem receber irrigação sanguínea. Esse tempo varia de acordo com o órgão. Por exemplo, o coração tem um tempo de isquemia de 4 horas, enquanto o do fígado é de 12 horas e o de rim, 48 horas[3]", esclarece o nefrologista.


Como se tornar um doador de órgão?

O Dr. Gustavo afirma que é preciso avisar a família sobre o desejo de ser um doador de órgãos, "pois, a família precisa autorizar a doação quando há morte encefálica. Só com esse consentimento, conseguimos avaliar os órgãos do falecido que poderão ser doados a quem necessita de um transplante".

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é o órgão responsável pelo controle da lista de espera que é definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado[3]. O paciente que espera por um transplante pode esperar por um longo tempo, já que a demanda por órgãos é maior do que o número de doadores. "Por isso, é de extrema importância que as pessoas se conscientizem sobre o assunto e caso se tornem doadores que comuniquem junto à suas famílias", ressalta.

No caso da doação de medula óssea é possível se cadastrar voluntariamente no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), que já possui mais de 4 milhões de cadastros, colocando o Brasil como o terceiro maior registro do mundo. O Redome também possibilita uma busca global, o que aumenta as chances de o paciente encontrar um doador compatível para o transplante de medula óssea[3].

Para saber mais sobre as ações da ABTO durante a campanha Setembro Verde e doação de órgãos em geral, acesse: http://site.abto.org.br/

 

 


Novartis

 http://www.novartis.com .

 

 

Referências:

1- Registro Brasileiro de Transplantes. Ano XXVI Nº2. Disponível em: http://site.abto.org.br/wp-content/uploads/2020/08/rbt-1sem-final-leitura.pdf. Acesso em 29/09/2020.

2- Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude. Acesso em 19/09/2020.

3- Doação de Órgãos. Ministério da Saúde. Disponível em: http://saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-orgaos. Acesso em 19/09/2020.


Veículo próprio ou alugado: quais as melhores opções para que motoristas de aplicativo tenham mais lucro


Os aplicativos de transporte têm criado novas dinâmicas no mercado de automóveis, mas é necessário estar atento para escolher a melhor opção e acumular lucros em vez de dívidas


Não há dúvida que os aplicativos de transporte têm sido a opção de milhares de brasileiros que precisam de renda, muitos deles, após ficarem desempregados e sem perspectivas de voltarem ao mercado. Os aplicativos podem ser lucrativos, apesar do crescente número de motoristas, basta saber escolher o carro e as opções certas. As recomendações são da equipe da Corta Juros, empresa que trabalha com recuperação de crédito, principalmente de pessoas endividadas com as parcelas do carro. Cerca de 60% dos clientes são motoristas de aplicativo, sendo a maioria dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O problema mais recorrente são as parcelas elevadas que, somadas a juros abusivos, deixam os profissionais sem margem de lucro. Confira a seguir algumas dicas fundamentais:



Veículo próprio deve ser quitado o quanto antes


O primeiro passo para obter lucros significativos é sair das parcelas e quitar o automóvel. Se isso parece impossível, saiba que existem soluções. A Corta Juros, por exemplo, oferece planos de 6 a 24 meses que funcionam da seguinte forma: a empresa compra a dívida e negocia os valores, nessas transações é possível ter descontos superiores a 70%.  Paralelamente, faz uma programação com o cliente para que ele se organize financeiramente e pague valores justos. Ele recebe o boleto e quita a dívida.



Carro alugado pode valer a pena


As locações de carro dispararam e estão menos burocráticas em função destes novos motoristas profissionais. Nem sempre o veículo próprio é vantajoso, principalmente se as parcelas e o custo de manutenção forem elevados. O automóvel de locadora pode ser melhor porque é possível alugar veículos melhores, mais novos e, com isso, e subir de categoria no aplicativo, o que dá maior margem de lucro. Além disso, a locadora faz a manutenção e o automóvel já tem seguro. Atualmente, diversas locadoras têm oferecido planos especiais para motoristas de aplicativo. Neles, é possível pagar por seguros mais abrangentes, ter preços mais baixos pela diária e até mesmo alugar por períodos maiores, o que reduz o preço. O motorista pode alugar por uma semana ou alguns meses e trocar de carro quando preferir. O leque de opções é enorme. O que precisa ser analisado na escolha além do preço e do consumo de combustível são itens como conforto, segurança e a cobertura do seguro. 



Planejamento de tempo


Um alerta, no entanto, é ter uma ideia de quanto tempo seguirá neste trabalho. Se pretende entrar nesta profissão em definitivo, alugar um carro poderá não valer tanto a pena a longo prazo. A dica de ouro é começar com um veículo alugado e criar um caixa de reserva. Junte dinheiro e dê uma boa entrada no carro próprio para suavizar as parcelas, se puder pagar à vista é ainda melhor. Com parcelas baixas ou nenhuma pagar, ser motorista de aplicativo pode ser vantajoso. Qualquer escolha deve ser muito bem calculada sempre! Se já estiver com seu veículo próprio, procure quitar o quanto antes para melhorar a renda mensal. Empresas como a Corta Juros podem ajudar a quitar mais rápido e ainda reduzir o valor total.


27/09 - Dia do Idoso: Como a neuroplasticidade cerebral pode prolongar a vida e retardar demências da idade

O neurocientista, neuropsicólogo, psicanalista com especialização em nutrição clínica Fabiano de Abreu, aproveitou este dia mundial do idoso para sugerir o que ele considera a revolução científica para uma vida longa e feliz 

 

Com o avançar da esperança média de vida, é natural uma crescente preocupação com a qualidade de vida na terceira idade. Somos cada vez mais capazes e a visão da velhice como apenas um fim tem que ser descartada. O neurocientista Fabiano de Abreu esclarece sobre como o nosso cérebro se adapta e reorganiza para que possamos aproveitar melhor todas as fases da nossa vivência independentemente da idade.

 

"Por muitos anos a ciência acreditava que ao atingir determinada idade o cérebro perderia a capacidade de produção neuronal, que se o tecido cerebral fosse lesado em regiões específicas por conta de derrames, traumatismos ou doenças, essa região jamais se regeneraria causando no indivíduo uma perda total da função exercida por ela.", esclarece.

 

Como nos refere o neurocientista, "Atualmente sabemos, por meio dos resultados das pesquisas científicas, que embora o cérebro seja incapaz de se regenerar ele possui uma capacidade de se reorganizar, ou seja, de se adaptar, de modificar o processamento das informações e que essa capacidade de modificação e rearranjo das redes de neurônios formam novas sinapses reforçadas. Assim múltiplas possibilidades de respostas ao ambiente tornam-se possíveis, pois o cérebro é altamente maleável e com os estímulos adequados e intensos pode-se modificar a estrutura cerebral desenvolvendo habilidades e retardando o próprio envelhecimento natural. ".

 

Seguindo estes novos conceitos Abreu relembra que, "A melhor terapia para terceira idade é uma neuropsicanálise ampla, ou uma neurofilosofia, ou seja, numa filosofia de vida em que, o tratamento está no fortalecimento de sinapses variadas e no estímulo aos neuromoduladores e estabelecemos isso através dos comportamentos e hábitos. 

 

O fortalecimento das sinapses está na variedade das tarefas que tiram o indivíduo dos vícios cotidiano, do automático que já não há estímulos, reforço sináptico. Assim como na ginástica seja ela física ou mental para estimularmos diferentes sinapses. 

 

Em relação aos neuromoduladores tudo isso acima contribui assim como uma dieta balanceada de acordo com o indivíduo, seu estilo de vida, genética e personalidade. Experimentar novos hábitos de acordo com a personalidade e principalmente a aprendizagem de diferentes tipos é uma ginástica cerebral importantíssima.".

 

A neuroplasticidade é, portanto, a base de tudo. Pensando nesse propósito, Abreu Refere três atitudes que podem ajudar nesse processo:

 

Mudanças estruturais - Quando as informações são repetidas, logo após a mudança, os dendritos crescem e se formam novas conexões. Melhora a capacidade e a coordenação motora. Exemplo, quando uma mão não funciona bem, trabalhava-se a mão boa para suprir a falta. Na verdade, deve-se estimular a mão ruim pois os neurônios se adaptam para trabalhar em função da mão ruim. Se faz necessário a repetição.

 

Alterações funcionais - O cérebro se adapta as mudanças e as faltas. Quando mudamos os hábitos criamos novas conexões e quando repetimos fortalecemos as sinapses. 

 

Alimentação e exercícios - Uma dieta e exercícios relacionados aos comportamentos, personalidade, através de um mapa vital do indivíduo onde pode-se analisar as produções hormonais e dos neurotransmissores para um melhor estímulo e regulação para melhores resultados. Um exame de sangue com dados hormonais é importante para auxiliar na terapia.

 

Esse conceito foi escrito por Fabiano de Abreu como TCC final com nota máxima na universidade Cognos em Portugal em neuropsicologia. Colocando o artigo disponível para leitura. 

 

 

Formações 

 

Neurofilósofo Fabiano de Abreu -  neurocientista, neuropsicólogo, neuropsicanalista, neuroplasticista, psicanalista, psicopedagogo, jornalista, filósofo, nutricionista clínico, empresário e membro da Mensa, associação de pessoas mais inteligentes do mundo com sede na Inglaterra. Especialista em estudos da mente humana e pesquisador no CPAH - Centro de Pesquisas e Análises Heráclito. 

 

Registro e currículo como pesquisador: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558

 

Vídeo Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=gNmErXPvGmk&feature=youtu.be

 

 

CPAH - Centro de Pesquisas e Análises Heráclito. 

Centro de pesquisas no Brasil e em Portugal

O centro foi formado por dois profissionais da área da saúde com uma arqueóloga no intuito de dar relevância às pesquisas, análises e registos feitos em países da lusofonia. O objetivo principal é contribuir  para a saúde e bem estar social desses mesmos países e também repercutir além fronteiras buscando uma melhor facilitação e notoriedade que as universidades e centros não estão conseguindo ter internacionalmente.

 

Fundadores

Fabiano de Abreu (brasileiro e português)- Neurocientista, neuropsicólogo, neuropsicanalista, psicanalista, nutricionista clínico e jornalista 

Roselene Wagner (brasileira) - Neuropsicóloga, psicóloga e psicanalista

Joana Freitas (portuguesa) - Arqueóloga e historiadora 


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