Seja com um plano
de ação ou com a recuperação judicial, especialistas atuam de forma estratégica
para encontrar a melhor forma de sair da crise
A pandemia e o distanciamento social causaram
diversos problemas para empresários em todo o Brasil, e também no mundo todo.
Por conta disso, inúmeros negócios foram fechados durante os últimos meses e,
outros, foram imensamente prejudicados e por isso precisarão se reinventar para
entrar no cenário atual e no que está previsto após a pandemia. Negócios que
dependem de eventos ou turismo, por exemplo, podem levar anos para se
recuperar.
Em um momento como esse, é necessário levar em
conta a opinião de profissionais. O advogado Paulo Akiyama, atuante em direito
empresarial, ressalta que será complicado esperar por resultados imediatos, uma
vez que o dano pode levar algum tempo para ser reparado. “Além da situação ser
delicada é inédita para os consumidores, que também foram impactados. É
importante lembrar que os cuidados da administração e gestão são fundamentais
para uma recuperação mais rápida, questões que envolvem demissões, afastamentos
ou mesmo ajustes de salário, precisam ser mantidas em tons amigáveis para
evitar processos ainda mais complexos”, conta.
Para isso, uma dica é que as empresas elaborem
comitês especiais para a solução de problemas com maior gravidade, já que uma
das características da modernidade é o trabalho em equipe. Não somente isso, é
importante ter um bom advogado empresarial que possa ajudar com a rotina da
empresa e dar o suporte necessário em mediações com colaboradores.
De toda forma, agir rapidamente foi algo que ajudou
muitos empreendedores logo no início da quarentena. A revisão de contratos e
flexibilização de cláusulas permitiram maior prazo tanto para contratantes,
quanto contratados, realizar seus trabalhos dentro de um limite adequado.
“Ajustar meios de minimizar as perdas é primordial. O empresário perdendo,
alguém também estará sofrendo em razão dessas mesmas perdas. O efeito dominó
deve ser evitado por todos, buscando melhorar sempre a saúde das empresas”, o
Dr. Akiyama relata.
Quando essas soluções não são realizadas a tempo,
ou deixam de ser efetivas, a recuperação judicial pode parecer a última saída,
mas quem pensa que esse é um processo simples se engana. Apesar da condução ser
feita por um advogado, o procedimento depende de quase todos os setores da empresa,
como administrativo, jurídico, financeiro, comercial e recursos humanos, sem
contar que não é algo barato e isso também precisa ser considerado.
“Para que uma empresa decida pela recuperação
judicial ou extrajudicial, deve se fazer antes um estudo de viabilidade, pois
descumprindo o plano de recuperação há o risco de ser decretada a quebra pelo
juízo. Porém, a empresa que entende essa opção como a saída para o
endividamento que possui, deve decidir enquanto ainda possui algum recurso
disponível para poder dar continuidade ao processo e suportar os custos que
exigirá, não esquecendo que vai perder mercado e fornecedores”, informa.
Existem algumas diferenças entre a recuperação
judicial e a extrajudicial. A recuperação judicial é postulada e formalizada a
um juízo de falência. Já a extrajudicial é aquela em que o gestor, ao analisar
a situação da empresa, contrata consultores especializados e advogados que
possam apresentar um plano de recuperação sem a necessidade de ingressar em
juízo. Ou seja, é um meio em que as partes (devedor e credores) buscam de forma
equilibrada recuperar a empresa em situação frágil financeiramente.
Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em
direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório
Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito
de família. Para mais informações acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/
ou ligue para (11) 3675-8600. E-mail akyama@akiyama.adv.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário