Quando se fala em pet, é possível que a primeira imagem que venha à cabeça da maioria das pessoas seja a de um cachorro. De fato, eles ainda são a grande maioria da população de animais de estimação no Brasil. Segundo o levantamento Mercado Pet Brasil 2023, os cães compõem cerca de 67,8 milhões de animais domésticos. A pesquisa é promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Mas o mesmo estudo mostra que são os gatos que estão
em alta. Aliás, mais até do que os cães. De 2021 para 2022, a população de
gatos cresceu 6%, ante 4% dos peixes e 3,5% dos cães. Hoje, os bichanos somam
aproximadamente 33,6 milhões de cabeças no país. Ainda é a metade da população
de cachorros, mas o topo do crescimento sugere que o comportamento dos tutores
esteja mudando.
Alguns motivos podem ajudar a explicar o crescimento
de gatos. Além de uma beleza única e de serem mais independentes e asseados do
que os doguinhos, eles também se adaptam bem a brinquedos e a famílias com
crianças. “Os gatos têm comportamentos menos sociáveis do que os cães, mas isso
não significa que eles sejam completamente frios ou interesseiros, como muita
gente acredita”, pontua Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au!Happy,
empresa especializada em planos de saúde para pets.
“Os felinos gostam de brincar e interagem com as
famílias e com as crianças. Além disso, é um tipo de pet que sabe muito bem
demonstrar que está satisfeito com o ambiente, com a família, com o lar dele”,
completa. Mas há um detalhe que chama a atenção: esse nível de satisfação
depende também de o ambiente ser limpo e agradável. Por isso, ele pode servir
de termômetro para indicar se o lugar onde ele – e o tutor também – vive é
arejado e agradável.
“Isso não o inibe a se relacionar com as crianças,
onde o ambiente costuma ser um pouco mais bagunçado. Se ele estiver bem
acomodado, ele consegue interagir tranquilamente com a desordem típica das
crianças. Mas a reciprocidade deve fazer parte dessa relação. Ou seja, basta
oferecer a ele todas as condições necessárias para viver em harmonia com a
família, e ele também será capaz de entregar muitos benefícios”, explica Simone
Cordeiro.
Ela explica que a presença dos gatos proporciona às
crianças um desenvolvimento melhor no processo de socialização e de senso de
responsabilidade. E essas mudanças vêm atreladas a outras. “A amizade entre a
criança e um gato de estimação auxilia na liberação do estresse e na produção
de anticorpos capazes de combater alergias como rinite, por exemplo”, cita.
Cuidados veterinários
Entretanto, assim como qualquer outro pet, a
diretora-comercial da Au!Happy alerta que é muito importante manter as vacinas
do animal em dia, não apenas para a saúde dele como também a das pessoas com
quem convive. “Os gatos podem ser transmissores de doenças e podem também
contrair doenças mais sérias se não mantiverem a vacinação em dia. Por isso é
muito importante que o tutor tenha uma cobertura adequada para os atendimentos
necessários à saúde do pet”, avisa.
A manutenção de um plano de saúde animal completo é
um caminho importante e que ajuda na conscientização das vacinas. “Um plano de
saúde que contemple todos os imunizantes é meio caminho andado para cuidar com
mais carinho e atenção do pet. Ter um animal de estimação apenas por ter não
consiste em amor, mas apenas em uma escolha controversa, já que você vai ter um
bicho em casa sem preocupação com a vida dele. A relação de carinho e respeito
está na preocupação com os detalhes, com a vacinação e com a certeza de que ele
está protegido em caso de algo mais sério”, finaliza.
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