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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Consumo moderado de vinho pode contribuir para prevenção de doenças e melhorar qualidade de vida

De acordo com recomendações médicas e condições físicas, os compostos do vinho podem ajudar na saúde de indivíduos com doenças crônicas

 

Na harmonização com pratos, durante o happy hour com amigos e até em encontros de negócios, a cultura do vinho tem crescido no Brasil nos últimos anos, com o consumo tendo dobrado segundo pesquisa da consultoria Wine Intelligence, que apontou um acréscimo mensal de cerca de 36% desde 2010. 

Esse crescimento é atribuído, em parte, à maior oferta de produtos nacionais e importados a preços acessíveis, bem como devido às contribuições para a saúde e qualidade de vida com o seu consumo equilibrado e regular.

“O consumo moderado de vinho, em longo prazo, e associado a hábitos saudáveis, como exercícios físicos e redução de gordura saturada e sal, pode contribuir para a redução da pressão arterial, o equilíbrio do colesterol, a prevenção de tromboses e derrames, e a diminuição do risco de aterosclerose. Estudos também apontam que o vinho tinto pode estar associado a benefícios como a melhora de doenças crônicas, como diabetes, e a prevenção de problemas articulares”, aponta o nutrólogo da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dr. Daniel Magnoni. 

Com o consumo adequado a cada indivíduo, levando em consideração as recomendações médicas e as condições de saúde, o vinho pode ajudar devido a compostos como: 

  • Polifenóis: o vinho é rico em polifenóis, que têm propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, ajudando a proteger o organismo contra doenças crônicas.
  • Resveratrol: este polifenol é conhecido por aumentar a resistência das fibras colágenas, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares e outras doenças relacionadas à idade.
  • Antioxidantes: rica em antioxidantes, o vinho ajuda a neutralizar os radicais livres e proteger o organismo contra danos.
  • Flavonóides: relacionados à prevenção de doenças cardiovasculares e possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
  • Taninos: ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e têm propriedades antioxidantes.

De acordo com o especialista, um consumo considerado como moderado da bebida gira em torno de uma a, no máximo, duas taças por dia, ou cerca de 100ml a 140ml. Além disso, o vinho pode ajudar a prevenir danos às artérias, que são causados pelo colesterol LDL, aumentar a função das células que revestem os vasos sanguíneos e manter os vasos sanguíneos saudáveis, contribuindo para a prevenção de doenças cardíacas.

Um estudo realizado pelas Universidades de Cambridge (Inglaterra) e Sydney (Austrália) em 2023 apontou que o consumo moderado de bebidas alcoólicas pode diminuir a inflamação no corpo e, consequentemente, aliviar dores

O Dr. Magnoni também ressalta que o consumo excessivo de vinho e álcool, em geral, pode acarretar diversos problemas de saúde, como câncer, alcoolismo, pressão alta e obesidade. “O consumo de vinho não é tratamento, mas pode ser um hábito que deve ser muito bem dosado, e avaliado individualmente pelo médico, pois o excesso causa efeitos indesejados e prejudica o organismo”, alerta o especialista.

  

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

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