De acordo
com recomendações médicas e condições físicas, os compostos do vinho podem
ajudar na saúde de indivíduos com doenças crônicas
Na harmonização com pratos, durante o happy hour
com amigos e até em encontros de negócios, a cultura do vinho tem crescido no
Brasil nos últimos anos, com o consumo tendo dobrado segundo pesquisa da
consultoria Wine Intelligence, que apontou um acréscimo mensal de cerca de 36%
desde 2010.
Esse crescimento é atribuído, em parte, à maior
oferta de produtos nacionais e importados a preços acessíveis, bem como devido
às contribuições para a saúde e qualidade de vida com o seu consumo equilibrado
e regular.
“O consumo moderado de vinho, em longo prazo, e
associado a hábitos saudáveis, como exercícios físicos e redução de gordura
saturada e sal, pode contribuir para a redução da pressão arterial, o
equilíbrio do colesterol, a prevenção de tromboses e derrames, e a diminuição
do risco de aterosclerose. Estudos também apontam que o vinho tinto pode estar
associado a benefícios como a melhora de doenças crônicas, como diabetes, e a
prevenção de problemas articulares”, aponta o nutrólogo da Rede de Hospitais
São Camilo de São Paulo, Dr. Daniel Magnoni.
Com o consumo adequado a cada indivíduo, levando em
consideração as recomendações médicas e as condições de saúde, o vinho pode
ajudar devido a compostos como:
- Polifenóis:
o vinho é rico em polifenóis, que têm propriedades antioxidantes e
anti-inflamatórias, ajudando a proteger o organismo contra doenças
crônicas.
- Resveratrol:
este polifenol é conhecido por aumentar a resistência das fibras
colágenas, contribuindo para a prevenção de doenças cardiovasculares e
outras doenças relacionadas à idade.
- Antioxidantes:
rica em antioxidantes, o vinho ajuda a neutralizar os radicais livres e
proteger o organismo contra danos.
- Flavonóides:
relacionados à prevenção de doenças cardiovasculares e possuem
propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
- Taninos:
ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e têm propriedades
antioxidantes.
De acordo com o especialista, um consumo
considerado como moderado da bebida gira em torno de uma a, no máximo, duas taças
por dia, ou cerca de 100ml a 140ml. Além disso, o vinho pode ajudar a prevenir
danos às artérias, que são causados pelo colesterol LDL, aumentar a função das
células que revestem os vasos sanguíneos e manter os vasos sanguíneos
saudáveis, contribuindo para a prevenção de doenças cardíacas.
Um estudo realizado pelas Universidades de
Cambridge (Inglaterra) e Sydney (Austrália) em 2023 apontou que o consumo
moderado de bebidas alcoólicas pode diminuir a inflamação no corpo e,
consequentemente, aliviar dores
O Dr. Magnoni também ressalta que o consumo
excessivo de vinho e álcool, em geral, pode acarretar diversos problemas de
saúde, como câncer, alcoolismo, pressão alta e obesidade. “O consumo de vinho
não é tratamento, mas pode ser um hábito que deve ser muito bem dosado, e
avaliado individualmente pelo médico, pois o excesso causa efeitos indesejados
e prejudica o organismo”, alerta o especialista.
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
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