Campanha inicia no início do próximo mês e chama atenção para a prevenção do Câncer de Pele, responsável por 185 mil novos casos no Brasil anualmente
Este ano, o calor intenso chegou em meados de novembro, antes da abertura oficial do verão, levando os termômetros no Brasil a marcar a temperatura média de 40º. Um motivo a mais para investir nos cuidados com a saúde, incluindo a da pele. No início do mês, a campanha Dezembro Laranja, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reforça essas orientações e chama a atenção da população sobre a importância de prevenir o Câncer de Pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a cada ano são registrados no país cerca de 185 mil novos casos de câncer não melanoma, o mais comum no Brasil, responsável por 33% dos diagnósticos.
Segundo a dermatologista da Rede Mater Dei de Saúde, Natália de Paiva Sobreira, o principal fator de risco para a doença é, justamente, a exposição à radiação ultravioleta. Há outros, como história pessoal ou familiar deste câncer; pessoas de pele clara e suscetíveis a queimaduras solares; uso de medicamentos que podem comprometer a imunidade e presença de uma grande quantidade de pintas pelo corpo. Segundo ela, deve-se evitar a exposição solar, especialmente nos horários em que os raios solares são mais intensos, entre 10h e 16h.
Outro hábito fundamental é o uso protetor solar, que deve ter fator de proteção igual ou superior a 30. “É crucial ressaltar que o uso diário de filtros solares é essencial ao se expor ao sol, não devendo ser limitado apenas aos momentos de lazer ou diversão. Recomenda-se reaplicar o produto a cada duas horas durante atividades ao ar livre. Para o uso cotidiano, é aconselhável aplicar uma quantidade adequada pela manhã e fazer uma reaplicação no horário do almoço”, explica. Além disso, sempre que possível, é recomendável o uso de roupas adequadas que cubram toda a pele, bem como o uso de chapéus/bonés de abas largas, sombrinhas e guarda-sol”, explica.
Ainda entre as ações preventivas, a médica alerta
que é importante agendar consultas anuais com um dermatologista para exames
completos, manter uma dieta saudável, parar de fumar e evitar o uso de câmaras
de bronzeamento artificial. Também é necessário observar regularmente a própria
pele. “Essa prática regular possibilita uma identificação precoce de possíveis
sintomas, aumentando as chances de um diagnóstico em estágios iniciais da doença.
Mas apenas um exame clínico realizado por um médico especializado ou uma
biópsia podem confirmar o diagnóstico do câncer de pele”, recomenda.
O ideal é buscar orientação médica quando surgirem
sinais como: lesões na pele com aparência elevada e brilhante, podendo
apresentar coloração avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, e que
sangra facilmente. Lesões de pele que apresentam cor (pigmento) que são
Assimétricas, possuem Bordas irregulares, mais de uma Cor, Diâmetro maior que
6mm (regra do ABCD) e modificaram/cresceram também devem ser acompanhadas.
Tipos de câncer e tratamentos
Existem três tipos principais de câncer de pele. O carcinoma basocelular (CBC) é o mais comum e o menos agressivo e se apresenta como lesões que se assemelham a feridas que não cicatrizam ou até, mesmo, nódulos com uma evolução lenta. Geralmente, esses tumores surgem em áreas frequentemente expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Também comum, o carcinoma espinocelular (CEC) aparece em áreas expostas ao sol e, em alguns casos, está associado a feridas crônicas e cicatrizes na pele. Esses carcinomas geralmente apresentam coloração avermelhada e se manifestam na forma de machucados ou feridas persistentes, que podem ocasionalmente sangrar.
Já o melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele, pode surgir em qualquer parte do corpo, manifestando-se como manchas, pintas ou sinais de tons acastanhados ou enegrecidos, com formato irregular e propensos a sangramento. Essas lesões podem ocorrer em áreas de difícil visualização pelo paciente, sendo mais comuns nas pernas das mulheres e no tronco dos homens.
O tratamento do câncer de pele varia de acordo com o tipo, extensão, agressividade, localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As modalidades mais utilizadas incluem a cirurgia excisional e a Cirurgia Micrográfica de Mohs, na qual o cirurgião retira o tumor e analisa o material ao microscópio, preservando boa parte dos tecidos saudáveis. Além das abordagens cirúrgicas, a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicamentos orais e tópicos são opções adicionais de tratamento. Se não diagnosticados e tratados corretamente os Carcinomas espinocelulares e os melanomas podem se desenvolver e gerar metástases (acometimento de outro órgão), podendo ser fatal.
Rede Mater
Dei de Saúde

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