Diversidade e inclusão devem ser temas presentes no código de conduta de instituições
Em um país miscigenado e plural como o Brasil, pessoas de diferentes etnias, cores e sexo convivem juntas, dando ainda mais tom e sabor para a mistura brasileira. Porém, toda essa diversidade ainda é alvo de preconceito e limitações, fazendo com que pessoas de determinados grupos sejam discriminadas ou prejudicadas. No ambiente de trabalho isso não é diferente. Infelizmente são recorrentes os casos sobre assédio moral ou sexual, injúria racial, capacitismo, machismo e tantas outras formas de preconceitos. Para que uma empresa tenha uma reputação íntegra e exemplar, especialmente as organizações de saúde que lidam com vidas e temas sensíveis, é indispensável que seu código de conduta contemple diversidade e inclusão, além de buscar promover a participação e o respeito dos colaboradores em todos os setores.
A Associação Brasileira de
Compliance em Saúde (Abracos) destaca os seis principais passos para construir
um programa de integridade que combata todo e qualquer tipo de preconceito nas
empresas:
1 - Priorize a diversidade no quadro de funcionários
Em tempos de debates sobre esse
assunto, não deixe que as ideias fiquem apenas no papel. Empresas preocupadas
com gestão de pessoas e temas sociais buscam diversificar seu quadro de
funcionários, dando oportunidades para colaboradores de diferentes etnias,
sexos, religiões, cores e sotaques.
2 - Aprimore o código de conduta da empresa
A diversidade e a inclusão
fazem parte dos pilares de um bom programa de integridade. Evidencie no código
de conduta da empresa a necessidade de respeito e inclusão das diferenças no
ambiente de trabalho. Elucide também quais serão as advertências e punições em
caso de atitudes discriminatórias.
3 - Não reproduza piadas preconceituosas
Em tempos de rede social
precisamos lembrar que carregamos o nome da empresa onde trabalhamos por vários
ambientes. Ao reproduzir ou concordar com comentários ou piadas preconceituosas,
você pode prejudicar sua imagem e a da instituição da qual faz parte.
4 - Amplie a diversidade nos cargos de liderança
Uma pesquisa do Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), em 2020, mostrou que apenas 7,2%
dos membros dos conselhos das empresas são compostos por mulheres. A
multipluralidade nos cargos de liderança é valorizada nas práticas mais
modernas de gestão, como a indicação de mulheres, negros e pessoas com
deficiência.
5 - Tenha um bom canal de denúncias e apure as ocorrências
Um canal de denúncias operado
por empresa terceirizada favorece as notificações sobre infrações ao código de
conduta. Estabeleça um serviço íntegro, onde o denunciante se sinta seguro para
relatar casos como racismo, assédio ou qualquer outro desvio de conduta.
6 - Cumpra a legislação
Existem alguns recursos na
legislação que visam promover a igualdade no mercado de trabalho, como a Lei nº
8.213/91, que dispõe de cotas para PCDs (Pessoa com Deficiência). A reserva de
vagas depende do número total de empregados que a empresa tem. Organizações de
100 a 200 funcionários devem destinar 2% das vagas para pessoas PCDs. Entre 201
a 500 colaboradores, 3% das vagas. Empresas que possuam entre 501 a 1.000
empregados, devem destinar 4% das oportunidades para PCDs. Por fim, companhias
com 1.001 funcionários em diante precisam destinar 5% das vagas para esse
público.
Abracos - Associação Brasileira de
Compliance em Saúde
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