Depois da crise econômica que o Brasil vem atravessando desde o ano passado, o brasileiro passou a considerar fazer um planejamento financeiro. No começo do ano, essa preocupação fica redobrada com as despesas como IPTU, IPVA e material escolar. E as incertezas geradas pelo recrudescimento da pandemia aumentam ainda mais o temor das famílias.
O
especialista em planejamento financeiro e gestor de riscos, Yuri Utida, explica
que o momento é ideal para planejar o orçamento e tentar blindar o patrimônio e
a renda. “Essa pandemia nos mostrou o quanto é indispensável ter uma renda extra
e contratar garantias para que um imprevisto, como desemprego, acidentes ou
problemas de saúde, não afetem o orçamento”, afirma.
Em
uma sociedade onde 85% das pessoas não têm qualquer reserva financeira, os
seguros são uma boa forma de proteção não somente em casos de morte, mas também
em casos em que a pessoa fica impossibilitada de trabalhar. “Existem
seguros que te protegem em caso de afastamento por doença (como pelo próprio
coronavírus), acidentes, invalidez, internação, o leque é bem amplo”,
afirma.
O
gestor de riscos conta que muitas pessoas ainda não entendem a relevância
dessas garantias, e traça um paralelo com o uso do cinto de segurança na década
de 50. “Hoje está claro o valor inestimável dos cintos de segurança, mas na
época em que foi implantado, houve muita desconfiança e reclamações tanto por
parte dos consumidores, quanto das montadoras. Quem viveu a década de 80 se
lembra que ninguém usava cinto. Vai acontecer a mesma coisa com os seguros. Os
brasileiros estão engatinhando, mas nações desenvolvidas já encaram essas
proteções como essenciais”, comenta.
Investindo de 3 a 7% de sua renda
é possível ter segurança financeir
Depositphotos |
E
esse tipo de serviço é mais indicado justamente para quem não tem reserva,
herança ou um patrimônio vasto, afinal são essas pessoas que, se ficarem sem
condições de exercer seu trabalho, entram em colapso financeiro e não geram a
renda necessária para sobreviver. “Para se ter uma ideia, é possível ter uma garantia
com um investimento de 3 a 7% de sua receita. Não é algo irreal ou só para os
ricos. E, como resultado, se a pessoa tiver um seguro adequado e acontecer dela
adoecer, por exemplo, continuará bem estruturada, pois investiu pouca parte de
sua renda e agora terá proteção financeira”, completa.
O
gestor ressalta que é importante estar assegurado o quantos antes, pois após
desenvolver uma doença ou ficar inválido, por exemplo, aí sim os valores ficam
mais altos. Para ele, embora falar sobre enfermidades, acidentes ou morte seja
algo assustador, a prevenção e o planejamento são essenciais para quem não
pretende passar por dificuldades. “Os seguros te dão a proteção necessária para
diversos imprevistos que ocorrem nas nossas vidas. O importante, antes de
contratar, é escolher uma instituição idônea e um produto personalizado que se
encaixe no seu perfil para que, se você precisar no futuro, tenha o retorno do
investimento e não saia no prejuízo. As opções são variadas e, com a ajuda de
um profissional especializado, é possível sim ter segurança financeira mesmo
sem ser milionário ou herdeiro”, conclui.
Yuri Utida - especialista
em planejamento financeiro e gestão de risco.
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