Exame é a principal ferramenta para diagnosticar tumores no início e
melhorar prognóstico
Dia Nacional da Mamografia
A data, comemorada em 5 de fevereiro, foi
instituída pela Lei nº 11.695/2008 e visa conscientizar mulheres sobre a
importância da realização do exame.
O câncer de mama é o tipo mais comum da doença
entre as mulheres no Brasil e no mundo, depois do de pele não melanoma, segundo
o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A alta taxa de incidência do tumor na
população feminina traz um alerta para que as mulheres conheçam o próprio corpo,
prestem atenção a possíveis alterações e procurem um médico com regularidade
para uma avaliação mais detalhada.
Segundo o ginecologista e obstetra, coordenador
médico do Hospital da Mulher Anchieta, Dr. José Moura, o diagnóstico precoce é
fundamental para aumentar as chances de cura. “A avaliação das mamas faz parte
da rotina ginecológica. É importante que todas as mulheres façam o exame ao
menos uma vez ao ano independente da fase da vida em que se encontram, para que
possamos detectar alguma alteração o mais precocemente possível”, indica o
especialista.
Nesse contexto, a mamografia é ótima aliada para
detectar nódulos ainda não palpáveis e descobrir a doença antes do surgimento
dos sintomas. “Dessa forma, esse exame ajuda a reduzir a incidência e/ou mortes
relacionadas ao câncer, auxilia a determinar o tratamento mais adequado para
cada caso e aumenta o número de cirurgias com melhores resultados estéticos”,
ressalta o radiologista e especialista em imagem da mama do Anchieta
Diagnósticos, Dr. Pedro Felipe Coelho Alvarenga.
A mamografia é indicada a partir dos 40-45 anos
ou antes, caso a mulher tenha caso de câncer de mama na família. De acordo com
o ginecologista, Dr. José Moura, antes dessa faixa etária, as mamas ainda são
mais rígidas e densas, e prejudicam a visualização adequada do tecido mamário.
Entenda como é feita
O exame consiste em um aparelho com duas placas
que comprimem a mama horizontal e verticalmente por alguns segundos. Segundo o
radiologista, ficar imóvel e segurar a respiração durante a obtenção das
imagens ajuda a evitar movimentos que podem comprometer a qualidade do exame e,
consequentemente, a identificação de anormalidades. “Após isso, o técnico
confirma a adequação das imagens para saber se vai ser preciso repetir o
procedimento ou acrescentar alguma outra para complementar o estudo”, explica o
médico.
Existe alguma contraindicação?
Ainda de acordo com o especialista do Anchieta
Diagnósticos, não há contraindicações absolutas ao exame, porém é importante
mencionar alguns cuidados. “Durante a gestação deve-se evitar radiação devido
aos efeitos na formação do feto. Entretanto, nos casos em que o benefício da
mamografia se sobrepor aos riscos, utiliza-se protetores de chumbo – uma
espécie de avental – sobre o abdômen para proteger o feto”, destaca.
Além disso, a presença de implantes mamários
torna o exame menos sensível, porém o médico pontua que existem manobras que
podem contornar a situação, e que o risco de danificar o implante é pequeno. Já
em mulheres que estão na fase de amamentação, a mama se torna mais densa e
dificulta o achado de anormalidades, bem como torna o exame um pouco mais
desconfortável, mas não impede sua realização.
Dicas para a realização do exame:
- Agende a mamografia quando sua mama não estiver
dolorida ou inchada, para evitar o desconforto e conseguir boas imagens. Tente
evitar a semana que antecede a menstruação;
- Leve os exames anteriores relacionados à mama,
tais como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. A comparação
aumenta a sensibilidade do método ao facilitar a identificação de anormalidades
que tenham surgido nos últimos tempos;
- No dia do exame evite usar desodorante ou
cremes na região, pois certos produtos podem aparecer como pequenos pontos
brancos na imagem e simular calcificações;
- Dê preferência para o uso de saias ou calças ao
invés de vestidos, pois será preciso remover a parte de cima para a realização
do exame.
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