Um dos alimentos mais populares, versáteis e
queridos do mundo tem um dia especial para ser celebrado. No dia 16 de outubro
é comemorado o Dia do Pão, elemento que faz parte do dia a dia do brasileiro,
seja de manhã, no almoço, lanche da tarde ou jantar. A receita original que
leva farinha, água, sal e fermento, ganhou novas versões, acompanhamentos e
significados com o passar do tempo, mas sempre se fez presente no cotidiano e
culinária de todos os povos espalhados pelo mundo.
No Brasil, o hábito de consumo do pão é, em sua
maioria, apenas no café da manhã, como um café acompanhado de pão na chapa. Em
outros países, como no Chile, Alemanha e na Europa em geral, o pão é servido
também no almoço e no jantar, estando muito presente como acompanhamento de
pratos ou até mesmo parte da refeição.
Motivo de fascínio em vários países, o pão ganha
grande destaque na Alemanha, onde, não por acaso, acontece a maior feira de
panificação do mundo. Na França, o pão também é bastante valorizado, tendo,
inclusive, o brioche, a baguete e o croissant, como símbolos do país. Já na Itália,
a população aprecia a linha de pães crocantes, como a ciabatta e o pão italiano
com fermentação natural, uma prática tradicional da região. Na América do Sul,
no Chile, o pão funciona como uma refeição completa, podendo ser recheado do
que preferir.
De massinha crocante e fina ao mesmo tempo, o pão
de sal, mais conhecido como pão francês, criado no século XIX, é o carro-chefe
no Brasil. O consumo médio do brasileiro é de um pão francês por dia por
pessoa, somando cerca de 30 a 33 kg anuais. Mesmo assim, o consumo per capta
ainda pode ser considerado pequeno quando comparado a outros países. “A Suíça,
por exemplo, consome cerca de 84kg por ano; a Hungria, 80kg; Chile, 98kg; e
Alemanha, aproximadamente, 100kg. Neste último país, são mais de 3.200 tipos de
pães disponíveis, enquanto no Brasil encontramos apenas 100 tipos”, comenta o
Chef Luiz Farias, da Academia Bunge.
A panificação brasileira conta com grande
influência dos imigrantes que, junto de sua cultura, também compartilharam
muito de sua gastronomia com o Brasil. “Temos uma série de receitas regionais,
mas essencialmente nossa panificação conta com receitas portuguesas, italianas
e alemãs. Criação nacional, o pão de queijo, por exemplo, apesar do nome, não
pode ser considerando um pão e, sim, uma especiaria”, explica o Chef.
Ao mesmo tempo, há uma tendência mundial de consumo
de pães especiais, que têm chegado fortemente no Brasil. A massa madre, de
fermentação natural, tem ganhado destaque no país. “O pão não fica murcho, é
crocante por mais tempo, tem aroma e miolo diferenciados e, quando aquecido,
volta a ficar fresco, e as pessoas estão começando a perceber a qualidade
superior em relação às demais massas”, completa.
“Sabemos que o Brasil tem um imenso potencial, por
isso, na Academia Bunge, buscamos sempre fomentar e disseminar essas novas
tendências para os nossos parceiros, oferecendo diversas soluções para
panificação e treinamentos para que aprimorem suas técnicas e, com isso, contribuam
para o desenvolvimento do mercado de pães nacional”.
Conheça os diferentes tipos de pães consumidos em
diferentes países.
Pita (dos Emirados Árabes): No Brasil ele é conhecido como sírio, árabe ou folha. É uma
espécie de bolinha aberta, como uma mini pizza, que quando aquecido a 300º/400º
graus no forno toma um choque térmico e murcha.
Brioche (da França): é um pão que quase não vai água, apenas manteiga e ovos. É um pão
rico em ingredientes e considerado entre suave e doce. Por ter uma massa neutra,
pode ser recheado tanto com geleia ou com itens salgados, sendo uma ótima opção
de sanduiche.
Hallulla (do Chile): é um pão relativamente pobre em ingredientes e serve para o dia a
dia, ou seja, é “pão de refeição”. Ele é um pão perfurado, porém muito saboroso.
Ele não é muito popular no Brasil, porém pode ser encontrado em alguns locais
do Nordeste.
Naan (da Índia): é
um pão assado e que serve para acompanhar a refeição. Tem formato circular,
achatado.
Ciabatta (da Itália): pão muito valorizado e de altíssimo valor agregado. É composto
por farinha, água e sal. No balanceamento ele é crocante, mas tem muita água, e
absorve quase a mesma quantidade de farinha (cerca de 80% a 100%). Sua produção
é muito fácil, basta deixar a massa mole descansando em farinha para fermentar,
depois cortar e tiras e colocar na assadeira/forno para assar. Ao término, tem
uma crocância muito forte e gostosa em sua parte superior.
Pumpernickel (da Alemanha): composto 90% de farinha de centeio e passa por um processo lento
de fermentação. É um pão mais pesado – oferece uma proposta muito alta de fibra
-, porém é úmido e tem uma durabilidade incrível.
Bao/Bun (da China): é
cozido no vapor e, as vezes, meio adocicado. Pode ter recheio doce ou salgado.
Em sua composição há uma farinha bastante branca. O bun é o “pão francês” do
chinês.
Bunge

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