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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Transtorno do espectro do autismo e a inclusão escolar


A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que 1% da população mundial pode estar dentro do espectro do autismo. No Brasil, assim como em países de baixa e média renda a prevalência ainda é desconhecida. 

Existem estudos epidemiológicos realizados nos últimos 20 anos que afirmam que o diagnóstico de pessoas com TEA aumentou no mundo todo. Há muitas explicações para isso, incluindo o aumento da conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios diagnósticos, além da melhora nas ferramentas que diagnosticam o transtorno. 

O autismo, ou Transtorno do Espectro do Autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento de origem biológica que se caracteriza pela presença de prejuízos na interação social, da comunicação, com a presença de movimentos repetitivos e estereotipados, além de desajustes sensoriais, tudo isso com início precoce. 

O TEA possui diversos níveis, dos mais leves aos mais graves, e as intervenções precoces são as melhores alternativas para que o indivíduo tenha uma vida autônoma e independente. 

São nos primeiros meses de vida que as crianças começam a apresentar as características do autismo. Essas características muitas vezes passam desapercebidas pelos pais e cuidadores e só serão levadas em consideração quando a criança ingressar na escola. 

Por isso, o professor tem uma parcela fundamental no processo até o diagnóstico. Muitas vezes é o educador que primeiro chama a atenção da família para algum atraso no desenvolvimento de seu aluno e se essa criança apresenta algum comportamento atípico. A partir do possível diagnóstico, a escola se torna uma das protagonistas do auxílio à família. Muitas dúvidas surgem por parte dos pais. Cuidadores, professores, bem como toda equipe pedagógica precisam estar alinhados com os médicos e especialistas e conhecer o transtorno e suas particularidades a fundo. 

O processo de aprendizagem para um indivíduo autista pode ser mais demorado e doloroso do que para um indivíduo de desenvolvimento típico, pois seu funcionamento cognitivo é singular. O autismo requer das escolas estudo, preparação e dedicação, para que a inclusão seja feita de maneira eficaz. A capacitação dos profissionais envolvidos é a principal arma para uma educação inclusiva de qualidade. 



Renata Haddad - pedagoga, pós-graduada em Neuroeducação com ênfase em Transtorno do Espectro do Autismo e mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento – área voltada para a capacitação de professores para educação inclusiva. É palestrante com experiência em planejamentos, monitoria e orientação de alunos. É responsável ainda pela elaboração de atividades interdisciplinares e desenvolvimento e implementação de projetos educacionais e pedagógicos.  



Pluralità 

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