A ONU (Organização das Nações Unidas) estima
que 1% da população mundial pode estar dentro do espectro do autismo. No
Brasil, assim como em países de baixa e média renda a prevalência ainda é
desconhecida.
Existem estudos epidemiológicos realizados
nos últimos 20 anos que afirmam que o diagnóstico de pessoas com TEA aumentou
no mundo todo. Há muitas explicações para isso, incluindo o aumento da
conscientização sobre o tema, a expansão dos critérios diagnósticos, além
da melhora nas ferramentas que diagnosticam o transtorno.
O autismo, ou Transtorno do Espectro do
Autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento de origem biológica que se
caracteriza pela presença de prejuízos na interação social, da comunicação, com
a presença de movimentos repetitivos e estereotipados, além de desajustes
sensoriais, tudo isso com início precoce.
O TEA possui diversos níveis, dos mais leves
aos mais graves, e as intervenções precoces são as melhores
alternativas para que o indivíduo tenha uma vida autônoma e independente.
São nos primeiros meses de vida que as
crianças começam a apresentar as características do autismo. Essas
características muitas vezes passam desapercebidas pelos pais e cuidadores e só
serão levadas em consideração quando a criança ingressar na escola.
Por isso, o professor tem uma parcela
fundamental no processo até o diagnóstico. Muitas vezes é o educador
que primeiro chama a atenção da família para algum atraso no
desenvolvimento de seu aluno e se essa criança apresenta
algum comportamento atípico. A partir do possível diagnóstico, a
escola se torna uma das protagonistas do auxílio à família. Muitas dúvidas
surgem por parte dos pais. Cuidadores, professores, bem como toda equipe
pedagógica precisam estar alinhados com os médicos e
especialistas e conhecer o transtorno e suas particularidades a
fundo.
O processo de aprendizagem para um
indivíduo autista pode ser mais demorado e doloroso do que para um indivíduo de
desenvolvimento típico, pois seu funcionamento cognitivo é singular. O
autismo requer das escolas estudo, preparação e dedicação, para que a inclusão
seja feita de maneira eficaz. A capacitação dos profissionais envolvidos é a
principal arma para uma educação inclusiva de qualidade.
Renata Haddad -
pedagoga, pós-graduada em Neuroeducação com ênfase em Transtorno do Espectro do
Autismo e mestranda em Distúrbios do Desenvolvimento – área voltada para a
capacitação de professores para educação inclusiva. É palestrante com
experiência em planejamentos, monitoria e
orientação de alunos. É responsável ainda pela elaboração de atividades
interdisciplinares e desenvolvimento e implementação de projetos educacionais e
pedagógicos.
Pluralità
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