A análise dos perfis de novas gerações são
tentativas de
compreender quem fomos no passado e quem
seremos amanhã. A primeira geração totalmente nascida no século XXI, é
classificada como Geração Alfa e seu grande diferencial é a interação precoce com a
tecnologia. Se por um lado as telas são aliadas para o desenvolvimento dessas
crianças, por outro, pode causar problemas que
até então não eram comentados em gerações anteriores.
Segundo a professora do
curso de Psicologia do Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Joice Cadore
Sonego “A tecnologia tem aspectos positivos e negativos no que se refere ao
desenvolvimento das crianças. Quanto aos aspectos positivos, podemos citar o
acesso rápido à informação, a facilidade em se comunicar com quem está longe,
além de ser um aliado pedagógico. Sobre aspectos negativos, pode-se pensar nas
questões do desenvolvimento psíquico e emocional, pois as telas dificultam a
interação da criança com outras pessoas, além de não proporcionarem experiências
fundamentais ao desenvolvimento emocional, como a possibilidade de se frustrar,
por exemplo” explica.
Neste cenário, o
contato e a interação com outras pessoas é de extrema importância para o
processo de desenvolvimento infantil, pois é na relação social que se aprende a
reconhecer as emoções, desenvolver a empatia, a dividir e compartilhar, e
também aprender a lidar com as frustrações de comportamentos e opiniões diferentes. “O que observamos na Geração Alfa é que parece que estamos perdendo espaço para as telas e isso pode ser um
ponto de atenção”, completa a professora.
Com relação às frentes
positivas, as crianças desta geração são mais
curiosas e atentas em tudo à sua volta. Além disso, terão o maior nível
educacional de todas as gerações anteriores, isso por conta do acesso à
informação de forma rápida e eficaz. As crianças dessa geração também possuem
leques gigantescos de opções e possibilidades, que permitem aos futuros adultos
trilharem caminhos diversos, no que diz respeito não somente a novas formas de
aprendizado, mas também, a escolhas de novas profissões.
Quando se discute sobre
o futuro dessas crianças, um dos principais questionamentos é se os Alfas viverão melhor do que seus pais. Para a professora Joice Sonego,
“essa é uma geração que tem muitas opções e possibilidades de escolha. Isto pode ser
visto como positivo, pois permite aos futuros adultos trilharem caminhos
diversos, mas por
outro lado, pode gerar ansiedade frente à multiplicidade de possibilidades que
o mundo atual oferece”, finaliza a especialista.
FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário