PageGroup lista as transformações que devem impactar as relações
trabalhistas
A dinâmica de trabalho que conhecemos
hoje promete mudar drasticamente nos próximos anos. É o que mostra o PageGroup,
referência mundial em recrutamento especializado de executivos de todos os
níveis hierárquicos. De acordo com a companhia, tendências como maior concorrência no mercado de
trabalho, transformação constante de carreiras e empresas, aprendizado e
modificação de rotina com mais frequência e horário de trabalho flexível são
algumas das mudanças que devem movimentar o mercado e as relações
trabalhistas nos próximos anos.
“É comum que o mercado de trabalho
passe por transformações ao longo dos anos. Porém, notamos que essas transformações vêm acontecendo com mais
velocidade graças ao rápido desenvolvimento da
tecnologia e da ciência. O desafio para os executivos é se adaptar aos novos
tempos e absorver de forma dinâmica novas demandas e foco no aprendizado contínuo”, explica Gil van Delft, presidente do PageGroup no Brasil.
Confira as oito mudanças que devem
impactar o mercado de trabalho:
1) Maior concorrência no mercado de
trabalho
Esqueça classe social e econômica,
orientação sexual e gênero ou distância do local de trabalho. As empresas irão
selecionar o candidato que julguem mais atrativos para a vaga em aberto, sem se
importar com essas questões. A seleção de perfil será mais criteriosa e
estritamente baseada no conhecimento técnico. “A concorrência cada vez mais é
global. Vários empregos e atividades podem ser feitos no Brasil, Índia, México
ou outra localidade. A pessoa não concorre apenas dentro do seu setor ou
empresa, e sim com outros países e candidatos que podem executar a mesma
atividade. Outro aspecto que deve ser considerado é a concorrência com robôs ou
sistemas de automação, que farão boa parte das atividades operacionais hoje
feitas por humanos”, destaca Gil.
2) Carreira numa mesma empresa?
A dinâmica de trabalho em sintonia com
a evolução tecnológica e cientifica irá permitir aos profissionais buscarem
projetos específicos que agradem seu perfil. Por isso, a troca de empregos será
mais natural. As empresas terão de se adaptar a essa dinâmica e buscar novos
caminhos para atrair e reter os melhores profissionais do mercado. “As empresas
terão de se adaptar também às dinâmicas que os profissionais buscam. Hoje
buscam trabalhos de curta duração e projetos com início e fim. Aí surge um
desafio para as empresas em atração e retenção e provocar maior produtividade
desses profissionais”, conta o executivo.
3) Mais estudos
Para se manterem relevantes no mercado,
os profissionais terão que aperfeiçoar seus conhecimentos com mais frequência.
Esqueça a rotina e longa duração dos cursos de graduação. Atualizações pontuais
e cursos de reciclagem com duração rápida e on-line ditarão o aprendizado do
profissional do futuro. “A tecnologia vai exigir atualização mais constante das
pessoas não apenas sobre novas tecnologias, mas também como utilizá-las. A
liderança terá um desafio de como construir uma empresa e mantê-la competitiva
num mercado que está em constante movimentação”, analisa Gil.
4) O escritório do futuro será onde o
profissional quiser
Tem uma viagem no meio da semana, mas
não pode ir por conta do trabalho? Isso é passado. No futuro, trabalhar de
qualquer lugar fora do escritório será comum. A prática permitirá à empresa poupar
gastos e ao profissional tocar novos negócios e expandir sua dinâmica de
trabalho. O modelo de escritório físico irá mudar drasticamente e em alguns
casos poderá ser itinerante, com espaços esporádicos de coworking servindo para
reuniões. “A tecnologia com vídeo conferência é um grande facilitador para que
o profissional do futuro possa trabalhar de onde quiser. A troca de arquivos em
nuvem, sem perder qualidade ou agilidade, também mudou o panorama nesse
sentido,” explica Gil Van Delft.
5) As oito horas de trabalho diárias
serão extintas
Flexibilidade para entrar e sair do
trabalho, cargas menores no expediente e horas reduzidas serão fatores
imprescindíveis para os profissionais do futuro escolherem uma empresa para
trabalhar. O profissional do futuro irá considerar inadequada a prática de
estar presencialmente nas companhias oito a nove horas por dia. “Uma das
prerrogativas da diminuição da carga horária é o bem-estar familiar e pessoal.
O profissional do futuro, além das atribuições técnicas, também terá foco em
realizações pessoais, como trabalhos sociais e qualidade de vida”, diz.
6) A tecnologia será uma forte aliada
A automatização dos processos é uma
realidade. Porém, a procura por profissionais que saibam manejar as novas
tecnologias irá aumentar consideravelmente. As empresas do futuro irão promover
sinergia entre fator humano e automação. Os colaboradores que souberem
trabalhar em harmonia com as novas tecnologias, promovendo maior produtividade
e mudanças positivas, estarão em evidência.
7) Globalização econômica
Por um tempo globalização foi a palavra
que mais ouvimos falar. Hoje os limites geográficos, quando falamos de empregos
e negócios, não são mais um entrave. É importante que o profissional fique
atento aos novos mercados que irão surgir que, hoje em dia, não são tão
falados. Pense em rotas comerciais, e-commerce e costumer experience de uma
forma mais interativa e entrega de produtos consideravelmente mais prática e
rápida. “Nesse sentido, como citei, o profissional que estiver alinhado a
tecnologia de forma que otimize os negócios, terá destaque no mercado de
trabalho. O ideal é que a tecnologia seja uma aliada e não concorrente”,
discorre Gil.
8) Novas profissões
Algumas profissões que ainda não foram
criadas já estão em constante mudança. O avanço científico e tecnológico começa
a mudar o perfil das profissões que ainda estão sendo desenvolvidas. A evolução
é tamanha que cerca de 70% das crianças de hoje em dia trabalharão em
profissões que ainda não existem.
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