Transformações propostas pela BNCC, aliadas ao
maker, robótica e inteligência artificial podem fazer a diferença no
aprendizado e nas taxas de evasão escolar
Experiências
internacionais demonstram o impacto da Inteligência Artificial na alfabetização
Sonia Virginia Lourenço
Guimarães, diretora do Colégio Peres Guimarães, de Boituva, São Paulo, é
entusiasta das novas tecnologias na educação. Após a introdução do ensino
maker, da robótica e de programação na grade curricular da escola, os alunos do
Peres Guimarães tiveram melhor aproveitamento das aulas. “Utilizamos muitas
ferramentas e processos que corroboram com a evolução dos alunos em termos de
competências e habilidades sociomocionais e no processo de alfabetização.
Alinhado à BNCC, as novas tecnologias têm de fato auxiliado a formação plural
do estudante”, afirma Sonia Guimarães.
Em um mundo no qual a
inovação na escola é necessária e a ciência e a tecnologia se transformam
diariamente e estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano, o Dia
Internacional da Alfabetização (8 de setembro) traz inúmeros desafios. A
começar pela própria sala de aula, que continua a mesma de séculos passados e
ainda está bastante distante da realidade dos alunos, mesmo de estudantes de
classes sociais menos favorecidas, mas que interagem por meio da internet em
smartphones cada vez mais acessíveis.
“As metodologias ativas,
como a proposta maker (hands-on), visam que o estudante deixe de ser um
depósito de conteúdo e passe à condição de protagonista da construção de seu
próprio conhecimento”, avalia o educador Marcos Pollo, Diretor Pedagógico da
Viamaker® Education.
Para o educador, a
incorporação de novas metodologias para a aprendizagem, incluindo o maker, a robótica
e a inteligência artificial, por exemplo, devem se integrar ao currículo da
escola, através de um trabalho interdisciplinar, com maior sentido para o aluno
e atribuindo significado prático aos conhecimentos teóricos abordados pelos
educadores.
Inteligência Artificial já
impacta alfabetização no mundo
Se no Brasil ainda falamos
em mudar a disposição das salas de aula e a introdução da tecnologia para
produzir conteúdos, em vários países do mundo essa fase já foi ultrapassada e
em casos como a China, por exemplo, crianças já são alfabetizadas com uso da Inteligência
Artificial.
Na
China, dezenas de milhões de estudantes usam agora alguma forma de inteligência
artificial para aprender, seja através de programas de tutoria
extracurriculares ou plataformas de aprendizado digital, ou até mesmo em suas
salas de aula principais. Trata-se do maior experimento do mundo em IA na
educação. Pesquisadores, educadores e pais avaliam o novo método como
extremamente produtivos, já que adequam o conteúdo à forma de aprendizado de
cada estudante.
“O
uso intensivo de dados e a introdução de inteligência nos computadores para
tomada de decisão é o futuro da educação. De forma autônoma, tornará o
aprendizado mais versável, dinâmico e preciso”, avalia Alexandre Alvaro,
Consultor de TI da Viamaker® Education. A Viamaker trabalha
com data analytics e aprendizado de máquina como forma de maximizar o
aprendizado do aluno em sala de aula, bem como através de geração de
conhecimento para o mantenedor da escola. Desta forma, com o uso massivo de
tecnologia, está sendo possível transformar a educação e torna-la mais
divertida.
Impacto da atualização
profissional de professores na alfabetização
Para Marcos Pollo, Diretor
Pedagógico da Viamaker® Education, a tecnologia deve ser encarada também como
um recurso para os professores. No que tange a alfabetização, a cultura digital
oferece ainda uma dinâmica diferente para a aula, porque aproxima os conteúdos
teóricos da realidade dos alunos e proporciona uma visualização e simulação dos
conceitos trabalhados na prática, tornando o ensino-aprendizado mais atrativo.
Por meio do maker e da
robótica é possível ainda realizar a horizontalização das aulas, tirando o
protagonismo do educador e compartilhando-o com os estudantes, permitindo que
os alunos construam seu conhecimento coletivamente, respeitando suas
individualidades e transformando a ação do professor mediadora.
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