Existe
um equilíbrio entre gastar desenfreadamente e poupar cada moeda recebida
O recebimento do primeiro
salário pode ser memorável para grande parte das pessoas, já que é o dinheiro
conquistado com o trabalho do mês todo. Por isso, é muito fácil cair na
armadilha de gastar ‘a grana’ com coisas que sempre foram desejadas, mas que
não são tão importantes assim.
Henrique Kazmierczak,
estudante de Engenharia Mecânica e Assistente de Projetos da Empresa de Águas
Ouro Fino, dedicou seu primeiro salário depois de efetivado ao sonho de ter o
próprio apartamento. “Realizei um projeto na empresa quando estagiava e depois
de seis meses fui contratado. Hoje tenho uma namorada e temos uma filha! Iremos
casar em 2019, e com a ajuda do meu pai, conseguimos a entrada do apartamento.
Estamos a todo o vapor construindo e planejando os nossos passos. O meu
primeiro salário, tanto de estágio, como de Assistente de Projetos, foi
destinado 60% para essa conquista”, conta.
Grande parte dos
especialistas diz que é muito bom utilizar o tão esperado salário com aquilo
que sempre quis, porém, é necessário equilibrar as finanças para não perder o
eixo nos próximos meses assim como fez Kazmierczak. Segundo o Ministério do
Trabalho, no 1º semestre de 2018, o Brasil gerou quase 400 mil empregos com
carteira assinada, sendo a maior parte no setor de serviços.
Responsabilidade com os
gastos
Marcia Weise, que faz parte
do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-PR), afirma que existem
maneiras de gastar o tão esperado primeiro salário sem se afundar em dívidas e,
ainda assim, aproveitá-lo da melhor forma possível. “O ideal é que 30% do
salário sejam poupados por mês e, de preferência, que esse dinheiro vá para
alguma aplicação ou poupança para que renda mais. A quantia também se torna
reserva para situações atípicas que não podem ser supridas com os outros 70% do
salário, que ficam destinados às despesas do dia a dia”, atesta.
No entanto, além do
conhecimento técnico que o empregado recebe, também é importante que se tenha
uma base de como aplicar a renda recebida de forma coerente. Para isso, a
economista traz informações de como organizar a vida financeira para que todos
os gastos estejam dentro do orçamento. “O primeiro passo para que as finanças
fiquem em ordem é elaborar uma planilha e lá colocar todo o dinheiro que entrou
e saiu da conta. Dessa forma é possível visualizar em qual área dá para poupar
mais, como mercado, comida fora de casa, lazer, e afins. Isso também resulta em
uma disciplina financeira maior, que gera um aumento na capacidade de poupar
fazendo com que outros bens de maior valor sejam programados com tempo e
planejamento, como: planejar uma viagem internacional, realizar o sonho da casa
própria ou trocar de veículo”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário