A doença
corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil; a
dermatologista Dailana Louvain dá dicas de como fazer o diagnóstico precoce
Em um país ensolarado como o
Brasil, todos os cuidados com a pele devem ser redobrados para
evitar diversos problemas como queimaduras, envelhecimento precoce ou um problema ainda mais grave: o
câncer.
Dados oficiais do Inca
(Instituto Nacional de Câncer) mostram que o câncer de pele corresponde a 30% de todos os tumores malignos
registrados no país. A estimativa é de que mais de 165 mil novos casos tenham
surgido em 2018. A maior parte deles, pouco mais de 85 mil registros, foi
identificado em homens. Enquanto 80.140 mulheres foram diagnosticadas com a
doença.
De acordo com a dermatologista
Dailana
Louvain, o câncer de pele não-melanoma é o mais frequente. Apesar da taxa de letalidade
não ser alta, a especialista alerta que, se não cuidado corretamente, o caso
pode evoluir e causar mutilações expressivas. Já o câncer de pele melanoma não é tão comum, porém é o
mais agressivo e pode, inclusive, se espalhar para outros órgãos.
As pessoas mais vulneráveis e
propensas a serem diagnosticadas com essa doença são as de pele clara, cabelos
ruivos ou loiros e albinos. O câncer de pele é mais raro aparecer em crianças e
negros e mais comum em pessoas com mais de 40 anos ou com histórico familiar.
“Pessoas que ficam muito tempo expostas aos raios ultravioleta, que trabalham sob exposição ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele”, afirma Dailana Louvain.
“Pessoas que ficam muito tempo expostas aos raios ultravioleta, que trabalham sob exposição ao sol são mais vulneráveis ao câncer de pele”, afirma Dailana Louvain.
Diagnóstico
A dermatologista também alerta
para os
sinais que surgem na pele e podem evoluir para um diagnóstico de câncer. Caso o
paciente perceba qualquer mudança na pele, seja ela o aparecimento de um
nódulo, uma ferida que não cicatrize em quatro dias manchas ou até mesmo
pintas, ele deve procurar um médico.
“As pessoas devem ir ao
dermatologista pelo menos uma vez ao ano. Mas se perceber algo diferente, um
exame clínico pode ser feito e, dependendo do caso, usar equipamentos que
permitem visualizar camadas de pele que não são vistas a olho nu. Lembrando que quanto mais cedo o diagnóstico, maior as
chances de cura”, explica Dailana Louvain.
Tratamento
Para esses casos de
câncer de pele, o tratamento mais indicado é o cirúrgico e entre os mais comuns estão a cirurgia excisional, curetagem e eletrodissecção, cirurgia a
laser e a terapia fotodinâmica, além da radioterapia, quimioterapia e
imunoterapia.
Mas a melhor maneira de se
prevenir do câncer de pele, segundo a dermatologista Dailana Louvain, é se cuidar e seguir algumas regras básicas.
“Use chapéu, camiseta, óculos
escuros e protetores solares com frequência;
cubra as áreas expostas; evite permanecer muito tempo sob o sol entre às 10h e 16h; use filtro solar diariamente e até mesmo em dias
nublados; observe regularmente a sua pele e, quanto às crianças e bebês,
mantenhas protegidas do sol, pois o protetor solar pode ser usado a partir dos
seis meses”, destaca Dailana Louvain.
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