Pesquisa aponta
que 81% dos profissionais acreditam na necessidade de uma melhora na hierarquia
da empresa
De acordo com uma edição da pesquisa Carreira dos
Sonhos de 2018, feita pela Cia de Talentos, CEOs e líderes de empresas estão
perdendo a credibilidade entre seus funcionários. Dos mais de 87 mil
entrevistados, uma média de 81% (79% dos jovens, 83% da média gestão e 81% da
alta liderança), acredita que as empresas precisam trocar os modelos
hierárquicos pouco participativos, por uma liderança que seja distribuída,
inclusiva e colaborativa.
Os dados apontam que a confiança dos colaboradores
é mais focada no líder direto (jovens 75%, média gestão 64% e alta liderança
65%) e nos colegas de trabalho (jovens 63%, média gestão 57% e alta liderança
65%), ou seja, as pessoas mais próximas a eles no dia-a-dia. Para a coach de
alta performance da LeaderArt International, Leila Arruda, a confiabilidade
está diretamente relacionada à convivência dentro do ambiente de trabalho.
“Quanto maior a empresa, mais distante os líderes
de alto escalão e CEOs ficam dos colaboradores, o que inevitavelmente prejudica
a relação entre eles. Quando uma equipe está junta todos os dias no trabalho,
os coordenadores diretos e companheiros entendem que todos os funcionários são
pessoas que podem ter dias ruins e problemas privados. Essa empatia e
convivência gera confiança, e a confiança é uma das principais características
de empresas e equipes que geram resultados”, explica Leila.
Por isso, quando se trata de alta liderança e CEOs,
a pesquisa mostra uma confiança que varia entre metade e pouco mais da metade
dos entrevistados – uma média de 49% e 57%, respectivamente. Essa realidade é preocupante
para a especialista, pois profissionais que não se sentem apoiados e seguros
tendem a ter maior dificuldade em se manter motivados no trabalho.
“A motivação e segurança no ambiente de trabalho
pode influenciar bastante a produtividade e comprometimento da equipe. Nesse
caso, mudar o quadro de funcionário não faria diferença por muito tempo, pois o
problema está na gestão. Por isso, as empresas precisam mudar o mindset e
pensar de forma mais aberta e inclusiva”, esclarece a coach.
Desta forma, Leila Arruda lista 5 dicas de como ser
um líder que passa confiança para os colaboradores:
- Presença: Procure frequentar mais vezes o escritório, passar um tempo com as equipes diferentes e presenciar momentos do dia a dia. Eventos como cafés ou almoços coletivos também podem ajudar.
- Interesse: Descubra um pouco mais sobre os funcionários, os gostos e passatempos. Se a empresa for muito grande para isso, o indicado é entender, pelo menos, o que cada equipe faz.
- Flexibilidade: O mercado tem mostrado uma tendência ao trabalho independente, como freelances e PJ, ao invés de CLT. Isso significa uma preferência por um ambiente mais flexível com horários, vestimentas e até momentos de descontração.
- Comunicação: Outra característica importante é saber se comunicar com todos os colaboradores, sem exceção. Estagiários, responsáveis pela limpeza, etc. é importante que cada funcionário se sinta confortável de conversar com o líder sobre diversos assuntos, especialmente quando se trata de sugestões referentes ao trabalho.
- Honestidade: Ser sincero sobre o que está acontecendo com a empresa, clientes e processos que são pertinentes ao funcionário é importante para constituir uma relação de confiança. Ninguém gosta de se sentir ignorado ou enganado.
Leila Arruda - Coach de alta performance e
licenciada da LeaderArt International (Canadá) para o Brasil na cidade de São
Paulo, Head Trainer e Facilitadora do International Leader Coach Certification.
Coautora do livro "Coaching a hora da virada" e palestrante sobre
diversos temas na área de inteligência emocional, motivação e perfil
comportamental. Graduada em administração de Empresas, é formada também em
Coach Life & Executive pela Sociedade Latino Americana de Coaching, Leader
Coach e Manager Coach pela LeaderArt International, possui certificação
internacional em PDC Professional DISC em PAC Professional Access e
certificação em PNL - Postura Neurolinguística.
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