Doenças silenciosas e demora no diagnóstico
podem ser prejudiciais a pessoas com mais idade; medicina nuclear pode ajudar
Expectativa de vida no Brasil cresce 37% -
subindo de 76 anos em 1980 para 82 anos em 2018, segundo dados da ONU
No
próximo dia 07 de abril é celebrado o Dia Mundial da Saúde, que tem como
objetivo conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde - em todas as
faixas etárias. Porém, quando falamos de pessoas com mais idade esse cuidado
deve ser dobrado, visto que o número de idosos cresceu muito no Brasil nos
últimos anos. Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2030 o país terá a
quinta população mais idosa do mundo.
Doenças
silenciosas, como hipertensão e diabetes tipo 2, além de sedentarismo e
solidão, são fatores que podem prejudicar a vida saudável dos idosos. A demora
no diagnóstico de problemas cardíacos e demais doenças também pode atrapalhar o
bem-estar deles. No entanto, os avanços da medicina podem ajudar: a Medicina
Nuclear, por exemplo, é cada vez mais procurada no Brasil e permite
diagnósticos precoces de diversos problemas de saúde. Estima-se que a
especialidade atenda cerca de dois milhões de pessoas - de todas as idades -
por ano no país.
Com
medicamentos e equipamentos de alta tecnologia, a especialidade permite melhor
precisão no diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer, problemas
cardíacos, neurológicos, entre outros. “A Medicina Nuclear permite avaliar o
avanço inicial da doença e a resposta ao tratamento, investigar reincidências e
validar o uso de algumas terapias”, comenta o médico nuclear e vice-presidente
da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, George Barberio Coura Filho –
responsável clínico da Dimen SP (www.dimen.com.br).
Medicina
Nuclear no diagnóstico de problemas cardíacos
Existem
exames cardiológicos que atuam na detecção de condições cardíacas, mas, como em
alguns casos como o do teste ergométrico, o resultado pode apresentar
alterações, inclusive, pelo uso frequente de medicamentos - prática comum entre
idosos. Para um diagnóstico preciso, a Medicina Nuclear pode auxiliar: a cintilografia
de perfusão miocárdica, por exemplo, é um exame que avalia a circulação
sanguínea realizada pelas artérias. A avaliação é feita em repouso – com a
administração endovenosa de um material com baixa radioatividade – e em estresse
– seja por atividade física em esteira ergométrica ou simulação desta por meio
de medicamentos para os casos em que o paciente não consiga realizar o esforço
físico (por dificuldades motoras, por exemplo).
Assim,
a cintilografia capta imagens do coração e avalia se o fluxo de sangue para o
coração está regular e, em caso negativo (a chamada isquemia), identifica qual
coronária deve ser tratada.
Já
o PET/CT permite
determinar com precisão processos inflamatórios que eventualmente acometem o
músculo cardíaco, como nas miocardites, no Lúpus Eritematoso Sistêmico ou na
Sarcoidose, doenças potencialmente fatais quando se estendem ao coração.
DIMEN
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