Além de
estudo, é preciso ter vivência para garantir vaga em instituições de ensino
estrangeiras
Com 17 anos, Fabio Novack da Silva enfrenta um dilema que vários jovens gostariam de ter: escolher o País em que estudará pelos próximos anos. Ele já conta com seis aprovações em universidades estrangeiras e três no Brasil. Agora está avaliando qual a instituição que mais se adequa ao seu perfil.
De acordo com o estudante do Colégio Marista Cascavel, no oeste do Paraná, a preparação para estudar fora começa desde cedo. “Desde que comecei a pensar em universidades, me interessei pelas escolas do exterior. Por isso procurei me preparar para as seleções, que levam em conta toda a vida do aluno”, conta. São consideradas as notas desde o 9º ano, assim como cartas de recomendação de professores e tutores.
Para especialistas, a primeira diferença entre as universidades brasileiras e as instituições de outros países está na fase de seleção. “Enquanto aqui apenas uma prova seleciona os candidatos, nos Estados Unidos, por exemplo, há oito quesitos que são levados em consideração e que envolvem os sete tipos de inteligência”, explica o consultor da Daquiprafora, Pedro Lunardelli. A Daquiprafora é uma empresa que apoia estudantes desde a escolha da instituição até a rotina no outro País.
Ter habilidades, aptidões e hobbies também conta bastante para ser aprovado, pois as universidades procuram pessoas com interesses diversos mas que tenham ideias e propósitos que sejam valiosos para a instituição. Silva contou com a experiência que teve no sítio dos avós e com as atividades extracurriculares da escola. “Todas as oportunidades são importantes. As ações solidárias são ótimas para agregar vivência não só para o currículo, mas para nossa vida”, pondera. Durante a vida escolar, Fabio contou com uma formação integral, focada na área acadêmica, pessoal e social. Luciana Faria, coordenadora do Ensino Médio do Colégio Marista Cascavel, conta que o objetivo é formar um aluno pesquisador, comunicador e solidário, o que são características desejáveis nas seleções de instituições do exterior. “Procuramos desenvolver habilidades e competências para todas as provas da vida, inclusive o acesso às universidades internacionais. Entre os projetos que os alunos participam estão a Pastoral Juvenil Marista, Olimpíadas do Conhecimento, atividades esportivas e culturais, aprofundamentos, entre muitos outros”.
Dominar o inglês também é um fator importante para quem planeja estudar fora do Brasil. A coordenadora de Internacionalização do Colégio Marista Cascavel, Irmgarth Krauspenhar, recomenda que o aprendizado de uma segunda língua comece desde cedo. “Quanto antes uma pessoa for exposta a um novo idioma melhor. Assim como acontece com a língua materna, a exposição ao novo idioma deve ser iniciada na primeira infância, quando ainda estamos desenvolvendo todo o repertório linguístico. Não há mágica alguma, há exposição continuada”, recomenda.
Assim como Fábio Silva, em 2018 cerca de 300 mil brasileiros fizeram registro em instituições em diferentes países. O número deve crescer, seguindo a tendência dos últimos anos e em virtude de possibilidades, como a aceitação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em outros países, por exemplo.
www.colegiosmaristas.com.br
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