Estresse,
tabagismo e hipertensão podem ser alguns dos gatilhos para o rompimento dos
vasos sanguíneos
Considerada uma
doença silenciosa e de difícil diagnóstico, o aneurisma cerebral ocorre quando
há uma dilatação nos vasos sanguíneos responsáveis pelo transporte do sangue ao
cérebro. Por se tratar de uma enfermidade que pode passar despercebida ou
identificada somente depois do rompimento, o problema pode trazer consequências
à saúde e pode levar até a morte.
De
maneira geral, o aneurisma ocorre quando a região da artéria, já enfraquecida,
sofre pressão devido ao estresse, tabagismo, hipertensão, agitação ou
medicamentos, e se rompe. Segundo o neurocirurgião Dr. Mariano Ebram Fiore, o
sintoma mais comum aparece quando o vaso rompe e se caracteriza como uma dor de
cabeça extremamente intensa, surgindo de forma repentina. “Outras
características que podem ocorrer são convulsões, desvio nos olhos, visão dupla
e perda da consciência”, alega.
O
rompimento de um aneurisma no cérebro é uma emergência médica em que 30 a 50%
dos pacientes morrem. “Entre as principais complicações estão: alterações
neurológicas semelhantes à de um AVC, dificuldade em levantar um braço ou uma
perna por falta de força ou dificuldade ou parar de falar, visão dupla
ou até o paciente ficar acamado”, comenta o especialista.
Normalmente,
para confirmar a presença de um aneurisma cerebral, é comum a realização de
exames de diagnóstico para avaliar as estruturas do cérebro e identificar se
existe alguma dilatação da artéria B. Alguns dos exames mais utilizados incluem
a tomografia computadorizada, a ressonância magnética na investigação e a
angiografia cerebral ou angiotomografia do crânio para diagnóstico definitivo.
“O tratamento do aneurisma é bastante variável, podendo ser de maneira
cirúrgica aberta ou por técnica endovascular e as indicações vão ser baseadas
na angioarquitetura (como o aneurisma está formado) e localização do
mesmo”, reforça o neurocirurgião.
Para
prevenir o problema, controle a pressão arterial, tenha uma alimentação
saudável, pratique exercícios físicos regulamente e evite o cigarro e as
bebidas alcóolicas em excesso. Além disso, mantenha os exames de rotina em dia
e fique atento ao histórico familiar: caso haja casos de aneurisma na família,
procure um especialista para rastrear o risco de surgimento de eventuais
dilatações.
Dr. Mariano Ebram
Fiore - neurocirurgião, Membro Titular
da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e responsável pelo serviço de
neurocirurgia do Hospital São Lucas.
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