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segunda-feira, 1 de abril de 2019

Aneurisma cerebral pode trazer consequências graves à saúde


 Estresse, tabagismo e hipertensão podem ser alguns dos gatilhos para o rompimento dos vasos sanguíneos


Considerada uma doença silenciosa e de difícil diagnóstico, o aneurisma cerebral ocorre quando há uma dilatação nos vasos sanguíneos responsáveis pelo transporte do sangue ao cérebro. Por se tratar de uma enfermidade que pode passar despercebida ou identificada somente depois do rompimento, o problema pode trazer consequências à saúde e pode levar até a morte.

De maneira geral, o aneurisma ocorre quando a região da artéria, já enfraquecida, sofre pressão devido ao estresse, tabagismo, hipertensão, agitação ou medicamentos, e se rompe. Segundo o neurocirurgião Dr. Mariano Ebram Fiore, o sintoma mais comum aparece quando o vaso rompe e se caracteriza como uma dor de cabeça extremamente intensa, surgindo de forma repentina. “Outras características que podem ocorrer são convulsões, desvio nos olhos, visão dupla e perda da consciência”, alega.

O rompimento de um aneurisma no cérebro é uma emergência médica em que 30 a 50% dos pacientes morrem. “Entre as principais complicações estão: alterações neurológicas semelhantes à de um AVC, dificuldade em levantar um braço ou uma perna por falta de força ou dificuldade ou parar de falar, visão dupla ou até o paciente ficar acamado”, comenta o especialista.

Normalmente, para confirmar a presença de um aneurisma cerebral, é comum a realização de exames de diagnóstico para avaliar as estruturas do cérebro e identificar se existe alguma dilatação da artéria B. Alguns dos exames mais utilizados incluem a tomografia computadorizada, a ressonância magnética na investigação e a angiografia cerebral ou angiotomografia do crânio para diagnóstico definitivo. “O tratamento do aneurisma é bastante variável, podendo ser de maneira cirúrgica aberta ou por técnica endovascular e as indicações vão ser baseadas na angioarquitetura (como o aneurisma está formado) e localização do mesmo”, reforça o neurocirurgião.  

Para prevenir o problema, controle a pressão arterial, tenha uma alimentação saudável, pratique exercícios físicos regulamente e evite o cigarro e as bebidas alcóolicas em excesso. Além disso, mantenha os exames de rotina em dia e fique atento ao histórico familiar: caso haja casos de aneurisma na família, procure um especialista para rastrear o risco de surgimento de eventuais dilatações.






Dr. Mariano Ebram Fiore - neurocirurgião, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e responsável pelo serviço de neurocirurgia do Hospital São Lucas.


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