Parceria
entre anticoncepcional e tabagismo aumenta riscos para AVC e trombose
A
escolha do anticoncepcional é delicada para todas as mulheres, ainda mais para
as que fumam. Principal causa de morte evitável no mundo, o tabagismo prejudica
o sistema cardiovascular e o circulatório e, se combinado com os
contraceptivos, que também causam mudanças na circulação sanguínea, pode
favorecer o surgimento de doenças como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a trombose.
“O
ideal é fazer uma prevenção, sem usar o anticoncepcional quando há algum fator
de risco que aumente os efeitos colaterais, como é o caso do tabagismo, já que
as complicações são bem difíceis de serem tratadas, como uma trombose ou AVC”,
orienta o ginecologista Domingos Mantelli.
Ao
contrário das mulheres que têm predisposição ao câncer de mama, por histórico
familiar ou pessoal, e podem se submeter ao anticoncepcional de progesterona,
as que fumam só têm uma alternativa se quiserem utilizar métodos
contraceptivos. “Como as substâncias tóxicas do fumo aumentam os riscos para
todos os anticoncepcionais, sejam eles de estrógeno, progesterona, injetável,
anel vaginal ou transdérmico, a única solução neste caso é parar de fumar”, diz
Mantelli.
Além
do fumo, hábitos como a ingestão de bebidas alcoólicas e o uso crônico de
certos medicamentos também pode interferir na eficiência ou até potencializar
os efeitos colaterais dos contraceptivos.
Dr. Domingos Mantelli - Ginecologista e obstetra é formado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência médica na área
de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é autor do livro
“Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.
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