O psicólogo Solomon Ash em 1951 surpreendeu-se ao
verificar o quanto é inverídico asserir que os seres humanos são livres para
determinar seu percurso. O referido pesquisador chegou a tal conclusão depois
de realizar um experimento com jovens e deparar-se com o fenômeno que denominou
conformidade: processo pelo qual os membros de um grupo mudam seus pensamentos,
decisões e comportamentos para estar de acordo com a opinião alheia, evitar
sobressair ou brilhar, para permanecer na estrada eleita pela maioria.
Para a realização da referida investigação Ash
convidou 123 jovens para tomar parte em um teste de visão, sem mencionar que se
tratava de uma pesquisa sobre a conduta humana em ambiente social. No grupo
foram introduzidos sete alunos que, acordados com o pesquisador escolhiam
sempre a resposta incorreta. A solução era tão clara que seria impossível
errar, contudo apenas 25% dos participantes mantiveram o próprio critério
enquanto os demais 75% se deixaram influenciar.
Após a finalização do experimento, relata Ash, que
a totalidade dos jovens reconheceu que percebia claramente a resposta correta,
mas não verbalizou por medo de se equivocar, de ser exposto ao ridículo ou de
discordar do grupo.
Nosso grande medo refere a escritora Marianne
Willianson é que sejamos poderosas além da medida, é nossa luz, não nossa escuridão,
que mais nos amedronta. Nossa dúvida constante é: quem sou
eu para ser brilhante, atraente, talentosa e incrível?
Porém, passar-se por pequena não nos ajuda, dentro
de cada uma de nós existe um autêntico e verdadeiro swing, algo que nasceu
conosco, é só nosso e espera ser cultivado. Algo que não se pode ensinar nem
aprender, é o meu jogo, aquele que me foi dado quando vim ao mundo.
Se o swing é meu, quem sou eu para não ser
brilhante, atraente, talentosa e incrível?
Eis a questão a resolver!
Até breve!
Alice Schuch - doutora em gêneros e pesquisadora do universo feminino
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