Desde fins de outubro, caminhões autônomos
construídos e operados pelo startup Embark estão transportando refrigeradores Frigidaire
de um armazém em El Paso, Texas, para um centro de distribuição em Palm
Springs, Califórnia. Um motorista de carne e osso está na cabine, para assumir
o comando em caso de emergência, mas o objetivo final é que, em breve, esses
motoristas não sejam mais necessários.
A Embark é uma das companhias que acreditam que o
melhor tipo de veículos autônomos são os grandes caminhões, e não os
automóveis, que ainda ocupam um grande espaço na mídia. Dentre as companhias
apostando nos caminhões estão Volvo, Mercedes e Tesla; até mesmo empresas que
por ora não fabricam veículos, como Uber e Waymo (da Google) estão trabalhando
no assunto.
Ao contrário do que pode parecer, colocar em
operação um veículo como esse deve ser, ao menos em tese, mais fácil do que
fazê-lo com um carro de passeio: nas highways (americanas) não existem
ciclistas, pedestres, semáforos e outros problemas com que o software que
dirige o caminhão tenha que se preocupar; manter-se na pista a uma distância
segura de outros veículos seriam as preocupações básica. Talvez uma solução
híbrida, ao menos em um primeiro momento, com motoristas assumindo o comando na
entrada das cidades fosse uma solução para acelerar a difusão do uso desses
caminhões - é como estão operando os Robotrucks da Embark.
Nos Estados Unidos, o transporte de cargas por
rodovia é um problema crítico, pois 70% das cargas viaja por caminhão, e
motoristas são raros: na atualidade faltam 50 mil e em 2024 devem faltar 175
mil. Agravando o problema, motoristas não podem por lá dirigir mais de 11 horas
por dia - no restante do tempo, os veículos ficam parados.
Por enquanto, a Embark vai refinando seu
software, de forma a que o mesmo possa tratar de situações imprevistas, como
por exemplo, manutenção na pista, desvios etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário