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quarta-feira, 7 de março de 2018

O exemplo das executivas no combate à desigualdade



                Por ocasião do Dia Internacional da Mulher (8 de março), cabe alertar para o aumento das disparidades apontado em pesquisa divulgada na véspera pelo IBGE: em 2016, somente 37,8% dos cargos gerenciais no Brasil eram ocupados por executivas, ante 39,5% há cinco anos. Os dados são coerentes com o Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2017, apresentado recentemente pelo Fórum Econômico Mundial, em cujo ranking o nosso país caiu 11 posições em relação a 2016. Na comparação com 2006, quando se realizou a primeira edição do estudo, despencamos 23 posições, ficando em 90º lugar.

         É mais grave constatar que, no Brasil e na média global, houve piora em todos os indicadores, como acesso à educação, saúde e sobrevivência, oportunidade econômica e empoderamento político. Nosso país tem uma exceção positiva a esses dados do Fórum Econômico Mundial, mostrada pelo IBGE: aqui, as mulheres já têm formação em nível superior ao dos homens. No contexto do aumento das desigualdades no nosso mercado de trabalho, também persistem as diferenças salariais para cargos iguais.

         Apesar da inquestionável realidade apontada pela pesquisa do IBGE, é animador constatar que numerosas empresas brasileiras, nacionais e multinacionais, são dirigidas por mulheres e têm executivas em posições importantes na gestão. Essas profissionais, que esbanjam competência em sua atuação, estão na linha de frente do desejado avanço em direção a uma sociedade na qual a desigualdade de gênero seja apenas uma triste lembrança do passado.

        Por isso, é crucial a influência das mulheres que ocupam posições executivas e de gerência. Nota-se, ainda, uma paulatina e relevante mudança na postura dos homens. No contexto das crescentes exigências de compliance, ética e transparência, cresce a consciência sobre o significado de ser politicamente correto, o que inclui o repúdio a qualquer espécie de comportamento discriminatório. Mais do que nunca, é preciso redobrar os esforços para que todos os cidadãos tenham os mesmos direitos e deveres!





Marina Simões - administradora de empresas, é diretora da Locar Guindastes e Transportes Intermodais.


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