Especialistas apontam maus hábitos que podem comprometer a saúde da
mulher
Diante de uma rotina agitada, muitas mulheres acabam ficando
desatentas à própria saúde, seja por estresse ou, até mesmo, por cometerem atos
que nem elas mesmas sabem identificar o que realmente pode fazer mal.
No ponto de vista do ginecologista e obstetra, Dr. Domingos
Mantelli, uma das coisas mais comuns que acaba acarretando alguns problemas é
no uso de produtos inadequados para a limpeza da vagina. “O uso frequente de
sabonete íntimo, por exemplo, não é recomendado, já que diminui o pH vaginal e
tira a defesa natural da região. Esses produtos de “limpeza” podem causar
problemas na área e até alterar o pH natural. Outras dicas importantes estão
ligadas a sempre usar o papel higiênico de cima para baixo e lavar a vagina com
água corrente e sabão ou sabonete neutro. Estes atos já promovem uma limpeza
adequada. “, ressalta o especialista.
Juntamente com alguns erros simples, as pressões do dia a dia resultam
na falta de desejo sexual na mulher e muitas delas acabam desconhecendo que
esta falta de desejo está associada a disfunção sexual feminina. “As causas
podem variar desde depressão e doenças crônicas até efeitos colaterais de
medicamentos. Mas, o que poucas sabem é que para esta disfunção há tratamento.
Se a causa for psicológica, a paciente deve iniciar uma terapia comportamental
cognitiva com um profissional, caso seja orgânica, o tratamento pode ser
medicamentoso. “, afirma a ginecologista e obstetra Dra. Erica Mantelli,
pós-graduada em sexologia pela Universidade de São Paulo (USP).
A falta de informação pode trazer sérias doenças e refletir no
organismo como um todo. A especialista em diagnóstico por imagem da pelve
feminina e diretora da Chamié Imagem da Mulher, Dra. Luciana Pardini Chamié,
explica que dores na hora do sexo podem estar relacionadas a endometriose. O
exame indicado para prevenir a doença é a ultrassonografia transvaginal com
preparo intestinal, já que ela permite a identificação precisa dos focos em
regiões como ovários, bexiga, no espaço entre o útero e a bexiga, na região
atrás do colo uterino (local mais frequente da doença), no intestino grosso
(retossigmóide), na vagina, e em outros segmentos intestinais presentes na pelve
tais como ceco, alças de intestino delgado e apêndice.
Estabelecer uma alimentação saudável e balanceada, realizar todos
os exames de rotina preventivos em um espaço de tempo viável e escolher de
forma adequada junto com o seu médico o anticoncepcional ideal para seu
organismo, são outras ações fáceis de incorporar na rotina para evitar
problemas futuros.
Dr. Domingos Mantelli - ginecologista e
obstetra, com formação em neurolinguística e atuação na área de medicina
psicossomática. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo
Amaro (UNISA) e possui residência médica na área de ginecologia e obstetrícia
pela mesma instituição. Também é autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob
o olhar do obstetra”.
Dra. Erica Mantelli - Graduada
pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com título de
especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem pós-graduação
em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade Humana pela
Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação
Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).
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