Segundo especialista Glauco Splendore, aumento da
violência está diretamente ligado ao tráfico de drogas e ao consumo de crack
Pesquisa de abrangência nacional, realizada em
abril pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, traz um panorama da
relevância que o tema segurança tem obtido junto à população brasileira. Do
total de entrevistados, 52% foram vitimas ou conhecem alguém que foi vítima de
violência, homicídio ou latrocínio. Ainda segundo os dados levantados, 65% das
pessoas situadas nas regiões Norte/Centro-Oeste do país relataram a ocorrência
deste cenário, contra 54% na região Nordeste e 51% no Sudeste.
Com a percepção elevada sobre insegurança, muitas
famílias brasileiras têm buscado, cada vez mais, investimentos privados que
aumentem a sensação de proteção em seus lares e também para a sua locomoção, já
considerando estes custos no orçamento mensal.
Segundo o especialista em segurança e blindagem,
Glauco Splendore, um dos motivos para o aumento da criminalidade e atentados
contra a vida tem sido o crescimento do tráfico e consumo de drogas, juntamente
com a maior atividade das chamadas facções, que estão cada vez melhor equipadas
para o crime.
“Hoje, apesar do aumento da ação da polícia no combate ao crime e
apreensão de entorpecentes, os casos de latrocínio continuam crescendo por todo
o país, com maior número de vítimas e este aumento está intimamente ligado ao
tráfico de drogas e ao consumo do crack”, alerta.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do
Estado de São Paulo, em recente levantamento sobre os índices de crimes,
somente no interior e litoral paulia houve um aumento de 44% nos caso de
latrocínios no mês de março deste ano. Na Grande São Paulo, foram registrados mais
de 35% de aumento entre os meses de janeiro e março, se comparados com o
primeiro trimestre de 2016, acompanhado por crescimento no estado. Outro dado
que chama atenção, e que afeta diretamente as mulheres, são as ocorrências de
estupro, que subiram de forma expressiva nos primeiros três meses do ano na
Grande São Paulo, (26%) e na Capital do estado (19,2%).
“Com todos estes agravantes é bastante comum que as
famílias invistam em monitoramento, cercas elétricas, alarmes e veículos
blindados para se sentirem menos vulneráveis”, elenca Splendore. Para ele, a
integração entre as políticas municipal, e estadual de segurança seria uma
forma de estabelecer um plano eficaz de combate ao crime.
“Enquanto a sensação de insegurança permanece, as
pessoas continuam se utilizando da blindagem domiciliar, empresarial
e veicular, que vêm crescendo de forma acelerada”, comenta Splendore.
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