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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Preocupação com segurança ocupa orçamento familiar



Segundo especialista Glauco Splendore, aumento da violência está diretamente ligado ao tráfico de drogas e ao consumo de crack

Pesquisa de abrangência nacional, realizada em abril pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, traz um panorama da relevância que o tema segurança tem obtido junto à população brasileira. Do total de entrevistados, 52% foram vitimas ou conhecem alguém que foi vítima de violência, homicídio ou latrocínio. Ainda segundo os dados levantados, 65% das pessoas situadas nas regiões Norte/Centro-Oeste do país relataram a ocorrência deste cenário, contra 54% na região Nordeste e 51% no Sudeste. 

Com a percepção elevada sobre insegurança, muitas famílias brasileiras têm buscado, cada vez mais, investimentos privados que aumentem a sensação de proteção em seus lares e também para a sua locomoção, já considerando estes custos no orçamento mensal. 

Segundo o especialista em segurança e blindagem, Glauco Splendore, um dos motivos para o aumento da criminalidade e atentados contra a vida tem sido o crescimento do tráfico e consumo de drogas, juntamente com a maior atividade das chamadas facções, que estão cada vez melhor equipadas para o crime. 

“Hoje, apesar do aumento da ação da polícia no combate ao crime e apreensão de entorpecentes, os casos de latrocínio continuam crescendo por todo o país, com maior número de vítimas e este aumento está intimamente ligado ao tráfico de drogas e ao consumo do crack”, alerta. 

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, em recente levantamento sobre os índices de crimes, somente no interior e litoral paulia houve um aumento de 44% nos caso de latrocínios no mês de março deste ano. Na Grande São Paulo, foram registrados mais de 35% de aumento entre os meses de janeiro e março, se comparados com o primeiro trimestre de 2016, acompanhado por crescimento no estado. Outro dado que chama atenção, e que afeta diretamente as mulheres, são as ocorrências de estupro, que subiram de forma expressiva nos primeiros três meses do ano na Grande São Paulo, (26%) e na Capital do estado (19,2%). 

“Com todos estes agravantes é bastante comum que as famílias invistam em monitoramento, cercas elétricas, alarmes e veículos blindados para se sentirem menos vulneráveis”, elenca Splendore. Para ele, a integração entre as políticas municipal, e estadual de segurança seria uma forma de estabelecer um plano eficaz de combate ao crime. 

“Enquanto a sensação de insegurança permanece, as pessoas continuam se utilizando da blindagem domiciliar, empresarial e veicular, que vêm crescendo de forma acelerada”, comenta Splendore.





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