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terça-feira, 25 de abril de 2017

5 dicas para ajudar o seu filho “a tomar gosto” pelos livros

De acordo com a educadora Katarina Bergami, estimular o gosto pela leitura é papel dos educadores e dos pais. Exemplo é tudo, só não vale forçar e tornar o contato com o livro uma obrigação



Estimular a criança a tomar gosto pelos livros é missão dos educadores – no caso, a escola – e dos pais. Quem afirma é Katarina Bergami, Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos 4 meses aos dez anos.

“Na Faces, a próxima semana será temática e dedicada ao livro”, exemplifica. “Os alunos participarão de atividades variadas sempre tendo como tema o universo da leitura, das histórias, ilustrações e autores que tanto colaboram – por meio de suas obras – para o desenvolvimento infantil”.

A última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, promovida pelo Instituto Pro Livro e divulgada em março de 2016, mostrou o que já se sabe: o brasileiro lê muito pouco. Apenas 26% dos entrevistados disseram ter comprado um livro nos últimos três meses. 73% prefere assistir TV no tempo livre e 43% disseram que não leem por falta de tempo – ou seria hábito?

“O gosto pela leitura precisa ser desenvolvido desde cedo. Se a criança cresce vendo que a leitura faz parte do cotidiano de sua família, a chance dela tornar-se uma leitora é grande”, reforça Katarina. “O aluno habituado à leitura tem desempenho diferenciado: ele demonstra mais cultura, tem um repertório de informações variado, sabe argumentar e até fazer reinvindicações com mais propriedade”, completa.

A seguir, a educadora Katarina Bergami compartilha cinco dicas bastante importantes para desenvolver, nos pequenos, o gosto pelos livros:

1-   1- Seja exemplo: “É o básico. Não adianta dizer ao seu filho que ele precisa ler se você não lê – nem livro nem jornal ou uma revista. Se ele crescer num ambiente familiar onde a leitura tem espaço, é grande a chance de também incorporar e valorizar este hábito”.

2-   2- Desligue a TV e crie um momento de leitura: “Em muitas casa, a TV fica ligada o tempo todo, mesmo se as pessoas estão envolvidas em outras atividades. Que tal desliga-la por um tempo quando toda a família estiver reunida? Neste momento, pegue algo para ler e estimule o seu filho a fazer o mesmo. No começo, a troca talvez cause um estranhamento. Com o tempo, pode virar um hábito e este momento sem TV será bastante prazeroso”.

3-   3- Incentive o contato com o livro: “Que tal criar um cantinho para os livros na sua casa? Pegue uma cesta, um móvel que esteja encostado ou instale algumas prateleiras e coloque alguns livros para que os pequenos possam vê-los e pegá-los. Quando for ao shopping, visite as livrarias – quase sempre há cantinhos especiais para as crianças com os livros dedicados a elas”.

4-   4- Mostre as possibilidades e respeite o gosto do pequeno leitor – “Se o seu filho gosta muito de futebol, por exemplo, que tal começar com os livros que falam deste universo? Ele não se interessou por nenhum livro? Que tal checar se há alguma história em quadrinhos? Se a menina sonha em ser princesa, este pode ser o caminho para descobrir os livros que ela pode se interessar. Os pais que querem formam leitores precisam mostrar as possibilidades de leitura e, sempre, respeitar o gosto do leitor”.

5-  5- Não os pressione – “Incentivar é uma coisa. Obrigar é outra. Ninguém passa a gostar de ler se sentir-se pressionado ou obrigado a fazê-lo. Também não vale ficar perguntando, o tempo todo, se gostaram ou entenderam a história de determinado livro. Vá com calma! Deixe os pequenos descobrirem o prazer da leitura com tranquilidade. Só assim esta descoberta será feliz e se transformará num hábito”.







Katarina Bergami – educadora. Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue - é paulistana, descendente de pai húngaro (da Transilvânia, atual Romênia) e mãe alemã. Fala, lê e escreve húngaro e alemão fluentemente, assim como o Inglês. Estudou na Escola Waldorf Rudolf Steiner, em São Paulo. Graduou-se em 1982 em Química, pelo Mackenzie. Tem Mestrado em Psicopedagogia pela Leibniz Universität Hannover - School of Education (concluído em 1986). Em 1997, realizou o sonho de ter sua escola de educação infantil construtivista, com muitas ideias oriundas da escola Waldorf. Nascia a Carinha de Anjo, que atualmente se chama Faces – uma escola bilíngue de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Katarina coordena as atividades pedagógicas e educacionais.


Faces Bilíngue



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