Pais devem avaliar condições antes de
matricular filho em escolinha (Marcelo Matusiak)
Especialista em desenvolvimento
e comportamento destaca que existem benefícios tanto em ficar em casa como em
ir para a escolinha, dependendo das condições de cada local
O
período de licença maternidade está acabando e a família já começou a pensar
qual será o cuidado com o bebê após este período: colocar em uma escolinha ou
deixar em casa com um parente ou uma babá? De acordo com o pediatra do Comitê
de Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do
Sul (SPRS), Renato Santos Coelho, esta resposta não é fácil de ser respondida e
depende de uma série de questões.
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Nos primeiros meses, o bebê precisa de uma ligação muito forte com a mãe.
Porém, sabemos que a licença maternidade dura de quatro a seis meses no país. A
creche não é prejudicial para bebês pequenos. Entretanto, é preciso verificar
se o local é adequado, preparado para os pequenos e com professores em
condições de serem amorosos o suficiente, pois a criança precisa nesta fase da
vida. A grande questão da creche é o fato de aumentar a incidência de infecções
respiratórias. Os filhos acabam pegando estas infecções muito cedo e, em muitos
casos, com repetição do problema – explica.
O
médico ressalta que, se a preocupação dos pais for as infecções respiratórias,
a escolinha pode não ser uma boa solução. Entretanto, não existem outros
problemas com as creches, desde que estejam em boas condições. Para quem
gostaria que o filho recebesse os benefícios da escolinha, mas que fique em
casa no primeiro ano de vida, o especialista aconselha deixar em ambiente
doméstico até a criança completar um ano e dez meses. Além disso, ele salienta
que, se for ficar em casa, é preciso contar com uma pessoa que consiga provocar
uma série de estímulos na criança, assegurando o correto desenvolvimento.
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Se possível, o ideal é a criança ficar até perto de dois anos em casa e depois
ir para a escolinha, pois é quando começa a se beneficiar com a creche. Muitos
pais esperam o filho completar três anos para colocar em uma escola, mas não é
preciso esperar tanto. A partir de um ano e dez meses, tem início o processo de
desenvolvimento da sociabilização – avalia.
A
decisão é, portanto, muito individual, não havendo uma orientação geral que
possa ser transmitida aos pais.
Mariana
da Rosa
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