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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Os riscos devem ser calculados por meio de um planejamento eficaz



Muitos brasileiros sonham em abrir a sua própria empresa, “não ter patrão” ainda é objetivo de vida de muitos. Ocorre que o  Brasil,  definitivamente,  não é um país que incentiva o empreendedorismo. A carga tributária imposta e a complexidade do sistema já seriam suficientes para inibir o mais forte dos espíritos empreendedores. Entretanto, existem outras questões relacionadas à abertura de novas empresas, sobre as quais convido o leitor a refletir comigo.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae indicou que ao abrir uma empresa parte  dos entrevistados não levantaram informações sobre o mercado que pretendiam atuar. Empreendedores que não tinham ideia de número de clientes e hábito de consumo dos mesmos representaram 46% e 38% não sabiam o número de concorrentes. O mais alarmante nestes resultados é que 39% não sabiam qual era o capital de giro necessário para abrir o negócio.
Em uma conjuntura econômica desfavorável, como a atual. Antes de se pensar em colocar economias, muitas vezes de uma vida inteira, em um negócio, é necessário levantar o máximo possível de informação. Planejar pode não garantir o sucesso de um empreendimento, mas certamente transformará a caminhada mais previsível. Ocorre que o brasileiro médio não tem o hábito de planejar, nem mesmo em questões da esfera pessoal. Planejar é uma habilidade, que qualquer indivíduo consegue desenvolver.
Existe o risco de se sonhar com o próprio negócio por anos a fio, uma vez que,  enquanto o empreendedor não sentar se na frente de um computador e digitar o seu plano de negócios, seu negócio não passará de fato, de um sonho. Enquanto se planeja apenas em âmbito mental, tudo não passa de um sonho, que começa a se materializar na forma de um arquivo ou de um material impresso.
Um plano de negócios consiste em busca de informações e análises. Informações realistas sobre os pontos cruciais do negócio, como a forma jurídica, enquadramento tributário, capital de giro necessário, a fonte desse capital e setor de atuação. Nesta etapa inicial do plano é necessário também, a elaboração da Missão, visão e a expressão dos valores da futura empresa.
Além dessas informações iniciais é necessário fazer uma análise de mercado, é o momento de obter informações sobre os clientes, fornecedores e concorrentes. O plano de negócios contempla também os planos de marketing, operacional e financeiro.
Parece extremamente acadêmico, mas o sucesso ou não do seu empreendimento poderá depender desse planejamento.
Muitos fazem esse levantamento de informações de forma intuitiva. Houve um tempo que deu certo, era possível empreender com um lápis atrás da orelha.
 Na atual conjuntura econômica a possibilidade de dar errado é muito grande.
As estatísticas de empresas que sucumbem em dois anos indicam o mau planejamento, entrar em um negócio sem saber qual o capital de giro que vai demandar e/ou não levantar as informações a respeito do mercado e do setor que irá atuar, é arriscar muito mais que o necessário. Considerando que já existem riscos inerentes a qualquer projeto.
Assim, não tenha dúvidas, antes de investir em um negócio, estude primeiramente a viabilidade do mesmo, nem sempre uma boa ideia é viável como negócio e elabore o seu plano de negócios. Este documento embasará a sua ideia. Existe vasta literatura a respeito desse tema e ótimos profissionais no mercado à disposição para elaborar o documento ou assessorar o empreendedor.  Os riscos devem ser calculados.





Sônia Sacramento - Consultora de Negócios da S2R - Mestre em Administração de Empresas e pós-graduada em Gestão Empresarial, pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), graduada em Administração, com mais de 30 anos de atuação em empresas de pequeno e médio porte, e startups. Entre os diversos temas que ela pode comentar estão: empreendedorismo, terceirização, finanças, recursos humanos, etc. 




2 comentários:

  1. Ótimo post. Muita gente realmente entra de cabeça para ver no que vai dar, assumindo riscos desnecessários e prejudiciais.

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    1. Não é? Riscos deven ser calculados e minimizados👏👏👏

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