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terça-feira, 11 de abril de 2017

Você já ouviu falar na doença do beijo?



Você já ouviu falar na Doença do Beijo? Então preste bem atenção nas informações abaixo.

Definição
O nome científico é Mononucleose Infecciosa, contagiosa e causada pelo vírus Epstein Barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae, que transmite a herpes.

Transmissão
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, por meio da saliva. Entendeu agora por que a Mononucleose Infecciosa é também chamada de Doença do Beijo? Basta que de um lado haja um infectado e este tenha contato íntimo com a outra pessoa para que o vírus Epstein Barr entre em ação, dependendo da imunidade de cada pessoa.
Estudos apontam que o ser humano entra em contato com esse ser microscópico já na infância. Mas existe um detalhe curioso: menos de 10% das crianças desenvolvem os sinais. Com isso, boa parcela da população – há quem diga que 90% – já adquire anticorpos e se torna imune ao vírus.
A transmissão pelo compartilhamento de utensílios domésticos, pela tosse e espirro ainda gera controvérsias. Uns dizem que sim e outros garantem que não há risco, por entenderem que o contato precisa ser íntimo e prolongado.
Importante deixar claro que não se trata de uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), pois não há nenhuma associação de transmissão por meio do ato de penetração.

Principais sintomas
O período de incubação (do primeiro contato com o vírus até o aparecimento dos primeiros sintomas) pode variar de 4 a 8 semanas em adultos. Já em crianças (quando apresentam os sintomas), pode ser de 2 semanas.
Os sinais parecem com os de uma gripe:
·         febre alta (temperatura média de 38º e 39º) constante por 24 horas, durante aproximadamente uma semana;
  
·         dor de garganta;

·         placas brancas na boca e na garganta;

·         tosse;

·         ínguas no pescoço;

·         inchaço nas pálpebras;

·         dor no abdômen (quando há comprometimento do fígado e baço), no corpo e nas articulações;

·         manchas na pele, que podem ser vermelhas após o uso de antibióticos;

·         cansaço intenso.
Pessoas com baixa imunidade antes da transmissão podem ter o quadro agravado, podendo, por exemplo, desenvolver anemia.
Os casos mais graves não são tão comuns, mas podem ocorrer. Em alguns pacientes, o vírus pode acometer o fígado e provocar patologias, como icterícia e hepatite. Existem ainda situações de inchaço no baço. Neste caso, a pessoa deve ter cuidado redobrado para que não haja rompimento desses órgãos, o que pode levar à morte.

Principais vítimas
O vírus não escolhe sexo. Homens e mulheres podem ter a doença, que é mais frequente em adolescentes e adultos jovens. A faixa etária mais acometida é dos 15 aos 25 anos de idade.

Diagnóstico e Tratamento
Ao perceber algum dos sintomas apresentados, a pessoa deve procurar o médico. Ele fará uma avaliação clínica e solicitará exames. Entre eles, um hemograma para verificar a quantidade de linfócitos (células brancas do sangue). A sorologia (pesquisa de anticorpos) também é fundamental.
Não há um tratamento específico. O recomendável é fazer repouso total e esperar o organismo se recuperar. Preocupe-se em:
·         repousar;
  
·         ingerir líquidos;

·         optar por alimentação leve;

·         fazer gargarejos com água morna e sal.

O especialista poderá prescrever anti-inflamatórios e analgésicos para reduzir o desconforto dos sintomas. Em aproximadamente quatro semanas a pessoa apresentará melhoras.

Prevenção
·         Evite contato com pessoa contaminada. Quem se queixa de dor de garganta já sinaliza que há algo errado;
·         evite beijar a pessoa infectada dias depois do fim dos sintomas;

·         faça higiene pessoal e do ambiente.
Estudos já foram feitos, mas ainda não se comprovou que vacinas garantam proteção contra a contaminação.



Dr. Diego Silva Wanderley - Formou-se em Medicina, em 2008. Logo em seguida veio o título de Especialista em otorrinolaringologia, pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. O currículo traz também especialização em Cirurgia Plástica de Face, pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação, em São Paulo. O Dr. Diego, atualmente, integra o corpo médico da Clínica de Otorrinolaringologia Otonorte, no Distrito Federal. A carreira inclui o magistério. Ele é professor da disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina do Planalto Central/Faculdades Integradas da União Educacional do Planalto Central.




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