Você já ouviu falar na Doença do Beijo? Então
preste bem atenção nas informações abaixo.
Definição
O nome científico
é Mononucleose Infecciosa, contagiosa e causada pelo vírus Epstein
Barr (EBV), pertencente à família Herpesviridae,
que transmite a herpes.
Transmissão
A transmissão
ocorre de pessoa para pessoa, por meio da saliva. Entendeu agora por que a
Mononucleose Infecciosa é também chamada de Doença do Beijo? Basta que de um
lado haja um infectado e este tenha contato íntimo com a outra pessoa para que
o vírus Epstein Barr entre em ação, dependendo
da imunidade de cada pessoa.
Estudos apontam
que o ser humano entra em contato com esse ser microscópico já na infância. Mas
existe um detalhe curioso: menos de 10% das crianças desenvolvem os sinais. Com
isso, boa parcela da população – há quem diga que 90% – já adquire anticorpos e
se torna imune ao vírus.
A transmissão pelo
compartilhamento de utensílios domésticos, pela tosse e espirro ainda gera
controvérsias. Uns dizem que sim e outros garantem que não há risco, por
entenderem que o contato precisa ser íntimo e prolongado.
Importante deixar
claro que não se trata de uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), pois não
há nenhuma associação de transmissão por meio do ato de penetração.
Principais sintomas
O período de
incubação (do primeiro contato com o vírus até o aparecimento dos primeiros
sintomas) pode variar de 4 a 8 semanas em adultos. Já em crianças (quando
apresentam os sintomas), pode ser de 2 semanas.
Os sinais parecem
com os de uma gripe:
·
febre alta (temperatura média de 38º e 39º)
constante por 24 horas, durante aproximadamente uma semana;
·
dor de garganta;
·
placas brancas na boca e na garganta;
·
tosse;
·
ínguas no pescoço;
·
inchaço nas pálpebras;
·
dor no abdômen (quando há comprometimento do
fígado e baço), no corpo e nas articulações;
·
manchas na pele, que podem ser vermelhas após
o uso de antibióticos;
·
cansaço intenso.
Pessoas com baixa
imunidade antes da transmissão podem ter o quadro agravado, podendo, por
exemplo, desenvolver anemia.
Os casos mais
graves não são tão comuns, mas podem ocorrer. Em alguns pacientes, o vírus pode
acometer o fígado e provocar patologias, como icterícia e hepatite. Existem
ainda situações de inchaço no baço. Neste caso, a pessoa deve ter cuidado
redobrado para que não haja rompimento desses órgãos, o que pode levar à morte.
Principais vítimas
O vírus não
escolhe sexo. Homens e mulheres podem ter a doença, que é mais frequente em
adolescentes e adultos jovens. A faixa etária mais acometida é dos 15 aos 25
anos de idade.
Diagnóstico e Tratamento
Ao perceber algum
dos sintomas apresentados, a pessoa deve procurar o médico. Ele fará uma
avaliação clínica e solicitará exames. Entre eles, um hemograma para verificar
a quantidade de linfócitos (células brancas do sangue). A sorologia (pesquisa
de anticorpos) também é fundamental.
Não há um
tratamento específico. O recomendável é fazer repouso total e esperar o
organismo se recuperar. Preocupe-se em:
·
repousar;
·
ingerir líquidos;
·
optar por alimentação leve;
·
fazer gargarejos com água morna e sal.
O especialista
poderá prescrever anti-inflamatórios e analgésicos para reduzir o desconforto
dos sintomas. Em aproximadamente quatro semanas a pessoa apresentará
melhoras.
Prevenção
·
Evite contato com pessoa contaminada. Quem se
queixa de dor de garganta já sinaliza que há algo errado;
·
evite beijar a pessoa infectada dias depois
do fim dos sintomas;
·
faça higiene pessoal e do ambiente.
Estudos já foram
feitos, mas ainda não se comprovou que vacinas garantam proteção contra a
contaminação.
Dr. Diego Silva Wanderley
- Formou-se em Medicina, em 2008. Logo em
seguida veio o título de Especialista em otorrinolaringologia, pela Associação
Médica Brasileira e Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-Facial. O currículo traz também especialização em Cirurgia Plástica de
Face, pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação, em São Paulo. O
Dr. Diego, atualmente, integra o corpo médico da Clínica de
Otorrinolaringologia Otonorte, no Distrito Federal. A carreira inclui o
magistério. Ele é professor da disciplina de Otorrinolaringologia da
Faculdade de Medicina do Planalto Central/Faculdades Integradas da União
Educacional do Planalto Central.
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