COMAC dá dicas
de adaptações da casa e necessidades especiais de cães e gatos idosos
Pelos brancos no focinho e na cabeça, menos
energia para brincadeiras e exercícios, olhos mais secos, todos estes são
sinais de que o seu cão ou gato está ficando velho. A idade chega para todos,
mas é importante preparar sua casa e sua vida para uma rotina diferente da que
o pet levava quando era mais jovem.
Adapte sua casa para a velhice do seu pet
Para que o animal viva com qualidade de vida, é
importante remanejar os locais que ele fica com mais frequência. Em casos de
problemas ortopédicos, vale colocar tapetes emborrachados que evitem que o pet
escorregue e para que ele se levante com facilidade. “O uso de
escadinhas adaptadas para que subam, por exemplo, no sofá ou na cama também
ajuda nas limitações da idade, porque evita que ele se esforce muito e
cause danos às articulações e coluna”, comenta a Dra.
Karin Botteon, médica-veterinária, membro da Comissão de
Animais de Companhia (COMAC) do SINDAN e coordenadora técnica da Agener União.
“O ideal é que você, como tutor, evite qualquer
tipo de obstáculo a estes animais, para que eles não tenham dificuldades de
circulação pela casa ou sofram algum acidente, principalmente animais que
possuem algum grau de perda de visão”, complementa Karin.
Água em vários lugares da casa ajudam pets idosos
Segundo a médica-veterinária, outro fator que
facilita o dia a dia de animais idosos é deixar água disponível em vários
locais da casa. Isso porque animais com doenças renais, por exemplo, têm uma
necessidade de se hidratar com mais frequência e também porque muitos deles
deixam de se deslocar até os potes de água por dor ao se levantar ou para
locomoção. E se você tem um gatinho, a recomendação é que você adapte a caixa
de areia. As bordas dela devem ser mais baixas para que não seja um obstáculo
caso o bichano tenha algum problema ortopédico.
Fique atento às mudanças de comportamento
Além de dormir mais e ter menos disposição, os
animais idosos estão propensos a mais doenças do que os outros. As mais comuns
são: Doença Renal Crônica, Osteoartrite, Neoplasias (Câncer), Doença
periodontal, Cardiopatia e Doenças endócrinas como Diabetes mellitus,
Hiperadrenocorticismo, Hipotireoidismo em cães e o Hipertireoidismo nos
gatos.
A maioria destas doenças muda o comportamento dos
cães e gatos e nessa hora, o tutor deve estar atento para que busque ajuda
profissional. “Urina e fezes fora do local habitual podem acontecer por conta de
processos dolorosos, para que ele evite se locomover até o local, ou porque não
conseguiu esperar até chegar lá. Beber muita água e se alimentar menos também
são alguns sinais. Além disso, vômitos esporádicos e cansaço excessivo em
brincadeiras ou passeios devem ser investigados pelo médico-veterinário”,
destaca a profissional.
No caso de gatos, se eles deixam de subir em
locais que costumavam gostar pode significar possíveis problemas ortopédicos.
Outra alteração comum em felinos e que deve chamar atenção dos tutores é a
mudança da pelagem. Como os gatos mantêm a higiene do pelo como hábito regular,
a presença de um pelo eriçado, mal cuidado e seco, pode significar falta deste
hábito e também merece uma investigação mais profunda.
Pegue leve nos exercícios do pet
Manter a frequência de atividade física é
importante em todas as fases da vida, não só para estimular a cognição dos
animais, mas porque mantém a saúde muscular evitando fraqueza e atrofia que
podem se desenvolver pela falta de atividade ou até piorar algum problema que
já exista.
Prefira passeios mais curtos, em horários menos
quentes do dia, e mantenha as brincadeiras no limite da disposição do pet.
Evite exercícios que exigem muito esforço muscular/ortopédico e físico, como
por exemplo, o agility.
Mantenha uma frequência de visitas ao veterinário
O acompanhamento veterinário periódico com o
objetivo de examinar o animal e coletar exames de rotina é fundamental. Nestes
exames, o profissional conseguirá avaliar a saúde do animal e em caso de
alterações, consegue ter um diagnóstico precoce, o que ajuda muito em todas as
doenças.
COMAC - Comissão de Animais de Companhia do SINDAN
- Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal
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