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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Apertem os cintos: o crédito sumiu!




                                                                                                  
Os anos de “farra” do crédito fácil e barato iriam acabar em algum momento. As contas públicas não fechavam. Era uma situação que, a grande maioria, sabia que não se sustentaria no longo prazo. Um país não pode se manter indefinidamente apenas pelo consumo. E, pelo que estamos vendo, chegou o fim dessa era.
Graças à tradicional falta de visão de médio e longo prazo dos nossos administradores públicos, a coisa é tocada, na maioria das vezes, do mesmo jeito nas três esferas. Privilegia-se, quase que religiosamente, o curto prazo. O médio e o longo não garantem a eleição e, se algo der errado, empurra-se o problema para o próximo administrador. É só a gente olhar a questão da crise hídrica para ter certeza disso. Ela não surgiu do nada e nem começou ontem. Foi empurrada com a barriga e estourou, por “coincidência”, depois do resultado das eleições.
Então, pelo que se vê, não há nada mais a esconder. Chegou a hora do ajuste econômico também. O avião chamado Brasil vai ter que aterrissar, pelo menos por algum tempo, para “manutenção”. O que vai ser feito pelo governo federal, eu não sei, mas torço para que dê certo. Mas, uma coisa estamos vendo, iremos pousar este avião "de barriga". Poderá haver grandes danos e prejuízos para muita gente e o momento é de ação e prudência.
Pegar empréstimos agora é o menos recomendável. A não ser que você tenha uma estratégia muito definida, e não o use para o consumo, você deve evitar a todo o custo essa opção. Os juros subiram e poderão aumentar mais nos próximos meses.
Venda tudo que tenha de supérfluo, corte ao máximo as despesas e prepare sua “reserva de emergência. Não espere o perigo chegar para descobrir que você não tem um “paraquedas de emergência”. Tenha cautela ao gastar e lembre-se que, se a economia piorar, podem ocorrer ondas de demissões e você ou parentes próximos podem ser afetados. Esteja preparado para isso.
Se você é um profissional focado em entregar resultados e resolver problemas, provavelmente, não será afetado. Ou, talvez, até promovido. Na época de crise, as empresas demitem quem não entrega resultado e preservam, no geral, os melhores para superar a época das “vacas magras”. Se você não está neste grupo de pessoas focadas em resultados, há tempo ainda. Há excelentes cursos gratuitos na internet para melhorar a sua empregabilidade e, para quem está com o coração aberto para mudanças, uma crise pode ser a oportunidade de uma grande virada profissional na vida.
Enfim, vamos ter de reaprender (todos nós) agora a conviver com juros mais altos e menos crédito, mas com dedicação e esforço de todos, do grupo familiar, inclusive, poderemos amadurecer financeiramente e tirar novas conclusões desta crise econômica (e de tantas outras que de forma recorrente ainda encontraremos pela frente). Crises vão, crises, vem. Esta não será a primeira e nem a última. Temos é que estar preparados financeiramente para enfrentá-las. E não se esqueça que crise, para muitos, é sinal de “virada de mesa”. É como diz aquele ditado: “enquanto uns choram, outros vendem lenços”. De que lado você quer estar?
    

Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos". www.educacaofinanceiraparatodos.com 

 

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