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sábado, 25 de março de 2023

Acolhimento: Palavra-chave nos casos de violência contra as mulheres

Violência contra as mulheres não é um tema novo, existe ao longo dos séculos pelas mais diversas razões e pela construção desigual do lugar das mulheres e dos homens nas mais diversas sociedades, no entanto independentemente da motivação, a violência contra a mulher não é aceitável, nem ética e é ilegal.

Quando falamos sobre violência, podemos caracterizar em 6 tipos diferentes: (I) Violência física. É a utilização da força física sobre alguém; (II) Violência psicológica e moral. Utilizam-se de palavras ou atos ofensivos como forma de agressão; (III) Violência sexual; (IV) Violência econômica; (V) Violência social; e (VI) Violência doméstica.

No Brasil temos diversas leis que visam coibir tais agressões, podemos citar a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, Lei do Minuto Seguinte, Lei nº 13.718/2018, Lei nº 13.642/2018, Lei nº 13.931/2019, Lei Carolina Dieckmann, Lei Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica, dentre outras legislações. Entretanto, creio que falta simplificar todo este emaranhado jurídico, visto que mulheres quando sofrem violência querem ser tratadas com acolhimento, respeito e dignidade.

Infelizmente, o que acontece na realidade é a falta de denúncia por muitas mulheres, principalmente, por medo de serem julgadas ou por vergonha. A vítima vira a responsável pela agressão e são moralmente julgadas, muitas  são submetidas a perguntas sobre suas roupas, o motivo pelo qual estavam em um bar ou em um local de entretenimento, se provocaram a situação de violência. O que está totalmente errado, vítima deve ser tratada como vítima, o acolhimento e respeito devem ser aplicados integralmente nestas situações. Em cidades pequenas, onde não existe a Delegacia da Mulher, as denúncias são feitas em delegacias comuns onde muitos policiais são homens e não compreendem a situação, fazendo as mulheres se sentirem violadas pela segunda vez. Ademais, não tem um laboratório pericial na cidade, ou seja,  são deslocadas para uma cidade vizinha, chegando a ficar 24 horas, ou mais, sem tomar banho para que o material seja colhido. Onde está o acolhimento e respeito nestas situações?

Agora entrou uma obstinação que deve existir uma lei tornando obrigatório que bares e locais de entretenimento adotem medidas de segurança para auxiliar às mulheres que se sintam em situação de risco nas dependências desses estabelecimento. Será mesmo que temos que regulamentar isso? A solução não é termos mais leis, mas sim mais responsabilidade e conscientização que qualquer estabelecimento, seja de lazer ou comercial,  tem responsabilidade de garantir a segurança das pessoas que frequentam estes lugares. Sem isso, voltamos a ter mais leis e pouca efetividade. Para tanto, os colaboradores destes locais devem, obrigatoriamente, serem treinados em como agir nestes casos, visando o acolhimento e respeito das vítimas.

Finalizado com uma frase de Rebecca Solnit: “São as ideias preconcebidas que tantas vezes dificultam as coisas para qualquer mulher, em qualquer área; que impedem as mulheres de falar e de serem ouvidas quando ousam falar; que esmagam as mulheres jovens e as reduzem ao silêncio, indicando, tal como ocorre com o assédio nas ruas, que esse mundo não pertence a elas”.

 

Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br



Como não se endividar com o rotativo do cartão de crédito

Entrar no rotativo do cartão nunca é uma boa opção. A Provu traz 4 dicas para evitar que consumidores entrem nesse tipo de dívida

O crédito rotativo do cartão, que é aquele cobrado quando o cliente não consegue pagar a fatura do cartão de crédito, possui a taxa de juros mais cara do mercado, em torno de 14,5% ao mês.  Segundo dados do Banco Central, referentes a janeiro de 2023, as instituições financeiras vêm cobrando em média 411,5% de juros ao ano nessa modalidade de “crédito rotativo”.  Então, qualquer dívida com esse tipo de crédito, por menor que seja, pode virar uma bola de neve, se tornando um dos principais motivos para o endividamento dos brasileiros. Dessa forma, a Provu, fintech de meios de pagamentos e crédito pessoal traz quatro dicas para ajudar os consumidores a não entrarem no rotativo do cartão.

 

1.   Planeje os seus  gastos 

O planejamento financeiro deveria fazer parte da rotina de todos os brasileiros. Se você quer passar longe de dívidas ou de fazer compras além das suas necessidades no momento é preciso aprender a organizar suas finanças. Com isso, é possível descobrir com o que podemos gastar ou o que precisamos reorganizar. A função de pagamento em crédito deve ser usada com consciência e planejamento. Caso queira comprar algo que você já tenha disponível o valor da compra, faça o pagamento no débito, evitando juros e uma fatura alta nos próximos meses.

 

1.   Use o cartão como bom aliado

O cartão de crédito pode ser um bom aliado na gestão das finanças. É importante entender que o cartão não é uma extensão do salário mensal, e sim uma opção para que consiga realizar compras de valores maiores com pagamento parcelado, ou para quebrar o galho no final do mês com pequenas compras. Se você costuma comprar por impulso, avalie se é uma boa ideia ter um cartão de crédito.

 

1.   Pense muito bem antes de parcelar

O parcelamento é uma ótima alternativa para conseguir realizar compras de ticket médio alto. Porém, antes de parcelar, é preciso refletir e colocar na ponta do lápis para ver se vai conseguir realizar o pagamento das parcelas nos meses seguintes.

 

Dependendo do valor e da necessidade, uma boa opção é guardar o dinheiro por alguns meses e comprar à vista, evitando juros do parcelamento.

 

1.   Considere pedir um empréstimo pessoal

Se você se enrolou com o rotativo do cartão, uma ótima sugestão é pedir um empréstimo pessoal. Enquanto os juros do cartão ficam em torno de 12%, podendo chegar até 20%, o empréstimo pessoal, como o da Provu por exemplo, têm taxas a partir de 5,4% ao mês. Dessa forma, é possível trocar uma dívida cara, e muitas vezes abusiva, por uma mais barata, mais justa e personalizada para seu perfil financeiro. 

O caminho é sempre a organização e controle financeiro. Seja em uma planilha de gastos, aplicativo ou anotações, é fundamental saber para onde está indo o seu dinheiro. Caso precise de empréstimo, o ideal é pegar o valor para quitar toda a fatura do seu cartão de crédito, porque assim, fica apenas com o parcelamento do empréstimo para pagar, que tem taxas de juros mais justas e personalizadas.

 

Provu


Mobilização da FecomecioSP pede revogação da exigência de vistos para turistas do Canadá, dos Estados Unidos, da Austrália e do Japão

Para o Conselho de Turismo da Entidade, mais burocracia significa menos atração turística e prejuízo ao empresariado

 

Em representação às empresas do setor de turismo, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), por meio de seu Conselho de Turismo, se mobiliza na tentativa de revogar o decreto que exige vistos para passaportes estadunidenses, australianos, japoneses e canadenses. Por isso, enviou aos principais agentes públicos do setor no País, assim como para parlamentares do Congresso Nacional, ofícios que apresentam argumentos e dados sobre os prejuízos que a medida pode trazer.

 

Segundo a Federação, menos burocracia atrai mais turistas e mais gastos para a cadeia. De acordo com dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC), economias do G20 têm potencial de atrair um adicional de 122 milhões de turistas e gerar uma exportação no setor de US$ 206 bilhões em simplificações dos processos de vistos. Países da América do Sul, como Chile, Colômbia, Peru e Argentina, não exigem visto dos cidadãos norte-americanos, por exemplo. Consequentemente, tornam-se mais atrativos aos turistas.

 

Atualmente, os Estados Unidos são o segundo país com desembarcados no Brasil, principalmente por meio aéreo – e fica atrás somente da Argentina. Em 2022, entraram no País 441 mil estadunidenses, 54,2 mil canadenses, 25 mil australianos e 17,6 mil japoneses, os quais respondem por cerca de 15% do total de turistas que ingressam em terras brasileiras. Frente aos números, a FecomercioSP afirma que é preciso ter um olhar atencioso a estes países. 

 

Segundo levantamento realizado pela Gerência de Inteligência Mercadológica e Competitiva da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) em conjunto com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), as compras de passagens para o Brasil, no último verão, foram lideradas pelos Estados Unidos – cujo público é o que mais gasta no País. O Ministério do Turismo aponta que, em 2016, os turistas estadunidenses despenderam, em média, US$ 1.234, mais que o dobro dos argentinos (US$ 549). Dados positivos para um dos setores que mais sofreram durante o período de restrições impostos pela covid-19. De acordo com informações da FecomercioSP, o segmento deixou de faturar, entre 2020 e 2021, cerca de R$ 120 bilhões.

 

Para Guilherme Dietze, assessor técnico do Conselho de Turismo, a isenção unilateral beneficia o turismo ao incluir os passageiros que decidem por impulso e motivados por promoções. “O visto é uma barreira, especialmente nestes casos. Outros países com interesses comercial e turístico no Brasil devem ser avaliados, para que se alinhe este tipo de ação com outras de comércio exterior e parcerias estratégicas”, finaliza.

 

FecomercioSP



Estudo revela que 98,1% dos chocolates industrializados não têm conservantes e 95,2% não possuem corantes

 Levantamentodo Ital, com apoio da Abicab, integra publicação da série Alimentos Industrializados 2030, dedicada a análises sobre diversas categorias de produtos consumidos pelos brasileiros


Com objetivo de traçar um panorama geral sobre os chocolates industrializados comercializados no Brasil, o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, lançou nesta sexta-feira (24) estudo em que analisou as composições e valores nutricionais de 483 produtos de chocolate. Intitulada
Chocolates Industrializados: alimentos para socialização e nutrição, a publicação gratuita contou com apoio da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab). 

As informações contidas nos rótulos de cada chocolate foram avaliadas levando em consideração características como saudabilidade e bem-estar, matérias-primas e aditivos. Nas formulações dos produtos estudados, foi possível identificar que 99,6% não incluem antioxidantes, 98,1% não possuem conservantes e 95,2% são isentas de corantes. Também ficou comprovada a presença de teores de proteínas, fibras e polifenóis. 

“Esse é o décimo estudo da série Alimentos Industrializados 2030, que visa disponibilizar informações de interesse do consumidor brasileiro com clareza e embasamento técnico-científico. Detalhamos os conteúdos nutricionais dos produtos que comumente são tachados genericamente como não saudáveis, contrapondo mitos e preconceitos”, afirma Luis Madi, diretor de Assuntos Institucionais do Ital e coordenador do projeto. “Está na missão do Instituto contribuir para a evolução da área de alimentos em benefício do consumidor, assim como está na missão da Secretaria de Agricultura promover a oferta de alimentos saudáveis com agregação de valor e melhoria da qualidade de vida da população”, destaca.

O presidente da Abicab, Ubiracy Fonsêca, destaca a importância da desmitificação de conceitos. “Nenhum alimento pode ser analisado de forma isolada. O chocolate é um produto de indulgência que pode ser inserido no contexto de uma dieta equilibrada e associado à prática regular de atividade física. É fundamental que esses aspectos sejam trazidos para o âmbito científico”, pontua.

O estudo faz parte do projeto Alimentos Industrializados 2030, que busca consolidar bases de um sistema alimentar saudável e sustentável, informando com dados técnicos e científicos e contrapondo mitos e preconceitos sobre alguns alimentos.



Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas - Abicab

Instituto de Tecnologia de Alimentos – Ital
www.ital.agricultura.sp.gov.br/



Evite problemas com o Leão: Especialista do CEUB dá dicas para declarar o Imposto de Renda

Max Bianchi, professor de Ciências Contábeis, explica as obrigações do contribuinte com a Receita Federal

 

Começou a contar o prazo de 31 de maio para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) do ano calendário 2022. A partir das dúvidas de como encarar o “Leão”, o professor de Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Max Bianchi Godoy dá dicas para realizar a declaração com clareza e tranquilidade este ano.


Como sei se devo declarar o IRPF esse ano?

MB: A dúvida mais frequente do brasileiro é saber quem declara e quais são os requisitos para entregar a declaração obrigatória de IRPF. Deve realizar a declaração do imposto pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis anuais acima de R$ 28.559,70 em 2022. Também deve declarar o IRPF quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima do limite de R$ 40.000.

O contribuinte que teve a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2022, de bens ou direitos, inclusive terra nua, acima do limite de R$ 300.000 também deve fazer a declaração. Além disso, estão obrigados a declarar o IRPF aqueles que realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como os que obtiveram ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeitos à incidência do imposto.

Também devem declarar o imposto pessoas que optaram pela isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro, no prazo de 180 dias. Outro caso comum obrigatório é de pessoas passaram a morar no Brasil, em qualquer mês, e nessa condição se encontravam em 31 de dezembro de 2022 e, também, os que obtiveram receita bruta anual decorrente de atividade rural em valor acima de R$ 142.798,50.


Descobri que devo declarar, e agora?

MB: A declaração de imposto de renda pode ser feita por meio do programa do IRPF 2023, disponível para download no site da Receita Federal, on-line pelo Portal e-CAC (Centro de Atendimento Virtual da Receita Federal) ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para tablets e celulares das plataformas Android e iOS. As informações constantes do portal e dos auxílios no aplicativo e no programa são de fácil entendimento para a maioria das pessoas.


Quais é a diferença entre declaração simplificada e simples? Qual devo fazer?

MB: Existem duas formas de realizar a declaração de rendimentos para o imposto de renda pessoa física: a simplificada e a completa. A declaração simplificada é voltada para os contribuintes que tiveram poucas despesas no ano-base. Nessa opção, os valores dos rendimentos tributáveis sofrem dedução automática de 20%, sendo estes limitados a R$ 16.754,34. Utilizando esta forma, o contribuinte opta por um valor de dedução total, não podendo incluir os gastos que teve com educação e saúde, o que torna esse tipo de declaração mais vantajoso quando há poucas despesas e essas não ultrapassaram o limite estabelecido.

No caso da declaração completa, é mais voltada para os contribuintes que tiveram mais despesas no ano de 2022, tais como gastos com saúde, educação e outros, seus e de seus dependentes. Nesse caso, se o valor das despesas ultrapassarem o referido limite (R$ 16.754,34), é mais vantajoso optar pela declaração completa. O programa e o aplicativo costumam informar o imposto a ser pago ou restituído nos dois tipos de declaração, devendo o contribuinte optar pelo que for mais vantajoso em seu caso (o que for pagar menos ou restituir mais imposto).


Consegui declarar o imposto de renda. Como sei se recebo a restituição? Se sim, como e quando recebo?

MB: A principal forma de obter restituição com a declaração do Imposto de Renda é por meio dos gastos dedutíveis que foram realizados, esses oriundos das despesas com educação, com previdência privada, contribuição do INSS, saúde e outros que podem ser deduzidos. Nesse caso, quanto o imposto pago antecipadamente pelo contribuinte e os gastos dedutíveis superam o imposto calculado que deveria ser pago, o contribuinte receberá posteriormente uma restituição, que é a devolução dos valores pagos a mais pelo contribuinte.

Se o contribuinte cometer algum erro na declaração, pode realizar uma retificadora, ajustando os dados errados e reenviar, o que pode evitar prejuízos maiores. Por esse motivo, se recomenda que, caso descubra algum erro ou falta de registro, o contribuinte realize o mais rápido possível a sua declaração retificadora, preferencialmente antes de receber quaisquer comunicados da Receita solicitando que faça o ajuste.

Aqueles que não declararem dentro do prazo podem ter de pagar uma multa de 1% sobre o valor do imposto de renda devido, sendo o valor mínimo de R$ 165,74. Lembrando que este valor pode chegar a até 20% do imposto total devido, motivo pelo qual o contribuinte deve ficar atento ao cumprimento de prazos e às regras estabelecidas.


E quem não declarou imposto de renda? Quais são as consequências?

MB: Quem não declara o Imposto de Renda, além da multa, está sujeito a outras sanções, como a suspensão do CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) por irregularidade, podendo ficar impedido de realizar uma série de atividades: não tirar sua Carteira de Trabalho, não abrir conta em Bancos ou receber cartões de crédito, não tirar ou renovar passaporte, não realizar matrícula em faculdades, não prestar concursos públicos, etc. Em casos mais graves, de declarações falsas ou omissão total ou parcial com a intenção de se desonerar do pagamento de tributos, o indivíduo pode ser acusado de crime de sonegação fiscal, cuja pena pode chegar a dois anos de reclusão e ser multado de duas a cinco vezes os valores devidos dos tributos que não foram pagos.



Petroleiras: resultados impressionantes sugerem nova estratégia de alocação de recursos

Após dois anos de preços de energia nas alturas, efeito pós-pandemia e prolongamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, as maiores empresas de petróleo do mundo acumularam enormes somas de recursos com resultados financeiros impressionantes no ano de 2022. Em fevereiro, a Shell divulgou lucro líquido anual de US$ 42 bilhões, mais que o dobro do valor do ano anterior e o maior em mais de um século como empresa de capital aberto. Seguindo a rodada de anúncios, a norte-americana ExxonMobil anunciou um lucro líquido anual recorde de US$ 56 bilhões. Sua principal concorrente nos EUA, a Chevron, informou que seu lucro líquido anual mais que dobrou, chegando a cerca de US$ 37 bilhões.

Já na Europa, a norueguesa Equinor apresentou lucro líquido recorde de US$ 28,7 bilhões, acima dos US$ 8,6 bilhões do ano anterior. Na sequência, a gigante britânica BP anunciou lucro anual recorde de quase US$ 28 bilhões, o maior nos 114 anos de história da empresa – e mais que o dobro do ano anterior. E, finalmente, a petrolífera francesa TotalEnergies, registrou um lucro líquido recorde de US$ 36,2 bilhões – o dobro do ano anterior, juntando-se aos lucros abundantes do setor graças aos preços mais altos do petróleo e gás natural, desde o início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

No Brasil, como integrante do grupo de National Oil Companies (NOCs), a Petrobras também apresentou resultados expressivos em 2022, com recordes de lucro líquido recorrente e EBITDA, respectivamente, de US$ 34 bilhões (113% em relação 2021) e US$ 67 bilhões (47,5% em relação a 2021). Adicionalmente, a empresa recolheu o valor recorde aproximado de US$ 54 bilhões em tributos e participações governamentais, superando a marca de R$ 1 trilhão na soma dos últimos cinco anos. E, finalmente, no ranking mundial de pagamentos de dividendos, a estatal foi a segunda maior pagadora do mundo em 2022, tendo distribuído US$ 21,7 bilhões em proventos, mais que o dobro dos depósitos de 2021, que somaram US$ 9,1 bilhões – perdendo somente para a mineradora australiana BHP, que pagou US$ 23,5 bilhões em dividendos aos seus investidores.

Os excelentes balanços do ano pagam dividendos excepcionais aos investidores e ajudam a reduzir o endividamento das empresas, mas o mais importante: motiva um realinhamento na estratégia de alocação de recursos, dada a atual conjuntura. De fato, após vários anos de investimentos limitados em petróleo e gás natural – resultado do choque de demanda provocado pela pandemia, políticas mais abrangentes de transição energética e mudanças climáticas – as grandes petrolíferas estão, mais uma vez, intensificando investimentos em exploração de petróleo.

De acordo com a S&P Global, estima-se que, em 2022, os investimentos de capital (capex) no Upstream (Exploração e Produção de Petróleo), em todo o mundo, foram de cerca de US$ 450 bilhões. Este valor inclui petrolíferas supermajors e nacionais (NOCs), e configura um bem acima da mínima dos últimos 15 anos, que foi cerca de US$ 350 bilhões. Porém, os investimentos em capex ainda estão muito aquém da máxima, que foi cerca de US$ 800 bilhões, em 2014.

A novidade, entretanto, é resultado da nova conjuntura geopolítica. Verifica-se que as empresas estão mais avessas às regiões com alto risco político e/ou infraestrutura precária para comercializar a produção. As empresas americanas, por exemplo, estão evitando regiões de novas fronteiras – especialmente as com alto risco político e que carecem de infraestrutura.

Já as europeias, talvez um pouco mais arrojadas, estão reavaliando, e em alguns casos, rejeitando projetos nos EUA em favor de projetos na África – com maior potencial petrolífero e menos restrições ambientais. De qualquer ângulo que se examine este movimento, percebe-se que existe uma grande mudança na estratégia de alocação de recursos pelas principais companhias de petróleo do mundo.

Em um artigo publicado recentemente na revista The Economist, são citados alguns exemplos. As supermajors americanas têm demonstrado maior interesse em investimentos nos EUA e em algumas regiões da América Latina. A ExxonMobil, assim como a maioria das empresas ocidentais, deixou a Rússia após a invasão da Ucrânia. Também se desfez – ou quer se desfazer – de ativos em países do continente africano, como Camarões, Chade, Guiné Equatorial e Nigéria. A Chevron vendeu projetos na Grã-Bretanha e na Dinamarca (bem como no Brasil) e não renovou as concessões vencidas na Indonésia e na Tailândia.

Nos últimos 10 anos, a ExxonMobil tem investido de forma mais intensa em novos campos na Guiana, onde obteve resultados bastantes promissores. Já a Chevron, pretende canalizar mais de um terço de seus investimentos este ano para o shale gas americano e cerca de 20% para projetos no Golfo do México. E, mais recentemente, com anuência do governo americano, reiniciou o comércio de petróleo bruto na Venezuela.

Em movimento similar, as supermajors europeias estão reduzindo sua exposição em áreas de maior risco. Assim como a ExxonMobil, a BP e a Shell estão deixando a Rússia, o que representa importantes ajustes contábeis, de cerca de US$ 25 bilhões e US$ 5 bilhões, respectivamente. A Shell também se desfez de seus ativos de shale gas no Texas e colocou outros à venda no Golfo do México. A BP está se desfazendo de seus ativos no México e, existe movimentação para sair de Angola, Azerbaijão, Iraque, Omã e Emirados Árabes Unidos. E, não menos importante, a TotalEnergies está saindo das areias betuminosas do Canadá.

As empresas europeias estão com maior interesse em regiões ao sul do continente europeu – no caso, a África. De fato, a Europa busca alternativas para substituir a energia proveniente da Rússia. Recentemente, a Shell e a norueguesa Equinor assinaram um acordo com a Tanzânia, país do leste africano, para construir um terminal de gás natural liquefeito (GNL), de US$ 30 bilhões. A francesa TotalEnergies pretende investir em projetos de gás natural em Moçambique e na África do Sul. Já a italiana Eni, anunciou um contrato de gás natural de US$ 8 bilhões com a estatal National Oil Corporation, da Líbia.

Importante destacar as principais motivações para esse realinhamento. A primeira, e talvez a mais importante, tem a ver com a relação risco/retorno dos projetos. Em um passado não muito distante, de altos preços do petróleo, houve muitos investimentos com pouco controle de custos e muito desperdício, impactando o retorno para os acionistas. Nos anos anteriores à pandemia, inúmeros projetos de petróleo em todo mundo perderam bilhões de dólares, prejudicando fortemente o retorno esperado por acionistas.

Na conjuntura atual, os investidores estão exigindo uma disciplina de alocação de capital muito maior das supermajors. A maior parte dos investimentos busca retornos em um ciclo mais curto, entre cinco anos e dez anos. Além disso, existe um foco muito maior em eficiência e utilização de novas tecnologias, tais como: inteligência artificial, automação, big data, robótica, entre outras, com os objetivos de aumentar a produtividade e segurança operacional. Desta forma, todo este movimento significa menor quantidade de projetos em regiões de maior risco político e/ou áreas com infraestrutura precária ou maior risco geológico em prol de regiões que possam resultar em uma relação risco/retorno maior.

Outro fator importante, talvez mais evidente na supermajors europeias, tem a ver com as pressões para descarbonização dos seus portfólios e iniciativas para acelerar a transição energética. Muitas regiões ao sul do hemisfério (tanto na América Latina quanto na África), apresentam abundância de recursos naturais e áreas que favorecem projetos de energia renovável – principalmente para produção de hidrogênio limpo, energia solar, eólica e hídrica.

Como fica o Brasil neste contexto? O país possui excelentes condições para continuar atraindo novos investimentos das supermajors. Apesar de algumas incertezas no curto prazo, em função da transição de governo, o Brasil conta com expectativas de investimentos diretos e indiretos, na ordem de US$ 428 bilhões para os próximos 10 anos, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) – fruto de inúmeras reformas no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, nos últimos anos. Além disso, o país conta com uma abundância de recursos naturais e inúmeras possibilidades de geração de energia renovável, que podem garantir excelentes projetos de descarbonização para o portfólio das supermajors.

Por fim, a crise global de energia, além dos sinais de uma possível recessão nas maiores economias do mundo, ainda prevalece. Desta forma, governos precisam responder com políticas mais fortes a fim de garantir a segurança energética e acelerar a transição para fontes mais limpas. O momento oferece oportunidades incríveis para muitos países, em especial, para o Brasil. Contudo, é necessário que o país estabeleça diretrizes claras e objetivas para o setor, além de estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica – proporcionando, assim, um ambiente de negócios mais favorável a novos investimentos e uma relação risco/retorno superior aos seus pares no mundo.


Felipe Kury - ex-diretor da ANP – Agência Nacional de Petróleo e consultor independente.



Crédito pessoal vem como alternativa saudável ao empréstimo com garantia de bens

Fintech de crédito pessoal 100% online disponibiliza opções sem a necessidade de arriscar suas posses, inclusive para negativados


Os primeiros meses do ano são aqueles em que as pessoas ainda estão se organizando financeiramente, colocando as contas na ponta do lápis, procurando soluções para quitar as dívidas do ano que passou e os débitos que ainda vão chegar. Com as altas taxas de inadimplência – cerca de 78,9% das famílias estavam com dívidas em novembro de 2022, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens –, muitas famílias procuram um empréstimo para sair do vermelho e encontram diversas modalidades no mercado. 

Uma delas é o empréstimo com garantia de bens, um tipo de crédito no qual o banco (ou outra instituição financeira) empresta dinheiro e pede, como garantia, um bem do cliente em valor equivalente ao disponibilizado, como celular, carro ou imóvel. “Esta opção de crédito, especialmente para quem está negativado e precisando daquele respiro para conseguir organizar novamente as contas, pode ser vista como uma saída rápida e fácil de aprovar o crédito, já que tem uma contrapartida do solicitante, mas não é o único jeito”, afirma Rogério Cardozo, diretor-executivo da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online. Ele destaca que hoje, no mercado, existem outras opções para pessoas que não podem comprometer suas posses.  

Através de uma análise diferenciada, que vai além do sistema de aprovação baseado na tradicional consulta ao SPC e ao Serasa, a Simplic oferece crédito pessoal e possibilita facilidades no planejamento da quitação. A empresa tem como missão facilitar a aprovação de crédito e evitar constrangimentos para os clientes em um momento tão delicado, além de minimizar filas e tempo de espera para liberação do montante. A contratação e a avaliação de crédito podem ser feitas em alguns minutos, para que se receba o dinheiro em poucas horas. 

“Buscamos, através da análise, facilitar a aprovação do crédito, atendendo quem normalmente teria que recorrer a outras ofertas talvez menos interessantes, ou acabando não obtendo o crédito que necessita. Queremos ajudar a levantar, apoiar nosso usuário, sem que ele precise necessariamente colocar em jogo um ou mais bens", finaliza Rogério. 

Para oferecer os benefícios mencionados, a Simplic utiliza ferramentas como inteligência artificial, machine learning e big data na avaliação de dados dos usuários. Desde o início das operações, em 2014, a empresa já originou R 500 milhões em crédito pessoal.


Como detectar e prevenir uma ameaça interna

A cada dia que passa, ficamos mais dependentes de aplicativos e dispositivos para administrar nossas vidas, tanto dentro quanto fora do trabalho. Por causa disso, os dados estão em toda parte e há muitas lacunas pelas quais eles podem vazar, e qualquer um pode usá-los de forma inadequada. Somos condicionados a pensar que os vazamentos de dados vêm de estranhos invadindo nossos sistemas, mas nem sempre é esse o caso. 

Às vezes, os ataques cibernéticos mais mal-intencionados aos nossos dados vêm de dentro, na forma de uma ameaça interna. As empresas usam ferramentas como software de gerenciamento de eventos e informações de segurança (SIEM) para monitorar a atividade do usuário e ferramentas de autenticação multifator para fortalecer a segurança da conta e evitar ataques internos. 

Esse tipo de ataque não precisa ser necessariamente um funcionário atual ou parte interessada. Pode vir de um ex-empregador, membro do conselho ou qualquer pessoa que tenha acesso às informações confidenciais e privadas de uma organização. 

Ameaças internas ocorrem quando alguém próximo a uma organização tem acesso autorizado e o utiliza indevidamente para impactar negativamente informações ou sistemas críticos. 

As ameaças internas são mais difíceis de identificar e bloquear do que outros ataques. Mesmo se você estiver usando um software de gerenciamento de informações e eventos de segurança, um ex-funcionário usando seu login para invadir seu sistema não disparará os mesmos alarmes que um hacker de alto nível assumindo sua rede. 

Potenciais indicadores de ameaças internas 

Logins incomuns – fique atento a logins fora do horário de expediente e em locais estranhos;

Solicitações de acesso estranhas – cuidado com invasores maliciosos tentando acessar arquivos ou sistemas não autorizados;

Escalonamento de privilégios – observe se um funcionário tente aumentar seus privilégios para obter mais acesso a informações confidenciais;

Erros prejudiciais – isso envolve qualquer coisa, desde usuários abrindo contas pessoais em servidores corporativos, compartilhando credenciais para uma VPN e verificando e-mails usando um provedor terceirizado;

Demissão repentina – agentes internos que tentam sabotar a organização podem fazê-lo enquanto decidem sair.

 

Como prevenir ameaças internas 

As organizações podem definir políticas e procedimentos para mitigar ameaças internas e controlar danos caso ocorra um incidente infeliz. Abaixo estão algumas práticas recomendadas para ajudá-lo a se proteger contra ameaças internas.

 

Documentar e aplicar políticas e controles

Crie políticas sobre como os funcionários interagem com o ambiente de TI de uma organização e aplique-as. Confira algumas políticas padrão que as empresas devem estabelecer. 

- Regulamentos de proteção de dados

- Política de acesso de terceiros

- Política de gerenciamento de senha

- Política de monitoramento de usuários

- Política de gerenciamento de contas

- Política de resposta a incidentes

 

Realize uma avaliação de risco em toda a organização 

Uma avaliação de risco em toda a organização ajudará você a identificar ativos críticos, vulnerabilidades e perigos associados. Você pode priorizar medidas de mitigação e fortalecer sua infraestrutura de TI contra qualquer ataque cibernético ou ameaça interna com base na natureza dos riscos. Como também usar o software de gerenciamento de riscos de TI para proteger os dados de negócios contra todos os riscos associados a software e hardware.

 

Implemente práticas rígidas de gerenciamento de contas e acesso 

Os usuários devem ser desafiados a provar suas identidades não apenas digitando senhas, mas de várias outras maneiras. Você pode adotar um software de autenticação multifator para configurar mais desafios. Esses softwares precisariam que os usuários se autenticassem por meio de vários mecanismos, como autenticação biométrica ou digitando senhas únicas (OTP) para provar sua identidade.

 

Encontre agentes de risco e responda prontamente a atividades suspeitas 

Fique de olho nos sistemas de segurança e responda a qualquer atividade suspeita de acordo com seu plano de resposta a incidentes. É essencial monitorar e controlar o acesso remoto aos sistemas e garantir que você receba alertas por vários canais sempre que alguma atividade suspeita for detectada. Considere o uso de software de análise de comportamento de usuário e entidade (UEBA) para identificar padrões, monitorar comportamentos de usuários ou máquinas e notificar as partes interessadas em caso de qualquer atividade anormal.

 

Carlos Rodrigues - vice-presidente da Varonis Latam



SEGURANÇA PRIVADA E MONITORAMENTO – VALE A PENA O INVESTIMENTO?

A segurança é um aspecto crucial em qualquer ambiente, seja uma residência ou uma empresa.

Infelizmente, o número de crimes como assaltos, furtos e invasões tem aumentado nos últimos anos. Por essa razão, é essencial contar com medidas de segurança adequadas para proteger seu patrimônio e garantir a tranquilidade de sua família ou funcionários.

Uma das soluções mais eficientes para garantir a segurança da sua casa ou empresa é contratar uma empresa de monitoramento. Essas empresas oferecem uma série de serviços de segurança que vão desde a instalação de sistemas de alarme até o monitoramento remoto de câmeras de segurança.

Abaixo estão algumas razões pelas quais é importante contratar uma empresa de monitoramento: 

Prevenção de crimes: Uma das principais razões pelas quais as pessoas optam por contratar uma empresa de monitoramento é a prevenção de crimes. De acordo com dados do Atlas da Violência de 2021, o Brasil registrou uma média de 25 assassinatos por 100 mil habitantes em 2019, o que representa um aumento de 7,2% em relação a 2018. Além disso, os dados mostram que o país registrou 180.854 roubos de residências em 2019. Com a presença de sistemas de segurança, incluindo alarmes e câmeras, a probabilidade de um criminoso escolher sua casa ou empresa como alvo é reduzida.

Resposta rápida em caso de emergência: As empresas de monitoramento geralmente oferecem serviços de monitoramento 24 horas por dia, sete dias por semana. Isso significa que em caso de emergência, como um alarme disparado, a empresa pode entrar em contato com as autoridades imediatamente. Isso reduz o tempo de resposta das autoridades e aumenta a chance de os criminosos serem pegos em flagrante.

Maior tranquilidade: Saber que sua casa ou empresa está protegida pode oferecer uma grande tranquilidade. Isso permite que você se concentre em outras tarefas importantes sem se preocupar com a segurança do seu patrimônio.

Custos reduzidos: Embora a contratação de uma empresa de monitoramento possa parecer um investimento significativo, a longo prazo pode ser uma opção mais econômica. Em caso de roubo ou invasão, os prejuízos podem ser significativos e muitas vezes superam os custos de contratar uma empresa de segurança.

Dados do mercado de segurança também evidenciam a importância de empresas de monitoramento. De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE) em 2021, houve um aumento de 9% no faturamento do setor de segurança eletrônica em relação a 2019, totalizando um faturamento de R$ 7,7 bilhões em 2020.

Além disso, dados da ABESE também mostram que a presença de sistemas de segurança eletrônica reduz em até 85% a chance de invasões em residências e empresas.

Em suma, a contratação de uma empresa de monitoramento é uma medida essencial para garantir a segurança de sua casa ou empresa. Além de oferecer proteção contra crimes, invasões e até sequestros.

O artigo de hoje tem como objetivo trazer dados da economia do setor, como também mostrar a importância do investimento em segurança privada.

 

Jonathan Roger Linzmeyer - Diretor de Comércio Exterior da ACISBS – Associação Empresarial de São Bento do Sul. Empreendedor, Conselheiro e Relações Públicas
ljonathanroger@gmail.com


Mês da Mulher: Participação de mulheres em postos de liderança subiu 37% em 2022, aponta pesquisa

Juliana Frigerio conversando com um grupo de alunos.
(Imagem: Arquivo pessoal)
Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica da WorldEd School, alcança patamares internacionais e compartilhar e inspirar crianças e adolescentes 


Ao longo do tempo, as mulheres estão se destacando no mercado de trabalho, apesar de a desigualdade ainda ser alarmante, o gap diminui gradativamente. Segundo a 16ª edição do Global Gender Gap Index, a participação das mulheres em postos de liderança subiu de 33% em 2016 para 37% em 2022. Em alguns setores, as mulheres representam quase a metade dos cargos de liderança, como em ONGs e associações (47%), educação (46%), serviços pessoais e de bem-estar (45%). 

Entre os países ranqueados referente a paridade de gênero no estudo, os países escandinavos se destacam por alcançar a margem de 80%, liderando a Islândia (90,8%), seguido por Finlândia (86%) e Noruega (84,5%). O Brasil ocupa o 94º lugar entre os 146 países avaliados, com 69,6% de sua diferença geral de gênero.

“Por muitos anos, a mulher foi vista como incapaz de exercer funções que iriam além de cuidar do lar.  A partir do momento em que o mundo abriu oportunidades, começamos a ocupar cada vez mais espaço no mercado, mostrando que, assim como os homens, nós mulheres também somos competentes para atuar em qualquer função. Com a busca de mais qualificação junto a determinação, mulheres se tornaram donas de grandes empresas, presidentes de países, perante a sua luta histórica atrelada às suas habilidades, capacitação, segurança e excelentes resultados”, aborda Juliana Frigerio, Diretora Acadêmica da WorldEd School .

Grandes mulheres da história se destacaram em suas áreas de atuação devido à constância do aprendizado para reter mais conhecimento. Como no caso da Katherine Johnson, a matemática que ajudou a levar o homem à Lua e que mais tarde foi reconhecida pelos seus méritos no filme Estrelas Além do Tempo, de 2017, ou Marie Curie, primeira mulher a ganhar o prêmio Nobel duas vezes.  

Aos 45 anos, Frigerio acredita que para se destacar no mercado de trabalho, independente do gênero, é necessário ter uma boa educação. Por isso, hoje atua com a WorldEd School , rede americana de alcance internacional, para levar um ensino de qualidade aos jovens de todo o mundo. A escola com sede na Flórida/EUA está presente em 4 continentes: América, Europa, Ásia e África e proporciona ao estudante a formação com Duo Diploma - no currículo do seu país de origem e o currículo americano - que pode ser usado em universidades. 

A educação permite explorar novas oportunidades e anula as limitações de ir em busca de um objetivo, quebrando barreiras e paradigmas. Hoje, Juliana Frigerio conquistou o seu espaço como mulher, mãe e profissional. Com uma carreira sucedida na WorldEd School ela vem alcançando a visibilidade internacional, como, por exemplo, ao se tornar colunista da Magisterio - maior portal de educação da Espanha. 

O mundo da educação é um reflexo de ações realizadas pelo público feminino. De acordo com dados do Censo Escolar 2022, realizado pelo Inep mostrou que na educação infantil, elas são praticamente a totalidade de quem educa: 97,2%, nas creches e 94,2%, na pré-escola. No ensino fundamental, as mulheres são 77,5% dos 1,4 milhão de docentes. E no médio, elas representam 57,5% do total de 545.974 em todo o país.   

“Por vezes que surgiram adversidades por eu ser mulher, não olhei para essa questão, e sim para a limitação da pessoa que me tratou diferente por eu ser mulher. Comecei a trabalhar como professora substituta numa escola americana no Brasil e percebi as oportunidades que o currículo dos Estados Unidos oferece aos alunos, foi aí que decidi o meu novo horizonte. Impulsionada por isso, queria e quero construir algo para o mundo, algo que eu pudesse conectar o mundo de uma forma positiva”, finaliza a Diretora Acadêmica da WorldEd School .



Circos voltam a brilhar ao ganhar destaque na imprensa como opção de negócio e lazer

Crédito: Adriano Escanhuela
Histórias, personagens, além da inauguração do Mundo do Circo SP viraram insumo para a Pridea Comunicação emplacar reportagens na grande imprensa com o objetivo de movimentar o setor 

 

Três anos após o início das restrições sanitárias provocadas pela pandemia de Covid-19, vários setores começaram o movimento de retomada, entre eles, o circo. Embora o ambiente virtual tenha sido refúgio de muitos artistas, a natureza dessa arte pede a presença do público, com suas gargalhadas, suspiros de surpresa, gritos de euforia combinados com o jogo de luzes e aquele cheiro de pipoca. No entanto, outras atrações culturais vinham disputando com o circo o interesse da população. Para despertar nas pessoas a vontade de estar sob as lonas novamente, a comunicação com a imprensa foi essencial. E a inauguração  em dezembro do Mundo do Circo SP, equipamento cultural do governo do Estado de São Paulo, gerido pela organização social Amigos da Arte, foi o momento certo para essa reconexão com o público. Foram R$ 14,4 milhões de investimento para ocupar um espaço permanente de mais de 10 mil m² do Parque da Juventude, na Zona Norte de São Paulo.

Assim, a Pridea Comunicação, responsável pela área de digital e PR da Amigos da Artes, valeu-se da experiência de mais de 16 anos no setor cultural para desenvolver uma estratégia de imprensa com a finalidade não só de conquistar espaço na mídia, mas também transformar a realidade do setor. Dessa forma, divulgou programações e histórias sobre os bastidores do circo e seus artistas, sensibilizando o público e trazendo à tona a memória afetiva relacionada a essa arte tradicional, além de levar informações para produtores culturais, artistas e empresários, gerando assim oportunidade de novos negócios e empregos para os mais de 9 mil artistas e quase 700 circos do País.  

E foi dessa forma que a Pridea conseguiu, durante mais de dois meses, emplacar matérias diariamente na grande imprensa e nas mídias regionais, tanto em TVs, rádios, blogs quanto também em jornais e revistas impressos com as mais diversas abordagens. Além da gratuidade dos eventos do Mundo do Circo SP nos primeiros meses, ainda havia a possibilidade de falar a respeito dos investimentos, da arte como negócio a partir do novo espaço, de políticas públicas culturais e dar palco para as narrativas dos envolvidos na arte circense. Esses temas permearam as mais de 170 reportagens veiculadas no mercado do circo.

Crédito: Adriano Escanhuela

"O relacionamento próximo com os jornalistas de cultura e cidades torna a notícia sempre mais confiável. Dessa forma, não sugerimos só a pauta, mas acabamos participando da produção, apontando bons personagens, fontes diversas e, no caso de TVs, espaços e programações interessantes para captação de imagens", diz Danielle Vieira, assessora de imprensa responsável pela conta.

Para alcançar esse propósito, a agência utiliza o Content Tech, método que alia tecnologia para adotar narrativas diferenciadas e, assim, endereçar aos mais diversos públicos, tanto entrando em conversas já iniciadas quanto criando novos debates. “Não é de hoje que a tecnologia e a comunicação são aliadas, mas é a inteligência aplicada nessa aliança que faz a diferença nos resultados. Nosso time atua para transformar dados em diálogos efetivos com diferentes públicos, a partir de uma visão extremamente particular que nos permite empreender conversas verdadeiras, impactando e transformando realidades”, afirma o CEO da Pridea Comunicação, Pedro Issa. 

A comunicação como instrumento transformador é reconhecida pelo setor circense. Segundo Marlene Querubin, presidente do Circo Spacial e da União Brasileira de Circos Itinerantes, a imprensa modifica realidades.  “Todos estes artistas ficaram parados durante a pandemia. Tivemos a pior crise do circo nos últimos 100 anos devido ao Coronavírus. É fundamental ter este estímulo da imprensa para chamar de volta o público para a nossa programação”, conta. Em maio de 2021, segundo a empresária, São Paulo possuía 127 circos e, aproximadamente, 1.734 integrantes. No Brasil, levantamento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), de 2020,  aponta a existência de 696 circos, com 9.744 artistas contabilizados.



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