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sexta-feira, 30 de abril de 2021

Como manter o relacionamento com os clientes mesmo de portas fechadas?

A comunicação é a peça fundamental para garantir um bom relacionamento com os clientes. Com a pandemia e o isolamento social, ela se torna ainda mais importante para garantir a sobrevivência de qualquer negócio. Neste cenário, existe uma ferramenta extremamente poderosa capaz de auxiliar a manter esse relacionamento próximo mesmo com as portas fechadas: a tecnologia.

Em um mundo marcado pela transformação digital, os consumidores também se adaptaram e se tornaram entusiastas dessas novas possibilidades. Segundo uma pesquisa conduzida pela KPMG, o perfil do consumidor se tornou mais consciente, reflexivo, seletivo e disposto a economizar. Nos dados divulgados, 68% disseram priorizar a confiança com a marca, 71% segurança pessoal e, 73% facilidade na compra.

Para acompanhar um consumidor tão moderno e manter um relacionamento próximo com ele em meio ao distanciamento social, somente a tecnologia é capaz de permitir que as empresas identifiquem em quais canais seus consumidores se encontram para, a partir disso, entender a melhor maneira de se comunicar com eles.

As empresas podem experimentar as mais diversas plataformas e criar canais online de comunicação e divulgação ágeis e velozes. Além dos meios mais comuns, como as redes sociais, muitas organizações estão apostando em grandes avanços como os bots – os famosos robôs usados, em sua maioria, para otimizar e trazer maior assertividade ao processo de atendimento eletrônico ao cliente.

Quando utilizadas em conjunto, essa versatilidade proporciona uma maior abrangência, uma comunicação fluida e direta entre as partes e, principalmente, a possibilidade de ouvir as opiniões dos clientes sobre seus produtos e serviços. O feedback é uma ferramenta riquíssima para que seja possível analisar o que está dando certo e o que pode ser aperfeiçoado.

Não há dúvidas de que a tecnologia é a melhor ferramenta para garantir um relacionamento próximo com os clientes. Contudo, é importante ressaltar que ela não deve ser uma estratégia isolada para essa finalidade.

Em conjunto com essas ferramentas, as empresas devem investir em um time capacitado que entenda quem são seus clientes, suas dores, preferências e necessidades. O Customer Centricity, do inglês “cliente no centro”, mostra ao cliente que ele é importante para sua empresa e que o seu sucesso depende do sucesso dele.

Se o seu negócio está enfrentando dificuldades em manter um relacionamento próximo com os consumidores, a grande dica é buscar se manter à disposição por meio das mais diversas plataformas online. Personalize o atendimento, contrate profissionais apaixonados e apaixonantes e, faça o que for preciso para estar com o seu cliente. Precisamos de um senso de urgência em meio a este cenário, mas acima de tudo, precisamos ser únicos e muito eficientes.

 


Karina Coelho - Head de Customer Success na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 https://www.pontaltech.com.br/


Professor da São Judas fala sobre Direitos Trabalhistas que ainda não são respeitados em sua totalidade

 O advogado e professor do curso de Direito aponta premissas básicas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) 


No Brasil, o 1º de maio, Dia do Trabalhador, é comemorado oficialmente desde 1924, período em que os movimentos trabalhistas ganhavam muita força. Em quase 100 anos de história, muitas coisas já mudaram, inclusive com a garantia dos direitos dos trabalhadores a partir da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), em 1943, mas ainda acompanhamos situações e relatos de pessoas em situações inadequadas de trabalho. Para esclarecer a população sobre seus direitos de trabalho, o professor de Direito, Sérgio Braga, traz algumas informações com base na CLT.    

Segundo o Professor Sérgio Braga, Coordenador do Curso de Direito da Universidade São Judas, além da CLT, algumas profissões têm particularidades em relação aos direitos. “Todo trabalhador possui direitos que são garantidos não apenas pelas Lei Trabalhista – a famosa CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, mas também nas convenções coletivas das categorias e, principalmente, na Constituição Federal”. 

Pedimos ao Professor Sérgio Braga para que elencasse os principais direitos que todos os trabalhadores possuem e que, nem sempre são divulgados ou respeitados. 


CARTEIRA DE TRABALHO 

A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) é o documento obrigatório para toda pessoa que preste algum tipo de serviço para outras pessoas. Nela são registradas todas as informações da vida profissional do trabalhador, que servem de base para que ele tenha acesso aos direitos trabalhistas, comoseguro-desemprego, FGTS e benefícios previdenciários, entre outros. 


JORNADA DE TRABALHO E HORA EXTRA 

Pela Constituição Federal, carga horária semanal máxima do trabalhador é de 44 horas semanais e 8 horas diárias. Qualquer trabalho acima das 44 horas semanais deve ser considerado e remunerado como hora extra. As horas extras devem ser pagas com adicionais que variam de categoria para categoria conforme a convenção coletiva. Em regra, a hora extra corresponde a no mínimo 50% do valor da hora normal de trabalho. Ou seja, se a hora normal do trabalhador, por exemplo equivale a 10 reais, a hora extra será de 15 reais. 

O empregado não é obrigado a fazer hora extra, a não ser em caso de força maior ou dentro de limites, quando houver real necessidade. Para exigir horas extras, deve ser assinado acordo entre as partes ou uma norma coletiva. O valor da hora extra também é superior: a empresa deve pagar 50% a mais que a hora normal.


FÉRIAS REMUNERADAS 

Após completar um ano com registro em carteira, o trabalhador ganha o direito a um período de férias remuneradas por um período de 30 dias corridos. Você sabia que a decisão sobre quando o empregado poderá tirar as férias é do empregador? Contudo, elas devem ser agendadas em até 12 meses. Se a empresa não der férias nesse período tem que pagar em dobro. 


ALIMENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA MÉDICA 

Você sabia que vale-alimentação ou vale-refeição, assistência médica e assistência odontológica não são obrigações legais da empresa, mas podem estar na convenção coletiva? 


AVISO PRÉVIO 

Em caso de demissão sem justa causa ou pedido de demissão pelo trabalhador, é necessário que a outra parte seja avisada com 30 dias de antecedência. Trabalhadores há mais de um ano na empresa, deverão acrescentar três dias ao período por cada ano trabalhado, podendo chegar ao máximo de 90 dias (trabalhadores empregados há 20 anos). 


ADICIONAL NOTURNO 

O trabalho em período noturno deve ter remuneração 20% maior. Você sabia que é considerado período noturno o trabalho entre as 22h de um dia até as 5h do dia seguinte. 


DESCANSO SEMANAL REMUNERADO 

Você sabe o que é o DSR? é a sigla para o Descanso Semanal Remunerado. Todo trabalhador(a) que cumpre sua jornada integralmente sem atrasos ou faltas injustificadas, têm direito a pelo menos um dia de descanso toda semana e recebe pelo dia não trabalhado. 

Esse descanso deve ser obrigatoriamente aos domingos? O Artigo 67 da CLT determina que o Descanso Semanal ocorra preferencialmente aos domingos, não é algo obrigatório. Para não conceder folga aos domingos, a empresa precisa de autorização do Ministério do Trabalho ou previsão em convenção coletiva. Havendo autorização, os trabalhadores podem ter suas folgas durante a semana. 


Quinze minutos de atividade física trazem benefícios para saúde mental

Pessoas são os maiores ativos de uma organização


Existe organização sem pessoas? Não. Elas são, portanto, o maior patrimônio de qualquer empresa. Quando os colaboradores são valorizados, existe uma real troca de conteúdo e não apenas de palavras. É preciso que os líderes adotem práticas como o diálogo aberto e o compartilhamento de condutas e crenças, criando, assim, um espaço onde cada ser humano seja estimado pelo que é.

Ou seja, as pessoas devem se sentir livres para levantar questões e ponderar ideias que ajudem a equipe a atingir suas metas.

 

Gestores, por sua vez, precisam ir além dos resultados financeiros. Hoje, mais do que nunca, empresas com negócios baseados em ESG (Environmental, Social and Governance) são mais bem vistas pelo mercado. A área de responsabilidade social diz respeito, justamente, às práticas como pluralidade e inclusão, cultura corporativa, direitos humanos, saúde e bem-estar dos colaboradores. Mais do que nunca, líderes precisam estar cientes de que o comprometimento com as condutas sociais, ambientais e de governança precisa ser algo genuíno. E é preciso dizer que isso hoje é mensurável. Já não basta mais implantar programas sustentáveis apenas para “fazer bonito”. E tudo começa no entendimento de que a autoridade não se expressa pela hierarquia, mas sim pelas orientações que são compartilhadas com a equipe.

 

De fato, a comunicação aberta e horizontal tem um impacto transformador e cria uma cultura positiva de engajamento. Na S.I.N. Implant System, temos provas recentes disso. Em 2020, ano muito difícil em razão do surgimento da covid-19, havia alguns possíveis caminhos para nossas ações frente à instabilidade econômica que nos afrontou. Mas logo que a pandemia chegou, tivemos como prioridade absoluta a proteção dos nossos colaboradores. E nosso público interno respondeu com resultados muito expressivos para os negócios da S.I.N.

 

Posso afirmar que existe um círculo vicioso sempre que temos colaboradores engajados. Essa é a receita mais eficaz de se atingir metas e ter sucesso. E atingir objetivos reforça ainda mais essa entrega, porque as pessoas têm consciência plena de que fizeram a diferença para alcançar o sucesso.

 

No mais, vale lembrar que investir no capital humano é forma mais genuína para se reter talentos. E é assim que se cria uma atmosfera de trabalho saudável, com o cenário ideal para assertividade, melhoria contínua e crescimento de market share.

 

Imagine sempre a empresa como se fosse uma maratona. Colaboradores valorizados tendem a competir com prazer, ultrapassar concorrentes e cruzar a linha de chegada entre os primeiros, tendo destaque no pódio.

 

Acima de tudo, é preciso entender que cada ser humano, com suas habilidades, conhecimentos e background, é de um valor inestimável na construção do futuro da empresa. Como disse Franklin Roosevelt: “Um bom líder não pode ir muito longe dos seguidores”.

 

 


Fernando Henriques - diretor financeiro da S.I.N. Implant System

www.sinimplantsystem.com


Mais de 300 entidades pedem a correção na pesquisa ambiental de SP

"Estão sendo sacrificadas três centenárias e respeitáveis instituições científicas paulistas”, diz Carlos Bocuhy, presidente do Proam.

 

O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) encaminhou ofício ao governador de São Paulo, João Dória, com uma moção assinada por 350 entidades ambientais, deputados estaduais e federais, vereadores, pesquisadores científicos e professores universitários, pedindo uma correção nos rumos da pesquisa ambiental no Estado. O objetivo da iniciativa é a manutenção integral das atividades de pesquisa científica e da identidade dos institutos de Botânica, Florestal e Geológico, extintos por iniciativa do governo paulista, com o argumento da necessidade de redução de gastos devido à pandemia. 

“Estão sendo sacrificadas três centenárias e respeitáveis instituições paulistas, o Instituto Florestal, já extinto pela Lei 17.293/2020, e os institutos Geológico e de Botânica”, afirma Carlos Bocuhy, presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam). “Essas entidades são responsáveis pela geração de conhecimento em matéria ambiental, especialmente no que se refere à conservação de áreas protegidas, além de serem economicamente autossuficientes”. 

No lugar dos três institutos centenários, está sendo criado um “novo” instituto de pesquisa, “uma aventura administrativa que coloca em risco a qualidade ambiental do Estado de São Paulo, mirando as áreas protegidas apenas sob a ótica de possibilidades de negócios”, afirma Bocuhy.

"Trata-se de uma "reorganização" administrativa sem planejamento e sem estudos prévios, que ameaça  a continuidade de inumeráveis pesquisas científicas importantes e passível de gerar perda do patrimônio cientifico dos Institutos”, afirma Medeleine Hutyra, advogada especializada em Direito do Estado. 

As mudanças estão sob o comando da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima) de SP. O ofício e a moção destacam o prejuízo para “o patrimônio ambiental público paulista”, ao transferir as atribuições de pesquisa para a nova instituição a ser criada e o manejo das áreas protegidas sob responsabilidade do Instituto Florestal e do Instituto de Botânica para a uma fundação, desvinculando o manejo das áreas protegidas e a produção florestal da pesquisa científica. 

“Na forma apresentada (pelo governo), causará a desestruturação da pesquisa científica ambiental do Estado de São Paulo, ao transformar cerca de 50 Núcleos e Seções de Pesquisa em somente quatro núcleos, o que ocasionará, caso a proposta seja implantada, a total perda da identidade e a desestruturação completa das atividades de pesquisa, desconsiderando sua regionalização, resultando em evidente retrocesso histórico e científico”, diz o documento enviado ao governador Dória. 

" É um impacto negativo incomensurável sobre o centenário e histórico patrimônio cientifico paulista", afirma Yara Schaeffer-Novelli, professora sênior da Universidade de São Paulo (USP), concluindo que “serão desorganizadas e desestruturadas as estruturas de pesquisa não somente administrativas, peculiares a cada um dos três institutos de pesquisa, além de afetar duramente a continuidade de trabalho dos servidores públicos”. 

As mudanças estão sendo feitas sem mecanismos eficientes de participação social e transparência sobre o sistema de meio ambiente estatal, afirma o ofício. Para Maria Inez Pagani, professora da Universidade Estadual Paulista (Unesp), “o conhecimento científico produzido sobre a rica sociodiversidade nas áreas protegidas pelos pesquisadores das universidades do Estado de São Paulo, Brasil e estrangeiros só foi possível com a infraestrutura disponibilizada e parcerias dessas Instituições com os Institutos Florestal, Geológico e de Botânica”. 

O Instituto Florestal (IF) é uma das instituições ambientais mais antigas do Brasil. Atuante desde 1896, teve papel marcante na conservação, na pesquisa, na produção e no desenvolvimento florestal com espécies exóticas, influenciando ações e políticas de âmbito nacional.


Fragilidades no sistema de atendimento em farmácias deixam clientes falando sozinhos


Divulgação
Levantamento aponta que 60% das ligações realizadas por consumidores não são atendidas no segmento farmacêutico


O bom atendimento ao cliente sempre foi muito importante para o sucesso de um negócio, mas, nos últimos tempos e, principalmente, com as transformações das relações de consumo experimentadas em 2020 por conta da pandemia, o que fica cada vez mais claro é a preferência dos consumidores por marcas que prezam pelo atendimento eficiente de seus clientes. Pesquisas globais indicam que 80% das companhias que registraram crescimento em 2020 aumentaram também o investimento no uso de soluções de inteligência analítica durante o ano. E são justamente essas soluções que podem ajudar as empresas a resolverem alguns gargalos e fragilidades. No segmento farmacêutico,  levantamentos apontam que 60% das ligações realizadas por consumidores para as farmácias são perdidas. 

Um levantamento realizado pela PhoneTrack, startup paranaense especializada em call tracking e speech analytics que atende o setor, indicam que das 360 mil ligações analisadas nos últimos 90 dias, 217 mil acabam perdidas. As razões para isso, na maior parte das vezes são porque a linha está ocupada ou não há ninguém para atender. Deste total de ligações analisadas, 142 mil são de novos clientes, o que mostra o quanto esses estabelecimentos estão deixando de vender ou fidelizar com esse tipo de falha no atendimento. 

De acordo com Márcio Araquam, Diretor de Vendas da  PhoneTrack, fazer o monitoramento de ligações recebidas já se tornou uma estratégia fundamental para empresas que se preocupam em oferecer a melhor experiência possível para o seu cliente. "Os hábitos dos consumidores vêm se alterando e o telefone voltou a fazer parte da jornada de compra das pessoas. Muitas empresas e segmentos ainda não atentaram para isso, que é preciso oferecer um atendimento eficiente não apenas pelo site, chat ou Whatsapp, mas também estar disponível e preparado para atender bem pelo telefone. Outra falha é não levar em consideração o perfil do cliente. Idosos, por exemplo, não gostam de ser atendidos pelo WhatsApp, preferem a conversa direta com um atendente do outro lado da linha.

Estudos e relatórios focados na qualidade do atendimento ao cliente apontam que empresas que estão, agora, investindo em inteligência artificial e analytics vão se destacar no mercado nos próximos cinco a dez anos. Isso porque, segundo Araquam, garantir um atendimento eficiente não se resume a oferecer múltiplos canais, mas sim fazer a integração entre todas as opções. "A experiência do cliente precisa ser fluida, contínua, sem que ele precise ter que começar do zero a todo momento. A pandemia evidenciou ainda mais essa lacuna, uma vez que a demanda por atendimento conversacional e focado no relacionamento com o cliente acelerou a um ritmo vertiginoso", completa.

Recente relatório da PwC mostra que 80% dos clientes brasileiros colocam hoje a velocidade, conveniência e proatividade do atendimento como fatores decisivos para se manterem fiéis no consumo de uma marca. "Se o seu cliente liga para você e não é atendido e, ainda pior, ninguém retorna de volta para recuperar essa lacuna, certamente, esse será um cliente perdido", adverte Araquam. E se boa parte das empresas já estava em débito com o consumidor quando se trata de atendimento, a pandemia e o home office só pioraram as coisas. As organizações e estabelecimentos não estavam preparados para colocar seus atendentes trabalhando de casa com estrutura e recursos que pudessem garantir qualidade e agilidade no atendimento. "O que parece simples para o consumidor, fazer uma ligação e ser imediatamente atendido para resolver a sua necessidade, tornou-se ainda mais complicado", afirma o Diretor. Marcio defende que o cenário exige rápida adaptação e a adoção de tecnologias que ajudem as marcas a monitorar o seu desempenho no atendimento ao cliente, para que a qualidade e excelência sejam uma busca constante e sempre aprimoradas. "O sucesso e liderança estão reservados para aqueles que garantirem a melhor jornada de relacionamento com o cliente", finaliza.


Gastos em condomínios aumentam mais de 20% em 1 ano de pandemia

 Administradora digital Condofy relaciona alta a uso mais intenso de interfones, campainhas e elevadores


A pandemia impactou todos os aspectos da nossa vida, desde o social ao profissional, e as medidas para conter o avanço da Covid-19 levaram as pessoas “de volta para casa”. Literalmente. Com o home office, o isolamento social e o confinamento, os moradores precisaram se adaptar para passar mais tempo em casa. Essa nova realidade fez com que as instalações dos condomínios fossem mais utilizadas. Segundo a administradora digital Condofy, houve um aumento no uso de interfones, campainhas, e elevadores, o que gerou alta na demanda por manutenção predial aumentando, assim, alguns gastos. 

“Com a pandemia passamos a pedir mais delivery. Com isso, as entregas dispararam, assim como o uso do interfone, por exemplo. Estar mais tempo no condomínio também significa usar mais as áreas e instalações comuns, água e energia elétrica”, afirma Bruno Cordeiro, CEO da startup. Um levantamento da Secovi-SP confirma isso: o Índice de Custos Condominiais na Região Metropolitana de São Paulo registrou alta de 7,99% na variação acumulada em 12 meses (fevereiro de 2020 a janeiro de 2021). No mesmo período, a manutenção de equipamentos acumulou alta de 25,71% e os valores com conservação e limpeza, 22,60%. 

Além dos custos, os condomínios registraram mais problemas com ruídos de vizinhos, barulho de obras e outras reclamações. Por se tratar de um momento delicado também financeiramente, com muitas famílias impactadas por reduções no salário ou desemprego, a inadimplência se tornou um receio. Para se antecipar a isso, Cordeiro afirma que a Condofy auxiliou os condomínios que administra a adotarem medidas preventivas, como o uso do fundo de reserva para melhorias necessárias nesse momento e aprovação de cotas extras para evitar a inadimplência e manter as contas condominiais sem aumento de taxas.

"Durante alguns meses havia a expectativa de não saber ao certo como as coisas ficariam e como as pessoas iriam se comportar com tudo que estava acontecendo. Hoje, os prédios onde a Condofy atua já aceitam essa nova realidade e adotaram medidas permanentes, como fazer reserva para o uso das áreas comuns como piscinas e academias e limitar o número de pessoas para determinados espaços”, revela. 


Obras nos apartamentos

Além das questões de condomínio, o confinamento também implicou na adaptação da casa para trabalhar e estudar. Isso levou ao aumento de obras dentro das casas. Segundo a Condofy, houve uma alta de 20% no número total de obras realizadas por seus clientes nos últimos seis meses. 

Cordeiro afirma que, nos prédios que a startup atende em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, os principais pontos de manutenção foram para infraestrutura ligada à tecnologia e a transmissão de dados - já que, para conseguir trabalhar remotamente, a primeira coisa que os moradores precisaram se preocupar foi em aumentar a velocidade da internet. 

"Foram poucas as obras de reforma de estrutura, com quebra de paredes, por exemplo. A maioria foi mesmo com adaptações na parte elétrica, imobiliária, infraestrutura nos canais de energia e internet. Estamos mais em casa, então é preciso fazer com que tanto o lar quanto o condomínio se tornem mais prazerosos para que possamos enfrentar as dificuldades desse momento da melhor maneira possível", completa e finaliza o especialista.

 



Bruno Cordeiro - Formado em Administração de Empresas e com MBA em Project Management pela FGV, Bruno Cordeiro é founder e CEO da Condofy, plataforma digital de gestão de condomínio criada após sua experiência como síndico do prédio onde morava. O executivo conta com passagens por empresas multinacionais de grande porte. Trabalha há mais de 20 anos no mercado de tecnologia em projetos de Inteligência Artificial, design de processos de negócios e análise avançada, entre outros. Bruno acredita na modernização da administração de condomínios através de um serviço digital que pode gerar praticidade, economia e sustentabilidade. 


Cinco evoluções no mercado trabalho impulsionadas pela pandemia que vieram para ficar


O mercado de trabalho está em constante evolução, e se adaptar a essas mudanças é  extremamente necessário. Um ano após o início da pandemia, tenho notado um fenômeno interessante: alguns modelos de trabalho e modos de gestão, que têm proporcionado enormes benefícios tanto para as empresas quanto para os funcionários, se difundiram rapidamente e, ao que tudo indica, não são mudanças passageiras.

Ao contrário do que víamos antigamente, as organizações estão tendo que se adaptar e deixar de encarar essas mudanças como algo temporário – mas sim como estratégias que, se implantadas de maneira eficiente, podem contribuir para todo o funcionamento e produtividade do negócio. Dentre elas, destaco 5 tendências que mais tenho visto nas organizações:


#1 Trabalho remoto, full home office e home office

Tanto o trabalho remoto (quando o colaborador  tem total flexibilidade do local de trabalho, podendo inclusive escolher alguns dias da semana para estar presente no escritório) quanto o full home office (100% da jornada de trabalho em casa) e o home-office (parte da jornada de trabalho em casa e parte no escritório), estão liderando com grande vantagem essa lista de maiores evoluções. Além de terem uma enorme popularidade entre os praticantes, tem sido possível notar o aumento da produtividade e a possibilidade de contratar profissionais de diferentes regiões e até de outros países. Em uma pesquisa feita pelo Runrun.it – empresa provedora de software que é um gerenciador de tarefas - 81,5% dos entrevistados disseram que gostariam de trabalhar em dias alternados (presenciais e remotos). Ainda segundo esse estudo, 57,5% das empresas esperam continuar trabalhando de forma 100% remota.


#2 Melhora da comunicação

A comunicação informal foi drasticamente transformada e consolidada, ampliando os pontos e a frequência de contato entre os profissionais, o que foi extremamente importante para o fluxo de trabalho. Graças a ferramentas de comunicação como o Slack e o Zoom, a distância gerada pelo isolamento social não impossibilitou as empresas de manterem uma comunicação clara e próxima entre líderes e equipes. Muito pelo contrário! Em alguns casos, terminou obrigando os times a se manterem atualizados e informados para que todo o processo fluísse mesmo que a distância. No RH,  inclusive, surgiu um termo sobre essa tendência: o engajamento virtual dos times. Posso dizer que ainda estamos em uma fase de testes, mas vejo com clareza que muitas ações e procedimentos presenciais, antes tão comuns, mas não tão eficientes, logo serão extinguidos.


#3 Flexibilidade e equilíbrio

Trabalhar em casa nos proporciona uma grande flexibilidade de realizarmos nosso próprio horário, principalmente por não termos que nos locomover até a sede da empresa. Apesar disso, é preciso ter um grande cuidado para que isso não acabe sobrecarregando o dia a dia e, torná-lo em sua maioria, dedicado unicamente ao trabalho. É necessário estabelecer um equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal, separando parte do dia para atividades de lazer e descanso, que proporcionem bem-estar e mantenham nossa saúde física e mental. O que antes era mais difícil de ser visto, ou seja, jornadas de trabalho mais flexíveis – especialmente em empresas mais tradicionais – hoje se tornou a realidade de muitos profissionais nesse momento de isolamento social, onde os profissionais que usufruem desse “benefício” dificilmente irão abrir mão disso após essa conquista.


#4 Infraestrutura

Ter uma infraestrutura de tecnologia de qualidade, antes mesmo da pandemia, já era um fator indispensável para o bom funcionamento das empresas, principalmente àquelas que já atuavam no ambiente online. Com a pandemia, essa necessidade se tornou uma das principais preocupações das organizações para continuar garantindo o desempenho das atividades e as entregas de produtos e serviços. Não por acaso, as empresas precisaram acelerar seus investimentos em plataformas digitais mais estáveis e seguras, além daquelas que precisaram de fato fazer a transformação digital ser uma nova realidade na operação. Aliado a isso, as empresas também precisaram proporcionar melhores condições de trabalho remoto com infraestruturas mais robustas de VPN e auxiliando, por exemplo, em pacotes de internet para os funcionários e ajudando a prover, inclusive, infraestrutura física, como melhores computadores, mesas e cadeiras de trabalho.. Essas demandas de infraestrutura foram aprendizados que as empresas levam consigo para um cenário futuro, onde a necessidade para atender esse público será algo constante.


#5 Digitalização dos processos internos

Muitos processos altamente burocráticos e predominantemente manuais tiveram que ser adaptados e digitalizados com a pandemia. Empresas mais tradicionais e que não nutriam um mindset - modelo mental - voltado para a digitalização desse tipo de processo, sofreram mais na pandemia. Por isso mesmo, empresas que oferecem soluções que prometem a redução da burocracia e a simplificação de processos, como é o caso de muitas startups, estão registrando um crescimento vertiginoso, mesmo em um cenário desafiador como esse.

Por fim, quero enfatizar que todas essas evoluções que pontuo estão interligadas. Sem comunicação, os times não conseguem funcionar. Sem flexibilidade e equilíbrio, as pessoas não terão saúde física e mental. Sem infraestrutura, não há como trabalhar e prover produtos e serviços de forma eficiente e eficaz. Portanto, em conjunto, elas representam ganhos que o mercado teve e terá ao longo do último ano e, principalmente, nesse ano e nos próximos que estão por vir, se consolidando como tendências que vieram para ficar. No entanto, digo com toda a certeza que elas não serão as únicas. O mundo vive em constante evolução, assim como o mercado de trabalho. E aí? Na sua opinião, qual será a próxima grande evolução?




Igor Trisuzzi- Consultor Sênior da Yoctoo e formado em Administração de Empresas pela FEA USP. Possui mais de 5 anos de experiência na área de recrutamento especializado, com certificação internacional em Coaching pela SLAC, tendo atuado não só em consultorias, mas também na área interna de Recursos Humanos de multinacionais de tecnologia.

https://www.yoctoo.com/pt


Dia das Mães é digital: confira dicas para valorizar a experiência do cliente com sua marca

 Neste ano, a tendência é manter o crescimento no ambiente digital, focado na experiência da compra online que pode ser cada vez mais humanizada e empática

 

Chegamos a mais um Dia das Mães durante a pandemia, a segunda data mais importante para o varejo nacional, atrás apenas do Natal. Com as medidas de isolamento social, neste ano, a tendência de 9 de maio se confirma: o Dia das Mães é digital e a compra dos presentes para as mães deve acontecer, majoritariamente, pela internet. A expectativa é de crescimento de 18% nas vendas online em relação ao ano passado. Segurança, comodidade e conforto explicam esse crescimento do mercado digital.

De acordo com a pesquisa da Neotrust/Compre&Confie, as vendas no varejo digital das micro e pequenas empresas renderam uma alta de 118% no faturamento, entre fevereiro e agosto de 2020. O e-commerce geral do ano registrou 301 milhões de compras, um aumento de 68,5% em relação a 2019. Segundo o gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae, Enio Pinto, ser digital não significa ser impessoal. Por isso, os donos de micro e pequenos negócios devem investir cada vez mais na humanização das marcas.

“Vender produtos online é muito mais do que oferecer uma solução: o empreendedor precisa investir na experiência do cliente com a sua marca. Sobretudo no Dia das Mães, que é uma data tão simbólica para os brasileiros. Os negócios que se dedicarem às experiências terão sucesso, pois asim como nas lojas físicas, no universo online todos os sentidos podem ser explorados. Visualmente com fotos bonitas, sonoramente com a criação de playlists para a loja online ou para as redes sociais, cheiros, cores e sabores na entrega dos produtos. É possível criar uma experiência de encantamento nas compras online”, indica Enio.

O gerente de relacionamento com o cliente do Sebrae elaborou cinco dicas práticas para você aplicar no seu negócio e melhorar a experiência da sua marca no universo digital. Confira a seguir:


1 – Personalize a experiência com sua marca

Além do produto que você entrega, é possível levar inovação na experiência de compra, pequenos diferenciais geram encantamento e fidelização nos clientes. Quando o cliente deixa de ir à loja física, a experiência com a compra precisa ser incrível. Todos os sentidos podem ser explorados. Por exemplo, se você tem uma loja de roupas, vale a pena investir na criação de um cheiro único que represente sua marca. Faça um design para suas embalagens, de forma que a entrega seja humanizada, com recados no nome do cliente, mensagens que ensinem como usar o produto ou mesmo que incentivem o compartilhamento nas redes sociais.


2 – Promova uma compra fluída, esteja 100% online

Use todos os canais online possíveis para atender seu cliente. Redes sociais como o Instagram, funcionam como uma espécie de vitrine, onde você expõe produtos e atrai a pessoa para a compra. Quando for questionado sobre preços dos produtos na rede, informe de imediato. Não crie barreiras, quanto menos cliques o cliente der até chegar ao produto, melhor. É importante que a venda e o pós-venda também ofereçam suporte. Um excelente recurso para isso é o Whatsapp Bussiness, que dispõe de ferramentas como respostas automáticas e chat instantâneo para sanar dúvidas, oferecer informações de trocas, entre outras.


3 – Ofereça facilidade no pagamento

Em tempos de Pix, é importante que o pequeno negócio disponha de diversas formas para concluir a compra. Seja pelas vias comuns (crédito e débito), por boletos ou mesmo pelas transferências instantâneas. Deixe seu cliente saber de todas as facilidades que possui. A diversidade na forma de pagamento faz diferença na tomada de decisão pela compra.


4 – Tenha um mix de produtos adequado para o momento

O estoque para o Dia das Mães precisa estar alinhado, focado na experiência do cliente com a sua marca. Certifique-se de que tem uma boa variação de produtos, com cores, tamanhos e sabores variados. O cuidado com a entrega, com o frete também é fundamental. O frete não deve ser focado em obter lucros, cobre valores honestos. Entregue pontualmente, esse é um dos casos que se a entrega falhar, sua marca entra para a história negativa da família.

É interessante bolar promoções e combos adequados para a pandemia. Um exemplo: se você vende roupas, nesse momento as mães estão mais em casa, então ao invés de um blazer estruturado, invista numa coleção de roupas mais confortáveis e elegantes para ficar em casa. Se tem um restaurante, pode criar um combo de produtos para ser consumido em casa.


5 – Deixe claro os procedimentos de higiene

No segundo Dia das Mães com a pandemia, é necessário que seu negócio já tenha se adaptado às normas de segurança sanitária. Informe ao cliente, através das redes sociais, todos os cuidados que sua empresa tem na manipulação dos produtos, na entrega e com os seus funcionários. O Sebrae criou uma série de protocolos de segurança para cada tipo de micro ou pequeno negócio, o material completo pode ser acessado aqui.


Projeto de Lei que estabelece piso salarial dos profissionais de enfermagem segue estagnado

A proposta, que tramita no Congresso Nacional, deve beneficiar mais de 2,4 milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, mas os parlamentares ainda não definiriam uma data para a votação do PL


Às vésperas do Dia do Trabalho, profissionais de enfermagem de todo o país lamentam não ter motivos para celebrar. Há anos enfrentando desigualdades salariais e jornadas exaustivas de trabalho, eles encontram no Projeto de Lei 2564/2020 a esperança de dias melhores e de reconhecimento da categoria.

O PL, de autoria do senador Fabiano Contarato (Rede - ES), já obteve declaração favorável da relatora, a senadora Zenaide Maia (Pros - RN), mas continua na agenda de pautas do Congresso Nacional, sem data definida para votação, preocupando a categoria em diversos estados brasileiros.

Em São Paulo, onde há mais de 625 mil profissionais atuando na linha de frente do combate à pandemia, a situação é ainda mais urgente. O índice de profissionais de enfermagem contaminados pelo Coronavírus passa de 9 mil, e mais de 100 perderam a vida para a Covid-19. As incertezas e o impasse quanto à data para votação da proposta mobilizam estes trabalhadores a cobrar mais celeridade em Brasília.

De acordo com o Cofen, hoje são mais de 2,4 milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem enfrentando árduas rotinas de trabalho na maior crise sanitária dos últimos anos e convivendo com outro desafio: as desigualdades salariais. Em alguns estados do país, o salário médio de enfermeiros pode ser inferior a dois salários mínimos. As disparidades e valores incompatíveis com a responsabilidade e com a formação do profissional são observadas em todas as regiões de Brasil, e, na visão do Cofen, a única forma de corrigir a situação é criar esse piso por horas trabalhadas.

Assinada por todos os conselhos regionais de enfermagem do Brasil, a proposta estabelece um piso salarial nacional de R 7,3 mil mensais para enfermeiros, de R 5,1 mil para técnicos de enfermagem, e de R 3,6 mil para auxiliares de enfermagem e parteiras - valores correspondentes a uma jornada de 30 horas semanais. Além disso, o PL relata também as condições de trabalho destes profissionais, que representam mais da metade do total de trabalhadores da Saúde do país.

Além das ações no Congresso Nacional, o Cofen lança no próximo mês uma campanha nacional para promover uma mobilização a favor da valorização da categoria, durante a Semana da Enfermagem, que acontece de 12 a 20 de maio.

O Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO) encaminhou ofício a todos os representantes da bancada federal do estado pedindo o apoio para a aprovação da proposta, mas apenas dois deles, o senador Acir Gurgacz e o deputado federal Léo Moraes, se manifestaram a favor do PL.

"A enfermagem sofre com exaustivas jornadas, tendo que se desdobrar entre dois a três empregos para conseguir sustentar suas famílias, considerando ainda que 85% dos profissionais de enfermagem são mulheres, que muitas vezes saem do trabalho para irem cuidar da casa e dos filhos. O desgaste físico e emocional pode comprometer diretamente na qualidade da assistência prestada, o que deve ser evitado com salário dignos e justas jornadas de trabalho", declarou o presidente do Coren-RO, Manoel Carlos Neri da Silva.


Da exaustão à esperança

A atuação dos profissionais de enfermagem - enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras - ganhou destaque desde o último ano por causa da pandemia. Só quem já ficou internado por meses com essa doença consegue entender o valor desta categoria, que atua diretamente no apoio ao paciente.

De acordo com a presidente do Cofen, Betânia Santos, os profissionais de enfermagem se encontram atualmente em seu limite máximo de exaustão, reflexo de um Sistema de Saúde precário que tenta lidar com a maior pandemia do século. "A pandemia trouxe visibilidade à dura rotina enfrentada por quem se dedica ao cuidado", afirma Betânia.

A Presidente chama atenção também para uma pesquisa feita pela Fiocruz em 2015, que detectou situações nas quais profissionais de enfermagem, atuando em plantões avulsos, chegam a receber menos que um salário mínimo.

Ainda assim, Betânia afirma que os profissionais de enfermagem estão otimistas com relação a aprovação do PL, especialmente porque em tempos de pandemia, a opinião pública e a sociedade em geral têm demonstrado carinho e gratidão à categoria. "A população brasileira apoia os profissionais, reconhece o trabalho e o sacrifício para conter o colapso sanitário, estamos certos de que estarão do nosso lado nessa batalha", afirma.

 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

Marco legal da geração própria de energia beneficiará todos os consumidores e ajudará a reduzir a conta de luz no País, diz Proteste

De acordo com a maior entidade de defesa dos consumidores do Brasil e da América Latina, modalidade alivia vários custos elétricos pagos pelos consumidores


A aprovação do Projeto de Lei 5.829/2019, que prevê a criação de um marco legal para a geração própria de energia no Brasil, em especial com a fonte solar em telhados e pequenos terrenos, beneficia todos os consumidores de energia elétrica e ajuda a reduzir as contas de luz no País.

A afirmação é de Henrique Lian, diretor da Proteste, maior associação de consumidores do Brasil e da América Latina. Segundo o executivo, a geração própria de energia ajuda a reduzir vários custos da conta de luz que os consumidores pagam sem saber, entre eles o uso de termelétricas fósseis e as perdas elétricas.
 
“A geração própria de energia alivia custos do sistema elétrico brasileiro que são rateados e pagos por todos os consumidores. Com isso, ela beneficia tanto os consumidores que têm, quanto os que não têm geração própria”, comenta. “Atualmente, quando compra eletricidade de uma distribuidora, o consumidor brasileiro não tem como saber quais fontes de energia elétrica produziram aquela energia, pois não há esta rastreabilidade. É muito comum que haja termelétricas fósseis nesse mix e o cidadão nem sabe que está pagando essa energia mais cara e poluente. Uma maneira do consumidor ter certeza de que está usando energia limpa e renovável é gerando a sua própria eletricidade”, explica Lian.
 
Na visão da Proteste, para o Brasil cumprir as suas metas climáticas, precisará continuar avançando na expansão das energias renováveis. A fonte hidrelétrica enfrenta dificuldades neste sentido, devido à escassez de água e dificuldades na aprovação e construção de novas usinas. “Por isso, para continuar crescendo em renováveis, precisamos de mais energia solar e eólica. A geração própria de energia é o melhor modelo já que os próprios consumidores assumem este protagonismo e ainda ajudam a gerar empregos de qualidade, atrair novos investimentos e movimentar a economia”, ressalta o executivo.

Análises da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) apontam que os benefícios da geração própria de energia superam de longe eventuais custos aos consumidores. “Somente com a redução de custos no uso de termelétricas fósseis, serão mais de R$ 150 bilhões de economia até 2050, diminuindo o peso das bandeiras vermelhas nas contas de luz e contribuindo para a redução de emissões de poluentes e gases de efeito estufa no setor elétrico”, esclarece Rodrigo Sauaia, CEO da entidade.
 
“Adicionalmente, também serão proporcionados pela aprovação do marco legal mais de R$ 23 bilhões de economia sobre perdas elétricas na transmissão, distribuição e geração da energia elétrica em usinas de grande porte, distantes dos locais de consumo. Há ainda diversos outros benefícios, como o alívio da operação do sistema no horário diurno, quando a demanda de energia elétrica no Brasil é maior, a diminuição da necessidade de construção de novas usinas de geração e linhas de transmissão, entre outros”, acrescenta.
 
No total, mais de 30 instituições representativas apoiam o PL 5.829/2019, que garantirá em lei o direito do consumidor gerar e consumir sua própria eletricidade por meio de fontes limpas e renováveis, incluindo de produtores rurais, de comércio de bens, serviços e turismo, de pequenos negócios e de defesa do consumidor, entre outros.
 
“A aprovação do PL 5.829/2019, de relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, vai impulsionar a economia com a atração de R$ 139 bilhões de novos investimentos até 2050 e a criação de mais de 500 mil empregos nos próximos três anos”, conclui Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
 

A tecnologia no combate à fraude bancária

A pandemia da Covid-19 trouxe uma série de mudanças nos hábitos dos consumidores, entre elas o aumento do uso de serviços financeiros digitais. As restrições de circulação e o distanciamento social fizeram com que as pessoas aderissem ao uso de recursos bancários de forma online, uma vez que as agências precisaram interromper suas atividades ou limitar o acesso, por questões de saúde pública.


Um estudo realizado pela Mastercard e Americas Market Intelligence (AMI) apontou que, antes da pandemia, 44% dos brasileiros recorriam aos caixas eletrônicos para acessarem suas contas ou realizarem transações. Ao longo de 2020, o número baixou para 27%. Já o número de usuários do online banking passou de 31% para 40%, enquanto o uso de aplicativos móveis subiu de 60%, para 67%.

Com a maior utilização de dispositivos digitais para realizar compras e transações bancárias, as práticas de fraude também se tornaram mais frequentes. Por conta disso, cresce a necessidade de se investir não só em educação da sociedade para questões relativas à privacidade de dados, mas, principalmente, em recursos que promovam um nível de segurança superior nos equipamentos e canais utilizados pelos consumidores para acesso a tais serviços digitais.

Para cumprir esse objetivo, a tecnologia é uma grande aliada, uma vez que já não é possível garantir a legitimidade de uma transação baseado apenas nas credenciais de acesso do consumidor. Com os seguidos vazamentos de dados, além de técnicas de engenharia social, criminosos passaram a utilizar dados legítimos em tentativas de fraudes, sendo fundamental a utilização de mecanismos mais sofisticados de identificação de comportamentos fraudulentos, principalmente, por intermédio de ecossistemas externos de dados e inteligência artificial.

A fim de criar camadas de proteção no mundo externo, já existem soluções que, ao serem integradas a aplicativos bancários e de e-commerce, conseguem avaliar características comportamentais do consumidor e de seu dispositivo como geolocalização, habitualidade, confiabilidade do ambiente, características de navegação, dados e credenciais de acesso, perfil  transacional, históricos de incidentes, entre muitas outras variáveis que podem indicar um comportamento não usual, decorrente de uma tentativa de fraude.

Ao detectar os eventos associados à possíveis ataques fraudulentos, como clonagem de cartão de crédito, captura de dados sensíveis, e movimentações financeiras suspeitas, tais soluções podem adotar estratégias de avaliação de risco por score, seguidas de mecanismos de autenticação inteligentes e menos invasivos, que visam diminuir o risco de uma determinada transação digital, evitando que o crime ou a exposição de dados sensíveis seja realizada. Assim, por meio de uma boa estratégia de prevenção, associada à tecnologia de ponta, é possível mitigar os transtornos decorrentes fraudes e acelerar a adoção dos canais digitais.

Promover um ambiente digital seguro, em que os usuários se sintam protegidos e confortáveis para acessar os recursos disponibilizados, não só contribui para o desenvolvimento de uma sociedade mais inclusiva, como aumenta o índice de confiança na instituição, trazendo benefícios para sua imagem e habilitando a expansão da carteira de clientes, uma vez que se torna referência de boas práticas e de satisfação dos usuários.  





Flávio Gaspar - Head de Produtos da Topaz, empresa do Grupo Stefanini.

Fundos Imobiliários e suas oportunidades de expansão no mercado Brasileiro

A queda de juros básicos às mínimas históricas, somada a popularização das plataformas de investimentos e uma cultura patrimonialista, é um cenário favorável para a renda variável ganhar ainda mais espaço. E, dentro deste contexto, há uma alternativa que vem crescendo muito: o fundo de investimento imobiliário (FII), que passou de 89 mil investidores em 2016 para mais de 1,2 milhões em fevereiro de 2021, segundo a B3.   

Hoje, a indústria de FII na bolsa de valores registra um volume médio diário de R$ 214 milhões. Mesmo com todo esse crescimento, atualmente, cerca de 80% dos Fundos Imobiliários são de quatro grandes categorias: shoppings centers, edifícios comerciais, galpões logísticos e os fundos de papéis. Comparando com outros mercados, como os EUA, percebe-se que há ainda muitas oportunidades que poderemos ter no futuro, um mercado mais diversificado, com novos setores. 

Um exemplo bastante relevante são os fundos dedicados à exploração de terras agrícolas, no formato de Land Equity e Sale & LeaseBack (vender e alugar de volta). Tais estratégias são amplamente difundidas nos Estados Unidos e poderão ser, num futuro próximo, uma das mais representativas da indústria brasileira. Outra modalidade que é extremamente popular em países desenvolvidos é o Multi-family ou fundos residenciais. Essa categoria é a que mais se aproxima da realidade dos brasileiros: ter imóveis alugados para outras famílias.  

Em um mundo tão conectado ao qual vivemos, os fundos atrelados a infraestruturas de tecnologia ou data center também fazem a diferença. Esse setor no mercado americano já é um dos mais representativos, com fundos exclusivos que investem somente em antenas para celulares. No Brasil, já foram investidos cerca de 50 milhões de reais em um imóvel utilizado como um dos principais data centers e centro de transmissão. Não chega ser um fundo que investe exclusivamente em tecnologia, mas é o primeiro passo nessa direção. 

O Brasil é o país do futuro na evolução dos Fundos Imobiliários? Nós já percebemos que temos um potencial enorme de expansão, estamos ganhando cada vez mais opções interessantes de investimentos. Os FIIs nos EUA, somados, têm um patrimônio de, aproximadamente, 5% do PIB e aqui não chegamos a 1%. Porém, os novos modelos de negócios chegaram para somar e evoluir essa indústria. Além disso, os Fundos Imobiliários têm características que, no cenário atual, os tornam uma oportunidade de investimento ainda mais atrativa! 

 


Flávio Pacelli - Head de Fundos Imobiliários da RIVA Investimentos, assessoria qualificada vinculada à XP Investimentos que desenvolve soluções personalizadas para pessoas, famílias e empresas. 


COMO MANTER AS CONTRATAÇÕES DE ESTAIÁRIOS A DISTÂNCIA?

Frente à crise internacional, o estágio é a melhor alternativa para manter os jovens no mercado e incentivar a educação


Apesar do recrutamento remoto já ser uma tendência para algumas empresas, pela estratégia e disrupção, diante da pandemia foi preciso ter coragem, propósito e paixão pelo desafio para se adaptar. Também, por esse motivo, a tão falada transformação digital foi acelerada. Assim, os processos passaram do “off” para o “on-line”. 

Os benefícios são vários para ambas as partes. Para os selecionadores, por exemplo, ganhou-se mais agilidade, pois eles conseguem entrevistar mais indivíduos, em menos tempo. Afinal, não há deslocamento e esperas físicas. Além disso, as ferramentas digitais já filtram os aspirantes de acordo com score, testes digitais de raciocínio lógico e técnico. 

Por outro lado, para os candidatos, ampliou-se a diversidade e as fronteiras. Com a tendência ao home office, a seleção expandiu seu alcance nacional e internacional. Bem como, intensificou a pluralidade dos perfis e a inclusão de pessoas com alguma deficiência física (PCD). 

Embora muitas companhias tenham implantado planos de contingência para evitar maiores instabilidades durante esse período de isolamento, outras “surfaram nessa onda” e se saíram muito bem. Certamente, várias delas ajustarão esse método à cultura organizacional de agora em diante.

 

O estágio é uma relação de ganha-ganha 

Felizmente, o Brasil está rapidamente reduzindo os impactos provocados pela pandemia e, junto com a vacina, vem a retomada da economia e dos negócios. Nesse sentido, um dos maiores anseios da população é a reestruturação do mercado de trabalho. Em especial, nossos jovens, os quais foram os mais afetados pela crise, alcançando 29,8% a taxa de desemprego, entre 18 e 24 anos, e pior ainda de 14 a 17 anos, atingindo 44,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Por isso, investir no estágio é a principal maneira de preservar a juventude tanto estudando quanto dando uma chance de profissionalização no mundo corporativo. Afinal, para ser um estagiário é necessário estar matriculado. Pode ser no nível médio, técnico, superior ou EJA (Educação de Jovens e Adultos). 

Então, ao mantermos um brasileiro na sala de aula, estamos não só dando oportunidade de conhecimento, mas a chance de ganhar experiência. Com isso, garante a renda para a manutenção dos estudos e um passaporte garantido para dar o start na carreira.  

Ademais, existem também vantagens para todos os envolvidos. Vamos lá: o ato educativo escolar supervisionado não gera vínculo empregatício. Logo, a corporação fica livre de pagar encargos trabalhistas, como FGTS, INSS, 13º salário, sobre férias e eventual multa rescisória.  

Já para a moçada, além de conquistar a tão sonhada vivência no mercado, fará isso com a carga horária reduzida, máxima de seis horas diárias e 30h semanais, permitindo-lhes organizar a rotina entre a corporação e a classe. Esses incentivos foram criados para facilitar a admissão desse grupo, os quais mais precisam de uma chance para o início profissional. 

Portanto, você, gestor ou empresário, ofereça essa oportunidade aos nossos jovens. Continue contratando estagiários. Sua atitude hoje, reflete um futuro muito melhor para o nosso país.


 Carlos Henrique Mencaci -presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios. 

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