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terça-feira, 30 de junho de 2020

Cistite intersticial: entenda a inflamação na bexiga de caráter crônico



Dor, ardência e desconforto na hora de urinar são sintomas bem conhecidos de quem sofre com a cistite, inflamação na bexiga. O que nem todos sabem é que o problema nem sempre deriva da ação de bactérias no órgão. Segundo o professor doutor e urologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Fernando Almeida, é possível que a inflamação seja de caráter crônico, sem ter como causa algum agente infeccioso.

Neste caso, a doença ganha o nome de cistite intersticial. A diferença, além da ausência da bactéria, está no período de permanência dos desconfortos, como lembra o urologista. “Quando se trata de cistite intersticial, é comum que os sintomas persistam por mais de seis semanas. Essa característica nos ajuda no diagnóstico”, diz.

Aliado ao tempo de convívio com os sintomas, o diagnóstico passa também pela análise do quadro do paciente e pela exclusão de outras possibilidades como a cistite bacteriana e até mesmo o câncer. “Tanto a cistite bacteriana quando a intersticial ocorrem mais em mulheres e têm sintomas semelhantes.

Isso, claro, colabora para que haja confusão entre as doenças. A cistite bacteriana inclusive pode ocorrer de forma recorrente, por isso, é comum que pacientes passem um período tratando e até mesmo acreditando que estejam com cistite bacteriana, quando na verdade é a intersticial que os acomete”, explica o médico.

Apesar de não ter cura e causas muito definidas, a cistite intersticial conta com diferentes tratamentos que possibilitam resultados muito satisfatórios e devolvem a qualidade de vida ao paciente. “Em muitos casos, conseguimos zerar os sintomas. Para isso, temos diferentes recursos, como o uso de remédios por via oral, introdução de medicamento na bexiga e até mesmo implante de marca-passo”, diz Almeida.

Outra particularidade da cistite intersticial é a sua ligação com o estresse. Quanto maior o nível de excitação emocional, maior a probabilidade do surgimento de sintomas. Nestes casos, como lembra o especialista, é indicado o uso de ansiolíticos, para redução de ansiedade e, de forma conjunta, da inflamação da bexiga.





Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
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Brasil registra 200 casos de tuberculose por dia


Mesmo com maior cobertura de vacinação nacional, o índice de morte pela doença ainda é preocupante. Em 1 de julho é celebrado o Dia da Vacina BCG, que protege das formas graves da doença


A tuberculose é uma doença grave e está entre as 10 principais causas de morte no mundo: são 10 milhões de doentes por ano e mais de 1 milhão de óbitos. No Brasil, em 2019, foram registrados 73.864 mil casos, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em março deste ano. Apesar de ter vacina, o País ainda registra 200 novos casos da doença por dia. Embora os números apresentem queda na comparação com 2018, quando foram registrados 75.717 casos, nos últimos cinco anos houve aumento de 6% na incidência.

Desde 1976 a vacina BCG passou a ser obrigatória no Brasil e deve ser ministrada em recém-nascidos, de preferência nas primeiras 12 horas de vida, ou após o primeiro mês do bebê. Se, por algum motivo, a criança não foi vacinada nesta fase, ainda pode recebê-la de rotina até os 5 anos. Normalmente ela é aplicada no braço direito para facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.  

O farmacêutico hospitalar Renato Antônio Campos Freire, que está instalando uma clínica de vacinação no Órion Shopping, em Goiânia, reforça a relevância desta vacina. “Pode não parecer, mas a tuberculose ainda está muito presente no Brasil. Por isso a BCG é tão importante e deve ser tomada logo após o nascimento. Muitas maternidades possuem convênios com o SUS, então os pais não podem deixá-la de lado, devem sair de lá com o bebê vacinado”, salienta. 

O nome
Aplicada no braço, a BCG é conhecida pela cicatriz deixada por toda a vida e protege dos tipos mais graves de tuberculose, como a miliar e a meníngea. Em 1908, os cientistas franceses Albert Calmette e Camille Guérin conseguiram isolar uma cepa do bacilo da tuberculose para produzir culturas vivas atenuadas a serem usadas como vacina. A cepa recebeu o nome de bacilo Calmette-Guérin, de onde surgiu o nome "BCG". Foi aplicada pela primeira vez em crianças em 1921.

Existe uma crença popular que a cicatriz é a garantia da imunidade, mas Renato alerta que isso já foi desacreditado. “Está ultrapassado, em alguns casos a inflamação após a vacina não acontece, mas a pessoa está imunizada. Isso não quer dizer que não produziu anticorpos”. Alguns pais de primeira viagem se preocupam em como cuidar da inflamação que costuma acontecer quando se toma a BCG, mas o especialista diz que é tudo muito simples. “Basta manter sempre limpo, lavar com água e sabão, de preferência líquido e infantil, e não esfregar de forma alguma”, alerta.

Também de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no ano passado a vacina foi a única a alcançar a cobertura vacinal pretendida nos anos de 2017 e 2018 no Brasil, cuja meta era vacinar mais de 90% do público alvo e conseguiu cobertura de 96,41% em 2017 e de 96,09% em 2018. Em Goiás, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 117 dos 246 municípios goianos atingiram 90% da meta vacinal em 2019, o que gera uma média de 84,28% de cobertura no Estado.

Desmistificando o DIU: contraceptivo seguro – com taxa de falha na vida real semelhante à esterilização cirúrgica feminina – e de longa duração, o dispositivo intrauterino é solução para quem não pode ou não deseja utilizar métodos hormonais sistêmicos

Dra.  Mariana Rosário

Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, explica como funciona cada tipo de DIU. Método é ideal para quem tem parceiro fixo e precisa de praticidade – entre outros benefícios


O DIU – Dispositivo Intrauterino é um método contraceptivo seguro, de longa duração e bastante confortável para mulheres de todas as idades. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), tanto o DIU de cobre quanto o hormonal têm “taxas de falha na vida real semelhantes à esterilização cirúrgica feminina, porém, somente 1,9% das brasileiras em idade fértil usa o DIU de cobre, oferecido pela rede pública de saúde” (informações disponíveis em: 

Para a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, este método contraceptivo é muito prático para as mulheres que têm parceiro fixo e não desejam engravidar por um longo período. “Como ele dura de cinco a dez anos, é interessante fazer um planejamento familiar visando esse período, mas é possível retirá-lo se a mulher desejar engravidar, sem reflexos na fertilidade”, explica a médica.

O DIU é um dispositivo com haste de plástico, em formato das letras T ou Y. Ele pode ser de cobre, cobre com prata ou Mirena (hormonal) e foi criado para ser inserido dentro da cavidade do útero. O DIU impede a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. “O uso desse dispositivo não dispensa a proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (IST´s), como a AIDS, então, o preservativo deve continuar sendo utilizado”, alerta a médica.

Dra. Mariana informa que apenas o ginecologista consegue ajudar a mulher a avaliar qual é o melhor DIU para sua necessidade. “A colocação pode ser feita no próprio consultório, sendo que o período mais indicado é durante a menstruação, primeiro porque se tem a certeza da mulher não estar grávida e, por causa do sangramento, o colo do útero fica mais amolecido, ideal para o procedimento”, explica.

Cada médico tem um procedimento para a introdução do DIU e a Dra. Mariana prefere utilizar anestesia local. “O procedimento pode ser um pouco dolotido, então, prefiro assim. A colocação é feita por meio do próprio aplicador do DIU. 

Primeiro, uso o histerômetro para medir o comprimento do útero e precisar a introdução do DIU no fundo do útero da paciente, respeitando essa medida, deixando para fora a cauda. Feito isso, verifico se a posição ficou intraútero ou não. Uma ultrassonografia permite fazer essa avaliação”, detalha.

Dra. Mariana Rosario explica as diferenças entre os tipos de DIU existentes:
DIU de cobre: Segundo a Organização Mundial da Saúde - OMS, o DIU de cobre é o método contraceptivo mais usado no mundo, superando o uso de anticoncepcionais orais. Atualmente, o Sistema Único de Saúde - SUS disponibiliza o DIU TCu 380 (de cobre). A ação do DIU de cobre se dá por meio da liberação de íons de cobre, que agem imobilizando o esperma e fazendo com que ele não consiga se movimentar pelo útero. Caso algum consiga vencer essa barreira, ainda assim, o cobre não deixa que aconteça a implantação do óvulo na parede do útero.

Ele pode ser uma boa alternativa àquelas mulheres que tenham contraindicação do uso do hormônio estrógeno, presente no DIU hormonal, sendo ideal para as que queiram um método contraceptivo de maior duração (5 ou 10 anos), protegendo a mulher de uma gravidez indesejada. Outra vantagem é ser reversível, ou seja, pode ser retirado a qualquer momento.

A ação desse dispositivo não perde eficácia devido ao uso de outras medicações, além de, também, poder ser usado durante o período de amamentação. O DIU de cobre, como desvantagem, pode causar cólica e sangramento irregular; cefaleia; e provocar sensibilidade em algumas mulheres após a colocação, podendo provocar também, em alguns casos raros, infecção na inserção.

O DIU de cobre também é apresentado na versão de cobre com prata. A forma de atuação de ambos é a mesma. Porém, a presença da prata no DIU faz com que os efeitos colaterais do dispositivo sejam menores, com menos sangramento e redução das cólicas.
DIU Mirena: O DIU Mirena é uma excelente opção para mulheres que desejam um método contraceptivo de longa duração. Também chamado de SIU – sistema intra-uterino, sua ação é indicada tanto no processo contraceptivo quanto para diminuir sangramento menstrual excessivo, e, também, em casos de hiperplasia endometrial, uma condição que deixa a camada interna do útero, o endométrio, mais grossa, e pode ser precursora de câncer de endométrio, em casos isolados.
A eficácia do Mirena na contracepção é tão boa quanto à do DIU de cobre. Sua ação se dá por meio da liberação do hormônio levonorgestrel (semelhante à progesterona existente no corpo), presente na haste branca do dispositivo em formato de T, que vai sendo liberado aos poucos, para que o tecido endometrial existente dentro do útero não fique espesso e crie condições favoráveis para que aconteça uma gravidez. A duração é de três a cinco anos.
O DIU Mirena pode suspender a menstruação de 2/3 de suas usuárias, um bom motivo para algumas mulheres desejarem implantá-lo, também. Com a ausência da menstruação, reduzem-se os sintomas de cólicas e da TMP.
O hormônio liberado pelo DIU Mirena é local – e não sistêmico, como as pílulas anticoncepcionais.




Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.



Julho Verde estimula autocuidado na prevenção do câncer de cabeça e pescoço, com o lema “Seu Corpo é sua vida. Não o destrua!”




  

Campanha promovida pela ACBG alerta e traz informações sobre tumores que já estão entre os mais incidentes na população brasileira


“A informação sobre prevenção é a chave. Se tivermos a consciência dos danos que causamos ao nosso próprio corpo, com o consumo de substâncias como o tabaco em todas as suas apresentações e o álcool, se cuidarmos da nossa alimentação, se vacinarmos nossos jovens contra o HPV, podemos ter uma chance de mudar a incidência crescente dos tumores de cabeça e pescoço no Brasil”, alerta Melissa Ribeiro, sobrevivente de câncer de laringe. Ela é fundadora e presidente voluntária na ACBG Brasil - Associação de Câncer de Boca e Garganta, que promove a quarta edição do Julho Verde, em parceria com a SBCCP, Sociedade de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Esse ano, a campanha quer alertar sobre a importância da prevenção a esses tumores, com o lema “Seu corpo é sua vida. Não o destrua!”, trazendo o protagonismo a cada indivíduo sobre os fatores de risco.

Os tumores de cabeça e pescoço são o terceiro em incidência entre os homens brasileiros e devem representar 7,9% dos novos casos estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) neste ano. Segundo o presidente da SBCCP, Antonio José Gonçalves, a doença deve atingir de 35 a 40 mil pessoas em 2020. “Dentre as principais localizações, nas mulheres o câncer de tireoide deve registrar 12 mil novos casos. Entre os homens, serão 11 mil novos casos de câncer de boca e aproximadamente 6,5 mil novos casos de tumores na laringe. Além disso, esse tipo de tumor acomete a pele da face e do pescoço, a faringe as glândulas salivares, os seios paranasais e outras localizações, em que a repercussão no paciente é extremamente importante”, esclarece Gonçalves. “O tratamento mexe com a estética facial, com a deglutição e alimentação, com a fala e a voz. Daí a importância do diagnóstico precoce, para preservar esses órgãos e propor tratamentos mais adequados”, acrescenta o cirurgião.

Para ter mais chance de um diagnóstico precoce, é preciso procurar logo um médico a qualquer sinal diferente no corpo, como uma ferida na boca que não cicatriza por mais de 15 dias, dificuldade ou dor para engolir, ou a voz ficar rouca por muito tempo.

“Apesar desse tipo de tumor ser bem frequente, as pessoas não dão a atenção devida para a prevenção”, destaca a fonoaudióloga Suzana Areosa, gestora da Rede+Voz da ACBG, acrescentando que essa atitude faz com que o tratamento e a reabilitação sejam possíveis. “Na região da cabeça e pescoço os sítios anatômicos são muito próximos uns dos outros. Quando o tumor é diagnosticado em um nível avançado - que é o que mais acontece com os pacientes no Brasil -, ele está maior e acomete as estruturas adjacentes, exigindo um tratamento mais mutilador e deixando sequelas anátomo-funcionais graves para sempre".

Faz parte também da prevenção evitar os fatores de risco: os principais são tabaco (incluindo o uso de cigarro comum, cigarro eletrônico e narguilé) e o consumo de bebidas alcoólicas. Outro fator que merece atenção especial é a infecção pelo HPV (papilomavírus humano), que tem contribuído para o aumento na incidência do câncer de cavidade oral em jovens nos últimos anos. Esta é uma tendência mundial, também é identificada no Brasil, que pode ser revertida com o estímulo à vacinação e ao uso de preservativos.


Cuidado também com a exposição ao sol

Quando falamos dos tumores de cabeça e pescoço, devemos falar do câncer de pele melanoma e não melanoma - esse, o mais comum na população brasileira. A exposição indevida ao sol, especialmente na infância e adolescência, é o principal fator de risco para esses tumores. O câncer de pele acomete na região da cabeça e pescoço surge nos lábios, nariz, na parte inferior da pálpebra e no couro cabeludo.


Tratamento

O tratamento para câncer de cabeça e pescoço é multidisciplinar e envolve diversos profissionais de Saúde. As opções dependem da localização do tumor primário, idade do paciente, presença de comorbidades e incluem intervenções cirúrgicas, sessões de radio e quimioterapia, além da utilização de medicamentos imunoterápicos em alguns casos. Na maior parte das situações, a doença gera sequelas físicas, estéticas, psicológicas e funcionais irreversíveis, que prejudicam a qualidade de vida do paciente.




Atuação da ACBG
A Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil) é uma organização da sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, que trabalha em prol dos pacientes e portadores de câncer de cabeça e pescoço e seus familiares em todo o Brasil. Fundada em 2015 com a missão de dar voz a quem não tem e com a visão de, no longo prazo, diminuir a mortalidade dos pacientes e ampliar a qualidade de vida dos portadores de câncer de cabeça pescoço, a ACBG já alcançou os quatro cantos do Brasil. 

Em Santa Catarina, ao lado da Secretaria do Estado de Saúde, implementou uma nova política de saúde pública, na qual assegura a reabilitação pulmonar e fonatória de todos os catarinenses traqueostomizados/ostomizados. Por meio da Rede+Voz, conectou 56 instituições de referência em câncer de cabeça e pescoço de todos os estados do país. Fazem parte da rede 641 profissionais e 482 pacientes. 

Em 2019, realizou a 3ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço (Julho Verde), que impactou 65 milhões de pessoas. Executou o projeto “Laringe eletrônica: uma voz possível”, que possibilitou a doação de 400 laringes eletrônicas para que pacientes laringectomizados de todas as regiões do país voltem a se comunicar. 

A ACBG é um dos atores responsáveis pelas mudanças que almejamos, mas não está sozinha. Entendemos a importância do trabalho em rede como a única forma de escalarmos nosso impacto, alcançando todos que precisam de nós e gerando mudanças sistêmicas. Pois, enquanto ainda houver vozes não ouvidas, o trabalho da ACBG não terminou. - www.acbgbrasil.org




SERVIÇO - JULHO VERDE 2020
Realização: ACBG e Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Membro: Alianza Latina e Movimento Todos Juntos Contra o Câncer
Apoio: ABFO, ABO, ABORL-CCF, ABRENFOH, ACT, GBCP, Movimento ODS, Instituto Oncoguia, SBEO, SBFa, SBNO, SBPO, SBRT, SOBEP, SOBEST
Oferecimento: Atos, Fundo Positivo, Merck e MSD.



Nutricionista lista 10 alimentos aliados no combate a ansiedade e a depressão


 


Taquicardia, sudorese, tremores, fadiga, hiperventilação, esses são alguns dos sintomas físicos provocados pela ansiedade. Geralmente, quando pessoas estão ansiosas optam por trabalhar a respiração, tentam se acalmar de alguma forma, fazem terapia, outras optam por comer o que gostam como um “conforto” por estar passando por aquele momento de tensão. Pensando nisso, a nutricionista do São Cristóvão Saúde Cintya Bassi, listou 10 alimentos de diversas categorias que ajudam no combate aos sentimentos de irritabilidade.

  1. Acelga e espinafre: são dois exemplos de alimentos ricos em magnésio, o que estimula no cérebro a sensação de tranquilidade;
  2. Alface: a folha possui uma substância chamada lactucina, com ação calmante, e ácido fólico, vitamina cuja deficiência se associa à depressão;
  3. Banana: essa fruta tem alto teor de triptofano, que também ajuda na produção de serotonina, portanto, contribui para reduzir sintomas de depressão e ansiedade;
  4. Fibras: para manter em ordem os níveis de serotonina, hormônio ligado ao prazer, é importante que o intestino funcione bem – para isso, consuma fibras como alimentos integrais, farelo de aveia, linhaça, semente de abóbora, entre outros,  e beba água;
  5. Frutas vermelhas: amoras, framboesa, cerejas e outras frutas vermelhas;
  6. Especiarias: o gengibre, é um alimento antioxidante, portanto, reduz os níveis de cortisol combatendo a ansiedade;
  7. Jabuticaba e a uva: são fontes de vitaminas do complexo B, necessárias para o funcionamento adequado do sistema nervoso;
  8. Lentilha, feijões e aspargos: alimentos ricos em ácido fólico atuam no sistema nervoso e ajudam a evitar a depressão colaborando para a produção de serotonina no cérebro;
  9. Probióticos: alimentos como iogurtes e vegetais em conserva são ricos em probióticos, que melhoram a saúde do intestino e reduzem a ansiedade;
  10. Chocolate: com o teor de cacau deve ser acima de 70%. Já que o cacau possui substâncias semelhantes a anandamida – neurotransmissor conhecido como “substância da felicidade” que atua em áreas que regulam o humor.

Há também aqueles alimentos que são vilões para quem sofre de ansiedade. “É o caso dos energéticos, cafeína, chocolate ao leite, bebidas alcoólicas, refrigerantes, salsichas e outros embutidos, excesso de açúcar e gorduras no geral. Outra dica de alimento para os ansiosos reduzirem o consumo é a carne vermelha, que contém tirosina, responsável pela produção de adrenalina.”, explicou a nutricionista Cintya Bassi.



CHEGOU O FRIO E COM ELE, AS DORES NAS ARTICULAÇÕES!



Frio e Dores Articulares - Entenda a Relação!


 
Você já percebeu que as dores nas articulações pioram bastante no frio? Sim, e não depende da idade. Quem tem problemas nas articulações sabe que no inverno, naqueles dias mais frios, as articulações ficam mais doloridas e mais sensíveis.


Porque isso acontece e como temos que lidar com isso para minimizar as dores?

Em primeiro lugar, precisamos entender o que são dores articulares.
Dores articulares são dores nas juntas. Pode ser no ombro, Joelho, no quadril, no tornozelo, nos Punhos, e tem origem de diversas causas, entre elas, as mais comuns são: artrose, artrite, doenças reumatológicas, históricos de lesões traumáticas e fraturas.

Na verdade, existe uma infinidade de doenças podem ser as causas das dores nas articulações e aí quando chega o inverno, esses dias mais frios, os consultórios de especialistas ficam lotados de pacientes reclamando de que as dores pioraram no frio.

O motivo mais comum destas dores articulares no frio, se deve em primeiro lugar, ao fato de ficarmos mais parados no inverno; mais imóvel e mais contraídos e com isso a musculatura também fica mais enrijecida e a articulação acaba sentindo essa rigidez da musculatura e da articulação e isso gera mais dor, explica o ortopedista, especialista e referência em cirurgias do joelho e trauma do esporte, Dr. Samuel Lopes.

Existem também duas questões mais técnicas que podem explicar o porquê da pior das dores articulares com frio, diz o Dr. Samuel Lopes.

A primeira delas é que o líquido sinovial, que fica dentro das articulações para ajudar a lubrificá-las, fica um pouco mais espesso e a alteração da viscosidade deste líquido, gera mais rigidez na articulação, causando naturalmente mais dor, explica o especialista.

A segunda questão são as alterações de circulação.
Na circulação periférica, mãos e pés principalmente, que são os locais que mais sofrem com essas alterações, pode existir uma diminuição da circulação periférica e isso vai gerar mais dor.

Isso acontece somente com alguns pacientes, que podem ter alterações circulatórias e em alguns casos alguns pacientes com a doença de Renault, que é uma doença que não é muito comum, mas que causa alteração da circulação periférica e geram dedos roxos, por exemplo, explica o Dr. Samuel Lopes, que alerta para que as pessoas observem se podem estar diante deste problema.

E o que fazer para minimizar as dores articulares no frio?

#1 – Fazer Movimento e Manter Rotina de Exercícios
Para minimizar essas dores que pioram com o frio, o primeiro ponto é procurar não ficar parado o tempo todo e se movimentar. Fazer algum tipo de exercício físico, um alongamento, uma caminhada, mesmo que dentro de casa e manter uma rotina de exercícios de preferência, orientada por um profissional, que é o ideal.

#2- Mantenha-se Agasalhado, Hidratado e Consuma Alimentos Quentes
Mantenha-se sempre agasalhado nos dias nos dias mais frios e procure consumir alimentos mais quentes. E não esqueça de manter o corpo hidratado. Beba bastante líquido, mesmo os quentes, porque eles também vão ajudar no controle da dor.

#3- Não Pratique a Automedicação.
Não podemos falar de dor sem lembrar de algumas coisas muito importantes e a primeira delas é não fazer a automedicação. Tomar remédios anti-inflamatórios pode ser a pior decisão que você vai tomar, explica o Dr. Samuel Lopes, pois você corre o risco de ter os efeitos colaterais dos medicamentos e criar outros problemas até mais sérios.
Contudo, se você sente que não está conseguindo, não tente ficar lidando com a dor. Procurar o profissional. Se você tem dor e se esta dor é persistente, se já está te incomodando há algum tempo, procure um especialista para que ele possa te avaliar e dar o diagnóstico e tratamento corretos.

É necessário identificar a origem e a causa da dor e aí sim atacar na origem do problema e não só ficar lidando com a dor. Mas, isso, somente um profissional poderá fazer. 







Dr. Samuel Lopes - Médico ortopedista, especialista em cirurgias do joelho e trauma do esporte. Membro efetivo da sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte. Chefe do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Juiz de Fora – MG. Reabilitação -Tratamento – Ortopedia – Medicina Esportiva – Saúde
Instagram@ drsamuellopes



Medicamento para leucemia tem potencial para tratar câncer cerebral infantil agressivo


       
·          Em testes com células, trióxido de arsênio matou células tumorais e evitou formação de novas colônias; fármaco usado para tratar leucemia ajudou ainda a potencializar efeito da radioterapia no meduloblastoma, tumor do sistema nervoso central mais comum em crianças (meduloblastoma; imagem: AFIP Atlas of Tumor Pathology)
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Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) conseguiram demonstrar o potencial de um medicamento, usado contra a leucemia, no tratamento do câncer de cérebro mais comum em crianças, o meduloblastoma. O trióxido de arsênio foi testado em células de uma das variedades mais agressivas desse tipo de tumor e teve resultados promissores na morte de células tumorais, além de torná-las mais sensíveis à radioterapia.
O estudo, publicado na Scientific Reports, foi apoiado pela FAPESP.
“O meduloblastoma é dividido hoje em 12 subgrupos, de acordo com características moleculares que também indicam o prognóstico. Um dos grupos com pior prognóstico é o conhecido como SHH com mutação somática no gene TP53, cujo tratamento combina a quimioterapia e a radioterapia”, diz Paulo Henrique dos Santos Klinger, primeiro autor do artigo, resultado de sua pesquisa de mestrado na FMRP-USP com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Neste projeto, o foco foi investigar em profundidade a desregulação das vias de sinalização que controlam o desenvolvimento embrionário normal e a sua inter-relação com o início e a progressão do câncer infantojuvenil”, explica o pesquisador.
Em crianças, a radioterapia no cérebro pode trazer graves sequelas cognitivas, endócrinas e de locomoção. Por isso, a busca por tratamentos que reduzam ou eliminem a necessidade de irradiação.
No estudo, os pesquisadores selecionaram diferentes linhagens de células tumorais do subtipo SHH e testaram diferentes dosagens de trióxido de arsênio, fármaco usado no tratamento da leucemia mieloide. Além disso, testaram a combinação do tratamento com diferentes dosagens de irradiação.
O fármaco sozinho foi capaz de matar as células tumorais e ainda evitar a formação de novas colônias celulares. Os efeitos foram potencializados quando o medicamento foi combinado com irradiação. Aplicado em células saudáveis, mostrou-se pouco tóxico.
O trióxido de arsênio sozinho, inclusive, poderia ser um tratamento para portadores de meduloblastoma de até três anos de idade, a ser explorado em combinação com quimioterápicos clássicos para o meduloblastoma. Crianças dessa faixa etária não podem ser tratadas com radioterapia no cérebro devido aos danos irreversíveis que a radiação pode causar no sistema nervoso.

Mutação
A escolha da droga se deu pelo fato de ela ser conhecida por bloquear a mesma via de sinalização celular, a SHH, na leucemia. Essencial durante a gênese do embrião humano, a SHH é desativada quando a embriogênese é concluída. Quando, por razões ainda desconhecidas, ela é reativada, acaba levando a alguns tipos de câncer, como alguns de pele, meduloblastomas e diferentes tipos de leucemia.
“Outra vantagem do trióxido de arsênio foi a capacidade de penetração na barreira hematoencefálica, estrutura que protege o sistema nervoso central de substâncias potencialmente tóxicas presentes no sangue. Estudos prévios mostraram que, no meduloblastoma, a penetração foi razoável”, explica Elvis Terci Valera, médico assistente do Hospital das Clínicas da FMRP-USP e professor da pós-graduação do Programa de Saúde da Criança e do Adolescente da instituição, que coordenou o estudo.
Normalmente, os meduloblastomas do grupo SHH têm um prognóstico intermediário, com metade dos pacientes respondendo bem ao tratamento. No entanto, quando ocorre a mutação somática no gene TP53, o prognóstico é pior. Isso porque o gene tem a função de checagem da via SHH, podendo corrigir eventuais alterações que levam ao câncer.
“A mutação germinativa nesse gene indica a chamada Síndrome de Li-Fraumeni, caracterizada por um conjunto de fatores clínicos, mas que geralmente envolve a perda de função do gene TP53 e aumenta as chances de ocorrência de diferentes tipos de tumor”, diz Klinger. Crianças e adolescentes com essa síndrome apresentam uma frequência aumentada de ocorrência de meduloblastoma, particularmente do subgrupo SHH.
Os pesquisadores agora pretendem testar o medicamento em modelos animais, a fim de verificar se os resultados serão os mesmos. Em caso positivo, o tratamento poderia futuramente ser testado em humanos.
O artigo Arsenic Trioxide exerts cytotoxic and radiosensitizing effects in pediatric Medulloblastoma cell lines of SHH Subgroup pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41598-020-63808-9.





André Julião
Agência FAPESP 

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