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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Bons hábitos ajudam a prevenir osteoporose



Doença que deixa os ossos frágeis requer cuidados

Ossos frágeis e finos, que causam fraturas. Esses são problemas decorrentes da osteoporose – uma doença que afeta milhões de brasileiros, especialmente mulheres no período de climatério. “A mulher, após a menopausa, apresenta um decréscimo em torno de 1% de sua massa óssea por ano”, afirma o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Renato Cesar Sahagoff Raad. “O estrogênio ‘segura’ o cálcio no osso e quando seu nível abaixa a estrutura óssea tende a ficar menos densa”, complementa o ortopedista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Eduardo Murilo Novak.

A doença ocorre por conta da perda de massa óssea e da alteração da qualidade do osso e atinge alguns pontos fracos do esqueleto, como a coluna vertebral, punho, quadril e fêmur e atinge tanto homens quanto mulheres. “A osteoporose faz parte do processo normal do envelhecimento, por isso, é também bastante comum em homens idosos”, diz Raad. 

Ele alerta que alguns fatores são importantes para a ocorrência da doença, como o histórico familiar, alimentação deficiente, falta de exercícios, consumo de álcool, fumo e baixo peso. Os ortopedistas ressaltam que a doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas, sendo que na maioria das vezes as fraturas são as primeiras manifestações clínicas. “Fazer exercícios físicos regularmente, dieta com alimentos ricos em cálcio, reposição hormonal em mulheres, durante ou após a menopausa, ajudam a prevenir a doença”, fala. 

O Dr. Novak destaca que essas recomendações também ajudam as pessoas que já possuem a doença. “A alimentação equilibrada e atividade físicas diárias estimulam a formação óssea, e corrigem a postura. Além disso, fazer alongamento e realizar reforço muscular generalizado, sem esquecer da exposição ao sol, podem melhorar a vida de quem tem osteoporose”. No entanto, mediante avaliação médica, os medicamentos também são necessários durante o tratamento. 



 

No Dia Nacional do Endocrinologista SBEM-PR lamenta crise ética no exercício da profissão



Reconhecidos por cuidarem das duas maiores epidemias da saúde, obesidade e diabetes, especialidade vive momento preocupante


Uma sexta-feira especial para a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Em 1º de setembro é comemorado o Dia do Endocrinologista. Há algum tempo que a SBEM vem batalhando pela oficialização da data, cujo autor do Projeto de Lei é o Deputado Jorginho Melo (Nº 6566 de 2016) que institui oficial o Dia Nacional do Endocrinologista. O projeto foi aprovado na Comissão de Cultura, agora está na Comissão de Constituição e Justiça esperando designação de relator, Última fase do processo. Depois de passar pela comissão ele tramitará na Câmara e, depois de aprovado, o projeto vai ao Senado.

A data coincide com a fundação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, que em 1º de setembro completa 67 anos de história. Terceira no mundo em sua especialidade, a entidade conta com cerca de quatro mil associados no país. Reconhecidos por cuidarem de doenças como obesidade e diabetes mellitus – as duas maiores epidemias do mundo –, os médicos endocrinologistas vivenciam uma crise ética, com o exercício ilegal da profissão. Além de comprometer o trabalho de profissionais sérios, a realidade coloca em risco a saúde da população.


História

Fundada sob o nome de Sociedade de Endocrinologia e Metabologia do Rio de Janeiro em 1º de setembro de 1950, a SBEM foi transformada em Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia após démarches entre a Sociedade do Rio de Janeiro e Endocrinologistas de São Paulo, com nome sendo adotado oficialmente em 1954. O Paraná havia fundado em 1957 a Sociedade de Endocrinologia e Nutrição do Paraná e foi posteriormente incorporada como Regional, tendo seu nome alterado oficialmente para SBEM-PR em 1965. A SBEM nacional seguiu sua expansão com as regionais Rio Grande do Sul (1958), Pernambuco (1958), Minas Gerais (1958) e Bahia (1965).


Atuação profissional

No consultório os endocrinologistas são reconhecidos por cuidarem de doenças como obesidade e diabetes, mas a área de atuação desses profissionais é bem mais ampla. Alterações menstruais, doenças da tireoide, reposição hormonal masculina e feminina, colesterol e triglicerídeos, osteoporose, excesso de pelos, distúrbios relacionados ao crescimento e desenvolvimento da criança são algumas das muitas doenças que o endocrinologista trata.

O endocrinologista é o profissional habilitado para diagnosticar, tratar e acompanhar as doenças que afetam o metabolismo, sendo capaz de interpretar as variações hormonais que acontecem durante a vida, atuando na prevenção de muitas doenças. “A avaliação do endocrinologista pode evitar o uso indiscriminado de hormônios, dietas e tratamentos farmacológicos que podem colocar em risco a saúde dos pacientes”, afirma a endocrinologista Silmara Leite, presidente da SBEM-PR.


Crise ética

Se por um lado o dia 1º de setembro é dedicado à comemoração, o momento é delicado para a especialidade. A SBEM-PR revela-se preocupada com aspectos que fogem à ética profissional, como o exercício ilegal da profissão, a prescrição indiscriminada de hormônios para pacientes sem indicativo de insuficiências ou doenças hormonais, além da popularização de cursos rápidos ensinando profissionais de outras áreas da saúde como prescrever hormônios a pacientes que buscam por melhoras estéticas, desconhecendo os riscos que isso pode trazer à sua saúde. “A SBEM Paraná criou a Comissão de Ética e de Defesa Profissional - CEDEP para investigar, tratar e penalizar estes casos, ao lado do setor jurídica da SBEM-PR e vem denunciando ao Ministério Público, para que possamos dar um fim às aberrações que tem acontecido nessa área”, destaca Silmara Leite.







Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná | SBEM-PR
E-mail: sbempr@endocrino.org.br
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Fone: (41) 3343-5338
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Diabetes: panorama, prevenção e tratamento



Estudo recente do Ministério da Saúde aponta que a doença avançou 61,8% nos últimos dez anos no país


De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com diabetes saltou de 5,5%, em 2006, para 8,9%, no ano passado. Ou seja, em uma década, a doença cresceu 61,8%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, atualmente, 16 milhões de brasileiros são diabéticos.

A Dra. Dhiãnah Santini, endocrinologista do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Pró-Cardíaco, criado recentemente pela instituição, afirma que o Rio de Janeiro é a cidade líder no ranking brasileiro de diabéticos, com 10,4 casos a cada 100 mil habitantes. A especialista acredita que esse número pode ser ainda maior, tendo em vista que o atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF) aponta que 46,5% dos adultos portadores do problema não têm conhecimento da doença. “É um fator que preocupa, pois os primeiros sintomas podem ser muito leves e os pacientes não percebem, a princípio, que estão doentes”, diz.

De acordo com a médica, o diabetes pode ser dividido em três classes: o do tipo 1, o do tipo 2 e o diabetes gestacional. O primeiro, que é autoimune, compromete a capacidade de produção de insulina de forma súbita. “É bastante comum entre os jovens, requer uso de insulina de forma obrigatória, mas não tem relação com hereditariedade e estilo de vida”, explica.

Já o diabetes do tipo 2 pode aparecer em qualquer idade, com sintomas bastante sutis. “Esse tipo acomete mais os adultos acima do peso, que, em geral, já apresentam histórico da doença na família em várias gerações. Tem relação direta com sedentarismo, hipertensão, obesidade, colesterol alto e doença cardiovascular. De início, pode se apresentar de forma lenta e, também, com sintomas amenos”, observa a especialista. Já o diabetes do tipo gestacional pode acometer gestantes após a 24ª semana de gravidez.

Também segundo a pesquisa Vigitel, as mulheres concentram o maior registro de diagnósticos no período estudado: este foi de 6,3%, em 2006, para 9,9%, em 2016. “A população feminina tem uma tendência maior de ganho de peso que os homens, o que é maximizado após a menopausa, com mais chances de desenvolvimento de resistência insulínica, de crescimento da gordura abdominal e, consequentemente, de surgimento do diabetes”, observa a médica.

Os sintomas mais comuns são visão turva, perda repentina de peso, fome em demasia, infecções, formigamento, confusão mental, fadiga, irritabilidade, sede excessiva e disfunção erétil, no caso dos homens. “Esses são alguns dos sinais clássicos da doença. Outra questão importante está relacionada à demora na cicatrização, mesmo no caso de cortes e ferimentos mais simples”, alerta.

Quanto ao tratamento, dependendo do tipo da doença, há diferenciação, como explica Dhiãnah: “Para o tipo 1, há necessidade de usar a insulina de ação rápida e lenta, com múltiplas injeções ao dia; de seguir uma rotina na dieta, com contagem de carboidratos; e de praticar exercícios regulares, além de verificar diariamente as taxas de açúcar no sangue. Já o tipo 2 exige a ingestão de remédios específicos para ajudar no controle da produção e secreção de insulina pelo pâncreas”, diz.

A especialista informa que a melhor forma de prevenir a doença é manter hábitos saudáveis, como o controle do peso, ingerir alimentos ricos em vegetais e legumes e evitar o açúcar e carboidratos em excesso. “Também é importante que todos os adultos acima de 45 anos – ou até os abaixo dessa idade, que estejam acima do peso – façam exame para saber se estão com diabetes”, finaliza.





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