Pesquisar no Blog

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Cuidando da nossa casa interior



Quando pensamos em reestruturar nossas vidas, é fundamental o cuidado com a nossa casa interior. Abra as janelas de sua casa todos os dias para o Sol, a luz e o ar entrarem, renove suas energias. Ao acordar, agradeça todos os dias pela vida e por todas as oportunidades de aprendizado que irão surgir.

Pinte as paredes, redecore a casa, tire os excessos, esvazie o porão da consciência. Você pode começar fazendo isso em sua casa física e isso se refletirá em sua casa mental. Lembre-se: guardar o “lixo” pode te adoecer.

A doença seria aquela moradora que não gosta da casa limpa, organizada, arejada, clara e colorida. Já a saúde é uma moradora exemplar, ela gosta de tudo limpo e organizado, sem excessos!

Sobrecarregar o corpo físico com estresse e ansiedade faz com que o corpo perca a sua energia vital e descarregue a sua bateria, gerando desequilíbrios orgânicos e psíquicos.

Às vezes, nos impomos objetivos e metas que não precisamos ou não estamos preparados no momento, mas por teimosia nos sujeitamos a práticas diárias exaustivas, ultrapassando nossos limites físicos e mentais. E talvez por isso percamos nossa saúde, por estarmos despendendo muita energia em objetivos equivocados.

Assim, precisamos cuidar de nossa casa mental, além de nossa casa física, que também merece nossa atenção, pois a bagunça e os entulhos impedem o fluxo saudável de energia e ela é um indicativo de nosso estado mental. Uma grande faxina interior e exterior é sempre necessária.

Não é possível fazer uma grande faxina, separar o que queremos do que não nos serve mais, organizar tudo sem fazer uma certa bagunça no início. Ela nos causa desconforto, mas logo tudo vai entrando no seu lugar e o ambiente começa a ficar como queremos.

Não precisa arrumar a casa toda de uma vez só, podemos limpar um cômodo por vez, sem pressa! Tenha paciência e perseverança não desista no meio do processo, continue, mesmo levantando muita poeira, no final, vai valer a pena!

Siga em frente, não lastimes o passado, veja no presente verdadeiramente um “presente” para recomeçar e mais uma oportunidade de ser feliz em seu futuro!

O verdadeiro estado de Consciência é aquele em que estamos completamente presentes no agora. Então vamos começar agora essa limpeza? Mas como?

Identificando sentimentos, pensamentos e ações não coerentes, que estão te limitando e desequilibrando. Proponha-se a fazer pequenas mudanças diárias que fazendo-o sentir mais disposto, feliz e renovado, conseguindo assim reestruturar toda sua casa interior, com determinação, coragem e muito amor por si próprio e pela vida.

Crie sempre paisagens mentais alegres, otimistas e saudáveis! A sua casa é um templo sagrado e merece todo seu cuidado e dedicação!

O melhor momento de recomeçar é agora!


Não importa onde você parou…
em que momento da vida você cansou…
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo.
…jogue tudo fora…
Mas, principalmente… esvazie seu coração…
fique pronto para a vida… para um novo amor…
Carlos Drummond de Andrade



Myrella Brasil - terapeuta, escritora, palestrante, pesquisadora (www.myrellabrasil.com.br)




terça-feira, 24 de janeiro de 2017

São Paulo e seus 463 anos de histórias




Cresceu sob as vinhetas do Rio de Janeiro. Este era - e ainda é para alguns estrangeiros - a figura urbana do Brasil, ornamentada pelo Cristo Redentor. São Paulo, sobretudo em seu centro histórico, também herdou as pompas de Paris e de Londres. A catedral da Sé, rodeada de automóveis feitos de aço, lanternas reluzentes, redondos e curtos como chalés, motoristas imponentes, cheios de boné e sabedoria, encimava nossa praça de muitas primaveras políticas. O pátio do colégio, hoje quase só visto por advogados que procuram seus processos no arquivo, expandiu-se qual um belo pinheiro. Carrega a história dos regimentos militares prontos para partir nas Emboabas. Todos os pátios têm a virtude de carregar um pouco de ideias e de história. O prédio do Tribunal de Justiça do Estado até hoje nada deve a seus irmãos da Europa. O Largo de São Francisco e sua célebre Faculdade de Direito, desde 1827, irradiava a boêmia dos acadêmicos, a sisudez dos mestres e a cultura humanística dos bacharéis. 

Os paulistanos revelaram desde sempre incurial vocação para o trabalho duro, a criatividade e o empreendedorismo. É certo que o planejamento estruturante nunca foi seu forte. Porém, jamais descuidou da política, no sentido bom do tratamento da "res publica". A Câmara de Vereadores iniciava suas sessões depois de o último parlamentar, em geral vindo a cavalo das bandas de Santo Amaro, percorrendo a estrada que hoje é Avenida, tomar assento. Como hoje, discutiam-se temas importantes e picuinhas próprias da época. 

Ao ser acolhido pela Capital que crescia com índole febricitante, em 1958,vindo do interior, apeado de uma magnífica carruagem da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, veio-me a ideia de primeiro mundo, no entorno da Estação da Luz. Talvez não se tenha criado um nome tão representativo para uma estação de trem. 

São Paulo era respirável. Não só por seu clima ideal; já respirava o saber de todas as ciências, impulsionado pela formação da USP, em 1934, concentração e consolidação; além da venerável Faculdade de Direito, do Liceu de Artes e Ofícios, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Escola Politécnica, Escola de Farmácia, Escola de Agricultura, Faculdade de Medicina, Faculdade de Saúde Pública e Instituto de Veterinária, e expansão vertiginosa a todos os ramos do saber. 

Uma periferia extensa, mas não compacta, larga, arejada, de amplos e abertos horizontes, abrigava seus trabalhadores, entremeados de gentios, negros, imigrantes europeus, e a brava gente do nordeste, que já enraizava os primeiros prédios, encimados pela torre do Banespa e o Martinelli. Via-se um bairro de outro, num altiplano ou num fundo de vale. Lembro-me de haver indagado de meu pai, no Jabaquara, se as luzes que víamos pelos lados do Jardim da Saúde e do Ipiranga eram São Paulo. População imensamente criativa ao dar nome a seus sítios: Bairro do Limão, Casa Verde, Freguesia do Ó (!),Quarta Parada, Água Rasa, Água Funda, e a imortal Bela Vista dos poetas noturnos. 

O transporte coletivo, sempre ruim, valia-se da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC), de ônibus "papas-fila" e bondes, "abertos" e "fechados". Esse não foi um capítulo lírico, mas de heroísmo. Heroísmo dessa brava gente que ergueu uma das metrópoles maiores do mundo, com perdão do lugar comum, a sangue, suor e lágrimas. 

Hoje não caminhamos para, estamos no caos. Isso não significa, porém, que a grandiosidade dessa obra única no mundo caminhe necessariamente para a entropia. O homem e sua racionalidade são fundamentalmente adaptáveis às circunstâncias que criam, principalmente no mundo de elevada tecnologia. E capaz de transformá-las.  A revolução nas comunicações já dispensa grande parte das transições físicas. A preservação e a recomposição do verde devem estar na agenda de todo político. Não estão, bem o sabemos, mas é o eterno maniqueísmo, por mais que não se o admitam. As próximas décadas deverão ser a redenção de São Paulo. Acreditamos nisso, talvez por amor. Caso contrário, tudo ruirá e, como disse Bertold Brecht, da minha cidade só restarão os ventos que sopram sobre ela. 

Quanta saudade dos tempos, Tom Zé: 


"São, São Paulo, meu amor
São, São Paulo, quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor" (...) 




Amadeu Roberto Garrido de Paula - poeta e autor do livro "Universo Invisível". Advogado e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas.  




No aniversário de São Paulo, Museus do Governo do Estado distribuem Passaporte dos Museus




Será entregue um exemplar para cada visitante que fizer check-in na página do Museu no Facebook e apresentá-lo na bilheteria; a quantidade de exemplares disponível é limitada


Para homenagear a maior metrópole da América Latina em seu aniversário, os Museus do Governo do Estado de São Paulo presentearão os visitantes no dia 25 de janeiro com exemplares do Passaporte dos Museus. Para ganhar, basta fazer ocheck-in na página do Facebook do museu estadual visitado – inclusive os que têm entrada gratuita todos os dias - e apresentá-lo na bilheteria. 

A ação só é válida nos museus da capital paulista. Com o Passaporte, é possível entrar de graça em qualquer museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo: as folhas contêm informações sobre os museus, fotos, e espaço para um carimbo. Na visita, basta apresentá-lo na bilheteria e, assim, garantir seu “visto de entrada” e uma entrada gratuita. Confira a lista dos museus que irão distribuir os passaportes no dia 25. As quantidades são limitadas e a distribuição será por ordem de chegada. 

Não esqueça de fazer o check-in no Facebook ao chegar no museu.

Casa das Rosas

Casa Guilherme de Almeida

Catavento Cultural

Memorial da Resistência

Museu Afro Brasil

Museu da Casa Brasileira

Museu da Imagem e do Som e Paço das Artes

Museu da Imigração

Museu do Futebol 

Museu de Arte Sacra

Estação Pinacoteca Pinacoteca do Estado

Museu da Diversidade Sexual




 

"Em Sampa Existe amor"





Posts mais acessados