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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dia Nacional da Saúde Bucal: prevenção é o tratamento mais eficiente e barato



Brasileiro tem muito mais acesso aos tratamentos odontológicos, mas, segundo o que dentistas observam na rotina de atendimento, as pessoas ainda não investem em prevenção e só frequentam consultórios quando possuem algum problema 


No mês em que se comemora o Dia Nacional da Saúde Bucal, 25 de outubro, especialistas do setor afirmam que, apesar da melhora na saúde odontológica do brasileiro nos últimos anos, o cenário ainda é preocupante, Pesquisas do Ministério da Saúde apontam que no Brasil bebês de 18 a 36 meses já têm em média um dente cariado e que o problema também afeta de 60% a 90% das crianças em fase escolar.  Quanto aos idosos, há 3 milhões de pessoas, entre 65 e 74 anos, que necessitam de prótese total ou pelo menos em um dos maxilares.

Embora atualmente existam politicas públicas voltadas para a saúde bucal e tratamentos gratuitos oferecidos por todo país, via universidades e Sistema Único de Saúde, de acordo com a Dra. Maria Paula Borghi, professora na área de Dentística Estética e especialista em DTMe Dores Orofaciais,  ainda faltam ações preventivas da população. O maior problema é que as pessoas têm o hábito de visitar o consultório só quando têm dor de dente ou quando um problema já está instalado.  ”A prevenção é o melhor caminho para afastar as doenças bucais. Se as pessoas cuidarem da higiene desde a infância, terão dentes preservados por toda a vida”, explica. A seguir, confira um guia de prevenção para adotar já!  


Cuidados diários que não se deve abrir mão
  • Adquira um kit com escova, creme e fio dental. É recomendável substituir a escova a cada três meses ou quando as cerdas começarem a entortar;
  • Opte pelos produtos de higiene bucal com flúor e só use enxaguante bucal com indicação do seu dentista;
  • Economize no creme dental. A quantidade recomendada por escovação equivale a um grão de ervilha;
  • Escove os dentes e use o fio dental sempre após as refeições. É importante que a escovação seja delicada, não escove o dente com força;
  • Escove a língua todos os dias com a própria escova ou com limpadores de plástico indicados para essa função;
  • Redobre a atenção na higienização noturna para garantir que os dentes estejam sem resíduos de alimentos antes de dormir;
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Não espere ter um problema para visitar o dentista
  •  Mesmo sem dor, sangramento ou nenhum sinal anormal nos dentes, marque uma consulta hoje mesmo ao dentista;
  •  Visite um profissional da saúde bucal pelo menos duas vezes por ano.

Aprenda a escolher a escova de dentes
Apesar de existirem muitas opções no mercado, a melhor escova é a mais simples.

Tamanho: Opte por um modelo com cabeça pequena, semelhante a escova infantil. Desta forma, será possível alcançar melhor os dentes molares, aqueles que ficam lá no fundo da boca;

Cerdas: devem ser macias, pois causam menos atrito e mantem a integridade do esmalte dos dentes. Essa opção é mais eficiente para remover a placa bacteriana e resíduos de alimentos;

Exceções: Pessoas que utilizam aparelhos ortodônticos, que possuem implantes dentais ou próteses odontológicas podem necessitar de escovas especiais, diferentes do modelo indicado acima. Assim como, em casos de pós-cirurgia oral e utilização de próteses removíveis, o uso de escovas adequadas pode ser necessário, consulte o formato ideal com o seu dentista.


Estimule as crianças a criarem bons hábitos
  • Os pequenos se espelham nos pais, então nada melhor do que dar um bom exemplo.  Na hora de escovar os dentes, convide seu filho para que ele adquira o habito de higienizar a boquinha;
  • Explique o porquê a escovação é importante;
  • Mostre para a criança que comer e ficar sem escovar os dentes vai estimular o aparecimento de bichinhos;
  • “Escove” os dentes dos brinquedos e ursinhos de pelúcia para se aproximar do universo lúdico do pequeno;
  • Crie o ambiente adequado no banheiro. Coloque um banquinho na altura da pia ou um copo de água para ajudar no bochecho;
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Agende uma visita com um odontopediatra, especialista no atendimento infantil. Ele vai cuidar da saúde bucal do pequeno, mesmo se ainda for bebê.


Dra. Maria Paula Borghi - Cirurgiã Dentista. Professora na área de Dentística Estética. Atua nas principais áreas transformadoras de sorrisos (Estética reparadora, Ortodontia, DTM e Dores Orofaciais e prevenção);
Especialista em DTM e Dores Orofaciais
Possui Consultório Particular na cidade de Americana – Telefone (19) 3645 0984


TER UMA VIDA FISICAMENTE ATIVA AJUDA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA



Estamos no mês de outubro e neste período sempre lembramos das campanhas relacionadas ao Projeto Outubro Rosa, desenvolvido pelo Instituto Neo Mama. Mas o que não podemos é lembrar de nos prevenirmos e alertarmos as mulheres ao nosso redor somente nesta época. 

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 7,2 milhões de pessoas morreram de câncer no mundo em 2012. Destas, 522.000 são mulheres vítimas do câncer de mama. Em cada oito mulheres, estima-se que uma desenvolverá a doença no decorrer da vida. Os números são alarmantes e a incidência de câncer é alta.

No entanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, a prática de exercícios físicos pode reduzir em até 7% o risco de pessoas desenvolverem qualquer tipo de câncer, ou seja, é possível prevenir o câncer com uma vida fisicamente ativa e por meio da adoção de alguns hábitos.

A seguir, listo 6 dicas para você manter uma vida mais saudável e longe da doença:


1. Faça mensalmente o autoexame da mama
Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao apalpar suas mamas. Mulheres que menstruam devem fazer o autoexame 3 a 5 dias após a menstruação. Já as que não menstruam devem escolher uma data fixa mensalmente. Visitar o ginecologista pelo menos uma vez ao ano para checar a saúde e certificar-se de que tudo está bem também é fundamental. Realize o autoexame mensalmente e procure o médico caso encontre alguma anormalidade. 


2. Alimente-se de forma saudável
Cerca de 1/3 de todos os diagnósticos de câncer estão relacionados a uma alimentação incorreta e inadequada. Adote uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes e pobre em alimentos gordurosos e bebidas com açúcar. Coma menos gorduras, principalmente animal, reduza o consumo de sal r ingira com moderação alimentos ricos em açúcar. Prefira os óleos vegetais aos de gorduras animais. Vale lembrar também de que nada em excesso faz bem.


3. Mantenha o peso sob controle
O excesso de peso também é um vilão para quem quer prevenir a doença. Estima-se que, após a menopausa, as chances de uma mulher desenvolver o câncer de mama aumentam muito se ela estiver acima do peso. Estudos também mostram que mulheres obesas ou com sobrepeso que são diagnosticadas com câncer de mama têm maiores riscos de terem reincidência da doença do que aquelas que estão em seu peso ideal. Controle o peso corporal e evite a obesidade.


4. Não fume
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é uma doença que causa dependência física, psicológica e comportamental. Um estudo realizado aponta que pacientes que fumam mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos tem um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas que fumam menos ou que não são fumantes. Busque ajuda para largar o vício se for necessário. 


5. Reduza o consumo de álcool
O consumo de álcool também está associado ao aumento do risco de desenvolver a doença. De acordo com pesquisadores, o risco de contrair o câncer de mama aumenta diretamente em relação ao aumento do consumo de álcool, cerca de 10% para cada 10 g por dia. Assim, quanto maior o consumo, maior o risco. Você pode prevenir o risco de desenvolver a doença não ingerindo bebidas alcoólicasem excesso.


6. Pratique atividade física regularmente
Além de promover o bem-estar, ajudar a controlar o peso e melhorar a autoestima, a atividade física é uma aliada importante no combate ao câncer de mama. Estima-se que mulheres que fazem pelo menos quatro horas semanais de atividade física regularmente apresentam uma incidência 20% mais baixa de aparecimento de câncer de mama. Escolha uma atividade física que se adapte ao seu estilo de vida e que você goste!


Hoje, encontramos no mercado diversas atividades e opções que conseguem nos proporcionar bem-estar e cuidados com a saúde de forma prática e facilitada, perto de nossa casa ou do nosso trabalho. Então, não temos mais desculpas para deixar de lado nossa saúde.

Priscila Miyamoto - Sócia-Diretora do Gympass, que é especializado em oferecer soluções corporativas para empresas fortalecerem seus programas de saúde e suas políticas de benefícios, garantindo mais qualidade de vida para os colaboradores e consequentemente mais produtividade.

Câncer, genética e espiritualidade



Acreditar em Deus faz diferença quando enfrentamos um câncer? Pode alterar a realidade de alguém destinado a desenvolver uma doença grave e letal? A fé muda o destino daqueles que sofrem? Estas não são questões simples e que podem ser respondidas sem a devida reflexão, sem o auxílio do método científico, da filosofia e da teologia.

Câncer é um termo genérico e que representa mais de mil doenças diferentes. A maioria delas é curável, se diagnosticada precocemente e, claro, se tratada de maneira adequada, por profissionais e centros tecnicamente preparados. Tudo isso sem a necessidade da intervenção divina. Bastam o método científico e o acesso aos meios diagnósticos e terapêuticos.

Muitos são os chamados e poucos são os escolhidos. Assim é na Bíblia. Assim também é na genética. Mesmo para aqueles raros portadores de mutações genéticas. Em geral, a maioria deles não desenvolverá as doenças a que estão predispostos. Assim, as doenças de origem genética surgem em quem pode e não em quem quer. Podemos dizer que são aleatórias, randomizadas, e não uma punição divina.

A espiritualidade pode ser definida como a propensão do homem para a busca de um significado transcendente para a vida e de uma conexão com algo maior. Ela pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Até mesmo Marx falava da existência de uma espiritualidade sem Deus. Contudo, a relação dela com a saúde humana permanece um grande dilema. Mais espiritualidade pode significar menos sofrimento ou um preparo melhor para enfrentar doenças graves? Cura? As perdas provocadas pelas doenças podem ser amenizadas por um sentimento ou uma crença em algo maior que nós ou que compense a nossa vulnerabilidade existencial?

Existem alguns modelos de estudos que pretendem medir a espiritualidade. De novo, não se trata de medir a fé ou a religiosidade. Esta última, por exemplo, é um conjunto de sistemas culturais, valores morais e crenças que relacionam o ser humano com a espiritualidade. Ainda que isso tenha grandes limites metodológicos, a aplicação desses modelos pode ajudar no desenvolvimento de estudos científicos sobre o impacto da espiritualidade na saúde humana. Mas a ciência pretende medir os fatos concretos – compará-los e buscar uma relação de causa e efeito. A espiritualidade busca o transcendente e o intangível. Não quantificável. Podem ser aliadas?

Na prática oncológica, o que percebemos é que os pacientes que enfrentam a doença de maneira mais serena, em geral, são aqueles que estabeleceram relações interpessoais mais sólidas, maduras, seja com a família, seja com seus amigos. A classe social, por outro lado, não tem tanta interferência nisso. E no caso da religião? Por mais que alguns até sejam tentados a achar que pessoas religiosas tenham uma capacidade de aceitar melhor a dor e o sofrimento, a sua interferência possivelmente esteja mais ligada às relações interpessoais e à percepção do significado da vida através dela.

A espiritualidade, então, enquanto relação humana com algo maior, pode fazer diferença. E este algo maior pode até ser Deus para alguns. Mas pode também estar na família, no ideal ou em um legado social que deixamos para a posteridade. Se a imortalidade existe, ela nunca poderá ser provada cientificamente. Ficará nas obras e nas recordações. Os que mais sofrem não são aqueles que não têm religião ou que não acreditam em Deus, mas aqueles centrados em si mesmos. “Não existe dor maior do que a recordação dos tempos de glória na miséria”, dizia Francesca de Rimini. Dante tinha razão.




Cicero Urban - médico oncologista e mastologista, é professor de Metodologia Científica e Bioética na Universidade Positivo e vice-presidente do Instituto de Ciência e Fé em Curitiba.



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