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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O que fazer para comprar uma casa com a alta dos juros?




O aumento das taxas de juros do financiamento imobiliário pela Caixa Econômica Federal, que deve ocorrer para os financiamentos feitos depois do dia 19 de janeiro, vem causando preocupação em quem se planejou para realizar esse sonho ainda este ano.
Contudo, antes de entrar em pânico é necessário entender o que irá acontecer, sendo que, os financiamentos do Programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não serão afetados com essa alta nas taxas de juros. Na realidade serão alteradas apenas as taxas nas operações com recursos da poupança, só valendo para quem tem renda acima de R$ 5,4 mil.
Veja simulações feitas tendo como base o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI):





SHF anterior

SHF nova
Valor à vista
R$ 300.000,00

Valor à vista
R$ 300.000,00
Taxa de juros ao ano
8,50%

Taxa de juros ao ano
9,00%
Nº de mensalidades
360

Nº de mensalidades
360
Valor da mensalidade
R$ 2.285,51

Valor da mensalidade
R$ 2.413,87
Valor total pago
R$ 822.784,67

Valor total pago
R$ 868.992,43





SFI anterior

SFI nova
Valor à vista


Valor à vista
R$ 300.000,00
Taxa de juros ao ano


Taxa de juros ao ano
10,70%
Nº de mensalidades


Nº de mensalidades
360
Valor da mensalidade


Valor da mensalidade
R$ 2.784,67
Valor total pago


Valor total pago
R$ 1.002.481,20





Fonte: Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin)

Então, como fica para quem quer comprar a casa própria este ano? Se essa já for uma decisão, o melhor negócio sempre é  comprar à vista, pois não paga juros e também tem a vantagem de conseguir um bom desconto na maioria das vezes. Mas, mesmo assim, alguns cuidados são necessários, principalmente, em relação aos gastos extras, que são consideráveis, com taxas cartoriais e bancárias, além de itens como mudança, condomínio e mobília. As famílias não pensam nestes pontos e aí que se endividam.
Entretanto, pagar à vista não é a realidade para a maioria dos brasileiros, como segunda opção recomendo um consórcio para quem não tem urgência em mudar e tem disponibilidade de uma verba de investimento mensal. Neste caso se pagará menos e se tiver sorte poderá ser sorteado e ganhar a casa rapidamente, além de também poder economizar para dar um lance com economias extras.
Depois destas opções vem o financiamento, que também é uma opção de compra interessante, o grande problema é que ao comprar uma casa financiada se firmará um compromisso mensal. A dica para poupar é fazer uma estimativa dos gastos totais, avaliar quanto falta para atingir o montante e diagnosticar quanto pode ser posto de lado por mês para fazer face às despesas.
Também é fundamental ter em mente que com o financiamento se estará contraindo uma dívida de valor. Que deverá ser honrada mensalmente e que existem os juros que, somados ao longo do contrato, podem significar o pagamento de duas até três casas.
No caso de pagar aluguel, o financiamento pode ser uma ótima alternativa, deixando de pagar esse valor sem retorno futuro para pagar a prestação de algo que será seu. Se a pessoa não pagar aluguel, uma ótima alternativa é guardar o valor da prestação do financiamento,em qualquer tipo de investimento conservador, assim, em sete ou oito anos poderá comprar a casa à vista e não pagar juros. É preciso entender que o dinheiro aplicado rende juros, enquanto que o financiamento se paga juros.
Um grande problema enfrentado para a realização do sonho de uma casa própria, são as dívidas sem valor, aquelas contraídas nas compras de produtos e serviços que muitas vezes não agregam valor. Estas acabam desequilibrando o orçamento financeiro mensal e com isso perde o foco no bem de valor que é a casa.
Veja alguns passos para se adquirir uma casa própria:

1. Reúna a família e converse sobre este tema, definindo o lugar, valor e as reais condições que se encontram.
2. O melhor caminho para adquirir é poupar parte do dinheiro que se ganha, faça uma simulação em qualquer banco de quanto custaria a prestação deste imóvel e comece a guardarem um investimento conservador como poupança, CDB ou tesouro direto.
3. Analise o valor do aluguel que está pagando e se for o mesmo valor da prestação de um financiamento, poderá ser uma opção financiar o imóvel.
4. Lembre-se que o financiamento de um imóvel é considerada dívida de valor, por isso deve ser protegida e garantida antes de sair pagando as despesas mensais.
5. Cuidado com o valor do imóvel que comprará e veja se o seu valor adéqua-se a seu verdadeiro padrão de vida, muitas vezes não respeitamos nosso padrão.
6. Tenha sempre uma reserva estratégica, em caso de qualquer eventualidade não deixará de honrar este importante compromisso.
7. Caso não esteja conseguindo pagar a prestação da casa própria é preciso rever imediatamente os gastos, em especial as pequenas despesas que somadas podem levar uma família ao desequilíbrio financeiro.
8. Nunca se esqueça que um novo imóvel demanda novos custos, como mobiliário novo, condomínio, taxas de transferência, etc.
9. Outro ponto a ser levando em conta é o custo de vida da região em que irá mudar, este pode se elevar. Também se preocupe com gastos com transporte.

Reinaldo Domingos - educador financeiro, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), autor dos livros Terapia Financeira, Eu mereço ter dinheiro, Livre-se das Dívidas, Ter Dinheiro Não Tem Segredo, das coleções infantis O Menino do Dinheiro e O Menino e o Dinheiro, além da coleção didática de educação financeira para o Ensino Básico, adotada em diversas escolas do país.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Trinta anos após a eleição do primeiro civil como presidente após o golpe de 64, especialistas comentam o processo de redemocratização brasileiro




 Há exatos 30 anos, em 15 de janeiro de 1985, Tancredo Neves foi eleito pelo Colégio Eleitoral o primeiro presidente civil após o golpe de 1964. Este é um marco histórico no processo de redemocratização do Brasil, conforme explica a jurista e coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Santa Marcelina – FASM, Rita do Val.
“O dia em que se elegeu o primeiro civil como presidente no Brasil, ou seja, alguém que não tivesse um cargo militar, foi, de fato, uma data importantíssima no nosso calendário político”, coloca a professora. “No entanto, vale recordar que, ainda que o movimento ‘Diretas Já’ estivesse ganhando força, a nomeação foi feita pelo Colégio Eleitoral, uma forma de votação indireta”.
Formada em direito no mesmo ano das eleições, a docente afirma que houve uma razão para que o povo não pudesse ir às urnas. “Havia um grande temor e uma enorme fragilidade ao redor do processo de redemocratização. A preocupação era de que os militares não permitissem a movimentação política dos cidadãos e impedissem o avanço. Sendo assim, optou-se por colocar uma pessoa com passado político forte, da oposição, ainda que não fosse uma escolha da maioria”.
 No exterior, a alternância de poder teve boa repercussão. “No período ditatorial, o Brasil era visto como a ‘República das Bananas’, um lugar de corrupção e de crimes bárbaros. Tancredo, que já havia sido ministro nos governos de Getúlio e Jango, representou o rompimento com essa imagem e deu à comunidade internacional a ideia de uma nova fase. Embora não tenha promovido nenhuma grande mudança, pois faleceu antes de ser empossado, encerrou esse capítulo obscuro”.
Em termos jurídicos, Tancredo Neves nunca chegou a ser empossado. “Foi feita uma manobra para manter o acordo que pôs fim à ditadura. Ao invés de se empossar Ulysses Guimarães - então presidente da Câmara dos Deputados - para governar por um mandato provisório de dois anos até novas eleições, José Sarney, que era vice não empossado, assumiu a presidência pelos cinco anos subsequentes”.

Recordes de calor e nosso corpo, como enfrente essa situação?





Especialista em medicina preventiva e longevidade, fala sobre os riscos, cuidados e nos da dicas para enfrentar de uma forma mais leve as altas temperaturas

Verão intenso, com recordes de temperatura, dificuldade para dormir, para trabalhar, para se alimentar, para quase tudo, mas quais serão as reais consequências disso no nosso organismo?
Temperaturas elevadas podem aumentar o risco de morte precoce por doenças cardiovasculares, além de poder causar infarto e derrame, a exposição ao calor extremo é capaz de alterar a pressão arterial, a espessura do sangue, as taxas de colesterol e a frequência cardíaca.
Segundo Dr. Fábio Cardoso especialista em medicina preventiva e longevidade, devemos nos manter atentos aos sinais que nosso corpo nos dá de que algo não vai bem, para poder tomar os cuidados necessários.
Ele nos alerta sobre os riscos deste calorão:
1- Insolação:
O termo insolação caracteriza o conjunto de sintomas que afeta os indivíduos que ficam expostos excessivamente à luz solar, resultando em um aumento de temperatura do organismo acima dos limites fisiológicos.
Esta condição não é muito frequente, mas pode ser letal. Diferentes problemas de saúde podem estar associados ao calor quando ocorre uma ruptura no equilíbrio da temperatura corporal. Habitualmente, o organismo é resfriado por meio da transpiração; contudo, em algumas situações, apenas a transpiração não é suficiente. Nessas situações, a temperatura corporal de um indivíduo pode elevar-se com rapidez, podendo danificar o cérebro e outros órgãos vitais.
Sinais e Sintomas:
Congestionamento (pele vermelha); Aumento da temperatura corporal; Pele seca;
Contração pupilar (fica pequena)
Dores de cabeça
Náuseas ou vômitos;
Ventilação rápida  e profunda;
Agitação, confusão mental, podendo evoluir para a perda da consciência.
Pulso cardíaco forte e irregular;
2- Intermação (Golpe de calor):
Semelhante à insolação, mas esta é mais grave e pode levar à morte. A intermação é causada pelo aumento da temperatura corporal e pela má resfriação do corpo, por incapacidade de se resfriar adequadamente.
Estar desidratado, ou em ambiente muito úmido, com roupas que não deixam respirar são condições que aumentam muito o risco.
Os sintomas e sinais clínicos:
Palidez;
"Moleza" corporal;
Suores frios e viscosos;
Dilatação pupilar ( menina dos olhos fica grande);
Dores de cabeça,
cansaço,
tonturas e náuseas;
respiração rápida e superficial;
Pode surgir perda da consciência (desmaio),
cãibras (devido à desidratação).
O médico nos alerta ainda sobre o choque térmico. Segundo ele “mudanças bruscas de temperatura, como sair da sauna e tomar uma ducha fria, ou sair do ar condicionado à 18'C para a rua neste verão com 39'C exigem um esforço de adaptação muito grande do organismo. No calor em excesso, os vasos se dilatam e a pressão cai. Já com o frio, acontece o contrário: há uma vasoconstrição, que dispara a pressão arterial. Em ambos os casos, o coração acaba sobrecarregado. Agora imagina tudo quase ao mesmo tempo agora? Esta mistura pode ser extremamente perigosa para quem já tem alguma doença crônica ou sofre de problemas circulatórios.
Nesses casos, podem levar a arritmias cardíacas, alterações metabólicas e pulmonares e em todo o sistema cardiovascular que quando comprometido, amplia o risco de infarto e derrame cerebral, podendo até provocar uma parada cardíaca.
 Estes são casos raros, mas bem comuns são as infecções respiratórias, que são facilitadas nessas condições, com alterações desde o nariz ( alteração no sistema de limpeza ciliar) até o pulmão.
Não só na praia ou na piscina, mas todo dia em todas as situações a  recomendação é de manter-se sempre bem hidratado, tomando muito líquido, e não dar um mergulho na água gelada se estiver com a pele muito quente. O ideal é refrescar-se aos poucos, molhando o corpo por partes.”

Recomendações para sobreviver a este calor 
1-Aumentar a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem açúcar, mesmo sem ter sede. 
2-As pessoas que sofrem de doença crónica, ou que façam dieta com pouco sal, ou com restrição de líquidos, devem aconselhar-se com o médico. 
3-Evitar bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ou ricas em açúcar, porque podem provocar desidratação. 
4-Ter atenção especial a recém-nascidos e crianças, idosos e doentes, porque são mais vulneráveis ao calor e podem não sentir ou não manifestar sede. Neste grupos deve-se promover/incentivar a ingestão de água, mesmo sem sede. 
5-Fazer refeições leves e mais frequentes, evitando refeições pesadas e muito condimentadas. 
6-Permanecer em ambiente fresco, ou com ar condicionado, para evitar as consequências nefastas do calor, particularmente no caso de crianças, idosos ou pessoas com doenças crónicas. Se não dispuserem de ambientes frescos ou climatizados, as pessoas mais vulneráveis devem visitar centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais que disponham de ar condicionado. Deve-se  evitar as mudanças bruscas de temperatura. 
7-Tomar ducha de água fria ou tépida no período de maior calor, evitando contudo as mudanças bruscas de temperatura − um ducha muito frio após exposição prolongada a calor intenso pode causar hipotermia, sobretudo em idosos e crianças. 
8-Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 16 horas. 
9-Usar óculos e chapéu, de preferência de abas largas, sempre que se passear ao ar livre, principalmente crianças e pessoas de pele clara. 
10- Evitar a permanência em veículos expostos ao sol, principalmente nos períodos de maior calor. Se o transporte não tiver ar condicionado, não se deve fechar completamente as janelas. Nas viagens deve-se prever o suprimento adequado de água ou bebidas sem açúcar. Preferir as viagens antes ou após horários 
11-Nunca deixar crianças, doentes ou idosos dentro de veículos expostos ao sol. 
12-Diminuir, sempre que possível, os esforços físicos durante os períodos de calor, e repousar em locais protegidos do sol, frescos, arejados. 
13-Usar roupa larga e solta, de preferência em algodão e com cores claras. 
14-Usar menos roupa na cama, sobretudo no caso de bebés e doentes acamados. 
15-Evitar a entrada de calor no interior das habitações, fechando persianas e portas, mas mantendo a circulação de ar. A abertura de janelas e portas durante a noite pode facilitar a diminuição da temperatura no interior das casas. 
16-Pedir ajuda, sem hesitar, a familiares ou vizinhos, no caso de má disposição ou mal estar com o calor.    
17- troque as lâmpadas (quentes) incandescentes por de LED (frias). Essa troca também ajuda a diminuir o calor dentro de ambientes fechados, uma vez que as lâmpadas incandescentes geram muito mais calor que as demais. 
18- desligue todos os aparelhos que não estiver utilizando ( celular, computador, tv, etc.). Todos eles irradiam calor, aumentando o problema. 
19– Use truques para umidificar o ar interno.  Vale tudo para deixar o ar menos “seco”, principalmente na hora de dormir. Utilize recipientes cheios de água fresca em cada ambiente da casa – só tome cuidado caso tenha filhos pequenos, porque mesmo pouca quantidade de água pode ser o bastante para que uma criança se afogue. Outra boa opção é encharcar toalhas de banho e espalhá-las pela casa, no espaldar de cadeiras e nas portas dos armários, por exemplo. 
20-Condicione o ar, na falta de um ar condicionado...Um ventilador ligado com uma garrafa d’água congelada bem em frente é uma maneira simples e eficaz de fazer circular ar frio pelo ambiente. 

Dr. Fábio S. Cardoso CRM-SC 11796 - Formado em medicina em 1996 pela UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB)- SC.  Especialista em Clínica Médica, pelo MEC e Sociedade Brasileira de Medicina, Especialista em Medicina Intensiva Adulto, pelo MEC e Sociedade Brasileira de Medicina Intensiva, Especialista em Medicina Preventiva e Longevidade, Pós-graduado em Medicina do Esporte, Membro da Associação Brasileira de Medicina Anti-Envelhecimento. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte; Membro do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM); Membro do Comitê de Esportes de Combate do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) Colégio Americano de Medicina do Esporte; Membro da National Athletics Training Association (NATA). Membro da American Association of Professional Ringside Physicians (AAPRP). Membro da Brazil-American Academy for Integrative & Regenerative Medicine

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