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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Crianças com câncer devem ter cuidados especiais no inverno





Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) dá dicas de como prevenir estas doenças em épocas de baixas temperaturas e ter uma melhor qualidade de vida

Com a chegada do inverno, no dia 21/6, as temperaturas tendem a cair cada vez mais e a população fica mais propensa a adquirir doenças respiratórias, principalmente as crianças. Pessoas em tratamento oncológico, como a quimioterapia, são ainda mais suscetíveis a essas doenças porque o sistema de defesa do organismo fica debilitado, o que dificulta para o paciente combater o processo infeccioso, permitindo que se ele instale e progrida. Qualquer infecção no paciente com câncer em tratamento pode ser ameaça de vida, alerta a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE).

De acordo com Carla Macedo, oncologista pediátrica e membro da SOBOPE, um resfriado comum em crianças e adolescentes pode evoluir para infecções graves, como pneumonias extensas, levando à internação hospitalar. “É de extrema importância conversar com o seu médico sobre a possibilidade de tomar a vacina da gripe, inclusive durante o tratamento, a vacina é gratuita para pacientes imunocomprometidos, como é o caso dos tratados com quimioterapia”.

Carla ainda explica que devem ser evitados ambientes com aglomeração de pessoas, mal ventilados e úmidos, além de contato com pessoas doentes. O que é recomendado para auxiliar na prevenção dessas doenças é higienizar as mãos com frequência, ter uma alimentação saudável, primordialmente utilizar roupas quentes e agasalhar as extremidades do corpo, como mãos, pés e cabeça, esta que fica desprotegida devido à queda de cabelo.

Gestação e toxoplasmose





É perfeitamente seguro que uma gestante possua um gato de estimação

A toxoplasmose é uma doença sistêmica causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, parasita que tem o gato doméstico como seu hospedeiro definitivo. A maior parte das infecções causadas por ele em adultos e crianças saudáveis e imunocompetentes é assintomática ou passa por uma gripe branda e, após o controle da infecção no sangue, o parasita pode encistar em diversos tecidos do organismo. Contudo, quando há um comprometimento imunológico por parte da pessoa doente, a doença pode se agravar para quadros mais graves, com acometimento neuro e oftalmológico. Uma vez encistado, existe a chance de um cisto se reativar, gerando uma nova infecção.
 
Em gestantes que contraem a infecção primária, o parasita pode atravessar a placenta e infectar o feto, ocasionando neste último graves alterações neurológicas ou até abortamento. 

Os gatos são os únicos que excretam, nas fezes, a forma infecciosa da doença. No entanto, a maior parte da infecção de humanos é creditada ao consumo de oocistos contidos na carne de animais infectados quando consumida mal cozida ou em alimento que tenha sofrido contaminação de carne crua, sendo a carne de porco fresca, nos EUA, referida como a principal fonte de infecção. Animais de abate como suínos, bovinos e aves, contaminam-se através do consumo dos oocistos infectantes, liberados por gatos nas fezes, ou também através da ingestão de carne de algum hospedeiro contaminado. 

Os oocistos liberados nas fezes dos gatos necessitam de, aproximadamente, 24 horas em temperatura ambiente para se tornarem infecciosos, ou seja, a remoção diária e o descarte apropriado das fezes da caixa sanitária do gato impedirão o desenvolvimento do estágio infeccioso e a ocorrência da doença, mesmo se estiverem sendo eliminados oocistos, o que pode ocorrer apenas por 3 semanas após a infecção primária do felino. Assim, desde que haja bom senso e cuidados com higiene, a chance de infecção da mãe gestante é praticamente nula. Ainda contribui para isso o fato de o gato se limpar constantemente, impedindo que o oocisto tenha tempo de se tornar infectante. 

Dessa forma, é possível afirmar que é perfeitamente seguro que uma gestante possua um gato de estimação, no que tange a contaminação pelo Toxoplasma afirma o Dr. Cauê Toscano do Vet Quality Centro Veterinário 24h. A chance de infecção é sabidamente ínfima, sendo o consumo de alimentos contaminados um fator de risco muito mais significativo. Recomenda-se, por excesso de cautela, que a gestante evite o contato com as fezes do gatos, deixando essa tarefa para outra pessoa. Contudo, se não houver essa possibilidade, basta que ela use luvas, troque a caixa mais de uma vez por dia e lave as mãos de maneira rigorosa após a manipulação do gato ou de qualquer coisa potencialmente contaminada pelas suas fezes. 

É possível que a gestante faça um teste sorológico para toxoplasmose, de forma a saber se já teve contato prévio com a doença, o que permitirá inferir a existência de memória imunológica contra o agente, reduzindo ainda mais a chance de infecção. 

Outras formas de a gestante prevenir a doença consistem em evitar contato com o solo, por conta da possibilidade de contaminação, e não consumir carnes cruas. Luvas devem ser utilizadas para lidar com horticultura e vegetais devem ser rigorosamente lavados. Se tiver de manipular carne crua, a gestante deve ser meticulosa quanto a limpeza de suas mãos e dos utensílios e superfícies da cozinha, durante e após o preparo, evitando, assim, a transferência de cistos viáveis do alimento para a boca. Vale ressaltar novamente a importância de não serem consumidos alimentos crus, visto que o Toxoplasma é totalmente eliminado após o cozimento do alimento (mais de 68,3
C). 

Para evitar que seu gato seja infectado pela toxoplasmose, é importante que eles sejam sempre alimentados com ração comercial ou com alimentos bem cozidos. Não deve ser fornecida carne crua (independente da espécie de origem), vísceras ou ossos. Ainda, é conveniente que os gatos sejam mantidos dentro de casa, visando impedir que pratiquem caça ou revirem lixos. 

Tratamento cirúrgico após grande perda de peso ou após cirurgia bariátrica



A Obesidade é uma condição médica na qual se verifica acumulação de tecido adiposo em excesso ao ponto de poder ter impacto negativo na saúde, o que leva à redução da esperança de vida e/ou aumento dos problemas de saúde. Uma pessoa é considerada obesa quando o seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30 kg/m2. 

Atualmente existem tratamentos cirurgicos eficientes para proporcionar bem estar e qualidade de vida  para as pessoas que perderam muito peso ou realizaram cirurgia bariátrica.

Independente da área corporal a ser operada, existem vários tipos de indicação cirúrgica para pacientes obesos ou ex- obesos:
 
- Obesos onde parte do corpo prejudica suas funções diárias antes do emagrecimento (cirurgia de alívio ou higiênicas).
- Obesos que estão emagrecendo, mas ainda não atingiram seu peso ideal (cirurgia de alívio ou higiênicas).

- Ex-obesos que perderam muitos quilos de peso e ficaram com deformações e desejam melhorar a apresentação para continuarem sua caminhada para o peso ideal (cirurgia de alívio ou higiênicas).

- Ex-obesos que atingiram seu peso ideal através de atividades físicas e reeducação alimentar ou cirurgia bariátrica (cirurgia reparadora do contorno corporal após grandes perdas de peso).

Cabe salientar que a obesidade e o sobrepeso associados a outras comorbidades (hipertensão arterial; diabetes; hipercolesterolemia...) aumentam o risco cirúrgico. 

Devemos atentar que para a realização do emagrecimento através de reeducação de hábitos de vida e/ou cirurgia bariátrica devemos ter acompanhamento de uma equipe multiprofissional afirma o cirurgião plástico Dr. José Neder Netto.

Após 1 ano da cirurgia bariátrica, atingido o peso ideal ou a meta estipulada, o paciente deverá manter esse peso por no mínimo 6 meses para que possa ser submetido ao procedimento cirúrgico, assim sua perda de peso estará estabilizada e deverá manter seu peso após o mesmo para que não perca todo resultado  ou parte dele.

Após grandes perdas de peso o paciente costuma apresentar deficiências nutricionais como hipovitaminoses, baixa de proteínas, anemias e outros os quais atrapalham na recuperação e cicatrização do paciente.

Exames e avaliações pré-operatórios devem ser realizados para avaliação do paciente e de seu risco cirúrgico.

Os procedimentos mais realizados envolvem a região do abdômen, das mamas, das pernas e braços; podem também ser realizados procedimentos em flanco e dorso.

Todos os procedimentos de contorno corporal exigem incisões para remover o excesso de pele. Em muitos casos, essas incisões podem ser extensas. O comprimento da incisão e o padrão dependerão da quantidade e da localização do excesso de pele a ser removida, assim como a preferência pessoal e o julgamento do cirurgião. Técnicas avançadas geralmente permitem que as incisões sejam feitas em locais estratégicos, onde possam ser escondidas pela maioria dos tipos de vestuário, no entanto, nem sempre é possível.

A aparência final da cicatriz não depende da técnica utilizada e/ou da experiência do cirurgião, depende apenas da cicatrização e particularidades do organismo de cada indivíduo.

A intervenção cirúrgica de contorno corporal, após grande perda de peso, melhora a forma e o tônus do tecido subjacente, que sustenta gordura e pele, e remove o excesso de gordura e flacidez da pele. O resultado é uma aparência mais normal do corpo, com contornos suaves. Esta é, em essência, a fase final do processo de perda de peso.
 
A decisão de se submeter à cirurgia é pessoal e é você quem deve decidir se os benefícios atingirão seus objetivos e se os riscos e potenciais complicações são aceitáveis.


Riscos da cirurgia:
- Cicatrizes desfavoráveis,
- Sangramento (hematoma),
- Infecção,
- Acúmulo de líquido (seroma),
- Riscos anestésicos,
- Má cicatrização,
- Necrose de pele,
- Dormência ou demais alterações de sensibilidade na pele,
- Despigmentação da pele e/ou inchaço prolongado,
- Assimetria,
- Deiscência (reabertura de uma ferida previamente fechada),
- Flacidez residual da pele,
- Dor, que pode perdurar,
- Trombose venosa profunda, complicações cardíacas e pulmonares,
- Inchaço persistente nas pernas,
- Possibilidade de novo procedimento cirúrgico.

A cirurgia de contorno corporal é frequentemente realizada em etapas. Sua condição particular e expectativas, bem como a opinião do cirurgião plástico, influenciarão o plano cirúrgico. 

Embora possa ter levado dois anos, ou mais, para perder todo o peso em excesso, pode levar o mesmo tempo ou mais para o aparecimento dos resultados de cada cirurgia por completo.



Dr José Neder Netto 
CRM- 120.985
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

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