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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

A crise dos 30, um dilema contemporâneo



Processos de transformação, sejam eles de qualquer natureza, não costumam ser fáceis. Aos 30 anos chega o momento de tomar mais uma de tantas decisões importantes ao longo da vida: crescer ou não crescer. É uma fase de retrospectiva e introspecção, o balanço do que foi vivido. A vida adulta é um chamado e ao mesmo tempo uma encruzilhada, sem placas indicativas de qual caminho é o mais seguro, prazeroso, mais curto ou dificultoso, tampouco onde este percurso levará.

Aos 30, há um convite mais claro para descobrir sua real identidade, potencialidades e o seu verdadeiro caminho. Ou para entrar de vez na engrenagem social, cumprindo as etapas que os outros esperam que você cumpra sem apropriar-se realmente das escolhas e responsabilizar-se pela própria vida. Algumas pessoas fazem esse balanço por convicção, outras porque realmente já passaram de seus limites.

Ao mesmo tempo em que já amadureceram e deram frutos no aspecto profissional, em outras esferas continuam imaturas, pois existem outras fragilidades que não habitam a casa da carreira. Estas fragilidades nascem da compensação em relação ao excesso de energia destinada às conquistas profissionais, típicas da primeira metade da vida.

Um dos gatilhos para a crise profissional é a constatação de que os outros estão “na frente”, enquanto a pessoa se sente “para trás” e, de alguma forma, inferiorizada. Um amigo que ganha um salário muito maior, outro que casou e já teve filhos, ou ainda alguém que comprou uma casa.

Embora a constatação de tantas mudanças, internas e externas, seja um ponto comum entre os adultos de 30 anos, a falta de clareza sobre o que significa essa fase da vida pela perspectiva psicológica e biológica pode aumentar a sensação de desencaixe. Atravessar a fronteira de três décadas de existência muitas vezes é um processo doloroso. Porém, pode ser também positivo e fortemente transformador. Uma grande oportunidade de mergulhar em si mesmo a convite da crise para, então, reorganizar e ressignificar as experiências do passado e os projetos do futuro.

É possível que a vontade de mudar, de jogar tudo para o alto, de fazer diferente existisse com a mesma intensidade nas gerações que hoje já passaram dos 30 e naquelas que têm essa idade agora. Porém, há 50 anos, não havia espaço para discussões nem “plano B”. Nem tudo parecia possível. Não tínhamos tantas possibilidades e, em muitos casos, o caminho já estava pré-determinado.

Encarar a próxima fase, o crescimento e tudo o que vem com ele vale a pena. Está pronto? Nunca estamos, mas não tem escolha, temos que crescer, a vida só tem um sentido... pra frente.





Bruna Tokunaga Dias - psicóloga, autora do livro A crise dos 30 – A adolescência da vida adulta. Especialista em Orientação Profissional e mestre em Psicologia clínica: questões de carreira na atualidade pela PUC-SP






Pró-Sangue registra queda de 50% do estoque




Alguns tipos sanguíneos estão em emergência


Com a queda da temperatura, a coleta de sangue registrou baixa significativa. Por conta disso, as reservas da Fundação encontram-se em situação bem crítica. O estoque da Fundação está 50% abaixo do patamar desejado.
Atualmente, alguns tipos encontram-se em situação bem delicada. Os sangues O+, A+, A- e B- estão críticos, ou seja, em condições de abastecer os hospitais por apenas dois dias. Já os tipos O- e B+ estão em emergência, isto é, garantem o suprimento por um dia.


Vale lembrar que a Pró-Sangue fornece sangue para mais de 100 instituições de saúde da rede pública do Governo do Estado de São Paulo. Para que o sangue não venha a faltar para quem precisa, a Fundação convoca as pessoas a virem doar urgentemente, para que a o abastecimento dos hospitais não seja comprometido.


Serviço - Para doar sangue basta estar em boas condições de saúde, vir alimentado, ter entre 16 e 69 anos (para menores, consultar site da Pró-Sangue), pesar mais de 50 kg e trazer documento de identidade original com foto recente, que permita a identificação do candidato. Vale lembrar que é bom evitar alimentos gordurosos nas 4 horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes. Se a pessoa estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apta à doação. No mais, outros impedimentos poderão ser identificados durante a entrevista de triagem, no dia da doação. Para tanto, basta acessar o site da Pró-Sangue e consultar os pré-requisitos de doação.


O posto Clínicas fica na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar, a 200 metros da estação Clínicas do Metrô. A unidade atende das 7 às 18 horas de segunda a sexta; das 8 às 17 horas nos sábados, feriados e pontes; e das 8 às 13 horas, nos 1º e 3º domingos de cada mês. Só lembrando que aos sábados o atendimento está limitado a 380 candidatos. Ao atingir esse número, o cadastro fecha. O estacionamento, gratuito aos doadores, é o subterrâneo - Garagem Clínicas, na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar.


Para horário de funcionamento dos demais postos de coleta acesse: www.prosangue.sp.gov.br/doacao/Enderecos.aspx. Mais informações no Alô Pró-Sangue 0800 55 0300.
A Fundação Pró-Sangue é uma instituição vinculada à Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo. Criada em 1984, arrecada cerca de 12 mil bolsas por mês, sendo responsável por 32% de todo sangue consumido na Região Metropolitana do Estado de São Paulo.



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