Pesquisar no Blog

domingo, 6 de fevereiro de 2022

Diferenças entre a tristeza e a depressão

Ser dispensado de um emprego, perder um ente querido. Esses motivos podem deixar qualquer um triste. Mas como saber se a tristeza é, na verdade, um caso de depressão?

Conhecer as diferenças ajuda a entender o que você está sentindo e saber quando procurar a ajuda de um especialista.

Duração - Enquanto a tristeza dura algumas horas ou até alguns dias, a depressão, sem o tratamento certo, pode durar meses ou anos. Na verdade, uma pessoa é considerada com depressão quando a tristeza dura mais de duas semanas.

Intensidade - A tristeza é um sentimento normal e não afeta a sua produtividade. Mesmo triste, você consegue fazer as tarefas simples do dia a dia. Já no caso da depressão, o sentimento ruim não passa e afeta vários aspectos da vida: saúde, trabalho, relacionamentos, família e vida social. Em casos mais sérios, pessoas com depressão podem até pensar em suicídio.

Causas - A causa da tristeza geralmente é algum acontecimento específico. Já no caso da depressão, existem alguns fatores que podem aumentar o risco de ela se desenvolver, por exemplo: a deficiência na produção de algumas substâncias pelo cérebro, herança genética, aspectos da personalidade (baixa autoestima ou pessimismo) e fatores ambientais (como exposição à violência, à negligência ou à pobreza).

Enquanto tristeza dura algumas horas ou até alguns dias, o mesmo não acontece com a depressão, que pode causar vários sinais e sintomas.  

Conheça os principais:

Não ter interesse ou prazer em atividades que antes eram divertidas;

Perder ou ganhar peso sem ter feito alterações na dieta;

Ter problemas com sono (dormir pouco ou dormir demais);

Ter explosões de raiva, mesmo por motivos bobos;

Estar sempre cansado, com pouca energia ou lento;

Sentir dificuldade para se concentrar ou para tomar decisões;

Ter sentimento de culpa ou de inutilidade.

É importante você saber que a depressão tem tratamento e, na maioria dos casos, cura..

Então, se acha que pode estar com o problema, o melhor é procurar um profissional de saúde mental.

 

Andrea Ladislau - Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras - Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.


É necessário tratares de ti mesmo como prioridade para alcançar uma vida com êxito, harmonia e equilíbrio

Muitas vezes vivemos as nossas vidas condicionados a como iremos fazer as outras pessoas se sentirem, conduzindo diversos processos para tornar o outro mais feliz, pleno e realizado. Mas, a dado momento, é necessário colocares-te em primeiro lugar.

Algo que venho observando durante esses anos de mentoria, é que a dor das pessoas está ligada à negligência, seja casos que elas sofreram quando crianças, ou até mesmo na vida adulta.

Colocares-te a ti mesmo em último lugar na tua lista de prioridades é negligenciares-te. A tua vida só existe porque tu existes, e, no momento em que tu te negligencias, a tua vida começa a perder o sentido.

Isso faz com que tu queiras abandonar coisas que, geralmente, não estão mais funcionando para ti. E isso se aplica a questões simples do dia a dia como um celular, se estendendo à vontade de mudar de casa ou até mesmo de emprego.

Pergunta a ti mesmo: Qual foi a última vez que te presenteaste? Quando foi a última vez que tu realmente te colocaste em primeiro lugar?

Para que as tuas mudanças sejam saudáveis e aconteçam no momento certo, é preciso colocares-te como prioridade e perguntares-te como gostarias de estar vivendo determinadas situações. Tudo isso visando ser mais feliz, levando uma vida com êxito, harmonia e equilíbrio.

Assim, irás perceber que para realizares todas as mudanças que almejas, é necessário descobrires em que momento tu deixaste de te tratar como prioridade.

 

 

Marinélia Leal - Engenheira química de formação, descobriu o desejo de trabalhar com pessoas e ajudá-las a ter uma vida com mais qualidade. Morando há 18 anos em Portugal, atua como terapeuta vibracional, life coach, formadora e escritora desde 1998 e Mentora de Alta Performance, com ênfase em Neuro Mentoring de Mindset Milionário desde 2017. Especialista em Rebirthing/Renascimento e Pré-Escola Uterina, Marinélia Leal auxilia as pessoas a encontrarem e desenvolverem o melhor de si. Realiza atendimento presencial em Lisboa, Leiria e Paço D’Arcos e on-line para todos os países de língua portuguesa. Para mais informações, acesse : https://marinelialeal.com/


Como identificar e ajudar no controle da ansiedade e pensamentos negativos

Comportamentos e sentimentos estão vinculados com resultados na vida pessoal e profissional, pois eles definem as ações, atenção e foco. Para um melhor direcionamento dos pensamentos e sentimentos, o cérebro age seguindo alguns padrões, programações e estímulos.

Estes estímulos que o nosso cérebro recebe para realizar uma ação, na maioria das vezes, de forma imediata, são chamados de gatilhos mentais.

Impulsionado por esses gatilhos, o cérebro assume o comando e toma decisões no “piloto automático”.

Quando se identifica e percebe os gatilhos, aprende-se a controlar e gerenciar os sentimentos, como a ansiedade, por exemplo. Reconhecendo os gatilhos, é possível se preparar e gerenciar melhor as ações e reações.

Esta habilidade ou percepção pode ser desenvolvida e identificada por conta própria, com ajuda de um psicólogo ou de um coach. Tais profissionais podem ajudar a entender que o caminho da superação pode estar dentro da própria pessoa.

Às vezes, os gatilhos são mais claros, como: consumo excessivo de café ou de álcool; quando se está parando de fumar; precisando abandonar um vício; e até no caso de relacionamentos tóxicos, porém, nem sempre são tão óbvios.

Ao se descobrir os gatilhos que causam o mal-estar ou reação indesejada, o ideal é limitar a exposição a eles ou mesmo anulá-los. Entretanto, se por exemplo, não se consegue reduzir o contato com um ambiente de trabalho estressante, o uso de técnicas e ferramentas adquiridas por meio de um processo de autoconhecimento e autodesenvolvimento podem ajudar.

 

Mentalidade 

Na maior parte das vezes, a ansiedade e desconforto emocional diminuem quando há um enfrentamento do problema e da questão que causa ansiedade.

Não existe uma fórmula mágica, mas monitorar e controlar os pensamentos e ações está em nossas mãos.

Nossos pensamentos produzem sentimentos -> nossos sentimentos produzem ações -> nossas ações geram resultados. Isso de forma positiva ou negativa.

Portanto, quando são escolhidos bons pensamentos, é evidente a geração de bons pensamentos que, por sua vez, produzirão ações e resultados positivos.

Muitas vezes, a chave está em ter paciência para seguir um processo, completar o ciclo de tempo suficiente para obter resultados duradouros. 


Estratégias para controlar ansiedade:

1) Controlar pensamentos negativos

Desenvolver autocontrole, pois esses pensamentos nem sempre são verdade. Em situações que naturalmente causam ansiedade, não adianta pensar demais.

2) Limitar o uso de rede social

Silenciar as notificações no celular, e definir horários para checar e-mails e redes sociais.

Diminuir a quantidade de informações acessados, ser mais seletivo.

Usar as redes sociais de forma educacional.

3) Encontrar um senso de propósito e realização na sua vida

Quando as pessoas conseguem começar e terminar coisas, fazer o que precisa ser feito e, principalmente, grandes projetos, isso reduz a ansiedade e traz realização. (O planejamento pessoal e profissional vai ajudar).

Aprender a dizer não para as pessoas que sugam seu tempo. Não seja um “agradador” de pessoas.

Aprender a dizer não para coisas e pessoas que não agregam valor e a dizer mais sim para si próprio.

4) Mentalidade do jogo do longo prazo

A vida não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona, é preciso pagar o preço. Se ouvir falar que é da noite para o dia o resultado, isto não existe e se chama atalho, e se atalho fosse bom seria chamado de caminho. Ficamos bons no que fazemos por muito tempo (repetição), inclusive com a paciência.

 

Autoconhecimento 

O autoconhecimento, autodesenvolvimento e autocontrole são essenciais para o controle da ansiedade.

O autoconhecimento permite que você reconheça suas crenças limitantes, para assim conseguir modificá-las. Estas, muitas vezes, agem como um elemento interno prejudicial, que traz autossabotagem e procrastinação para a sua vida. O autocuidado e o autodesenvolvimento são as chaves da tranquilidade emocional e da obtenção do sucesso nas escolhas e ações que são realizadas.

 


Fábio Lima - consultor e mentor especialista em gestão empresarial, CEO da LCC - Light Consulting e Coaching.


Só não gosta de ler, quem não encontrou o livro certo

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro revelou que o brasileiro lê em média 4,96 livros por ano. Pode parecer bastante, mas os franceses, por exemplo, chegam a ler mais de 20 obras no mesmo período. O que explica então o desinteresse pela leitura, especialmente entre os mais jovens, no nosso país?

Acredito que estas estatísticas negativas sobre leitura estão, em parte, ligadas à obrigatoriedade de ler os grandes clássicos da literatura brasileira durante o ensino básico. Não me entenda mal, não estou criticando os clássicos, longe de mim.

O que quero dizer é que a maioria das pessoas tem dificuldade em ler e interpretar a linguagem rebuscada dessas narrativas. Esta formalidade, aliada à obrigação imposta sobre estas leituras, acaba criando um afastamento entre os jovens e a literatura que infelizmente se estende para a vida toda.

Há algum tempo, em uma conversa de família, soube que minha sobrinha de 15 anos, que até então não gostava de livros, finalmente descobriu sua paixão pela leitura. Isso aconteceu porque ela estava lendo um livro que despertou seu interesse.

Este caso retrata minha crença que defendo quase como um mantra: a pessoa diz não gostar de ler até ler um livro que gosta. Não acho que o ser humano seja avesso à leitura. Acredito apenas que cada um tem estilos, gostos e interesses diferentes.

Desde que comecei a escrever romances profissionalmente, tento reverter este movimento contra a leitura que parece ter se enraizado na nossa cultura. Na verdade, todas as pessoas que não leem hoje são potenciais leitores, basta encontrar o livro certo.

Como escritora, uso meu ativismo pró-leitura para enfatizar a importância dos livros no desenvolvimento humano. Inclusive, costumo indicar três caminhos para quem não gosta de ler descobrir como identificar os títulos certos para investir seu tempo.

Para saber quais são os seus gêneros literários preferidos, basta analisar os filmes e séries que você mais assiste. Depois, vale procurar os trabalhos de autores destes gêneros e ler resenhas de livros escritos por eles para encontrar aquele que mais chama a sua atenção.

Tem ainda a regra 80/20: se você leu 20% do livro e não gostou, o melhor é deixá-lo de lado e começar uma nova leitura. Se até ali você não se encantou por aquela história, talvez não seja o livro certo ou mesmo o momento ideal para ele.

Se você conhece alguém que se encaixa neste perfil de brasileiros que não gostam de ler, sugira estas técnicas. Pode ser o incentivo necessário para que mais uma pessoa descubra o potencial dos livros e se apaixone pelo universo mágico da literatura.

 


Luciana de Gnone - escritora e autora do suspense policial “Evidência 7: Segredo Codificado”.


OBJETOS QUE PODEM TRAZER ENERGIAS NEGATIVAS PARA SUA CASA

De acordo com a mística e espiritualista Kélida, alguns objetos são os responsáveis pela falta de prosperidade e problemas na vida

 

A nossa casa é considerada o refúgio da alma e por isso, é sempre bom cuidar das energias e vibrações que habitam nela. Muitas pessoas optam por administrar essas energias com amuletos de proteção e patuás, mas ignoram a presença de objetos que atraem vibrações ruins. 

“Mesmo que você não acredite, as energias circulam pelos ambientes através de coisas e pessoas e alguns objetos podem tanto permitir que boas energias adentrem ao nosso lar como facilitar a entrada das más energias” – pontua Kélida, mística e espiritualista.  

Dessa maneira, é importante se livrar imediatamente de alguns objetos que provavelmente todo mundo tem em casa. A mística Kélida separou os cinco principais, que são responsáveis pela falta de prosperidade, falta de saúde e até por problemas nos relacionamentos.  

Confira: 

 

  1. LOUÇAS QUEBRADAS

Louças quebradas ou trincadas como xícaras, copos, pratos etc., são os tipos de objeto que não se deve ter em casa, pois esses elementos originalmente servem para nos alimentar e por isso, se não estiverem bem conservados podem trazer más energias. “Mesmo que a louça esteja com um pequeno trinco é importante tirá-la de casa. Além disso, panelas enferrujadas ou amassadas também devem ser descartadas, pois esses utensílios podem contribuir com a falta de alimento e prosperidade, afinal, é através desses utensílios que confraternizamos momentos de alegria com os amigos e familiares” – resume.   

 

  1. ESPELHOS

Espelhos quebrados, trincados ou sujos também são objetos que ninguém deve ter em casa, pois os espelhos são considerados grandes portais. E é através dele que tanto os espíritos negativos, quanto os positivos podem entrar no ambiente. Uma vez que essa energia seja negativa, ela pode ocasionar em brigas, discussões, problemas de saúde e no relacionamento. Kélida comenta ainda que esse objeto é tão poderoso que ele também é utilizado em magias, em que a pessoa pode colocar tanto a prosperidade, o amor e o dinheiro dentro de casa, como o contrário, por isso é necessário tomar cuidado e se livrar dos espelhos que não estejam mais em boas condições de uso. 

 

  1. OBJETOS VELHOS

As vezes costumamos guardar em nosso lar objetos que não tem mais uso, como por exemplo, um videocassete quebrado, ferramentas ou coisas velhas e enferrujados. Segundo a mística, isso é muito perigoso. Além disso, roupas que não servem mais, furadas, rasgadas ou até faltando um botão são elementos que também não se pode ter. Kélida indica doar essas roupas ou consertá-las, mas é importante não manter esses objetos desgastados por muito tempo.

 

  1. VASSOURA VELHA

Outro objeto que você não deve ter em casa são vassouras muito desgastadas. As vassouras servem para varrer a sujeira e automaticamente levam toda a negatividade para fora. Ao manter esse objetivo por muito tempo, você está arquivando aquelas energias na sua casa. Uma vassoura velha e desgastada só vai contribuir para que as boas energias não entrem e que haja ainda mais energias ruins rondando seu lar.

 

  1. ALGUNS TIPOS DE IMAGENS

O quinto elemento que não se deve ter em casa são fotos e imagens que te trazem emoções negativas, como quadros que representem chuvas, tempestades, por exemplo, ou fotos que tragam angústia ou sentimento de tristeza.  

Kélida conta que, todo elemento que traz um pensamento ou emoção negativa impede que a gente evolua, principalmente quando falamos de fotos que trazem lembranças de pessoas do passado que não estão mais em nossa vida. “É importante ter uma foto que te traga uma boa lembrança dessa pessoa, e não o contrário” – garante.  

A espiritualista reforça que não é precisa jogar esses objetos fora, mas é importante que essas imagens estejam longe dos seus olhos no dia a dia, pois esses sentimentos ruins costumam atrasar a evolução e a positividade. 

 


Kélida Marques - Detentora de um dos principais canais do YouTube sobre Espiritualidade, Kélida que também é psicanalista, hipnóloga e terapeuta holística reikiana realiza atendimentos online, promove rituais de cura, benzimentos e vigília, de maneira constante e gratuita. Faz previsões, rituais, responde perguntas através do baralho cigano e fala com propriedade sobre conexões entre almas, cartas psicografadas, numerologia e terapias alternativas. Com toda essa bagagem espiritual (bruxa naturalista na linhagem de São Cipriano por tradição familiar) e profissional (formada em psicologia), a mística espiritualista atua unindo corpo, mente e espírito sempre com um pouco de magia.


Caminhada ao ar livre é tendência no cuidado com a saúde mental

 Especialista explica os benefícios do exercício e como ele se tornou forma de terapia alternativa
 

A preocupação excessiva durante a pandemia, causada não apenas pelo medo de ser contaminado pelo coronavírus, mas também pela incerteza do futuro diante de tantas mudanças, despertou casos de ansiedade e síndrome de pânico e acendeu um alerta para a saúde mental.

De acordo com os últimos dados divulgados pelo Google, “Como manter a saúde mental?” foi mais pesquisado em 2021 do que nunca em todo o mundo. Em março, a pergunta “como ajudar uma pessoa com ansiedade?” foi a mais feita na categoria “como ajudar” do site.

O levantamento aponta que a saúde mental deixou de ser um tabu e as pessoas têm procurado por profissionais que possam auxiliá-las. Os formatos mais tradicionais, como a psicologia e a psicanálise, ainda são muito buscados pela população, mas outras formas de terapia também têm ganhado espaço. 

O filósofo clínico Beto Colombo, por exemplo, promove caminhadas com seus pacientes por todo o Brasil. De acordo com ele, durante o percurso os peregrinos podem apreciar o que a região tem de melhor, que são suas belezas naturais, a história, a hospitalidade, além de realizarem paradas para refletir sobre o momento vivido, qual o seu papel, se redescobrir e recuperar sua qualidade de vida. 

“Diferentemente da psicologia, que utiliza conceitos prévios, a filosofia clínica é um método de estudo do ser humano. Por isso, usamos como base grandes mestres, que sabiam que enquanto caminhamos por longos trechos junto às árvores, rios e animais, expandimos nosso poder cerebral, intensificando o fluxo de sangue para a cabeça. Dessa forma, ampliamos a dimensão do hipocampo, onde as memórias são armazenadas e melhoramos o desempenho cognitivo, além de estimularmos o nascimento de novas ideias”, relata. 

Ainda segundo Beto, a princípio, os partilhantes buscam suporte por uma queixa específica, que é o ponto inicial a ser trabalhado. Em seguida o terapeuta parte para a historicidade, desde sua primeira lembrança de infância até os dias atuais. Com a história de vida identificada, ele localiza a pessoa existencialmente no tempo, lugar, relação e circunstância, identificando os tópicos importantes, e determinantes de como a pessoa funciona. 

“A terapia filosófica clínica visa ajudar as pessoas a se entenderem melhor, a saber como lidar com situações que acontecem, com sentimentos equívocos, de onde vem seus altos e baixos entre tantas outras queixas. É uma oportunidade de autoconhecimento”, afirma Beto.
 

Dicas para a caminhada como forma de terapia 

Para quem não tem condições financeiras de pagar um acompanhamento e gostaria de caminhar sozinho, o terapeuta compartilha algumas dicas. Entre elas, sair um pouco do mundo das ideias. 

“Com o isolamento social, desenvolvemos a tendência de ficar idealizando muito as coisas, pensando mais e agindo menos. Sendo assim, busque conectar a mente ao corpo por meio de trabalhos manuais e exercícios físicos. Faça uma caminhada de contemplação, observe tudo ao seu redor, se atenha aos detalhes que te rodeiam. Quanto melhor for a qualidade dessa caminhada, mais rápido vamos desacelerar o pensamento”. 

A segunda dica é viver o presente e respeitar o tempo das coisas, inclusive das caminhadas. 

“Ilustro esse conceito com uma das lições que o Caminho de Santiago me ensinou: não adianta uma pessoa querer concluir o caminho em 20 dias, ou então, uma semana. É até possível, mas a pessoa se machucaria demais, ou então, precisaria de ajuda. Vale a pena? É a mesma coisa com os marcos da nossa vida. Tudo a seu tempo. A ansiedade é isso, é o corpo respondendo que nós não estamos bem, que precisamos diminuir o nosso ritmo”. 

A terceira e última dica compartilhada pelo terapeuta é confiar no seu próprio caminho. 

“Há quem diga que ainda não encontrou um caminho na vida. Porém, essas são pessoas que se perderam de si, querendo dar uma resposta à sociedade. Elas vivem pautadas na opinião alheia, e acabam pagando um preço muito alto, já que a sociedade exige sempre mais e mais. Pode ser que lá na sua própria história, esteja a resposta e o caminho que se busca. Um recomeço sempre é possível, respeite a sua intuição”.


Atitudes negacionistas podem indicar resposta instintiva ao medo

Divulgação 
Neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, comenta sobre o surgimento de pensamentos negacionistas e como eles podem ter um significado além de falta de conhecimento

 

Em um contexto de pandemia e pânico generalizado, um termo ficou muito conhecido para designar aqueles que eram descrentes da gravidade da situação sanitária mundial: ‘negacionistas’. Porém, a negação é uma atitude que tem lados positivos e negativos. “O ser humano tem essa incrível capacidade de negar até mesmo o que é provado. Porém, ao mesmo tempo que é um dos maiores males da humanidade, é também uma ação repleta de benefícios”, afirma o PhD em neurociências, biólogo e antropólogo, Dr. Fabiano de Abreu.

 

De acordo com ele, há diversos julgamentos em torno dos negacionistas, taxando-os como pessoas sem conhecimento ou sem interesse em assuntos específicos. Porém, a negação pode nada mais ser, do que apenas uma resposta instintiva ao medo. “Claro que há negacionistas persistentes que buscam em sua própria razão a conversão de seus desejos, desrespeitando a qualidade lógica e global. Porém, a negação pode ser a ansiedade buscando na não aceitação dos fatos uma reação instintiva de fuga como mecanismo de sobrevivência”, alerta.


O neurocientista acredita que o período em que vivemos é extremamente fértil para o aparecimento de atitudes negacionistas. “Estamos programados para a busca da dopamina, em um ciclo vicioso para encontrar o que nos faz bem. Por isso, o que é insuportável torna-se tão doloroso a ponto de criar uma reação de fuga”, explica o especialista.

 

As memórias de medo e situações traumáticas ficam armazenadas, para que caso algo semelhante possa acontecer, para que o ser humano tenha possibilidade de responder a situações de perigo. “O medo é a base do negacionismo. Muitas vezes, não se trata de ter acesso ou não à informação e sim de algo incontrolável”, afirma. Para aliviar a situação emocional de alguém que está em negação, o cientista recomenda que a forma certa de agir é como ponto de apoio e não como fonte de julgamentos. “Esteja disposto a ouvir as pessoas, mostre que pode ajudar e, talvez, recomende um especialista”, aconselha.

 

 

Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.


sábado, 5 de fevereiro de 2022

INSTITUTO TOMIE OHTAKE APRESENTA INTIMIDADES RADICAIS

 

Obras das coleções do British Council e Lux do programa WE ARE HERE em diálogo com artistas brasileiros

Pela segunda vez, Instituto Tomie Ohtake e British Council promovem WE ARE HERE, programa que reúne série de filmes das coleções de British Council e Lux, com curadoria de Tendai Mutambu, em sintonia com obras de artistas brasileiros, selecionados nesta edição pelos curadores do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Miyada, Priscyla Gomes e Ana Paula Lopes. 

INTIMIDADES RADICAIS discute as intersecções entre afetos e desejos construídos em escala subjetiva e os debates teóricos sobre gênero. Como aponta a curadoria responsável pelos trabalhos do Reino Unido, o atual momento social, político e cultural parece colocar em perspectiva os direitos conquistados e o valor da livre expressão das diferenças. O recrudescimento no processo de abertura social para perspectivas mais inclusivas reflete-se em âmbitos distintos, seja no cotidiano doméstico, seja em políticas governamentais. “No caso brasileiro, em que os indicadores de violência e intolerância foram sempre inaceitáveis, os casos de feminicídios e atentados à população LGBTQIA+ têm se multiplicado ainda mais nos últimos anos”, aponta a curadoria brasileira. 

Do Reino Unido é apresentada uma compilação de filmes, com duração de 60’29, que se inicia com I hope I’m Loud When I’m Dead, 2018, de Beatrice Gibson. A artista relembra a maternidade e seus relacionamentos com poetas queer - CAConrad e Eileen Myles - como forma de reformular a ganância e a intolerância atuais. Gibson reúne imagens do incêndio na Torre Grenfell no Reino Unido, a migração em massa de refugiados e o derretimento da calota polar com imagens de cuidado e afeto. O segundo filme, Sharla Shabana Sojourner Selena, 2016, de Rehana Zaman, observa seis narradoras compartilhando experiências pessoais em audições, algumas roteirizadas, outras espontâneas. Elas descrevem cenários onde raça e gênero influenciam os encontros de cada protagonista no seu ambiente de trabalho, em reuniões religiosas ou em suas vidas românticas. O roteiro usa referências de textos psicossociais (Experiências em Grupo, de W.R Bion) e filmes experimentais feministas (Soft Fiction, de Chick Strand, e What You Take for Granted, de Michelle Citron). As histórias são intercaladas com momentos de contato físico, em um salão de beleza em que o cuidado e o prazer são oferecidos como alternativas aos anseios de suas vivências. Por sua vez, o terceiro filme, Casting Through and Scenes from Radcliffe, 2017, de Stephen Sutcliffe (1968, Inglaterra), traça paralelos entre o romance Radcliffe (1960), de David Storey, e um desejo não correspondido do diretor britânico de cinema e teatro Lindsay Anderson em relação ao ator Richard Harris. A tensão da obra literária original, pioneira no debate da homofobia antes da contracultura e dos movimentos da década de 1960, é traduzida no movimento circular ininterrupto da câmera e nas elipses da narrativa encenada para o vídeo. 

Os trabalhos selecionados pela curadoria brasileira trazem questões que concernem aos papeis construídos socialmente por esses gêneros, violências sofridas e reivindicações ainda necessárias. Para tal, o programa de filmes convidou a artista espanhola Sara Ramo (Madri, Espanha, 1975), o diretor e roteirista Renan de Cillo (Piracicaba, SP, 1988) e a artista multidisciplinar Ode (Itajubá, MG, 1998).

A seleção de filmes desses artistas apresenta possíveis paralelos e justaposições às obras britânicas. Sara Ramos apresenta Una y Otra vez / Once and Again (2019), um vídeo que emula a boca de cena de um teatro de bonecos ou marionetes; apesar da atmosfera leve associada ao imaginário dessa modalidade cênica, a narrativa sugerida cria fabulações em torno do abuso e da violência doméstica contra a mulher. Já o premiado filme-ensaio de Renan de Cillo, Bicha-Bomba (2019), convoca seus expectadores a ponderar sobre o caráter destrutivo e arbitrário da homofobia. O diretor justapõe imagens VHS de sua infância à narração da história do menino Alex, que aos oito anos de idade foi espancado até a morte por seu pai. Em outro âmbito, Ode investiga poeticamente a travestilidade e as práticas emancipatórias dos corpos. A artista traz Restituição (2021), realizada em parceria com Vitor Duarte

Além dos três vídeos apresentados, a curadoria brasileira convidou ASSUME VIVID ASTRO FOCUS (AVAF) para intervir no espaço expositivo, transformando a ambiência da sala expositiva com um conjunto de papéis de parede e intervenções luminosas. Desde sua criação no começo dos anos 2000, AVAF é um coletivo que desafia tentativas de definição e enquadramento, explorando diversas linguagens e reformulando livremente as leituras possíveis de seu acrônimo. Sem gênero definido, AVAF tem testado os limites do sistema da arte e demonstrado forte conexão com espaços da vida noturna que historicamente oferecem abrigo, união e sociabilidade a pessoas cujos modos de vida que romper com as convenções normativas de gênero e sexualidade.

 

BIOGRAFIAS DOS ARTISTAS

Beatrice Gibson (n. 1978) vive e trabalha em Londres. Ela é uma artista-cineasta cujos filmes exploram a atração entre o caos e o controle no processo de produção. Com base em figuras da literatura e composição modernista experimental, como Cornelius Cardew, Robert Ashley e Gertrude Stein, os filmes de Gibson são frequentemente participativos e incorporam ideias e processos co-criativos e colaborativos.

 

Rehana Zaman (n. 1982) mora em Londres e trabalha com imagem em movimento e performance. Seu trabalho considera a interação de múltiplas dinâmicas sociais que constituem sujeitos ao longo de formações sócio-políticas particulares. Essas peças narrativas, muitas vezes inexpressivas e neuróticas, são frequentemente geradas por meio de conversas e colaboração com outras pessoas. Uma questão primordial do trabalho de Zaman é como as preocupações sociais e políticas, além de fornecer conteúdo, podem se estruturar como uma obra de arte é produzida.

 

Stephen Sutcliffe (nascido em 1968) cria colagens de filmes a partir de um extenso arquivo da televisão britânica, som de filmes, imagens de transmissão e gravações de palavras faladas que coleciona desde a infância. Muitas vezes refletindo sobre aspectos da cultura e identidade britânicas, os resultados misturam aspectos melancólicos, poéticos e satíricos que sutilmente provocam e criticam as ideias de consciência de classe e autoridade cultural. Por meio de um extenso processo de edição, as obras de Sutcliffe colocam som contra imagem para subverter narrativas predominantes e gerar leituras alternativas por meio da justaposição e sincronização de material visual e auditivo.

assume vivid astro focus (avaf) é formado por Eli Sudbrack (Rio de Janeiro, Brasil, 1968) e Christophe Hamaide Pierson (Paris, França, 1973). Os dois artistas trabalham independentemente sob o pseudônimo avaf, mas também juntam forças ocasionalmente. Com frequência eles também se transformam num coletivo. Por meio de uma vasta gama de mídias, incluindo instalações, pintura, tapeçaria, néon, papel de parede, vídeo, etc, o avaf, com frequência, confronta arraigados códigos culturais, questões de gênero e política através de uma superabundância de cores e formas. O pseudônimo é parte fundamental no seu processo de trabalhar “coletivamente”. O intuito central de seus projetos é sempre a criação de um Gesamtkunstwerk (“obra total de arte”) onde o espectador se torna um com trabalho de arte. Ser inclusivo é peça chave para a realização de suas obras - avaf usa a cor como linguagem universal com a intenção de garantir a participação e entrega do espectador. O público sempre é centerpiece em todos seus projetos. O avaf tem sido objeto de exposições e projetos de arte pública em galerias e museus no Brasil e no exterior, dentre os quais destacam-se: MoMa (NY), Whitney Biennial (NY), Peres Projects (San Francisco e Berlim), Manifesta 11, Cabaret Voltaire (Zurich), Astrup Fearnley Museum (Oslo).

 

Ode (n. 1998) é uma artista brasileira multidisciplinar, autodidata, que atua também com curadoria, escrita, styling e direção. Criadora da extinta plataforma digital Projeto Dúdus, com foco em produções artísticas afrodiaspóricas e africanas. Curou a exposição Note On Travecacacceleration a convite da Lux Moving Image 2020-2021 e atualmente, é uma das diretoras representadas pela Barry Company. Sua pesquisa aborda principalmente questões sobre a diáspora africana, a travestilidade e as práticas emancipatórias dos corpos.

 

Renan de Cillo (n. 1989) é diretor e roteirista. Graduado em Cinema e Audiovisual na Unespar, Curitiba-PR. Foi premiado inúmeras vezes com seu curta Bicha-Bomba (Bomb-Queer), lançado em 2019. O curta vem sendo exibido em festivais como, Cinema LGBTQIA+2021, no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, 2021, e de Gramado, 2021. Ganhou o prêmio de melhor curta e roteiro, no 18º MAUAL – Mostra Audiovisual Universitário e Independente da América Latina, 2021; 1º Festival de Tela Curta Cachoeiro, 2021; Melhor Filme Mostra Queerança – II Transforma: Festival de Cinema da Diversidade de Santa Catarina, 2019.

 

Sara Ramo (Madri, Espanha, 1975). Artista Visual graduada em Belas Artes pela Universidade Complutense, Madrid. Com práticas múltiplas em instalação, vídeo, fotografia, escultura e colagem, a artista toma objetos cotidianos para com eles compor novos arranjos. Suas obras integram importantes coleções importantes como Fundação Botín, Patrícia Phelps Cisnero Collection, Inhotim, Itaú Cultural, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

Parceiros:

 

REINO UNIDO: LUX

LUX é uma agência internacional de artes que apóia e promove as práticas de imagem em movimento de artistas e as ideias que os cercam. Fundada em 2002 como uma empresa de caridade e sem fins lucrativos, limitada a organização se baseia em uma longa linhagem de antecessores (The London Film-Makers ’Co-operative, London Video Arts e The Lux Centre) que remontam à década de 1960. lux.org.uk

 

REINO UNIDO: BRITISH COUNCIL

O British Council é organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Construímos conexões, entendimento e confiança entre o povo do Reino Unido e o de outros países por meio das artes e cultura, educação e Língua Inglesa. No ano passado, alcançamos mais de 80 milhões de pessoas diretamente e mais de 791 milhões ao todo, incluindo conteúdos digitais, publicações e transmissões em rádio e TV. Fundado em 1934, somos uma UK charity governada por Royal Charter, assim como um órgão público do Reino Unido. Cerca de 15% de nossos fundos são subsidiados pelo governo britânico.

 

BRASIL: INSTITUTO TOMIE OHTAKE

O Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em 2001 e é um dos poucos espaços em São Paulo desenhado especialmente para realizar exposições nacionais e internacionais nas áreas de artes plásticas, arquitetura e design, além de desenvolver programas de ensino e acesso à arte. 

 

Serviço:

Exposição: INTIMIDADES RADICAIS

De 09 de fevereiro a 03 de abril de 2022

Terça a domingo, das 11h às 20 – entrada franca

Classificação indicativa: maiores de 18 anos

 

Filmes Reino Unido

I hope I’m Loud When I’m Dead, 2018, Beatrice Gibson, 21’

Sharla Shabana Sojourner Selena, 2016, Rehana Zaman, 22’14 (LUX)

Casting Through and Scenes from Radcliffe, 2017, Stephen Sutcliffe, 16’53 (LUX)

 

Filmes Brasil

Una y Otra vez / Once and Again (2019), Sara Ramo, 9’40

Bicha-Bomba (2019), Renan de Cillo, 8’

Restituição (2021), Ode e Vitor Duarte, 4´50

 

 

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP

Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 - amarela

Fone: 11 2245 1900

Medidas de segurança: Obrigatório uso de máscara / Medição de temperatura / Tapetes sanitizantes / Álcool em gel disponível em diversos pontos / controle de público /guarda-volumes desativado

 

Sesc 24 de Maio recebe os espetáculos Goldfish, Bando: dança que ninguém quer ver e Corpos de passagem no mês de fevereiro

Apresentações de dança acontecem entre os dias 10 e 19 de fevereiro com vendas a partir do dia 08/02 às 14h pela web e 09/02 às 17h nas unidades, exceto a peça Corpos de passagem que é gratuita

 

O uso de máscara cobrindo nariz e boca, assim como, a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 com as duas doses ou dose única, se fazem necessários para acessar as unidades do Sesc SP

 

Bando: dança que ninguém quer ver | Crédito: Brunno Martins

O Sesc 24 de Maio recebe no mês de fevereiro os espetáculos de dança Goldfish, apresentação solo do artista potiguar Alexandre Américo, Bando: dança que ninguém quer ver com a companhia Gira Dança, também do Rio Grande do Norte e Corpos de Passagem com o Grupo Grua, que faz parte da programação do projeto Refestália, que acontece em diversas unidades do Sesc SP.

 

A peça Goldfish, estreia no dia 10/02, quinta, às 20h, mas também conta com outra sessão no dia 11/02, sexta, às 20h no teatro da unidade. Já a apresentação Bando: dança que ninguém quer ver, acontece nos dias 12/02, sábado, às 19h e 13/02, domingo, às 17h no Espaço de Tecnologias e Artes, no quarto andar do Sesc 24 de Maio. As vendas dos ingressos se iniciam no dia 08/02, terça, às 14h pela web e no dia seguinte, a partir das 17h, presencialmente nas bilheterias da rede Sesc. A peça Corpos de Passagem, acontece dia 19/02, sábado às 19h no Jardim da Piscina, localizado no 11º andar do prédio. A programação, que faz parte do Festival Refestália, é gratuita, mas com retirada de ingressos com 30 minutos de antecedência.

 

GOLDFISH

A apresentação solo de Alexandre Américo assume a solitude como aspecto norteador. Ao tematizar o esvaziamento das atitudes empáticas para com aqueles que nos parecem distantes e repensar o que faz a humanidade ganhar seus próprios contornos, iremos desconfigurar a casa, habitat natural de Américo, e apresentar o lar enquanto estado subjetivo. Assim, pretende-se levar o público a um mergulho em uma camada da existência onde não esteja lúcida a relação espaço-temporal daquele que poderia ser um peixe dourado; o possível merecedor de nossa empatia.

 

Instigado a pensar os períodos pré e atual da pandemia, levando em conta a transição da obra e o corpo e seus graus de liberdade, Américo disse “encontrar um jeito outro de estar vivo, de aprender fazendo o próprio contexto”. Para ele, criar esta versão foi como fazer um mergulho profundo, nadar contra uma correnteza que tampouco tem direção certa. “Ser o Goldfish, neste momento, é afirmar uma estória preta, periférica, pobre, LGBTQIA+, epilética, nordestina e brasileira de uma carne que se faz fora da curva".

 

Alexandre Américo é artista e pesquisador da dança com Licenciatura em Dança e Mestrado pelo PPGARC, ambas pela UFRN. Hoje é atuante na área da investigação em Arte Contemporânea com enfoque em estruturas performativas e seus desdobramentos dramatúrgicos. Ex-aluno especial de Doutorado em Estudos da Mídia, UFRN e diretor artístico da cia. Gira Dança (Natal-RN).

 

GOLDFISH

Datas: 10 e 11 de fevereiro. Quinta e sexta, das 20h às 21h.

Local: Teatro (1º subsolo) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 16 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Bando: dança que ninguém quer ver

A companhia Gira Dança, do Rio Grande do Norte é formada também por bailarinos com deficiências físicas. Neste espetáculo, o grupo discute em cena questões que fazem com que bailarinos e coreógrafos existam enquanto sujeitos que dançam na contemporaneidade.

 

Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinos com e sem deficiência que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências. A companhia, sediada em Natal/RN em 2005, foi fundada pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais e teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão Sociocultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005. Desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea. Com mais de uma década de trabalho acumula diversos prêmios nos seus mais de 13 espetáculos de repertório, onde já apresentou por mais de 15 estados brasileiros e cinco países. 

 

Bando: dança que ninguém quer ver

Datas: 12 e 13 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h e domingo das 17h às 18h.

Local: Espaço de Tecnologias e Artes (4º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos

Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (credencial plena, estudantes, servidores de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência). Ingressos à venda a partir de 08/02 às 14h no portal sescsp.org.br/24demaio e a partir de 09/02, às 17h, nas bilheterias da rede Sesc SP.

 

Corpos de passagem

Como o próprio nome já anuncia, "passagem": ato ou efeito de passar, comunicação, local ou sítio por onde se passa ou transita. Os verbos "passar", "comunicar" e os substantivos "lugar" e "corpo" são centrais nessa performance, que parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico do Grua se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual. São vinte anos marcados pela proposição e construção de outras espacialidades e pela valorização das relações interpessoais, uma trajetória profissional inaugurada e assinalada pela busca daquilo que se pode comunicar e modificar, em nós e no mundo. Seguindo um procedimento adotado para Corpos de passagem, desde a sua estreia, que é o de agregar outros artistas, para essa apresentação convidamos as artistas e performers, Taty Dell Campobello e Luisa Brunah, exercitando com elas a diversidade dos diálogos artísticos e a composição cênica em tempo real. 

Os bailarinos Jorge Garcia, Osmar Zampieri e Willy Helm, ao questionarem a institucionalização de seus corpos, encontraram nas ruas uma forma de fazer dança fora do ambiente conhecido. A improvisação foi a forma adotada para tensionar o pré-estabelecido, algo que não fazia parte da rotina profissional destes bailarinos, inicialmente treinados nas técnicas de dança clássicas e modernas. Instigados pela ideia, os integrantes escolheram a Avenida Paulista, centro nervoso da cidade de São Paulo, para suas primeiras intervenções. Estes parceiros, juntamente com outros artistas convidados, vestem-se dos símbolos do poder financeiro (terno preto, camisa branca, gravata e sapato social), explorando suas ações a partir da identificação direta com os passantes dessa avenida. Não há uma receita prévia para o diálogo que se estabelece, pois, ele se faz por meio das trocas sensíveis, no instante dos acontecimentos. 

 

O Grua assume que não mais é possível atuar nos espaços públicos sem considerar sua instância sociopolítica. Para tanto, parte da premissa de que a dança e a performance são, por natureza, meios capazes de modificar as paisagens que constituem esses espaços. O fazer artístico se estabelece através de um processo de trocas perceptivas entre os corpos (dançantes e passantes), instalando em seus contextos uma experiência estética outra, não habitual.

 

Corpos de passagem

Datas: 19 de fevereiro. Sábado, das 19h às 20h.

Local: Jardim da piscina (11º andar) – Sesc 24 de Maio

Classificação: Livre

Ingressos: Gratuito - Entrega de senhas no local com 30 minutos de antecedência.

 

 

 

+ AÇÃO URGENTE CONTRA A FOME

Com o objetivo de ampliar a rede de solidariedade para levar comida às pessoas em situação de vulnerabilidade social, o Sesc São Paulo, em parceria com o Senac São Paulo, realiza campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis nas unidades do Sesc e Senac em todo o estado. São mais 100 pontos de coleta na capital, região metropolitana, interior e litoral. As doações são distribuídas às instituições sociais parceiras do Mesa Brasil Sesc, que repassam os itens para as 120 mil famílias assistidas. A Ação Urgente contra a Fome é uma iniciativa do Sesc São Paulo, por intermédio do Mesa Brasil Sesc, programa criado pela instituição há 26 anos que busca alimentos onde sobra para distribuir aos lugares em que falta. O que doar: alimentos não perecíveis como arroz, feijão, leite em pó, óleo, fubá, sardinha em lata, macarrão, molho de tomate, farinha de milho e farinha de mandioca. O Sesc conscientiza a população sobre importância da doação responsável, com itens de qualidade e dentro da validade. Saiba +: sescsp.org.br/doemesabrasil

 

MESA BRASIL SESC SÃO PAULO

Paralelamente à campanha Ação Urgente contra Fome, a rede de solidariedade que une empresas doadoras e instituições sociais cadastradas segue suas atividades, buscando onde sobra e entregando em lugares onde falta, contribuindo para a redução da condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos e a diminuição do desperdício de alimentos. Hoje, dezenove unidades do Sesc no estado – na capital, interior e litoral – operam o Mesa Brasil. As equipes responsáveis pela coleta e entrega diária de alimentos foram especialmente capacitadas para os protocolos de prevenção à Covid-19, com todas as informações e equipamentos de proteção individuais e coletivos necessários para evitar o contágio.  Saiba +: sescsp.org.br/mesabrasil

 

SOBRE O SESC SÃO PAULO

Com 75 anos de atuação, o Sesc – Serviço Social do Comércio conta com uma rede de 45 unidades operacionais no estado de São Paulo e desenvolve ações com o objetivo de promover bem-estar e qualidade de vida aos trabalhadores do comércio, serviços, turismo e para toda a sociedade. Mantido pelos empresários do setor, o Sesc é uma entidade privada que atua nas dimensões físico-esportiva, meio ambiente, saúde, odontologia, turismo social, artes, alimentação e segurança alimentar, inclusão, diversidade e cidadania. As iniciativas da instituição partem das perspectivas cultural e educativa voltadas para todas as faixas etárias, com o objetivo de contribuir para experiências mais duradouras e significativas. São atendidas nas unidades do estado de São Paulo cerca de 30 milhões de pessoas por ano. Hoje, aproximadamente 50 organizações nacionais e internacionais do campo das artes, esportes, cultura, saúde, meio ambiente, turismo, serviço social e direitos humanos contam com representantes do Sesc São Paulo em suas instâncias consultivas e deliberativas. Mais informações em http://www.sescsp.org.br/sobreosesc.

 

 

 

SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro, São Paulo
350 metros do metrô República
Fone: (11) 3350-6300


Posts mais acessados