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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Quais os aprendizados que o coronavírus trouxe para a Diversidade e Inclusão nas empresas?


Durante este momento de quarentena por conta da pandemia do coronavírus (COVID-19), podemos observar várias lições, entre elas, a humanização nas relações e o quanto é importante se preocupar com o outro. Esses momentos de desafios nos levam a refletir sobre o nosso posicionamento na vida, e espero que traga muitos aprendizados e transformações.

O coronavírus não tem o mesmo impacto nas pessoas, segundo o Ministério da Saúde, ele tem sido mais letal entre pretos e pardos e este fato está ligado à desigualdade social, além das doenças associadas. Infelizmente pessoas em condições de vulnerabilidade socioeconômica estão mais expostas.

E é neste cenário que podemos notar a empatia, a doação e a caridade se espalhando nas ações das pessoas e das empresas. Essas ações estão criando um caminho para que a solidariedade e a cultura da doação se espalhem pelo Brasil.

Podemos aproveitar essas lições que estamos aprendendo a cada dia também no universo corporativo. Ninguém pode se dizer melhor do que o outro apenas pelo cargo que ocupa, afinal, eu "não sou o cargo", eu "estou no cargo", isso é momentâneo. E quando você assume essa postura inclusiva e enxerga as diferenças como algo que agrega, a empresa como um todo só tem a ganhar.

Quando pensamos em diversidade e inclusão, precisamos entender que o posicionamento institucional da corporação deve estar totalmente alinhado para receber e acolher todas as pessoas, entendendo que as experiências, vivências e culturas distintas podem gerar uma troca relevante para a companhia, ocasionando mudanças internas e externas.

Muitos talentos já buscam por vagas em empresas que estão abertas a diversidade e que tenham uma cultura inclusiva. Eles entendem que uma companhia com valores reais de diversidade e inclusão, também possui valores corporativos que sobressaem aos interesses e crenças individuais, e que valoriza o profissional. Esse olhar flexível para as mudanças nas corporações se faz necessário, já que é uma estratégia cada vez mais indispensável para reter os profissionais.

As mulheres, pessoas negras, LGBTI+, com deficiência devem ter as mesmas oportunidades que as demais pessoas e a crise atual vem justamente para abrir nossos olhos em relação a inclusão. A esperança que fica agora é que esse aprendizado seja para sempre.






Cris Kerr - CEO da CKZ Diversidade, consultoria especializada em Inclusão & Diversidade, professora da Fundação Dom Cabral, Mestra em Sustentabilidade e idealizadora do 10º Super Fórum Diversidade & Inclusão, evento que apoia as corporações a construírem ambientes mais diversos e inclusivos, tornando-as mais inovadoras e sustentáveis.


Quatro em cada 10 brasileiros acham que quarentena deve ter fim mesmo sem contenção do coronavírus, aponta Ipsos


Mesmo com anseio por reabertura do comércio, 68% admite que terá medo de sair de casa ao fim do isolamento


Para 40% dos brasileiros, deve ser permitido que os comércios abram suas portas mesmo sem que a Covid-19 esteja totalmente contida, a fim de que a economia se restabeleça. Este é o resultado do levantamento mais recente da pesquisa Tracking the Coronavirus, realizada semanalmente pela Ipsos com entrevistados de 14 nações. A média global também é de 40%.

Considerando todos os países ouvidos no estudo, o Brasil ficou em sexto lugar entre os que mais anseiam pela reabertura dos negócios. O primeiro lugar do ranking ficou com a Rússia, com 60% dos participantes declarando ser favoráveis ao fim da quarentena para o comércio. Em segundo, está a China (58%) e, na terceira posição, a Itália (53%).

Na outra ponta da lista, o Reino Unido garantiu o pódio entre as nações mais cautelosas: apenas 23% dos entrevistados locais acreditam que os comércios devem poder reabrir ainda que não haja a contenção do vírus. O Canadá ficou em segundo lugar, com 25%, e o Japão em terceiro, com 28%.


Medo de sair de casa

Paradoxalmente ao movimento de brasileiros ansiando pelo retorno da atividade econômica, mais da metade dos entrevistados no país externalizaram certo receio de voltar à rotina: 68% disseram que, caso os comércios abram suas portas e as viagens se restabeleçam, sentirão preocupação ao sair de casa. A média entre todas as nações ouvidas é de 65%.

A Índia, o Japão e a China são os mais temerosos entre os 14 países participantes do estudo, com 78%, 77% e 72%, respectivamente, dos participantes demonstrando insegurança com o retorno à vida pós-quarentena. Já os europeus Alemanha (44%), Itália (49%) e Rússia (57%) são os menos preocupados.

A pesquisa on-line foi realizada com 28.029 adultos de 14 países entre os dias 16 e 19 de abril de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..





Ipsos


A pandemia igualou, temporariamente, os desiguais.



A pandemia igualou, temporariamente, os desiguais.

E causou uma revolução sem precedentes!

Para começar a entender como isto vai alterar praticamente todas as relações existentes e, em particular o mercado de trabalho e a empregabilidade, será preciso decodificar algumas das inúmeras transformações que já estão ocorrendo no mundo.

O corona vírus fulminou nosso conceito essencial de segurança. Nos colocou diante da urgente necessidade de questionar nossos reais propósitos, nossas convicções e nosso papel, até então inabaláveis.

Nos proporciona a oportunidade inimaginável – embora a duras penas - de construirmos um mundo novo, melhor, onde o valor do conhecimento não estará na erudição, mas na nossa capacidade de saber usá-lo como e quando for preciso para nossa evolução.

O desarranjo de quase tudo que existia vai causar uma corrida acirrada para ocupação de espaços agora abertos, exigindo elevação drástica de competência e persistência. O currículo, tão igual a milhares na sua forma e conteúdo, não será mais um aval. Será preciso provar ser mais e muito melhor na prática.

O maior dos desafios, no entanto, será a requalificação dos comportamentos e das atitudes. Ajustar a cabeça e as ações para cenários que exigirão mais realizações do que promessas, mais fatos do que discursos.

Esperar para ver não será a melhor escolha. Poderá ser tarde para reagir. Basta ver como um (desprezível!) micro-organismo conseguiu colocar o planeta de ponta cabeça em apenas algumas semanas.





Simon M. Franco
www.simonfranco.com.br

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