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terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

A importância do relacionamento interpessoal no trabalho


A palestrante Helda Elaine, escritora do livro “O Ser Humano 10D”, explica a importância das relações interpessoais no trabalho e como melhorá-las


A habilidade de se relacionar bem está se tornando rara e, ao mesmo tempo, muito requerida por empresas no mundo todo. Na era digital, em que os olhos miram apenas as telas, as pessoas têm se comunicado predominantemente por mensagens enviadas via aplicativos, rede sociais e e-mails. 

Pensando neste assunto, a comunicadora, escritora e palestrante Helda Elaine dedicou um capítulo inteiro de seu livro “O Ser Humano 10D”, lançado em 2018, ao assunto relacionamento interpessoal. 

Para Helda Elaine, muitos profissionais demoram a perceber que não têm habilidade de relacionamento interpessoal, colocando-se em situações difíceis e até de desemprego.  

"As pessoas que não sabem ou não gostam de se comunicar usam basicamente duas justificativas quando estão desempregadas: 'a culpa é da crise’ ou ‘todo patrão é difícil’. Poucas destas pessoas se dão conta e admitem que o real motivo de seus problemas não está na crise nem no chefe e, sim, na dificuldade que têm de se relacionar”, conta Helda. 

Segundo ela, a boa notícia é que a habilidade de se relacionar pode ser treinada. Em muitos casos, dificuldades de relacionamento estão ligadas a questões da infância que podem ser resgatadas e ressignificadas.  

"Assim como as pessoas herdam características físicas, herdam ou copiam características comportamentais. Algumas pessoas podem perceber que estão agindo como os ‘pais de ontem’, que não tinham o relacionamento interpessoal como prioridade, e podem começar a agir para trabalhar essa habilidade”, lembra a escritora. 

Relacionar-se é importante para conquistar a confiança das pessoas, para poder ajudá-las, trabalhar em equipe e também para atingir seus objetivos de vida. Para melhorar a habilidade de se relacionar com outros indivíduos, é preciso querer aprender e aceitar a ajuda alheia. 

“A arte do relacionamento pode ser aprendida porque temos capacidade cognitiva, emocional e espiritual de sobra para isso. E não se trata somente de ser inteligente. A questão é querer despertar essas inteligências em favor do tema relacionamento, que ainda é espinhoso para muitos”, acrescenta. 


A importância do relacionamento no ambiente corporativo 

A pessoa que sabe se relacionar, diferentemente do que se possa imaginar, não é só aquela que fala e ouve bem ou que utiliza respeito, cortesia e eficiência quando está tratando de negócios com os clientes. Esses elementos fazem parte de um pacote básico e obrigatório de relacionamento. 

O colaborador que busca se relacionar bem, gosta do que faz, tem o perfil de se comprometer com a resolução de problema, tem ideias aprovadas e quer alcançar metas, mesmo que audaciosas. 

Helda destaca que carisma e poder de negociação são elementos-chave da habilidade de relacionamento. “A vantagem para quem se torna especialista em relacionamento é que evolui de tal maneira que jamais recusa ajuda para evoluir ainda mais”, revela a escritora. 

No ambiente profissional, outro detalhe que merece destaque é a expansão do alcance das relações, já que não estamos tratando apenas com clientes. Em qualquer empresa, ou projeto, que preveja a necessidade de participação intensa de pessoas e grupos, o especialista em relacionamento carrega a necessidade de fazer “algo a mais”, perceber que o relacionamento envolve o meio em que está inserido, as suas funções, as circunstâncias, as pessoas envolvidas e, é claro, as próprias atitudes.


Os riscos da corrida para aposentadoria provocada pelo temor da reforma da Previdência


A expectativa de aprovação da reforma da Previdência ainda este ano não vai retirar os direitos adquiridos dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que já atingiram os requisitos para dar entrada na aposentadoria. Assim, é importante ressaltar que, independente das mudanças propostas pela equipe econômica do novo Governo Federal, os trabalhadores não precisam correr para as Agências da Previdência Social para se aposentarem de qualquer maneira. Dar entrada no benefício, sem um devido planejamento e estudo, pode gerar um prejuízo financeiro para sempre. É preciso planejar antes para não ter perda no valor do benefício.

Importante ressaltar, que apesar de estar diariamente na mídia, uma reforma do sistema previdenciário não ocorre da noite para o dia. Primeiro, a proposta da equipe econômica de Bolsonaro vai ser enviada ao Congresso Nacional. Depois, o texto será analisado nas comissões da Câmara dos Deputados, antes de ser votada em plenário. Aprovada na Câmara, a proposta segue para o Senado Federal. Nas duas casas, a reforma precisará de maioria absoluta para ser enviada para sanção do atual presidente.

O caminho é longo. Então, este é o momento para o segurado, que já atingiu os requisitos ou está próximo de sua aposentadoria, analisar os documentos, planejar com detalhes, para não se arrepender ao fazer um pedido de aposentadoria precoce, sem os devidos cuidados.

Há casos em que o segurado precisa de poucos meses para entrar na Fórmula 85/95, por exemplo, que é a soma da idade com o tempo de contribuição, que é de 95 pontos para homens e 85 pontos para mulheres. E caso esse segurado se aposente antes de atingir a pontuação, ele é atingido pelo fator previdenciário e, assim, tem uma perda de até 40% no valor do benefício.

E para realizar o planejamento da aposentadoria, o primeiro passo é conferir o tempo de contribuição ao INSS, que está no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). É com base neste documento que o INSS reconhece o tempo trabalhado. E caso algum período trabalhado não estiver no CNIS ou aparecer com a data errada, o segurado pode retificar e deixar pronto para o momento em que fizer o pedido de sua aposentadoria. Isso aumenta as chances de deferimento do benefício. Os documentos que podem ser apresentados para fazer o acerto são: cópia do contrato de trabalho, do livro de registro de empregado, contracheques, termo de rescisão do contrato de trabalho, extrato analítico do FGTS, ou outros documentos que comprovem que de fato ele trabalhou e o período pode ser reconhecido pelo INSS.

Muitos segurados não sabem, mas o tempo de serviço militar obrigatório prestado conta para fins de aposentadoria também. Para que esse período seja computado basta apresentar o certificado de reservista ao instituto. E também existem profissionais que se enquadram na chamada aposentadoria especial, que pelas regras atuais, dá direito a aposentadoria ao trabalhador que após cumprir 25, 20 ou 15 anos de contribuição, conforme a sua exposição aos agentes nocivos à saúde, especificados em lei.

Por fim , o principal conselho neste momento é cautela para dar entrada na aposentadoria. Evite uma correria desnecessária. Acredito que a reforma é necessária, porém, com discussão, sem terrorismo e com leis justas que não retirem direitos sociais. O trabalhador, segurado do INSS, deve aproveitar este momento de mudanças para investir no seu planejamento de aposentadoria. As novas regras deverão ser rígidas, com uma idade mínima maior e com a extinção da aposentadoria por tempo de contribuição






João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados


Saiba como momentos ociosos podem ser produtivos para os profissionais


O termo “ócio” é usado para se referir ao “não fazer nada”, não ter atividade nenhuma em alguma circunstância, especialmente do ponto de vista motor. A rigor, não se aplica propriamente aos processos cerebrais, uma vez que o cérebro, tal como outros órgãos do organismo, nunca para de funcionar.
Se estamos pensando em algo especifico, raciocinando ou desenvolvendo alguma ideia ou atividade que demanda concentração, o cérebro está sempre ativo.

Quando deixamos de prestar atenção em algo e nos deixamos divagar (“mind wandering”, divagação ou devaneio da mente), algumas áreas cerebrais específicas são ativadas, constituindo a chamada “rede de modo padrão” (“default mode network”). Grosseiramente falando, seria algo como o “ponto morto” no câmbio do carro; o motor está ligado, mas o carro está parado. Ou seja, não ficamos sem pensar em nada, mas os pensamentos fluem sem foco, sem uma direção especifica.


A mente precisa de fôlego ao longo do expediente

O cérebro é programado para funcionar um certo período de tempo, durante o qual estamos acordados. O descanso principal do cérebro ocorre quando dormimos. É quando ele se refaz, organiza e consolida memórias e se prepara para absorver novas informações.

No trabalho, estamos constantemente fazendo atividades que exigem muita atenção e concentração, o que resulta em um grande cansaço físico e mental. Daí a importância de fazer pausas. Saia um pouco da frente do computador, dê uma volta, tome um café. Por definição, não é possível “forçar” o cérebro a entrar em devaneio, uma vez que este é algo espontâneo.

Mas é fundamental distrair a mente ao longo do expediente. Esses minutos ociosos darão fôlego ao seu cérebro, permitindo que você retome o trabalho com maior disposição. E mais: é possível que alguma ideia criativa surja nestes instantes em que você esteja mais ocioso, já que sua atenção se voltou para outras coisas.  

A possibilidade de deixar o cérebro divagar durante o expediente depende muito do tipo de trabalho que o funcionário desempenha. Nem toda atividade demanda criatividade. Pode ser uma tarefa relativamente padronizada, em que não há campo para sair de uma certa direção (como numa linha de montagem, por exemplo).

Em geral, quando o foco do profissional consiste justamente na criação, o ideal é que a empresa flexibilize seu sistema de trabalho, dando liberdade ao funcionário para, por exemplo, trabalhar “como quiser”, desde que entregue o resultado esperado.

Tendo a possibilidade de elaborar seus projetos onde, quando e como for melhor ao profissional, há maior motivação e a criatividade flui melhor. Muitas corporações já adotaram o sistema de home office e/ou flexibilidade de horário. Os resultados têm sido muito positivos, tanto para a produtividade da empresa como para a qualidade de vida do profissional.

De qualquer modo, experimente mudar seus hábitos. Só a hora do almoço e os poucos instantes em que você se lembra de ir ao banheiro não contam como momentos vitais de ócio no trabalho.

Faça o teste. Tenha pequenas pausas ao longo do dia. Seja para respirar na varanda, esticar o corpo ou tomar um suco no refeitório. O importante é levantar da cadeira e levar seus pensamentos para longe. Permita que seu cérebro tenha minutos de ociosidade. Você perceberá a diferença ao chegar em casa e não sentir que carregou uma tonelada nas costas o dia inteiro!   






Prof. Dr. Mario Louzã - médico psiquiatra, doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e Membro Filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.


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