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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Outubro Rosa: reprodução assistida ajuda mulheres a serem mães após câncer de mama


Câncer, uma das principais causas de morte em todo o mundo, responsável pelo óbito de mais de sete milhões de pessoas por ano. De acordo com o Fundo Mundial para Pesquisa do Câncer, esse número pode passar de dez milhões em pouco menos de dez anos.

Um dos maiores efeitos negativos dos tratamentos para o câncer é a infertilidade. De acordo com Dr. Edson Borges Jr., especialista em Reprodução Humana creditado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e diretor do Fertility Medical Group, ainda que a sobrevivência seja o principal foco do cuidado com o paciente de câncer, a qualidade de vida após o tratamento é cada vez mais discutida e deve ser levada em consideração.

No caso do câncer de mama, por exemplo, o tratamento pode levar à infertilidade. Mas, com o suporte das técnicas de reprodução assistida, pacientes diagnosticadas com o segundo tipo de câncer que mais afeta as mulheres no mundo e no Brasil, têm mais chances de engravidar.

A SBRA por meio da oncofertilidade – especialidade médica que surgiu com o objetivo de manter a fertilidade de pacientes com câncer – trabalha em busca de criar uma sobrevida de qualidade para as mulheres que venceram a doença.

De acordo com a presidente da SBRA, Hitomi Nakagawa, é comum e real a preocupação de mulheres diagnosticadas com o câncer de mama que estão em sua idade fértil e desejam engravidar. “Além da remoção cirúrgica da lesão, pode haver necessidade de tratamento complementar com medicamentos bloqueadores da função ovariana, quimioterapia ou radioterapia, que podem adiar a possibilidade de gestação temporária ou definitivamente”. Em casos mais extremos, de mulheres com mutações nos genes associados também a câncer de ovário, pode ser necessário até a retirada dos ovários, o que gera a necessidade de utilizar métodos de reprodução assistida.

Ambos os especialistas reforçam que não é seguro engravidar logo após o tratamento do câncer de mama, pois existe uma correlação entre alguns tipos de câncer de mama com os hormônios produzidos pelos ovários, que são elevados durante a gestação. “Quando há a suspeita ou o diagnóstico desse tipo de câncer, evita-se inclusive o uso de substâncias com hormônios como o anticoncepcional, por exemplo. Eventualmente, pode até ser indicado bloquear a produção ovariana de hormônios com medicamentos”, explica Hitomi.

Sobrevida de qualidade para as futuras mães - Após o tratamento e passado o período crítico de risco de recidiva, ou seja, do retorno do câncer, a mulher corre menos riscos ao engravidar. “Hoje é possível uma mulher que venceu o câncer mamário se tornar mãe por meio da reprodução assistida, mas essa decisão deve ser tomada nos primeiros momentos entre o diagnóstico e o tratamento da doença”, enaltece Hitomi.

O congelamento de óvulos é, em muitos casos, indicado, antes dos tratamentos como a quimioterapia e radioterapia. “Cerca de 89% das pacientes se sentem seguras com o procedimento. A estimulação ovariana convencional é uma alternativa apropriada apenas para mulheres que não apresentam tumores sensíveis a hormônios”, explica Borges.


Congelamento de óvulos no Brasil - Dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio/2017), apontam que 78.216 embriões foram congelados no Brasil -  um aumento de 17% em relação ao ano de 2016, quando foi registrado 66.597 congelamentos.
Em São Paulo, por exemplo, o Fertility Medical Group registrou um aumento de 176% nos procedimentos de criopreservação de óvulos. O dado foi divulgado neste mês de setembro. “O aumento foi de 65 - em 2013 - para 180 - em 2017. Este ano, 1 em cada 5 procedimentos realizados na Fertility são de criopreservação de óvulos”, finaliza Borges.



 Deborah de Salles Conversa Coletivo de Comunicação Criativa

O inimigo número 1 dos seus olhos na primavera


Polén é o grande responsável por alergias oculares nesta época do ano


Até 21 de dezembro, o hemisfério sul recebe a Primavera, a estação em que é mais comum os casos de crises alérgicas nos olhos. O grande vilão desse problema é o pólen - minúsculos grãos que são produzidos pelas flores e se espalham pelo ar nesta época do ano, causando muita coceira e irritação. O indicado é agir preventivamente e, se o alérgico já sabe do problema, deve procurar seu oftalmologista antes da alergia se manifestar. “A procura por um especialista pode evitar muitos equívocos, como o uso de colírios sem a orientação adequada e, até, outros erros mais graves”, explica a Dra. Ana Paula Canto, oftalmologista da Clínica Canto.

No impulso, lembra a médica, muitas pessoas acabam cocando os olhos, o que pode gerar problemas mais sérios. “Nunca se deve coçar os olhos. A estrutura deles é muito delicada e a pressão exercida no local pode causar lesões como um ceratocone, uma doença que leva à deformação da córnea, podendo ser preciso um transplante”, alerta. Ela ressalta ainda que, normalmente, ao friccionar os olhos, a coceira pode aumentar e a lesão pode ser inevitável.

Para quem é alérgico, o aconselhado é começar a se prevenir antes mesmo do problema se manifestar. “O ideal é já começar a usar colírios lubrificantes para que o alérgeno seja diluído e não cause tanta irritação. E quando a alergia ocorrer, deve-se iniciar o uso de colírio antialérgico já aos primeiros sinais. Mas, esses colírios devem ser utilizados somente com a prescrição de um oftalmologista”, aponta Dra. Ana Paula Canto. Compressas com água gelada ou soro fisiológico gelado também podem aliviar as crises. “As compressas devem ser feitas sobre a pálpebra e nunca deve-se deixar entrar água dentro dos olhos, pois o líquido pode ter micro-organismos e causar infecção”, salienta.

Outro cuidado que auxilia a evitar as alergias oculares é higienizar os cílios. “Deve-se usar xampu neutro infantil diluído em água morna ou produtos específicos para higiene dos cílios”, ensina a médica. Também deve-se ter cuidado redobrado com a maquiagem. “Retirar a maquiagem todas as noites antes de dormir pode evitar alergias e outros problemas”, orienta.


Os mais suscetíveis

A Dra. Ana Paula Canto lembra que crianças e idosos têm o sistema imunológico mais frágil, por isso, são mais suscetíveis às alergias, assim como quem já tem outros tipos de alergia. “Normalmente, quem tem rinite, bronquite e asma é mais propenso a ter alergias oculares. Para eles, a atenção à higiene deve ser maior, além de evitarem alguns tipo (ou todos) de flores.”


Dicas

Quando se está com uma crise alérgica nos olhos, muitas vezes, algumas atitudes pioram ainda mais o quadro da doença. Veja o que é certo e o que nunca deve ser feito:


CERTO

- Faça compressas com água ou soro fisiológico gelado;

- Use colírios lubrificantes e antialérgicos prescritos por um oftalmologista.


NUNCA

- Coce os olhos;

- Coloque qualquer produto como café, açúcar, chás ou ervas nos olhos;

- Deixe água entrar nos olhos, pois ela pode ter microorganismos que causam infecções oculares;

- Use colírios sem a prescrição de um médico oftalmologista.






Clínica Canto




Pais podem cuidar melhor da visão de seus filhos, diz especialista


 Oftalmologista Renato Neves dá sete dicas importantes para preservar a visão


Outubro é mês das crianças e o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, considera importante que pais e filhos falem mais sobre saúde ocular. “Geralmente, os pais só se dão conta de que seus filhos estão com dificuldade para enxergar quando parte da criança fazer alguma queixa. Mas eles podem fazer muito mais pela visão de seus filhos, desde prestar atenção no modo com que a criança usa os olhos para ler e enxergar coisas ao longe, até implementar algumas mudanças na rotina de seus filhos”.  A seguir, o especialista aponta SETE dicas importantes:


1.   Incentive seu filho a comer bem. “Não é crime oferecer um combo de lanche e fritas de vez em quando, mas o ideal é que os pais tenham sempre em mente o valor de uma boa alimentação para a saúde, em especial a ocular. Pratos à base de frutas e vegetais – especialmente folhas verde-escuro, como espinafre e brócolis – são importantíssimos, principalmente quando acompanhados de peixes e ovos. Além disso, o sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de desenvolver várias doenças, entre elas o diabetes – que pode levar à perda da visão no longo prazo”.

2.   Monitore o tempo da criança ao celular. “As crianças são mais vulneráveis à emissão de luz azul violeta dos LEDs, porque têm acesso a todos os dispositivos tecnológicos e já os incorporaram à sua rotina, inclusive durante os estudos. Como seus olhos ainda estão em desenvolvimento, eles não têm pigmentos que ajudam a filtrar uma parte dessa luz. O ideal, então, é limitar a exposição diária a essa emissão luminosa, principalmente antes de ir para a cama. Afinal, além de uma redução significativa na produção de lágrimas – que vai deixando a vista estressada – a exposição excessiva ao LED interfere na produção de melatonina e, consequentemente, na qualidade do sono”.

3.   Estimule seu filho a lavar sempre as mãos. “Não raro as crianças saem de casa, entram em contato com outras crianças, com brinquedos, alimentos, transportes públicos, e nem percebem que em algum momento levaram a mão aos olhos sem dar importância ao risco que estão correndo. Isso é um problema, já que os vírus de uma conjuntivite, por exemplo, podem sobreviver por três dias numa maçaneta de porta. Para manter os germes longe dos olhos, cabe aos pais estimular seus filhos a lavar as mãos sempre antes de comer, logo após brincar, sempre que chegar em casa, enfim, desenvolver esse hábito de higiene tão fundamental para a saúde como um todo”. 

4.   Leve seu filho para brincar ao ar livre. “O estilo de vida das crianças de hoje em dia está bastante relacionado ao aumento dos casos de miopia. Principalmente nas famílias que habitam grandes cidades, as crianças lidam com tudo muito próximo a elas, ficando confinadas em espaços restritos, em que o computador está perto, a televisão está próxima, bem como videogames, brinquedos etc. Essa falta de contato com espaços abertos, como parques e praias – em que naturalmente são estimuladas a olhar ao longe, para o horizonte – acaba descompensando um pouco a visão. Vale dizer, também, que a miopia tem um componente genético importante. Sendo assim, quando pai ou mãe tem miopia, esse já é um sinal de alerta para checar regularmente a visão dos filhos”.

5.   Pergunte à criança se perceber algum desconforto. “O míope costuma fechar um pouco os olhos para tentar enxergar melhor quando não está usando óculos ou lentes. Essa é, inclusive, uma dica para os adultos prestarem atenção. Se a criança cerra a vista para ver melhor alguma coisa, tem algo de errado que deve ser investigado. Para a maioria das pessoas, a miopia se estabiliza no início da vida adulta, mas há casos em que ela continua aumentando e requer uso de óculos ou lentes. Queixas de dor de cabeça, sensação de cansaço nos olhos, irritação e vermelhidão ocular também merecem atenção. Não são poucas as crianças que verbalizam a necessidade de ‘descansar’ um pouco os olhos antes de continuar a estudar ou até mesmo brincar. Esse é mais um sinal para os pais levarem seus filhos ao oftalmologista”. 

6.   Habitue seu filho a proteger os olhos durante esportes e brincadeiras. “Os pais sabem que precisam comprar óculos de natação quando a criança decide aprender a nadar. Mas há tantos outros esportes que demandam proteção ocular e é muito comum haver algum grau de negligência nesse sentido. Uma bolada forte nos olhos pode, por exemplo, resultar no descolamento da retina e ser responsável pela perda parcial ou total da visão. O mesmo vale para uma queda de bicicleta, patinete, ou qualquer outro brinquedo de rodas. Sendo assim, vale a pena avaliar os riscos e adotar sempre essa medida preventiva, adquirindo óculos especialmente projetados para essas atividades”.

7.   Estimule seu filho a usar óculos. “Mesmo quando os pais fazem tudo certinho, levando a criança ao oftalmologista com regularidade e – quando necessário – providenciando óculos de grau para que passem a enxergar bem, às vezes a criança precisa de um incentivo para adquirir o hábito de usar óculos. Além de os pais se mostrarem tranquilos com esse diagnóstico, a resistência infantil pode ser driblada diante de tantos modelos coloridos à disposição no mercado – lembrando que é importante que os óculos se adaptem perfeitamente ao rosto da criança, sejam leves e resistentes. Também cabe aos pais acostumar seus filhos a usar óculos escuros para se proteger da exposição excessiva à luz solar, investindo em lentes que protegem 100% dos raios ultravioleta (UVA e UVB)”.






Fonte: Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhoswww.eyecare.com.br



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