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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Saiba o que pode estar por trás do tremor nos olhos



Especialista do Hospital CEMA explica as causas da contração involuntária e repetitiva das pálpebras e o que deve ser feito se o problema persistir por muito tempo


O corpo fala. Apesar dessa frase soar meio clichê, em algumas ocasiões uma simples observação é capaz de mostrar que há algo errado com a saúde. Por exemplo, o tremor nas pálpebras. Sinais sutis – como esse – tendem a sumir como apareceram, levando ao esquecimento o que o causou. No entanto, é importante ficar de olho no que esse tremor pode significar. "Há inúmeras causas para isso acontecer, que vão desde estresse, excesso de cafeína ou fadiga ou mesmo indicar alguma lesão ocular ou problema neurológico", explica a especialista em Plástica Ocular e Vias Lacrimais do Hospital CEMA, Rita de Cássia Lima Obeid.

Por isso, é importante conhecer bem os sinais que o corpo dá. Problemas mais graves, geralmente, não aparecem com um sintoma único. O tremor nas pálpebras benigno – a maioria dos casos, por sinal – costuma ocorrer em decorrência de um excesso do organismo, consequência de uma vida estressante, por exemplo, ou mesmo de um exagero no consumo de determinados itens, como a cafeína. Em situações-limite o organismo libera hormônios, o que compromete o funcionamento muscular, entre eles, o dos músculos das pálpebras. Já o consumo em excesso de café ou álcool pode deixar o corpo muito alerta e até desidratado.

"Esse tremor pode ter como causa também distúrbios no funcionamento ocular e até mesmo neurológicas. Pode ainda ser consequência do uso prolongado ou mesmo abstinência de calmantes ou alguns tratamentos com estrógeno. Nesses casos, temos um quadro de blefaroespamo", detalha a especialista.

O Blefaroespasmo é uma condição médica que provoca um constante "piscar de olhos", involuntário e de modo repetitivo, um espasmo ocular que não cessa e costuma gerar grande ansiedade em quem possui. Pode ser uma doença isolada, mas também pode indicar outras. "Alguns pacientes apresentam essa musculatura da pálpebra mais frágil. Até mesmo a qualidade da lágrima, o uso de lentes de contato, a síndrome do olho seco, alergias e a presença de corpos estranhos podem estar por trás desse tremor", afirma a Dra. Rita.

Mas, todo tremor nos olhos deve ser motivo de uma corrida até o médico? A resposta é não, evidentemente. O tremor nas pálpebras pode significar apenas que o organismo está cansado, estressado, sentindo falta ou excesso de algum nutriente. No entanto, se esse sintoma persistir por muito tempo, vier acompanhado de outros sinais, como coceira e vermelhidão, ou se atingir outras partes do corpo, talvez seja melhor procurar o especialista. "É importante essa ajuda médica, principalmente quando o tremor começa a impedir o paciente de exercer as atividades diárias", orienta a médica do CEMA.


Em alguns casos, o tratamento consiste em identificar a causa e tratá-la, já outros podem necessitar de medidas mais complexas, como o uso de toxina botulínica, o popular Botox. "Vale lembrar que os blefaroespasmos não têm cura e nenhuma medida caseira pode sanar o problema. Apenas o médico poderá aliviar esse sintoma tão incômodo", resume a oftalmologista.





Instituto CEMA
http://www.cemahospital.com.br



Procedimentos coronarianos: Quando fazê-los?



Cardiologista explica o que são o cateterismo, stent e ponte de safena


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 17 milhões de pessoas morrem vítimas de doenças cardiovasculares a cada ano no mundo. É a doença que mais causa mortes. No entanto, com o avanço da medicina, alguns procedimentos cardiológicos foram desenvolvidos para prolongar o tempo e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, como o exame de cateterismo coronariano, o stent e a ponte de safena. “Por serem procedimentos invasivos há o risco de eventos adversos que podem variar de 0,5 a 5%, dependendo da idade e condições clínicas prévias”, comenta o cardiologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dr. Fernando Barreto.

Conforme o especialista, quem apresenta algum desconfortotorácico suspeito de doença coronariana precisa realizar, quando indicado pelo seu cardiologista,  o exame diagnóstico de cateterismo, o qual analisará se os vasos sanguíneos coronarianos estão obstruídos. “Após um cateterismo diagnóstico, há três opções: não há obstrução das coronárias; há obstrução coronariana passí ;vel de angioplastia (dilatação da artéria) com stent (molinha que mantém a coronária aberta depois da dilatação); ou há obstruções que só podem ser corrigidas pela revascularização do miocárdio, que pode ser feita com as veias safenas da perna, popular "ponte de safena", com a artéria mamária ou a artéria radial do paciente. O cateterismo determina o grau de obstrução coronariana e indica a melhor intervenção terapêutica”, explica.

O Dr. Fernando alerta ainda que, para a realização do exame que detecta a obstrução coronariana, é necessário saber se o paciente tem alergia a iodo. “Normalmente, quem tem alergia a frutos do mar tem intolerância a iodo. Caso seja constatado esse contratempo, precisa fazer um processo de dessensibilização. Outro risco é a lesão renal que o contraste pode causar. Neste caso, recomenda-se a ingestão de bastante água após o procedimento”, aconselha o médico.

Após tratada a obstrução, se houver, por stent ou cirurgia de revascularização, o cardiologista recomenda mudanças de hábitos, com rotina mais saudável, para que a intervenção dure por muitos anos. “Manter controle adequado da pressão, do colesterol, do diabetes, parar de fumar e realizar atividade física regular podem fazer com que a desobstrução dure para sempre”, finaliza.





Verão exige cuidados especiais para quem sofre com crises respiratórias


O período não está isento de alergias, rinites e sinusites. Aprenda a encontrar os fatores de risco e previna-se
 

O verão é a estação mais querida dos brasileiros. Afinal, ela combina férias, viagens, festas de fim de ano e muita diversão. E nas viagens a rotina é... não ter rotina! A mudança de horários, banhos de praia e piscina, a ingestão de sorvete e bebidas geladas e o ar condicionado bombando podem ser uma delícia que prejudica a saúde – ainda mais de quem sofre com doenças respiratórias, como rinite e sinusite.

A Dra. Maura Neves, médica otorrinolaringologista da clínica MedPrimus, da capital paulista, destaca que é preciso atenção com a saúde nasal nas férias para evitar doenças. “O cloro da piscina é um irritante nasal que pode desencadear crises de rinite, tanto pela entrada direta da água clorada no nariz quanto pela inalação de gases provenientes da água”, orienta. Já a água do mar não faz mal quando em contato com o nariz, exceto em casos de contaminação por esgoto -- “o que pode causar diversos tipos de infecções, como as gastrointestinais”, explica.


Choque térmico

O ar condicionado pode ser mocinho ou bandido durante o verão: apesar do conforto térmico que propicia, o aparelho resseca o ar. “Ao inalarmos o ar mais seco, ocorre o ressecamento de toda a via respiratória, em especial o nariz, o que leva a alteração dos batimentos ciliares e o espessamento do muco nasal. Com isso, as infecções e crises de alergias respiratórias são facilitadas”, conta a médica.

As mudanças bruscas de temperatura entre o ambiente climatizado e o externo também demandam atenção por serem irritantes nasais. “Até mesmo as viagens de avião podem desencadear problemas respiratório por conta do ar seco e frio do ar condicionado e a recirculação do ar entre um aglomerado de pessoas. Isso reduz as defesas naturais do nariz e favorece a disseminação de doenças respiratórias”, alerta.

Uma dica importante para manter a rinite e a sinusite bem longe é realizar lavagens nasais com soro fisiológico para manter a função adequada de defesa, umidificação e filtração do ar, além de caprichar na hidratação. “O indicado é o consumo de 30 ml de água para cada kg corporal”, ensina a Dra. Maura. No caso dos pacientes crônicos, o uso de medicamentos prescritos e a lavagem nasal com solução salina são recomendados para o ano todo. “Esse tipo de lavagem, quando realizada de forma diária, é capaz de prevenir até gripes e resfriados”, finaliza Dra. Maura.






Dra. Maura Neves - otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus
Clínica MEDPRIMUS




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