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domingo, 10 de julho de 2016

Estudo revela que o afeto nos primeiros meses de vida é vital para a formação do adulto



Excesso de carinho e afeto gera menos depressão e ansiedade, segundo pesquisa da Universidade de Notre Dame

De acordo com estudo da professora de psicologia da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, Darcia Narvaez, o excesso de carinho e afeto nos primeiros meses de vida é de extrema importância para a formação do adulto.

"Os seres humanos são criados com todo cuidado durante a infância porque combina com a maturação natural da criança. Essa evolução foi formada há 30 milhões de anos", informa Narvaez.

Para chegar a este resultado, Narvaez e sua equipe elaboraram uma série de perguntas sobre a infância dos adultos como "Quanto de carinho você recebeu?", "Brincava livremente dentro e fora de casa?", "Fazia atividades em família?", "Sentia-se apoiado?".

Adultos que responderam positivamente demonstraram ter menos depressão e ansiedade, maior capacidade de empatia e compaixão. Já os que não receberam tanto afeto quando criança exibiram piora na saúde mental, mais desconforto em situações sociais e menor capacidade de empatia.

"Sem esse afeto durante a infância, o adulto se torna mais reativo ao estresse. É difícil ser compassivo quando você está focado em si mesmo. Podemos notar adultos que não passaram por este processo em situações críticas do cotidiano", finaliza Narvaez.


Especialista afirma: atraso no tratamento de câncer pode dificultar cura



Para oncologista Dr. Márcio Almeida, consequências podem causar até a morte do paciente
Dados do Ministério da Saúde informam que 43% dos pacientes são tratados após prazo legal
 

Dados do Ministério da Saúde mostram que 43% dos pacientes diagnosticados com câncer só iniciam o tratamento após o prazo legal de 60 dias, depois de identificada a doença. O prazo é previsto na Lei 12.732/2012, que prevê o atendimento médico obrigatório a pacientes com câncer no sistema público de saúde (SUS), em até 60 dias.

Para o oncologista Dr. Márcio Almeida, esse atraso no início no tratamento pode trazer sérios riscos ao paciente. “Estamos falando de uma das doenças que mais mata no Brasil. Atrasar seu tratamento pode tornar um quadro curável em um quadro paliativo, um procedimento não cirúrgico em cirúrgico. Pode até mesmo vir a causar a morte do paciente, dependendo do caso, como leucemia ou câncer no testículo.”

O médico alerta até mesmo para os casos que não resultam em morte, mas que podem trazer sofrimento ao paciente. “O paciente descobre cedo a doença, vê que tem uma boa chance de se curar, mas entra na fila do atendimento e vê sua situação piorar. De repente, o médico informa a ele que a doença já não é mais curável, e ele precisa conviver com o quadro. Isso causa um sofrimento ao paciente, podendo resultar em perda de peso, desmotivação, coisas que são fundamentais na recuperação. A pressão psicológica aumenta muito.”

Para o oncologista, um dos principais fatores de manutenção desse cenário é a impunidade das unidades de saúde. “O não cumprimento do prazo não resulta em nenhuma sanção real para o hospital, para os órgãos públicos. É comum vermos unidades de saúde recusarem o paciente, para não ser pressionadas a cumprirem o prazo da lei.”
Segundo o Dr. Márcio Almeida, o paciente fica refém das unidades de saúde, com poucas alternativas para exigir seu atendimento. “A saída que vemos hoje, para contar com uma chance, é o paciente entrar com uma medida judicial contra a unidade de saúde, e o Estado. É preciso que o paciente exija seus direitos, e seja atendido dentro do que regimenta a lei.”


Com o tratamento preventivo, viagens de férias representam independência de crianças e adolescentes com hemofilia



 Federação Brasileira de Hemofilia orienta sobre a importância da profilaxia  em viagens nacionais e internacionais e a importância da profilaxia


Durante as férias, viajar é um dos momentos mais aguardados pelas crianças e   famílias. Além da diversão e das brincadeiras, muitos têm a oportunidade de visitar  parentes ou passear com os amigos para outras regiões do País ou mundo. Porém, aos pais de pessoas com hemofilia resta a dúvida: qual é o melhor momento para os filhos viajarem sozinhos e manterem a profilaxia, tratamento que previne as hemorragias.

Com a possibilidade de realizarem a autoinfusão do fator, - medicamento pró-coagulante, que evita as hemorragias, os jovens ficaram mais independentes para fazerem desde pequenas viagens de final de semana até intercâmbios para estudar em países distantes, desde que sigam recomendações médicas. Por isso, a idade ideal para viajar varia conforme a maturidade de cada criança, que atualmente com oito anos já aplica o fator sem ajuda dos adultos, a partir de treinamentos nos Centros de Tratamentos de Hemofilia (CTH) espalhados pelo País.

A presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH), Mariana Batazza Freire, relata que a relação entre pais e filhos mudou bastante após a profilaxia. “As mudanças são positivas. Hoje os jovens podem viajar tranquilamente com doses de fator para qualquer tipo de intercorrências. A profilaxia permite que a família toda desfrute a viagem e as férias de modo saudável e natural”, diz. Antes de viajar é importante atualizar os exames de rotina e verificar o seguro médico, principalmente em viagens internacionais.

Mariana destaca que em todos os momentos a pessoa com hemofilia deve ter em mãos a carteira de identificação do paciente, fornecida pelo CTH, informando o tipo de hemofilia, o hemocentro no qual é cadastrado, e o tipo de fator utilizado. Além disso, deve portar uma carta padrão, assinada pelo médico tratador, declarando o diagnóstico, e que a pessoa precisa desta medicação, cujo uso é feito de forma profilática. Para as pessoas que não fazem infusão domiciliar,  é necessária  uma prescrição médica do fator, e também informar-se com antecedência sobre qual local será utilizado (UBS ou hospital) para realizar as infusões. A declaração é necessária no momento do embarque no aeroporto para justificar o transporte do fator, das agulhas e das seringas na bagagem de mão e também na alfândega.

Em todas as viagens é necessário também levar doses extras para o caso de intercorrências, pois as pessoas podem perder muito tempo em busca da medicação que só está disponível nos CTHs e não em qualquer hospital. Para as viagens internacionais, estas doses extras são ainda mais importantes, devido à dificuldade de encontrar tratamento adequado fora do Brasil, e da probabilidade  de ter que arcar com os custos, uma vez que nem todos os países oferecem o tratamento gratuitamente.

As doses de fator devem ser armazenadas em local refrigerado e o transporte dos produtos deve ocorrer em bolsas térmicas com gelo reciclável para manter a temperatura entre 2 e 8 graus Celsius ou em geladeira com espaço apropriado. “Todas as doses de fator devem ser levadas em mãos, juntamente com a pessoa com hemofilia. O medicamento precisa estar sempre ao alcance para evitar qualquer extravio ou problemas durante o passeio”, explica Mariana.

Saber que o filho pode brincar, se divertir e fazer esportes sem que os pais se preocupem parece um sonho. Mas hoje, graças à profilaxia, é uma realidade! E isso muda completamente a rotina de toda a família, pois é possível verdadeiramente viver a vida, e não a hemofilia. A autonomia é a melhor forma de fazê-los crescer com a autoestima elevada”, completa Mariana. 

Se a pessoa com hemofilia for praticar mais esportes que o habitual durante as viagens, é indicado conversar com o médico antes para avaliar a possibilidade de aumentar a dose e/ou a frequência da profilaxia. “A pessoa com hemofilia pode e deve aproveitar as viagens com alegria e autonomia, sempre com o cuidado de não praticar esportes de alto impacto. Na dúvida, consulte seu médico ou o fisioterapeuta de um hemocentro”, finaliza. 


Saiba Mais:

A hemofilia é uma disfunção crônica, genética, não contagiosa, sendo que 1/3 dos casos ocorrem por mutação genética e 2/3 por hereditariedade. Existem dois tipos, que podem ser classificados entre leve, moderada e grave. A hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos, ela ocorre em decorrência da deficiência do Fator VIII (FVIII) de coagulação no sangue. Já a hemofilia B acontece pela deficiência do Fator IX (FIX).


 Federação Brasileira de Hemofilia:

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